Criminal Blood

By stealmyziall_

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Pode-se dizer que para nós, os Biebers, a definição de família não é a mesma que para os outros. Nós não cria... More

1 - Prólogo.
2 - You Own Me, Bitch.
3 - I Will Knock You Up.
4 - New Reality.
5 - Positive.
6 - Unbelievable.
7 - Making Friends.
8 - Better Than One.
9 - Accidents Can Happen.
10 - Part Of Me.
11 - Kidnapper.
12 - No Escape.
13 - Black.
14 - Daddy's Way.
15 - Four Walls.
16 - Past Is In The Past.
17 - Do You Mind.
18 - Training Mood.
19 - I Do This Often.
21 - Family Business.
22 - Or Nah?
23 - Mind Your Own Life.
24 - Still The Same.
25 - Back To Sleep.
26 - Weakness.
27 - I am all Fucked Up.
28 - Privacy.
29 - Question & Answers: CB.
30 - I Would Love To Hate You.
31 - I Got Your Back, Girl.
32 - Partition.
33 - Good and Bad Decisions.
34 - Grey.
35 - You Ruin Me.
36 - I Did What?
37 - Some Facts.
Personagens De Criminal Blood.
Criminal Blood No spirit.
38 - Wet It All.
39 - Memories On.
40 - Break Free.
41 - Bound To You.
42 - There For You.
43 - Bad Dreams.
44 - Up And Down.
45 - Family Sucks.
46 - Ghosts.
47 - Fix You.
48 - Sign Of The Times.
49 - All That Matters (Penúltimo).
50 - Wicked Games (FINAL).
Agradecimentos.
Trailer 2 Temporada!
2 TEMPORADA DISPONÍVEL!
CONTINUAÇÃO 2 TEMPORADA
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20 - Born To Be.

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By stealmyziall_




       

"Sou orgulhosa de quem eu sou. Sem mais monstros, eu posso respirar novamente. Ah, às vezes, eu rezo por você durante a noite. Algum dia, talvez você vai ver a luz . — Kesha (Praying)."

Megan's Point Of View.

16 de abril de 2017.

1:23 p.m

Toronto, Ontário - Canadá.

Olho com uma certa repulsa para a salada na minha frente, mas como calada e fico apenas mastigando e tampando o nariz, querendo ao máximo não conseguir sentir o cheiro do brócolis que está a centímetros de mim.

Digamos que antes de vir morar aqui nessa casa, a minha alimentação não era de fato a melhor. Meu pai nunca soube cozinhar e eu como passava o dia na faculdade ou trabalhando, não tinha muito tempo de parar na cozinha e conseguir preparar algo agradável e saudável o suficiente para nós. Talvez por isso eu não seja grande fã de vegetais, verduras, legumes e muito menos frutas, mas é claro que isso não faz a mínima diferença para o senhor Bieber aqui na minha frente, pois segundo ele eu estou sendo paga para comer até merda se ele me mandar, então o que resta é fechar os olhos e por na boca, um pensamento que na realidade pode até mesmo ter duplo sentido se eu parar para pensar.

— Não tem absolutamente nada a ver, Zac! — O Dylan praticamente grita, fazendo só então eu perceber que eles estão discutindo na mesa enquanto comem.

Ergo o olhar quando sinto alguém me observando, então quando minha cabeça já está mais ereta eu suspiro e percebo que o Bieber tem seus olhos fixos em mim, mais precisamente nos meus seios, os mesmos que estão à mostra devido ao decote que eu estou usando.

Por que é que homens tem essa tesão toda por peitos? É algo que eu não entendo e sinceramente não faço nem questão de tentar, pois é algo que definitivamente posso usar ao meu favor, pois seu olhar ainda segue sobre mim, isso de forma bem descarada.

Então só para provocar mais, eu ergo a mão para ajeitar o "sutiã", mexendo nos meus seios e os erguendo, fazendo eles saltarem ainda mais com o fino sutiã que eu estou usando hoje.

Se tem uma coisa dessa gravidez toda que eu gosto, é o fato dos meus seios terem crescido. Não sei se sou só eu, mas tenho essa mania de por a mão por baixo do sutiã e segurar o meu próprio o peito. O que sim, é estranho, mas ao mesmo tempo é assustador por ser assim tão confortável.

— A Megan fazia enfermagem, ela deve saber então. — O Zac supõe, fazendo com que eu me vire e foque minha atenção nas duas crianças que ainda discutem.

— Estão falando sobre o que?

— Por que várias vezes quando a gente acorda o nosso pau está duro? — E sabem o brócolis que estava na minha boca? Eu me seguro para não o cuspir no meu prato.

— Quantos anos vocês tem mesmo? — Ironizo com uma certa raiva na minha voz.

— 12, esqueceu? — O Dylan fala como se eu realmente não soubesse, me fazendo suspirar de uma maneira mais pesada.

— Mas vocês não são sexualmente ativos, não é? — Arqueio a sobrancelha e mesmo sem sorrir, sei que o Bieber está entretido com esse assunto.

— Ainda não, é nosso presente de 13 anos. — O Zac fala, parecendo até mesmo animado. — Mas a gente já recebeu boquete, então conta como algo. — Ele fala realmente pensando alto, me fazendo negar.

