Criminal Blood

By stealmyziall_

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Pode-se dizer que para nós, os Biebers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não cria... More

1 - Prólogo.
2 - You Own Me, Bitch.
3 - I Will Knock You Up.
4 - New Reality.
5 - Positive.
6 - Unbelievable.
7 - Making Friends.
8 - Better Than One.
9 - Accidents Can Happen.
10 - Part Of Me.
11 - Kidnapper.
12 - No Escape.
13 - Black.
14 - Daddy's Way.
15 - Four Walls.
16 - Past Is In The Past.
17 - Do You Mind.
18 - Training Mood.
19 - I Do This Often.
20 - Born To Be.
21 - Family Business.
22 - Or Nah?
23 - Mind Your Own Life.
24 - Still The Same.
25 - Back To Sleep.
26 - Weakness.
28 - Privacy.
29 - Question & Answers: CB.
30 - I Would Love To Hate You.
31 - I Got Your Back, Girl.
32 - Partition.
33 - Good and Bad Decisions.
34 - Grey.
35 - You Ruin Me.
36 - I Did What?
37 - Some Facts.
Personagens De Criminal Blood.
Criminal Blood No spirit.
38 - Wet It All.
39 - Memories On.
40 - Break Free.
41 - Bound To You.
42 - There For You.
43 - Bad Dreams.
44 - Up And Down.
45 - Family Sucks.
46 - Ghosts.
47 - Fix You.
48 - Sign Of The Times.
49 - All That Matters (Penúltimo).
50 - Wicked Games (FINAL).
Agradecimentos.
Trailer 2 Temporada!
2 TEMPORADA DISPONÍVEL!
CONTINUAÇÃO 2 TEMPORADA
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27 - I am all Fucked Up.

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By stealmyziall_




       

"Eu preciso de outra história, algo para eu desabafar. Minha vida fica meio chata, preciso de algo que eu possa confessar. Até os meus planos darem errado. De toda a verdade que eu disse foram honestas, eu juro. Pensei que você tivesse me visto piscar. Não, eu estive à beira do precipício, então... Diga-me o que você quer ouvir, algo que agradará aos seus ouvidos cansados de toda a falsidade. Então vou entregar todos os meus segredos, desta vez não preciso de uma mentira perfeita. — OneRepublic (Secrets)."

Justin Bieber's Point Of View.

7 de junho

9:32 a.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

— Pai, você tinha que ver! — O Zac fala animado, com os olhos bem abertos como se quisesse relembrar algo. — Eu tinha uma puta na minha frente, outra beijando as minhas costas e uma terceira caso eu enjoasse da que eu estava fodendo. — E ele vai me contando mais de como foi sua experiência ontem. Não que eu realmente esteja interessado, mas preciso ouvir tudo para ter certeza que meu pai não passou dos limites.

— Quando eu me enfiei na primeira puta ela estava tão molhada que eu juro que coloquei tudo de uma vez, foi gostoso pra caralho. — O Dylan completa, me fazendo ver o sorriso arrogante no rosto de ambos.

— Ambos gozaram no mínimo duas vezes. — O meu pai fala ao comer mais ovos que estavam na sua frente. — Ganharam até uma dança especial.

— Sim, a vadia tinha uma bunda tão grande e eu tive que abrir para me meter lá.

— E o cu então? É apertado demais. — O Dylan completa e eu ergo o olhar, sabendo mais do que bem que se a Megan estivesse na mesa nesse instante, ela estaria fazendo caras e bocas, mas que provavelmente não falaria ou se meteria em nada, pois esse não é o lugar dela aqui.

— Sério, se não for hoje, amanhã eu quero mesmo ir de novo. — Vejo o Zac tomar mais do seu café e sorrir animado, me fazendo respirar fundo.

— Eu levarei vocês quando achar que está na hora, mas por agora podem levantar essas malditas bundas e irem para o centro de treinamento, vocês tem natação. — Eu digo e ambos concordam, levantando de forma firme e se retirando com rapidez.

Eu ergo meu rosto e sigo encarando o homem na minha frente, o mesmo que tem um sorriso no rosto, como se tivesse feito um favor levando os meus filhos ontem para o puteiro.

— Eu fiquei orgulhoso, eles aguentam mais do que eu esperava. — Ele murmura e eu concordo, olhando para o seu rosto e vendo o olho roxo. — A propósito, seu nariz ainda está doendo? Te acertei forte ontem, não acha?

— Não, e seu olho? Está bem roxo na volta. — Digo sério, vendo que ele dá de ombros e levanta, não querendo mesmo continuar esse assunto.

Levanto e caminho com ele em direção ao meu escritório, sabendo que eu e ele temos que resolver alguns problemas novamente causados por alguns dos meus tios e as confusões que eles se metem.

No total com o meu pai são quatro irmãos. Ele é o mais velho, tomando conta dos Estados Unidos, depois dele vem o George, o mesmo que foi o último que eu vi, pois é o que comanda a Itália. Em seguida temos o Mark, que está no México, mas que futuramente vai trabalhar para o Zac, pois minha intenção é o mandar para o México e o Dylan para a área da Europa, pois o meu tio mais novo, Derek, está no comando da Espanha e Portugual, mas realmente não faz o serviço da maneira que esperamos.

O único lugar que não nos envolvemos 100% diretamente, é a América do sul, pois além de já ter muitas pessoas no mercado de drogas, precisamos estudar mais o terreno antes de invadir lugares como a Argentina ou Brasil, que é onde planejo mandar esse filho que a Megan vai me dar, mas caso não dê, tem diversos outros lugares para ele ir, como Austrália ou Alemanha, pois embora tenha meus tios e mais de 10 primos no total, quem manda nessa porra toda somos eu, o meu pai e os meninos, e vai seguir mesmo sendo assim.

— O Mark resolveu fazer merda.

— Para variar. — Eu murmuro me sentando na minha poltrona, vendo que meu pai respira fundo.

— Ele se empolgou durante um dos massacres em Cancún. — E eu fecho os olhos.

— Não me diga que ele matou algum dos...

— Não só um, mas ele matou dois dos primos do Sucre. — Ele fala de maneira firme, já me fazendo imaginar a cena que a porra do meu tio fez lá.

— E realmente não achou que seria importante me falar isso ontem? Ao invés de levar os meus filhos para o puteiro, poderia muito bem ter sentado comigo e conversado, pois a esse horário já poderíamos estar lá, resolvendo essa merda.

— Fique calmo, eles não tiveram coragem de fazer nada com seu tio ou primos, eles estão esperando para ver o que nós os dois faremos. — Ele fala como se não fosse óbvio. Por mais que a família do Sucre seja a mais antiga no ramo de tráfico no México, eles são como nossas vadias, porquês manipulamos como bem entendemos. Então por mais que ele esteja com raiva, jamais faria algo de grande porte, como matar meus parentes, sem tentar falar comigo ou com o meu pai antes.

— Você vai? — Eu pergunto e ele nega.

— Se eu vim aqui explicar tudo para você, é porque eu realmente não tenho tempo de ir lá e lidar com mais dramas. — Isso só pode ser piada com a minha cara.

— Não percebeu que ultimamente eu tenho cuidado de muitos problemas seus? Não tem mais voz? — Falo grosso mesmo e ele nega, olhando em volta como quem "admirasse" a decoração do meu escritório.

— Eu sempre acabo explodindo e fazendo merda, sem contar que você tem mais calma e é mais controlado do que eu. Lembra do que o seu avô te ensinou uma vez? Que tudo pode se resolver quando você age com muita cautela e sabedoria. — E quando ele fala essas duas palavras, é como se todo o meu psicológico congelasse e me levasse a um lugar não tão distante daqui fisicamente, mas um fato que ocorreu a muitos e muitos anos atrás. Me leva de volta ao momento que eu mais tento esquecer em toda a minha vida.

Flashback 20 anos atrás.

— Mãe! Para onde você está indo? — Eu pergunto nervoso, levantando da minha cama e vendo que a mamãe pega as roupas do meu armário, jogando tudo em um saco enorme de lixo.

Ela vai me jogar fora? Eu sei que o papai sempre fala isso, mas eu não fiz nada, eu sempre sigo todas as regras, uma por uma.

— Mamãe, eu juro que não faço mais coisas erradas, mas não me joga fora! O papai já não gosta de mim, mas você...

— Não, querido. Você vem comigo, nós precisamos sair. — Ela fala se virando e eu fico nervoso, porque vejo que tem muito sangue saindo da boca e do nariz dela.

— Não, precisamos falar para o papai que você está machucada, ele vai cuidar de você, eu tenho certeza. Podemos te levar para um hospital. — Eu falo sério, sabendo que se ele não está com ela agora, é porque o vovô está com ele no escritório, conversando sobre os assuntos de trabalho.

— Não, nós precisamos sair daqui, agora! — Ela fala me puxando pela mão e eu percebo que não levei nenhum dos meus dois ursos comigo. O pai não sabe nem que eu tenho esses ursos, a mamãe me deu escondido para não irritar ele e fazer ele descontar na gente.

— Eu preciso pegar o senhor bolhas e...

— JUSTIN, AGORA! — Ela fala gritando comigo como nunca antes, me fazendo soltar a mão dela e negar assustado, não entendendo nada do que está acontecendo.