— Bem, podem existir dois motivos para isso: ereção involuntária durante o sono e bexiga cheia.

— Ereção involuntária com sonhos eróticos? — O Dylan fala e eu pego um guardanapo para limpar a minha boca, bebendo mais água em seguida, pois sinto que vou precisar falar bastante aqui.

— Você tem sonhos eróticos com quem? — O seu pai pergunta em um tom menos duro do que o comum, me fazendo ver que o Dylan ia mesmo responder a pergunta, não se sentindo nem um pouco desconfortável com a mesma.

— Eu não preciso saber disso, então preste atenção. Todo homem tem quatro ou cinco ereções involuntárias durante a noite, quando está dormindo, mas como elas vêm e vão durante os momentos mais pesados do seu sono, normalmente ele nem se dá conta. — Explico, vendo que os dois parecem confusos.

— Mas que sentido faz a gente ficar com o pau duro de noite? — Se esses demônios não soubessem ainda o que é gozar, provavelmente não teriam isso com tanta frequência.

— É um mecanismo de "autodefesa" do pênis, para prevenir a fibrose dos corpos cavernosos.

— Em outras palavras? — O Zac pergunta.

— Para evitar que o pênis perca sua função por falta de uso, o corpo providencia ereções involuntárias. Isso acontece durante o período de sono mais pesado, chamado de sono "REM", quando os nervos do sistema nervoso simpático, que normalmente inibem a ereção, são sobrepostos pelos do parassimpático, que estimulam a ereção. É como se os primeiros fossem desligados e os estimuladores atuassem sozinhos. — Tento simplificar, vendo que agora sim eles parecem entender de uma vez.

— Isso não pode acontecer durante o dia? — O Zac fala curioso, me fazendo segurar o riso ao imaginar ele e o Dylan caminhando na rua com os mesmos eretos do nada.

— Isso também pode acontecer durante o dia, mas normalmente o cara se alivia antes de armar a barraca. Ou seja, tente não segurar a urina por tanto tempo. — Eu falo, vendo que o pai deles concorda, como se já soubesse disso.

— Tanto que fisicamente falando, o homem tende a ter a bexiga maior, tendo assim, uma capacidade maior para segurar a urina. — Ele fala sério, como se toda a explicação tivesse vindo dele, e não de mim.

— Ah sim? Qual a diferença entre os tamanhos? Das bexigas? — Pergunto querendo ver se ele de fato saberia me responder.

— Aproximadamente 100 ml, é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga. — Eu odeio que ele realmente saiba um pouco sobre tudo. — Por isso que na gravidez sua vontade de mijar sempre aumenta de acordo com o crescimento do bebê, porque o útero estica com o bebê dentro, então ocupa mais espaço ainda na bexiga, não deixando muito para armazenar a urina.

— Certo, doutor Bieber. — Ironizo, vendo que ele arqueia as sobrancelhas ao pensar em algo.

— Eu não me importo que me chame assim na cama, já me deu até uma tesão. — Ele fala sarcástico, vendo o sorriso na face dos seus filhos. Eu mal posso esperar o dia em que eles os dois vão parar de idolatrar tanto assim esse ignorante do pai. — Já terminaram de comer? — Ele pergunta para os dois, vendo que concordam e levantam, melhorando a postura. — Hoje vocês tem treino físico com o Beadles, então sugiro que vocês se direcionem até o quarto, para se trocarem. — Ele fala e eles concordam. — Agora. — E nesse momento ele fala mais exigente, me fazendo observar com calma enquanto vejo seus dois filhos levantando e saindo da sala de jantar.

Bem, agora que os meninos não estão aqui... Hora de por o meu plano em prática.

— Justin... — Chamo manhosa, começando a mexer no cabelo e chegando até mesmo a fazer um biquinho, vendo que ele fecha os olhos e respira fundo, como se soubesse exatamente que esse não é meu estado natural.

— O que você quer? — Ele pergunta sério, levantando e me vendo fazer o mesmo.

— Sabe, eu queria muito transar de novo. — Falo mordendo o lábio, indo até ele e chegando até mesmo a passar minha mão pelo seu braço, querendo causar uma reação que seja nele.

— E?

— Bem, eu sei que você gostou do sexo que fizemos, porque foi diferente, então o que acha de fazer algo diferente de novo? — Eu pergunto sorrindo, vendo que ele enruga as sobrancelhas e me encara sério, mas não recusa de primeira.

— Que seria?

— Nunca viu aqueles videos onde o homem e a mulher colocam comida no corpo um dos outros? Eu estava pensando em chantilly, ou é claro que se quiser podemos fazer isso com outros tipo de doces. Como caramelo, chocolate, mel e... Eu já falei chocolate? — Me faço de sonsa, vendo que ele nega na hora, sem nem sequer pensar no assunto.

— Eu já falei, nada de chocolate. — E eu não vou desistir.

— É sério, você tem trauma de chocolate? Fobia? — Eu pergunto desesperada, começando a perder a paciência.

Podem achar que eu estou exagerando, mas esperem ficar grávidas e ter um único desejo que seja. Garanto que não será nada bom.

— Pelo contrário, acho bem gostoso. — Ele fala e então vai até a cozinha, me fazendo o seguir e arregalar os olhos quando vejo que ele pega uma barra de chocolate do armário na maior cara dura, praticamente esfregando o doce na minha cara.