Por que ela está me acordando no meio da noite e pedindo para eu ir com ela? Para onde nós vamos? Por que o papai não está vindo? Será que ela está mentindo?

— Para onde você vai me levar? E onde está o papai? — Eu pergunto e ela nega, me carregando contra a minha vontade e fazendo eu bater os pés nervoso.

— Mamãe, você está sangrando! Para com isso, por favor. — Peço quase gritando e ela desce correndo comigo, fazendo eu ver que alguns dos seguranças do papai nem se mexem, apenas viram as cabeças, como se não vissem que ela está tentando me levar e me jogar fora. — MÃE, EU PROMETO QUE NÃO CHORO MAIS! EU NÃO DOU MAI MOTIVO PARA O PAPAI DE BATER, MAS POR FAVOR... — Eu berro desesperado, tentando sair do colo dela antes que ela me leve para fora de casa, eu não quero ser jogado fora, não quero ir para um orfanato. — Eu não quero ir para rua, eu prometo ser um filho bom. — Falo abraçando ela forte, vendo que ela nega várias vezes. — Mamãe, eu juro que aprendo a matar animais como o papai quer e tudo mais, mas por favor, não me joga fora! Eu não tenho ninguém! — E eu sinto o meu corpo todo doer, porque eu não quero ser jogado no lixo como crianças que são odiados pelos pais. Eu não quero ficar sozinho.

— Justin, eu e você precisamos...

— ONDE A VADIA SE METEU? — Ouço o grito do vovô e a minha mãe começa a correr, quase chegando até a porta de entrada, mas o Doug não deixa ela passar. Ele apenas cruza os braços e me olha com um olhar de pena, me deixando nervoso.

O papai quando me bate sempre diz que vai me matar... Mas a mamãe? Só... Não pode ser.

— O que está acontecendo? — Eu pergunto ao me virar e ver que o meu vô e o papai vem na nossa direção, isso com caras nada boas.

— Solta ele agora! — Meu pai fala e ela nega. — Patricia, solta ele porque eu vou te matar. — E é nessa hora que eu arregalo os olhos, passando as minhas mãos pelo rosto e secando as lágrimas que não param de cair.

— PAI, ELA NÃO FEZ NADA! — Eu grito e tento descer, para ir falar com ele. — A MAMÃE SÓ QUERIA... ELA SÓ... — E antes de eu terminar, o meu pai me puxa e vejo o vovô empurrando o corpo da minha mãe com tudo contra a parede. — PARA! POR FAVOR, ELA JÁ ESTÁ MACHUCADA! NÃO BATE NA MAMÃE! — Eu grito e um dos empregados me segura, fazendo eu ver quando o papai acerta o ROSTO da mamãe com um soco bem forte, fazendo ela cair no chão.

— DEPOIS DE PEGAR A PORRA DO CHEQUE IA SIMPLESMENTE FUGIR, NÃO É SUA VADIA? — E meu avô pega uma faca enorme, me fazendo chorar nervosO e tentar me soltar a todo custo.

— VÔ, PARA! ELA NÃO...

— Eu avisei, Jeremy. Falei que vadias não podem ser confiáveis, avisei desde o início o que ela queria, mas é claro que você não me ouviu, achando mesmo que ela seria diferente! — Ele grita e enfia a faca com tudo na barriga da mamãe, me fazendo cari de joelhos e começar a chorar e soluçar no chão, tentando gritar, tentando fazer com que eles me notem, mas não.

Eu levanto o olhar e vejo a Simone parada na porta da cozinha, como quem olhasse a cena e não pudesse fazer nada, pois ela cobre a boca com a mão e nega com a cabeça enquanto chora.

— Simone. — Eu peço sem gritar, vendo que ela fecha os olhos porque chora mais ainda.

O que vai acontecer?

— Para... Por favor.. — Eu falo e percebo o olhar do meu pai sobre meu corpo, então ele vem até mim e me segura pelo braço, se agachando e me olhando nos olhos.

— Sua mãe ia fugir com o dinheiro, quando vai aprender que ela não liga para você?

— JEREMY CALA A BOCA! — Ela grita enquanto tenta se soltar do vovô, mas o meu pai nega e segura o meu rosto.

— Ela deixou um carro lá fora e tinham três homens preparados para matar você. — Ele fala sério, me fazendo negar, mas quando vejo a porta sendo aberta e os homens entrando na casa com os rostos cheios de sangue, eu não consigo acreditar.

— A mamãe...

— Justin, não escute o que... — E meu vô chuta a boca da minha mãe com tudo, fazendo ela berrar de dor e eu sentir um aperto grande no meu coração.

Eu me viro e encaro o meu pai, virando para a mamãe e querendo ir até ela, mas...

— Ela ia me matar? — Olho para os três homens que vieram lá de fora, mas fico sem entender nada. — Mas ela...

— Ela roubou uma grande quantia de dinheiro do cofre e havia preparado as coisas, tem dois carros lá, um para ela e outro para você. Ela ia te matar, filho. — E nessa hora eu sinto mais água no meu rosto, por causa das lágrimas, mas sem acreditar que a mamãe ia mesmo fazer isso comigo. — Pois ela sabe que eu não posso ter mais filhos, então ela queria tirar o único que eu tenho. — Ele fala e eu nego, secando as lágrimas com desespero.

— Mas ela me ama, a mamãe te ama. Todos nós somos uma família e...

— Não, o meu erro foi deixar ela fazer parte da sua vida, filho. Isso é uma lição para vida, nunca acredite em uma mulher que te jurou o mundo, pois no final, o único mundo que lhe interessa, é o dela. — Ele fala se levantando e eu fico nervoso, vendo a quantidade de sangue que saía mais do corpo da minha mãe a cada medida que o vovô bate dela.

— Mas a gente pode deixar ela aqui, a gente conversa com ela e...

— Ela ia pegar o dinheiro e te matar, seu burro. Pelo amor de Deus, a vadia não serviu nem sequer para trazer um neto que prestasse. — O vovô fala sério, fazendo o meu pai destravar a arma e eu nego desesperado.

— Pai, ela não... — E antes de eu terminar, sinto o meu corpo ser puxado com tudo para trás pelo Doug.

— Tire esse filho da puta daqui. — O vovô fala quando começa a abrir as calças, me dando a certeza de que ele machucaria a mamãe de novo no lugar dela. — MÃE! — Eu grito enquanto tento me soltar, mas o Doug me puxa escadas acima e vejo quando a Simone vem atrás de mim correndo, mas eu nego e sigo tentando em soltar, sigo tentando sair daqui para ajudar a mamãe.

Eu posso mudar a ideia dela, ou senão... Eu perdoo ela, mas ela não pode morrer, eu sei que eles vão matar ela pelo que o papai falou, mas antes disso o vovô vai machucar ela.

— PORRA! — O Doug grita quando mordo seu braço e consigo me soltar, praticamente caio rolando as escadas e sinto o meu corpo doer, mas quando ergo o olhar e vejo a mamãe apagada enquanto o vovô abusa dela, eu simplesmente não consigo.

— Querido... — A Simone me segura pelo braço e eu nego com a cabeça, vendo quando meu pai ergue a arma e encosta o cano dela na cabeça da mamãe.

— Se você quer criar esse menino para ser um homem, tem que usar muita cautela e sabedoria, pois olha o estado que ele ficou por uma mulher que estava indo acabar com a sua vida. — E o vovô fala isso olhando para mim com nojo, negando com a cabeça e seguindo a machucar a mamãe, então eu apenas sinto o meu corpo ser carregado de novo e tremo todo quando ouço o som alto e claro de um tiro, sem ter coragem de virar para trás e olhar para eles.

Flashback Off.

— Bieber. — Meu pai fala mais alto, me fazendo abrir os olhos nervoso e o encarar, ma obviamente que não lhe mostro o quão acelerado meu coração está, apenas permaneço sério, lembrando de tudo que aconteceu não somente naquele dia, mas nos seguintes, onde a ficha caiu e eu percebi que a mulher que eu jurava me amar, na realidade ia apenas dar mais um golpe na nossa família e me levar para baixo com isso.

— Hoje de noite eu vou para o México e trato disso pessoalmente. — Falo satisfeito com o fato de a minha voz não tremer.

— Certo. E os seus...

— Os gêmeos irão comigo, eu não quero eles muito tempo perto da Hernandez sozinhos, nós sabemos o que mulheres são capazes de fazer. — Falo sério, me levantando e percebendo que eu preciso de algo, apenas... Eu preciso extravasar e por para fora isso que eu tenho dentro de mim, mas não na frente de ninguém.

— Você não pode deixar ela continuar com uma voz aqui dentro. Pois lembre-se que assim que ela der a luz ao seu filho, nós iremos a...

— Matar. — Eu falo de forma fria, vendo que ele concorda e me olha de maneira pesada. 

— Eu vou indo porque tenho que passar em uma das fazendas antes. Assim que pensar em uma solução para o problema no México, me avise. — Ele fala e eu concordo, o observando enquanto ele sai do escritório de maneira rápida, me deixando aqui.

Eu espiro fundo e melhoro a postura, pensando com calma nos últimos dias e nessa relação que a Hernandez está construindo aqui, está mesma relação que não pode crescer mais, que não pode de maneira alguma aumentar, pois depois da minha mãe eu aprendi que não dá para se confiar em mulheres.