— Com cookies ainda? — O fuzilo, vendo que ele abre a embalagem com calma e tira um pedaço, pondo na boca e mastigando de forma lenta.

Eu caminho até ele com raiva e ele ergue o braço, não me dando uma única chance que seja. Eu então muito esperta, desço a mão e aperto o seu pênis, mas nem isso faz ele baixar o braço.

— Qual é, já apanhei muito no meu pau, ele tolera bastante dor. — Eu deveria é quebrar esse maldito pênis.

— Por favor... — Eu cruzo as mãos, implorando. — Você não está entendendo, eu realmente... Você não vai fazer isso. — Eu falo sem acreditar, vendo ele terminar de comer todo o chocolate, não me dando um único pedaço que seja. — Tudo bem, eu juro que você vai pagar por isso. — Falo séria, saindo da cozinha e escutando seus passos atrás de mim.

— Você tem aula de luta com os meninos, vá se vestir. — Ele fala frio, passando por mim e subindo, não me dando nem tempo nem de reclamar.

— Filho da puta. — Falo para mim mesma, subindo e indo em direção ao meu quarto para trocar de roupa, mas ainda com o peito ofegante devido a minha raiva evidente em relação à ele. Juro que cheguei até mesmo a salivar pelo maldito doce.

Assim que ponho uma roupa esporte, escovo os dentes e amarro o cabelo, logo saio do quarto e desço, começando a seguir os gêmeos para o centro de treinamento.

Eu sei que muitos se perguntam porquê diabos o Bieber quer que eu aprenda tudo isso, mas pelo que ele fala, é pelo bebê. Ele quer que eu esteja saudável e sempre em forma, então né, não é como se eu tivesse muita opção quando se trata de aulas físicas.

O estimado é que eu chegue a engordar de 7 a 9 quilos durante a gravidez, não danificando nem o meu corpo, e muito menos a formação do bebê que está crescendo na minha barriga. E sim, eu sei que isso parece impossível levando em consideração que existem mulheres que chegam a engordar 24 quilos ou mais, mas o "doutor" Bieber disse que eu não sou todo mundo, então não deveria me preocupar com isso.

— Chris, você quer que a gente começo com os abdominais? — O Dylan pergunta, já tirando a camisa na minha frente e me fazendo sorrir.

— Nossa Dylan, na minha frente não. — Ironizo, fingindo que fiquei com calor por ele estar só com as calças de treino, o vendo rir e erguer o dedo do meio para mim.

— Só não baba depois. — Ele fala sério, fazendo até pose para mim, me fazendo concordar, como se isso fosse mesmo acontecer.

— Eu quero que comecem com voltas na quadra. No mínimo 20, andem. — Ele fala cruzando os braços, então vejo que os gêmeos já começam a correr. — Hernandez, você pode ir para a esteira e só aquecer com 5 minutos mesmo. — Ele fala indo até a mesma e eu concordo, subindo e vendo que ele fica do meu lado para controlar a velocidade.

Começo a caminhar e me sinto um pouco desconfortável com ele do meu lado sem trocar uma palavra que seja comigo, então penso em como começar um assunto não tão "aluna e professor".

— Mas então, você se chama Chris, certo? — Pergunto tentando puxar assunto, recebendo um olhar sério dele, como quem dissesse que não é pago para responder minhas perguntas idiotas.

— Beadles, é assim que me chamam assim. — Ele fala sério, mas eu nego.

— Seu primeiro nome não é Beadles, seria retardado caso fosse. Então é Christiam Beadles? — E novamente, sou ignorada com sucesso. — Eu sei que temos o Charles Somers, Ryan Butler e então você, não é? Vocês são os três principais professores dos meninos. Tanto dando aulas em uma sala, como em centros de treinamento e na parte física. Então vocês não são burros. — Eu suponho, vendo que ele balança a cabeça de forma negativa.

— Não precisa memorizar nossos nomes ou o que fazemos aqui, só mais alguns meses e você nunca mais vai precisar nos ver. — Ele fala se virando e olhando os meninos. Nossa, é bem grosso mesmo esse idiota. — Pode descer, agora vocês os três vão por as luvas e começar a treinar nos sacos. — Ele fala desligando a esteira e eu só desço, não querendo mais falar com ele.

— Anda, Dylan. — O Zac provoca, acertando um soco no irmão que ainda colocava a luva, mas logo ele é chutado pelo gêmeo, começando a se irritar. — Filho da puta. — E ele acerta o Dylan na barriga, mas o mesmo nem se afeta com isso, pois devolve o golpe com mais força ainda.

— Eu falei para acertarem os sacos, não um ao outro.

— Mas a gente também tem sacos. — O Dylan justifica, me fazendo rolar os olhos e começar os meus golpes no equipamento que está na minha frente.

Eu fico acho que 15 minutos passando pelo circuito que ele havia montado, que incluía polichinelos e pular corda, mas é sério, estou cansada.

— Não ouse encostar essa bunda no chão. — O Beadles fala quando eu ia sentar, me repreendendo com um olhar nada bom.

— Eu estou cansada.

— É uma pena, nós estamos apenas começando. — Ele caminha até mim e olha em volta, tentando pensar em algo que eu poderia fazer a seguir. — Vá fazer 20 minutos no elíptico e depois você pode fazer os abdominais. — Ele fala sério, então eu concordo e vou para o aparelho, o ligando e fazendo no nível 0, com nenhum peso mesmo porque não sou obrigada.

Seguro em uma parte do elíptico e com a ajuda das minhas mãos, vou me movimentando nessa maquina dos infernos. Juro que se a intenção desse aparelho é fazer com que eu me sinta uma retardada por mover minhas mãos sem saber se estou me mexendo para frente ou para trás, está dando certo.

— Meninos. — Ouço essa voz e juro que a ânsia de vômito chega a subir pela minha garganta.

— Pai. — Os dois falam melhorando a postura e ficando mais eretos, encarando enquanto o grande Justin Bieber se aproxima deles, os olhando de cima à baixo.

Justin Bieber's Point Of View.

16 de abril de 2017.

3:42 p.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

— Sim, eu entendi isso. — Falo para o meu tio, o mesmo que conversa com alguém pelo outro lado da linha. — Mark, você consegue se concentrar em duas coisas ao mesmo tempo? Ou preciso ir para o México nesse instante e te dar uma surra para que aprenda que eu detesto esperar? — E agora sim consegui sua atenção.

— Eu estava falando com um dos seus primos.

— Eu não perguntei o que estava fazendo, pouco me importa. Eu estou ligando porque vi pelas câmeras do monitor que à dois dias você teve um assalto em uma de suas boates.

— Eu já...

— Você não lidou com isso e nem irá lidar, pois você é um preguiçoso de merda, que realmente é desligado o suficiente para não perceber que o ataque foi feito por alguns de seus próprios funcionários.

— Bieber, você espera que eu faça o que?

— Que não seja um covarde de merda.

— Não esqueça que eu tenho idade para ser a porra do seu pai.

— E você não esqueça que ainda tem muito o que aprender comigo.

— Eu... — E ele não termina a frase, é claro que não termina porque não tem a coragem para isso.

— Você sabe como lidamos com tudo, fazemos as coisas com medidas extremar. Você sabe o quanto eu detesto que pisem por cima de mim.

— Roubaram de mim.

— E você trabalha para quem? — Falo com muita ignorância, sabendo que ele está louco para me mandar a merda, mas sabe ao mesmo tempo que de nada vai lhe adiantar.

— O que quer que eu faça?

— Que pare de ficar comendo vagabunda e vá matar os caras, mostrando para todos que não brincamos em serviço. Nós temos a porra de um nome a zelar, a porra de um nome que assusta até mesmo o presidente dos Estados Unidos. — Exclamo e ouço apenas a sua respiração do outro lado, então passo a mão pela cabeça e apoio melhor minhas costas na poltrona que eu estou sentado do meu escritório. — Você mesmo falou que tem idade para ser o meu pai, então seja um adulto e lide com os seus problemas sem que eu tenha que me meter.

— Eu não achei nada de grandioso. A cidade está em guerra, todos estão desesperados por dinheiro.

— E isso não é problema nosso. Cagamos dinheiro e eu quero que continue sendo assim. Quero que mesmo com a cidade em guerra e todos com problema, ninguém se meta conosco.

— Certo, irei tomar providencias. — Ele fala e eu concordo para mim mesmo, erguendo minhas pernas e pousando ambas sobre a minha mesa.

— E espero que da próxima faça isso sem que eu precise ficar te ligando para ver ou não o que fez. Sabe o quanto eu detesto ter que lidar com essas merdas que deveriam ser responsabilidades de vocês. — E com isso eu realmente desligo na cara dele, sem conseguir acreditar que meus filhos de 12 anos sabem ser mais espertos do que meus tios que são bem mais velhos do que eu. Me pergunto como posso ter parentes assim tão burros e estúpidos, é algo torturante.

Coloco meu celular sobre a mesa e vejo os papéis que tenho soltos na mesma, vendo as cópias de contratos que alguns parentes meus fizeram com uma nova firma de eventos, que vai nos ajudar na questão de marketing com as campanhas que promoveremos no mês que vem, para termos ainda mais lucro.

Eu e meu pai realmente comandamos tudo, até mesmo a chegar ao ponto de termos que cuidar dos passos que nossos parentes dão, tendo a certeza de que não teremos mais merda ainda para o nosso lado. E acho que essa é a minha preocupação com os gêmeos, esse é o fato em si, eu não quero ter que me preocupar se eles estão ou não fazendo o seu maldito trabalho de forma certa.

Os treino desde pequenos para que eles sejam os melhores e nada mais do que isso. Os treino para que eles possam manter assuntos com pessoas de quaisquer níveis sociais que sejam. Faço isso para que eles também não precisem de paus mandados para fazerem seus serviços, para que eles sejam capazes de "por a mão na massa" quando necessário.

O treinamento deles é algo que eu fiz questão de estudar muito e programar com cuidado. Já cheguei até mesmo a ter psicólogos como funcionários, para que pudessem os avaliar com calma e ver em que ritmo deveria seguir com eles.