Saio do escritório e vou em direção ao centro de treinamento, sabendo que ela e os gêmeos agora tem natação, então não preciso nem falar sobre a minha irritação quando piso no lugar e vejo que eles conversam e riem ao invés de estarem treinando.

— Somers, posso saber que diabos de aula é essa que você está dando? — Eu pergunto e vejo que ele respira fundo.

— Eles estão no intervalo, dei apenas 5 minutos.

— Eu não quero nem um único minuto de intervalo, me fiz claro? — E ele concorda, fazendo os três me olharem sérios, sem entender o porquê do meu mau humor.

— Mal dia? — Ela pergunta, se aproximando mais da borda e como ela está abaixo de mim, minha visão para os peitos dela é algo maravilhoso. — Mas seu pai já foi, não é? Agora não tem com o que se preocupar, pelo menos não tanto, porque mesmo de longe aquele nojento consegue ser insuportável. A propósito, sabe o que eu lembrei? Fazem uns dias que não assistimos Prison Break, hoje de noite nós...

— Hoje de noite eu e os meninos estamos viajando, por isso quero os dois no banho agora, se preparando. — Falo de maneira alta, vendo que os dois concordam e saem da piscina, assim como a Megan, que segue me olhando sem entender enquanto pega uma das toalhas para se secar. — Os dois prontos em no máximo 40 minutos.

— Certo. — E eles saem, sendo seguidos pelo professor.

— Para onde vão? Eu vou ir ou...

— Não, você vai ficar aqui, no seu quarto. — E nesse momento ela ri.

— Como assim? Eu tenho aulas e...

— Eu também não quero que fale com nenhum dos meus funcionários. — Falo e me viro com calma, lembrando que esse golpe todo que a minha mãe havia programado, foi realizado com ajuda de homens "fiéis" ao meu pai.

— Desde quando? — Ela se enrola na toalha, me olhando sério.

— Megan, eu não estou em um dia bom, não me provoca.

— Eu estou vendo, mas a culpa não é minha. Se for descontar em alguém, que seja...

— Lembra quando eu dava ordens e você só obedecia calada? Sem ficar enchendo a porra do meu saco? Preciso mesmo te lembrar quem manda nessa droga?

— Lembro, isso foi antes de nós realmente começarmos a transar, lembra? — Ela fala séria, então eu a encaro de forma fria, pensando antes de falar.

— Acha que é o sexo que me "liga" à você? Que merda em, espero que não se ache grande merda, pois assim que essa barriga crescer mais um pouco que seja, nem para cama eu vou mais com você. — Eu falo sério, vendo que ela permanece séria, como se não acreditasse no que sai dos meus lábios.

— Que merda seu pai fez? Ou melhor, o que foi que ele falou? Porque é sempre assim, cada vez que você se abre nem que seja um pouco, ele vem e consegue fazer você voltar a ser...

— Ser o que?

— O mesmo bruto ignorante de sempre, um insensível de merda. — E eu ergo a mão como se fosse dar na cara dela, mas quando ela recua assustada eu mesmo baixo a minha mão, passando na minha mente que faziam tempos que eu não batia nela, que ao invés disso, discutimos como agora, o que não deveria acontecer.

— Você ia mesmo colocar a mão em mim e... — E ela não consegue nem sequer terminar a frase, pois a surpresa e decepção são evidentes em seu rosto.

— Megan, eu falo sério, não me responda. Só vá para o seu quarto e...

— Certo, quer que eu haja como a mesma mulher assustada que nem olhava para você? Ótimo, eu posso mesmo fazer isso, mas lembre-se de que eu nunca mais deito na mesma cama você. Você não passa de um monstro insensível, não adianta eu tentar te ajudar ou sequer mudar você, porque a cada dia que passa, eu vejo a causa perdida que você é. — Ela fala furiosa, saindo do centro de treinamento e eu observo o seu corpo enquanto ela se afasta, mas não, eu não me movo para ir atrás dela.

Megan's Point Of View.

7 de junho de 2017.

8:32 p.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

É óbvio que eu sei o mostro que ele é, mas para ele surgir assim desse jeito, é porque algo aconteceu. E essa é a parte que eu mais odeio, não conseguir saber absolutamente nada a respeito do que passa ou não em sua mente, isso acaba comigo de todas as maneiras possíveis.

Eu estou aqui no quarto à horas, tendo a certeza de que ele e os gêmeos já saíram, mas como ele falou que eu não tenho mesmo autorização para sair daqui, comprovei quando tentei abrir a porta do meu quarto e até trancava estava.