Eu sou bem mais calmo que o meu pai, mas chego a ser mais exigente que o mesmo. Nunca faltou nada para o Zac e o Dylan, então não quero nem sonhar que eles no futuro vão se tornar incompetentes ou burros como nossos parentes. Quero que eles sejam como o meu pai e eu, quero que eles me dêem a porra de algum orgulho que seja.

Eles já tem 12 e nesse ano farão 13, então só mais dois anos para que eles comecem a ter filhos e ter rotinas mais pesadas, não precisando que eu os leve comigo para cada mínimo lugar que seja.

Quando eles forem mais velhos, irão ser separados e governarão países de porte grande e com economias maiores ainda, então preciso que eles entendam a responsabilidade que terão sobre seus ombros.

Sim, eles não pediram por essa vida, mas o que lhes resta é aceitar a mesma e simplesmente a viver da melhor maneira possível. Mesmo que isso ainda vá os fazer me odiar, não preciso que eles gostem de mim, apenas que me respeitem e não esqueçam que se eles são o que são, é por causa minha.

Levando da poltrona sentindo que o assunto com o meu tio realmente me irritou e não me deixou assim no meu melhor humor, então percebo que teria que extravasar minha raiva de alguma maneira que seja, por isso decido ir até o centro de treinamento e fazer isso de uma maneira positiva.

Saio do escritório e caminho por meus funcionários, vendo que todos baixam a cabeça quando eu passo, não mantendo contato visual comigo.

No início isso não era uma regra, mas acho que eles começaram a baixar a cabeça por mais medo do que respeito, o que no fundo se misturou com o passar dos anos para eles.

Eu caminho pelo meu jardim e antes mesmo de entrar no ligar eu consigo ver o interior pelas portas de vidro.

Vejo a Megan no elíptico como se fosse uma morta-viva, fazendo questão de tentar mostrar para o Beadles que ela não está nem um pouco contente ou satisfeita com o exercício, mas obviamente ele não está nem se fodendo para isso.

Meus olhos então vão até os gêmeos, os mesmos que estão brigando entre si e rindo disso, como se fosse um "treinamento de verdade".

As portas são abertas para mim e eu respiro fundo, sabendo que teria que manter a minha calma e lhes passar uma bela mensagem agora, essa mesma que se for bem recebida, irá apenas os fortalecer ainda mais.

— Meninos. — Digo de forma alta e ambos já param de brigar, ficando com as posturas retas e me olhando com a cabeça erguida.

— Pai. — E eles falam juntos, me fazendo intercalar o olhar entre ambos antes de continuar.

Megan's Point Of View.

16 de abril de 2017.

4:02 p.m.

Toronto, Ontário - Canadá.

— Zac, você primeiro. — Ele fala e eu não posso evitar prestar atenção no que ele fala ou faz, então até paro de me mexer e fico os encarando, querendo ver onde que isso tudo iria os levar. — No início não vou devolver, mas depois... — Ele fala sério, tirando a camisa e agora sim fazendo eu sentir um calor aqui.

Maldito filho da puta com esse maldito tanquinho.

Eu arregalo os olhos quando vejo o Zac ir para cima do pai com tudo, virando o braço e fechando o punho, acertando em cheio o nariz do Bieber.

— Merda. — Falo descendo do elíptico, vendo que em seguida o Zac ergue o joelho e acerta as partes intimas do pai, logo mais uma vez socando o seu rosto, mas dessa vez no olho.

— Você avança muito, Zac. Permaneça distante e deixe os seus movimentos serem rápidos e precisos, não ataque ele com o seu corpo sobre o dele. — O Chris fala sério, cruzando os braços e vendo quando o Justin com um só braço, empurra o Zac e o faz cair no chão com tudo.

— Bieber. — Falo séria, querendo alertá-lo, mas ele caminha até o filho e o chuta na barriga, fazendo eu ver o Zac levantar como se de fato, não tivesse nem sequer sido atingido.

— Mais alto. — O Justin fala quase sendo acertado no rosto, mas segurando o punho do Zac, pois ele havia o acertado muito "embaixo". — E não deixa a barriga desprotegida. — Ele ergue e chuta o Zac tom tudo, fazendo ele cair no chão e começar a tossir. — E quando cair, tem que levantar, não ficar no chão. — Ele ergue o filho pelo PESCOÇO, levantando ele de forma alta com um só braço, como se na realidade, ele não pesasse absolutamente nada.

— Pai, ta machucando. — Ele fala tentando se soltar, mas vejo a frieza no olhar do Justin, o que me assusta mais ainda. Pois o ver com esse sangue frio já é algo péssimo, mas essa frieza com os filhos, os machucando de propósito... Que merda de criação é essa?

— Bieber. — Chamo, vendo que o Zac não estava conseguindo respirar.

— Se ele quer, ele se solta. — Ele fala frio demais, mas logo suspiro de alivio quando vejo que o Zac chuta o rosto do Justin com tudo, o que faz ele baixar a mão, mas obviamente de forma controlada.

— Porra. — Ele fala pondo as mãos no pescoço e tossindo, fazendo eu ver que ele tinha marcas roxas na volta do pescoço que foram causadas pelas mãos do pai.

— Você está bem? — Pergunto de forma realmente preocupada.