Eu juro que só quero entender, só quero saber o que passa na mente dele, porque do nada ele ficou assim, simplesmente saiu do escritório com o Jeremy e veio descontar em mim.

Ele que vá se foder, e de preferência com uma mulher que não vá o excitar tanto quanto eu.

Levanto da cama e amarro o cabelo em um coque, pegando o MacBook de cima da mesa e me sentando na poltrona de frente para a janela, abrindo o mesmo e respirando fundo enquanto o ligava.

Fazia um bom tempo que eu não estudava mais à respeito de doenças mentais, ainda mais as que ao meu ver, se encaixam no Justin.

Entro na página que eu tinha salvo e fico entediada ao perceber que de fato, já tinha lido absolutamente tudo aqui, então devido abrir outra aba e ir mais a fundo.

— O que leva uma pessoa a se isolar? — Digito enquanto mordo o lábio nervosa, vendo que diversas abas se abrem, mas a que me surpreende, é a que possuí um título bem direto: "Isolar-se é fugir de si mesmo e do mundo". — Porra. — Murmuro porque é exatamente isso, o Justin vive só no seu próprio mundo, com suas regras. Ou bem, pelo menos no mundo que ele construiu à sua volta.

Eu abro essa pagina e começo a ler mais e mais da matéria, pensando que tudo o que ali tinha, me lembrava à ele.

— Quando a pessoa se isolar, embora você esteja com raiva dela, deve por o sentimento de lado e mostrar que ela lá para ela. — Minha cara de quem vai ficar na volta dele implorando por atenção, por favor né. — Quando a pessoa sentir que não pode se abrir ou conversar, apenas se isolará mais, ao ponto de não mostrar nem emoções. — E não é que ele está quase lá? Sério mesmo.

Como eu vou tentar ajudar alguém que nem sequer sabe que precisa de ajuda? Como ajudar um idiota que quando percebe que está começando a se abrir, só se fecha cada vez mais? Porra, eu não sou a pessoa mais paciente do mundo, sou ansiosa demais, não sei como esperar e ver no que vai dar, isso sim é difícil para mim.

Batem na porta e eu fecho o computador por reflexo, vendo que em seguida, a Simone entra no meu quarto com uma bandeja em mãos, me olhando com um sorriso simples no rosto.

— Eu sinto muito que eu tenha que trazer a comida aqui. — Ela fala devido ao fato de e não poder sair.

— Simone, eu não sei o que passou na mente dele, eu juro. Ele do nada levou os gêmeos e simplesmente não me queria falando com ninguém, isso é algo doido! — Eu falo e ela suspira, olhando em direção à porta após largar a bandeja, como se fosse para ver se algum dos seus homens estava ou não na porta.

— Querida, para o meu próprio bem, eu de fato não posso falar muito, mas sinceramente? Não só eu, mas todos os funcionários do senhor Bieber, pedimos que você tenha paciência com ele. — Certo, por essa eu realmente não esperava.

— Como ter paciência se ele só sai por ai ordenando coisas sem nem sequer se preocupar com o que os outros querem?

— Ele teve uma vida difícil.

— Com certeza, ser rico desde o berço deve ser péssimo. — E ela nega.

— Você sabe que eu trabalho para essa família à anos, então posso dizer que geralmente foram apenas ele e o seu pai, isso quando o avô dele não vinha aqui às vezes. — Ele fala com uma expressão mais séria, me fazendo estranhar.

— O avô do Justin?

— Ele era o pior. Pegue o Jeremy e o Justin, e nem juntos dá 1% daquele homem. Ele era um estuprador, pedófilo e realmente fazia o que bem entendia, como se fosse comum. Você acha o Justin frio? Isso é porque você não teve convivência com aquele homem. — Ela fala e eu respiro fundo, suspirando e pondo a mão na barriga.

— Ele já abusou do Justin? — Eu vejo que ela fica meio receosa. — Simone, eu juro pelo meu filho que eu nunca vou abrir a boca sobre isso com ele. — Falo nervosa, vendo que ela vai até a porta e a fecha, apontando para a comida, querendo que eu me alimente.

— Depende do que você considera abusar. Sexualmente nenhum dos dois tocou no senhor Bieber, eu mesma sempre mantinha um olho, não que fosse os impedir, mas depois da morte de sua mãe, ele não tinha mais ninguém. — E é nesse ponto que eu quero entrar. Esse é um assunto que eu quero entender bem mais por dentro.

— O que aconteceu com ela?