— É óbvio que ele está bem, mas também poderia estar morto se eu quisesse. — Ele fala arrogante, chamando o próximo gêmeo. — Eu não estou com paciência, então ande. — Ele fala e antes mesmo de abrir a boca novamente, o Dylan o acerta em cheio no nariz, o empurrando com força, quase que contra a parede.

Ele está com raiva, é evidente. Ele está com raiva pelo que o Justin fez com o seu irmão, então vai simplesmente descontar o máximo que der nele.

— Dylan, use a cabeça, não o coração. — O Beadles avisa, mas ele não escuta, porque vira o punho com tanta rapidez, que o próprio Justin precisa de 1 segundo que seja para pensar no que fazer.

Ele chuta o joelho do Dylan, o fazendo cair e eu cubro a boca com a mão quando vejo que o Justin se ajoelha e agora soca o Dylan repetidas vezes, no entanto para não "judiar", ele baixa os socos para o seu estômago.

— Vamos, me acerta agora. — Ele ameaça, vendo que o Dylan não consegue nem sequer se mexer direito.

— Faça alguma coisa. — Falo para o Chris, vendo que ele parece estar em uma batalha interna, pensando diversas vezes se deve ou não se meter.

— Senhor Bieber. — Ele fala nervoso, caminhando até eles e o Justin se levanta, fazendo eu ficar horrorizada com a quantidade de sangue que saía do nariz do Dylan.

— Não lute as batalhas do seu irmão, se ele não é capaz de ter uma briga digna, que você seja. — O Justin fala limpando o sangue que cai de seu nariz, pois ele também apanhou bastante. — O leve até a enfermaria. — Ele fala para o Beadles, que concorda e carrega o Dylan, sendo seguido pelo Zac que nem olha para o Justin. — Que merda você está olhando? — Ele questiona ao me ver, eu apenas respiro fundo e suspiro, sabendo que brigar agora não adiantaria em absolutamente nada.

— Você não acha que às vezes é muito duro? — Eu pergunto e ele nega, pegando uma das toalhas brancas e passando pelo seu rosto, que tem uma mistura de suor e sangue. — Eles são crianças.

— Você viu o jeito que eles brigam? Eles sabem se defender, são treinados para isso. Não faria isso se não soubesse que estão prontos. — Ele se explica, percebendo que eu sigo o encarando. — Você não entende. — Ele fala saindo do centro de treinamento, então o sigo.

— Eu não entendo, então me explique. — Falo com mais calma do que o normal, precisando entender o que se passa na mente de um pai para construir uma relação assim com os filhos.

— Eu não preciso disso. — Ele vai passando pelo quintal, então eu o sigo.

— É sério, eu quero entender. Você acha que isso é bom, na sua mente faz sentido, então me explique.

— Nós vivemos nesse mundo. Se eu não quero que eles sejam mortos na primeira missão que forem, eu preciso deles dispostos e adeptos a dor. Eu preciso que eles sofram, que sejam machucados enquanto estão em casa, pois ai fora dela, nada será grande o suficiente para os atingir. — Ele explica, fazendo eu até mesmo parar para pensar a respeito do que ele está falando.

— É sério?

— Sim, eu não tenho prazer em ver o Zac quase vomitando e o Dylan imóvel sem conseguir se mexer. Querendo ou não eles são uma parte de mim, nunca vou querer os ver na merda. Por isso prefiro que eles sofram nas minhas mãos, pois eu controlo o que faço e nunca vou ter a intenção de os matar, diferente de muitos inimigos que podem vir a surgir.

— Você sabe o quando eles se dão bem e gostam de proteger um ao outro. Sabe que...

— Pois bem, eles precisam crescer. Pois o futuro que à eles foi dado não é nada simples ou fácil de lidar. Acredite. — Ele entra em casa e eu decido que vou continuar o seguindo, pois sinto que dessa vez realmente vou conseguir colher alguma informação que seja dele.

— Eu sei que não é fácil. — E com isso ele nega, subindo as escadas de forma mais rápida ainda.

— Não, você não sabe. O que era difícil na sua vida? Ter que estudar para um exame? E se não passasse o que acontecia? Seu pai te espancava ou queimava seu corpo com ferro quente? — Ele ironiza, fazendo eu respirar fundo e enrugar as sobrancelhas. Porque era isso que acontecia comigo, foi por isso que aprendi a não fracassar.

Só então ergo o olhar e vejo as marcas que ele tem em suas costas, eu sabia que o Jeremy já havia o queimado, e muito, mas mesmo assim, só de o imaginar assim mais novo e indefeso, é algo que parte até o meu coração.

— Com quantos anos ele começou a te bater? — Eu pergunto séria, vendo que ele estranha que eu o sigo até o seu quarto, mas não fala nada à respeito.

— Do que está falando?

— Seu pai, quantos anos você tinha quando apanhou pela primeira vez? — Entramos no quarto e eu mais uma vez não posso evitar notar cada mínimo detalhe aqui, pois é tão sofisticado que chega a ser absolutamente absurdo.

Ele fica calado, não querendo conversar sobre isso. Céus, acho que essa é a primeira vez que vejo que ele não me manda calar a boca ou a merda por ter aberto esse assunto.

— Onde você tem um kit de primeiros socorros? — Pergunto e ele enruga as sobrancelhas — algo que ele faz sempre que não tem a resposta na ponta da língua ou é pego de surpresa —, indo até o banheiro e ele mesmo pegando, pondo sobre a pia para cuidar de si mesmo. — Eu ajudo, vem. — Falo pegando a caixa e seguro sua mão, o puxando até o quarto e mostrando que ele deveria sentar na sua cama para que eu pudesse o ajudar.

— Por que está fazendo isso? — E ele não move um músculo quando seguro seu rosto, analisando a situação em que sua face se encontra.

— Porque faz tempo que eu não faço nada relacionado à minha futura profissão. — Ironizo, vendo que ele desvia o olhar do meu, olhando para suas mãos como uma "saída". — Ah... Você não se sente meio sozinho? — Me sento na sua frente, descendo o olhar e vendo as feridas que ele tem no abdome, diversas delas cobertas por tatuagens, mas ainda sim visíveis.

— Não. — Ele fala de forma fria, me fazendo suspirar e por álcool no cotonete, querendo passar diretamente sobre as feridas.

— Os gêmeos tem um ao outro, mas no seu caso desde pequeno foi só você, nunca teve um irmão.

— Eu nunca precisei. — Ele responde ainda mais sério, me fazendo concordar.

— Mas mesmo quando está aqui. Quando você não tem nada relacionado ao seu trabalho, você faz o que em casa? — E então pressiono o cotonete sobre as feridas, não ficando surpresa ao ver que ele não faz uma única expressão de dor que seja, pois sua tolerância obviamente é extremamente alta.

— Por que estamos falando sobre isso? — Ele pergunta e eu passo papel no seu nariz, percebendo que o sangue havia parado de escorrer.

— Porque eu sei que são coisas que você não conversa à respeito com ninguém, então está tudo bem. — Explico, pegando lenço humedecido e começando a passar pelo sangue já seco em seu rosto. — Você saber que os gêmeos gostam de você, não sabe? — E agora sim ele nega.

— Eles me enxergam como o cara ruim que os obriga a fazer todas as merdas.

— Não, eles te idolatram. Você precisa ver como eles falam a seu respeito quando não está. — Rio meio sem graça, mordendo o lábio e me inclinando um pouco mais para frente, passando o lenço sobre sua sobrancelha e os cortes na mesma.

— Você não deveria me odiar não? — Ele ironiza, me fazendo concordar.

— Eu te odeio, nada nunca vai mudar isso. Nem o ótimo sexo. — Falo dando de ombros, vendo que ele fica com uma expressão mais arrogante no rosto, mas que nem isso chega a ser um sorriso.

— Gosta do sexo, então? — Ele arqueia a sobrancelha, pondo a mão sobre a minha coxa e eu nego.

— Não vamos transar. Pelo menos não agora. — Falo olhando seu rosto e percebendo que ele está limpo, mas com o nariz um pouco inchado. — Vai querer por gelo? — Questiono e ele nega.

— Já quebrei tanto que nem sinto mais. — E ele dá de ombros, permanecendo sentado e eu o encaro de forma fixa, não fazendo nem questão de esconder. — No que está pensando?

— Te incomoda que eu esteja pensando enquanto olho para você? — Brinco e ele nega.

— Me incomoda não saber o que passa pela sua mente. — Ele justifica, me fazendo concordar e decidir me abrir.

— Você chegou a conhecer sua mãe, não é? — E agora sim ele fica mais emburrado ainda, levantando de forma mais bruta do que eu esperava.

— Já pode sair.

— Justin, me escuta... — Eu levanto e ele nega.

— Esse assunto não te interessa mesmo. — Ele joga na minha cara, me fazendo concordar e respirar fundo.

— Eu sei. Eu perguntei isso porque me veio outra coisa em mente.

— Que seria? — Ele fala de forma estúpida, fazendo eu começar a me perguntar se vou ou não me arrepender disso.

— Você já recebeu carinho? Físico ou emocional? — Eu finalmente pergunto, vendo que ele me ignora, pegando uma camiseta preta e querendo a por, para tapar as cicatrizes, mas eu nego e vou até ele, puxando a camiseta de suas mãos e a jogando no chão, não querendo mesmo que ele se envergonhe disso. Que ele se envergonhe de algo que não estava ao seu alcance.

— O que você quer?

— Me escuta... — Eu me aproximo ainda mais e toco suas costas, vendo que ele se vira em menos de um segundo, como se eu de fato fosse o atacar. — Calma.

— Eu estou calmo. Agora sai. — E sei que mesmo ele querendo aparentar que está calmo e com tudo bem, ele está nervoso por dentro, nervoso por eu estar assim tão "próxima".

— Nunca recebeu carinho? Não sabe o que é um carinho ou simplesmente beijo sem maldade? — Eu pergunto surpresa, vendo que ele permanece sério e não quer mesmo responder. — Já recebeu um abraço? E se recebeu, à quantos anos atrás? — Ele cruza os braços, me olhando de cima a baixo. — Me responde...

— Megan, isso não é algo que eu sequer precise estar pensando à respeito. — E eu nego, mordendo o lábio e erguendo os meus braços, com medo da reação que ele vai ter.

— Que merda está fazendo? — Ele pergunta, mas ao mesmo tempo não se mexe, provavelmente ainda surpreso.