— O senhor Bieber acha que ela queria fugir e o levar para um lugar distante, para o matarem, mas obviamente essa não era a verdade. Sempre que o pai do Jeremy vinha visitar, ele colocava mil e uma coisas em sua cabeça, causando mais alvoroço entre ele e a senhorita Patricia. — Ele fala nervosa, me fazendo concordar. — Então quando ele ia embora, os dois brigavam como nunca, ele batia nela e depois de dois dias, estavam bem, mas dessa vez.... Os dois bateram nela, ambos a "usaram". — Ela fala meio séria, me fazendo cobrir a boca com minhas mãos aos sentir todos os pelos dos meus braços arrepiados.

— O Justin viu?

— Depende de qual das vezes, o Jeremy fazia às vezes ele ficar parado e olhar tudo. Ele até mesmo a matou na sua frente, sem nenhuma piedade. — Ela diz séria, me fazendo sentir os meus olhos marejados. — Aquele foi definitivamente o piro dia da vida do Senhor Bieber. Lembro que ela me pediu ajuda para conseguir o levar do quarto até a parte de fora sem o Jeremy e seu pai descobrirem, então quis manter os dois o máximo de tempo possível no escritório, mas obviamente eles sabiam que tinha algo errado. — Ela fala com um fio de voz, mas eu nego.

— Continua. — E minha voz sai ainda mais fraca do que eu esperava.

— Eu tentei falar com o Justin depois, mas com o passar dos dias o Jeremy proibiu que qualquer um de nós sequer olhássemos para o menino, pois sabia que nós iríamos lhe contar a verdade.

— Mas Simone, você veio com ele para cá! Como não lhe contou a verdade? Como você pode deixar ele passar a vida toda imaginando que nunca foi amado? Que ninguém jamais se importou? — E eu sei que não deveria, mas a minha raiva fala ainda mais alto quando imagino um Justin indefeso e sozinho, chorando pelos cantos enquanto seguia sendo enganado.

— Eu sei que deve parecer fácil, mas não era. O que quero dizer é... Eu acho e espero que ainda existe algo dentro desse homem que pode ser salvo.

— Mas... Eles... — E eu não sabia nem sequer o que falar, apenas sentir. — Simone, como ele era quando menor? Antes de tudo isso acontecer?

— Querida, o Jeremy sempre foi bruto com ele, isso é fato, mas a mãe dele... Ela era uma das pessoas mais doces que eu já conheci, foi uma pena ela ter se envolvido com as pessoas erradas, acredite. O senhor Bieber até uns 5 ou 6 anos, estava sempre correndo de um lado para o outro e gargalhando, querendo ajudar a fazer tortas ou até mesmo a passar o aspirador no carpete, era algo que o relaxava. — Ela fala sorrindo fraco, como se fosse uma memória extremamente distante.

— Eu nunca o vi gargalhar, nem sequer sorrir direito.

— Isso é por conta da morte de sua mãe, depois disso, o Jeremy começou a pegar mais pesado ainda na sua criação, fazendo ele acreditar que o amor não existe, que é apenas parte de um conto de fadas. — E eu não consigo nem comer a comida na minha frente, pois tudo isso ainda é muito chocante para mim. — O Jeremy era mais duro com ele do que ele é com os gêmeos. O Justin não podia ter as refeições com ele ou sequer ir para o seu quarto, era algo muito mais restrito. — E eu nego para mim mesma, sentido as lágrimas caírem cada vez com mais intensidade.

— Como... Como você acha que ele seria, se tivesse uma família diferente? — E nesse momento ela fecha os olhos e sorri de lado.

— Quando ele tinha 6 anos, ele sempre falava que o sonho dele era ser Chef de cozinha, porque ele adorava me ver cozinhar, que a única parte que não gostava era de limpar. Mas é claro que depois que ele falou isso na frente do pai, lhe rendeu o primeiro ferro quente em cheio nas costas, ele tem a marca até hoje. — E eu nego desesperada, levantando e secando as lágrimas com o meu corpo todo completamente arrepiado, sentindo uma dor dentro de mim, como se eu pudesse ter o ajudado e não fiz isso, embora não seja verdade.

— Por que ninguém fez nada? Por que ninguém o ajudou ou...

— Querida, você melhor do que ninguém sabe o que acontece nessa família caso você se meta onde não deve, acredite. É por isso que eu peço, pois sei que ele é uma pessoa ruim, mas eu queria algum dia poder alcançar aquela bondade dentro dele novamente.

— Você sequer acha que aquela bondade ainda existe? Que ele...

— Depois de tudo o que ele passou? Eu tenho certeza que não seria fácil, mas eu sei que se ele souber o que é ser amado, se ele souber como é quando uma pessoa se preocupa de verdade, ele definitivamente...

— Que droga você está fazendo aqui? — A porta é aberta de forma bruta, fazendo com que nós as duas nos assustemos e ela tente inventar algo.

— A pressão da moça baixou, só estava conferindo se...