Eu ponho os braços na sua volta, quase no seu pescoço e o puxo para mim.

— Se quer que isso seja um abraço, precisa me abraçar também, por os braços na minha volta. — Explico percebendo que ele está congelado, sem saber como reagir perante a um ato que obviamente é comum para todos, mas que para ele é um grande passo a ser dado.

Então eu mesmo descruzo seus braços e pouso ambos na minha cintura.

— Megan... — E ele fala completamente desconfortável, mas eu nego para mim mesma e sigo aqui, sem conseguir acreditar que ele nunca recebeu um abraço, ou pelo menos nunca recebeu um nos últimos anos. Não consigo acreditar que fazem anos que ele não recebe carinho, é algo desumano demais.

— Agora você me aperta, assim. — Falo apertando o seu pescoço e encostando minha cabeça em seu peito quente, sentindo de fato suas mãos na minha cintura me apertarem mais. — Viu, não é assim tão difícil. — Eu brinco, vendo que ele ia me soltar, mas o aperto mais ainda ao negar.

— Onde quer chegar com isso? — Ele me olha nos olhos quando afasto a cabeça do seu peito, conseguindo finalmente manter um contato visual com ele.

— Eu quero que pelo menos nos meses que me restam, eu consiga te ensinar que você não precisa bloquear qualquer tipo de afeto 100% do tempo. É humano sentir, é humano querer mais e é ainda mais humano gostar de carinho. — Fico na ponta dos pés e beijo seu queixo, sentindo os pelos de sua barba contra a minha bochecha.

Ele aperta mais a minha cintura e eu finalmente colo os nossos lábios, mas isso de forma lenta e diferente da de costume, pois esse momento não é algo físico, quero conseguir lhe passar uma mensagem sentimental com isso.

Ele quer caminhar para trás, para me jogar na cama e "terminar o serviço", mas eu nego.

Pego uma de suas mãos e a subo até o meu rosto, esfregando seu polegar e mostrando que durante o beijo, ele pode me acariciar. Que durante o beijo ele pode me acariciar e fazer o meu corpo se sentir mais quente e protegido, até mesmo amado.

Passo os dedos pela sua nuca e finalmente adentro sua boca com a minha língua, deixando tudo fluir de forma lenta e mais delicada do que o comum entre nós os dois.

— Ah... — Ele fala, mas eu nego, começando a dar alguns beijos em sua bochecha, um atrás do outro, mas de forma bem carinhosa mesmo, vendo que ele estranha a sensação de receber diversos beijos no rosto.

Ele novamente segura o meu rosto e cola os nossos lábios, descendo uma mão até a minha bunda e...

— Pai, eu... — E o Dylan para de falar, pois nos vê juntos, realmente me deixando desconfortável por ser "pega" assim com o Justin na sua frente.

Eu me afasto dele séria e percebo que o Justin no instante que vê o filho, volta a ficar com a mesma postura extremamente séria de antes.

— O que falei sobre entrar sem bater? — Ele pergunta de forma fria, me fazendo fechar os olhos e respirar fundo, notando mais do que bem que isso é algo completamente automático para ele. Que ele não tenta ser frio ou estúpido, que é a sua maneira de agir naturalmente, seu mecanismo de defesa.

— Eu vim pedir desculpas pela forma que agi. Eu sei que queria lutar pelo que você tinha feito com o Zac, então... Desculpa. — Ele fala com a cabeça baixa, fazendo eu me segurar para não ir até ele e o abraçar para nunca mais soltar.

— Vá tomar um banho, amanhã teremos mais treinamentos. — Ele fala apenas isso, fazendo eu ver quando o Dylan concorda e me dá uma última olhada, antes de se virar e sair. — Acho que você deveria ir também. Eu vou tomar banho e... — Ele passa a mão pelo cabelo, não falando muito mais.

— Claro. — Falo séria, passando por ele e indo sair, mas ele segura o meu braço, fazendo eu me virar e o olhar. — Sim?

— Valeu por ter limpado o meu rosto. — Ele fala de forma séria, me fazendo concordar e me soltar, fechando a porta atrás de mim e acabo me encostando na mesma após isso.

Será que esse homem algum dia vai aprender de verdade o que é sentir? Ou sempre vai ser tudo no automático, da forma que ele foi treinado e criado para ser?

Continua....

Notas finais:

E então pessoal, gostaram? Eu espero que sim <3

Vocês não tem noção do como eu amo a relação que ela está criando com os gêmeos, como se de fato fosse a mãe delas! Preciso admitir que amo também essa cena dela com ele no quarto, cara... Ela ENSINA pra ele o que é um abraço, pra gente ter uma noção do que foi a criação deles, foi algo pesado e duro demais, então garanto que teremos mais flashbacks!

Eu também quis destacar mais a relação que o justin tem com os familiares e o que o leva a ser assim com os gêmeos, porque juro que ele não faz essas merdas sem pensar!

Bem, acho que é isso.... Obrigada por estarem ajudando a fanfic a crescer assim de uma forma absurda, vocês são os melhores leitores de todo esse mundo!

Eu morri com os últimos comentários, alguns colocaram sorrisos imensos no meu rosto, então obrigado por eles, é uma relação maravilhosa para ver o que estão achando!

Até o próximo <3

All the love. H

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