— Você é uma empregada, não médica. Volte para a cozinha e não suba mais sem autorização. — E eu abro a boca para o mandar a merda, mas ela apenas nega para mim, como se mostrasse que simplesmente não vale à pena. — E você, termine isso rápido. — Ele fala e logo se retira, me deixando novamente, sozinha aqui dentro.

Se o Justin já é ruim e eu consigo achar o Jeremy pior, eu me pergunto como que não devia ser esse avô dele, provavelmente a pessoa que começou todo esse "negócio" familiar.

Eu juro que tento ficar com mais raiva dele pela maneira que ele agiu mais cedo, mas depois disso tudo... A sua mãe foi morta na sua frente, e ele até hoje acredita que ela ia o matar, que nem ela o amava. Como uma pessoa supera um trauma desses? Como alguém... Ele era só uma criança, mas que infelizmente não tinha ninguém mesmo para o defender, o que deixa o peso na minha consciência maior ainda.

Eu quero saber mais, eu quero entender como tudo isso aconteceu, eu quero o ajudar, mas eu não sei como! Ele não se abre, eu mal tenho permissão para ir na cozinha, como sequer falar com a Simone? Sendo que se eu abrir a boca, é ela quem se ferra, então de maneira alguma vou fazer isso.

Eu abro o computador novamente e leio as palavras na tela, me fazendo suspirar de maneira pesada.

Teria eu que deixar meu orgulho de lado, dando o braço a torcer e falar com ele? Como se nada tivesse acontecido? Como se infelizmente, ele não tivesse me cortado com suas malditas palavras? Sério mesmo?

Eu passo pela bandeja e não como nada, apenas pego meu celular e destravo o mesmo, respirando fundo e suspirando, ainda sentindo as lágrimas em minhas bochechas.

Por que eu me importo? O cara só fode com a minha vida, por que eu não consigo deixar ele se ferrar? Simplesmente... Parece que não dá, que as coisas não funcionam assim, que meu coração não funciona assim, pois eu não consigo.

Disco o seu número e respiro fundo, tentando deixar o 1% de raiva que eu tenho dentro de mim, de lado.

— Eu espero que esteja morrendo, pois se me ligou sem necessidade teremos problemas. — Ouço sua voz sonolenta e suspiro.

— Estava dormindo?

— Interessa?

— Sim, sinto muito por ter te acordado. — Digo séria, percebendo que ele fica surpreso pela minha resposta sem grosseria.

— Você ah... Precisa de alguma coisa? Aconteceu algo?

— Apenas... — E nessa hora eu mordo o lábio nervosa. O que é que eu quero? Por que eu o acordei no meio do seu sono com uma ligação?— Eu queria lembrar você de trazer o meu presente.

— Do que está falando?

— Já esqueceu? Eu quero um globo de neve.

— Hernandez, eu...

— Não, eu não quero saber onde vocês estão ou quando voltam. Apenas... Me surpreenda e compre um como o último, ou sequer mais bonito ainda se achar. Certo? — Murmuro nervosa, ouvindo apenas o som de sua respiração do outro lado da ligação. Bem, pelo menos ele não desligou na minha cara, isso já é um grande começo.

Continua... Formulário do Q&A está nas notas finais!

Notas finais:

Gente, acho que esse flashback até o momento foi o mais importante de TODOS!

Eu já falei e repito, nada nunca vai mudar o fato de que ele já bateu na megan e fez cagada, mas preciso que entendam o que o levou a ser assim! Eu espero que um dia ele consiga melhorar, mesmo que faça isso sem mudar sua essência!

Agora os nossos AVISOS IMPORTANTES:

1 - (JÁ QUE PASSAMOS DOS 1500 FAV NO SPIRIT) Eu prometo que vou postar o próximo antes que feche 24 horas, provavelmente amanhã lá depois das 19h, depende de muitas coisa! Eu quero pedir que COMENTEM bastante!!!

2 - Eu vou por aqui o link do Q&A, para quem não sabe é meio que uma maneira de vocês perguntarem para os personagens ou autora algo que sempre quiseram! Pode fazer mais de uma pergunta, mas uma de cada vez! Participem que depois do cap duplo o próx vai ser com as respostas!! <3

link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdVyFFGT5ynpE8_BkBd1gKQ9oGmoREUggaGJ7fKj_4QdPQ_hg/viewform

ACHO QUE É ISSO, COMENTEM PRA PORRA E NOS VEMOS NO PRÓXIMO.

All the love. H

PS: HOJE ASSISTI DUNKIRK E QUASE MORRI! A ATUAÇÃO DO HARRY FOI PERFEITA DEMAIS, ORGULHO DEFINE E MUITO <3

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