A Descoberta 343 • ABO Mpreg

By ArcadeBurrito

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Rafael Abulque é um jovem cientista que trabalha em uma área de total sigilo, uma área de experimentos e des... More

Três Quatro Três
Familiarizando
Ordens
O que houve?
Pensando
Uh...
A marca
Como Funciona?
Só Fracassa se Tentar.
Em Prática
Um Lugar
Fazenda
Lua Cheia
Momentos
Woof
Forças
Sorria, o pior ainda está por vir
Bons modos?! Eu?
Descontraído
Meu Deus
Prepare-se
Ajuda
Recomeço
[Extra] Louças
[Extra] Pequenos

Um Plano Arriscado

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By ArcadeBurrito

Rafa andava de um lado ao outro mergulhado em seus pensamentos. A voz de Leonardo ecoava em sua cabeça "esses malditos me sequestraram" "eu tinha uma vida considerável normal" "não era para eu estar aqui". Isso batia em sua cabeça, chegando a dar dores fortes na mesma, queria muito ajudá-lo depois de ter lhe contado o seu lado da história, porém estava com remorso, como iria ajudar um híbrido se ele tinha estragado sua vida por completo?! Ele destruiu sua vida.

É a primeira vez que Rafael sente ódio e remorso por alguém, mas mesmo assim pensa em várias maneiras de ajudar. Até que em sua mente, uma lâmpada acende, teve uma idéia, mas não sabia se ela iria funcionar e teria que demorar mais um tempo para concluí-la... ótimo, mais tempo com esse cara, mas valerá a pena.

O plano era o seguinte:

Os dois poderiam fazer uma encenação, um teatro. Poderiam encenar uma 'lutinha", e nessa lutinha, Leonardo poderia fingir que avançava ou mordia Rafa com ódio imaginário, e como Rafael era a rainha do drama quando queria, poderia gritar e fazer cenas com completo desespero sendo atacado pelo lobo mau. Sangue de mentira para todo o lado, (ainda iria pensar no caso do sangue) aí os guardar vão entrar e tentar neutralizar Leo, e levariam o castanho para uma ala que ficam todas as criaturas que foram feridas, é mais uma cela de verdade, dessas de presídio, mas tem uma coisa importante nelas, como Rafa era cientista, ele conhecia. Dentro dessa jaula tem uma espécie de caixa com variados fios de condução, e um desses fios é o botão que abre a jaula. Se conseguisse, poderia se disfarçar com alguma jaqueta e touca ou algo do tipo, e iria para a sala de Leo, abrir a jaula e se conseguissem sair de lá sem ninguém perceber, EURECA! O plano deu certo.

Mas sempre tem um porém...

Não se sabe se essa idéia maluca de filme vai funcionar, e também não confiava no outro.

Ficou se debatendo mentalmente com essa idéia de ajudá-lo, se era boa ou não, mas odiava vê-lo assim, deprimido.

Leo disse que levava uma vida normal, ele agora que tinha virado um híbrido, poderia tentar viver sua vida "normalmente", mas com a rotina um pouquinho diferente... poderia pedir para ele o ensinar a viver essa nova vida. Não adianta chorar pelo leite derramado, não dá para mudar o passado, já aconteceu, e não é chorando e fazendo drama que iria voltar a ser humano de uma hora para a outra.

Andou mais um pouco até chegar ao outro lado da jaula, mais especificamente o final dela, onde tem uma espécie de caverna feita com pedras firmes e seguras, e nas paredes de ferro, ficou assustado quando as viu, grandes arranhões e descascados no ferro. Tinha elevações nela que pareciam ser murros de puro ódio. Isso estava pela parede inteira. Mesmo sendo de ferro, estava destruída visivelmente, mas continuava firme e forte. Era visível o esforço jogado no lixo.

Escutou um baque surdo atrás de si, como se fosse alguém caindo de cima de uma árvore, ainda virado para a parede levou um susto e sentiu um arrepio correndo pela sua coluna. Se virou lentamente e viu o dono dos olhos vermelho sangue o observando com calma.

-O quê está fazendo?- Perguntou Leonardo, pleno.

-A-Aaammm.- Olhou para a parede de ferro e depois voltou seu olhar para o outro.- Por quê fez isso?- Não perguntou quem fez, pois a resposta estava na cara, mais especificamente na sua frente.

O outro deu de ombros e caminhou lentamente passando pelo castanho, que o fitava, e chegou à parede e passando seus dedos levemente pelas elevações e arranhados.

-Eu faço isso para descontar minha raiva.- Rafa apenas escutava. -Não tenho muito motivo...-

-Deve ser difícil viver aqui... Você tinha me dito que tinha uma vida igual a de um humano.-

-Difícil? Aqui é o inferno, acho que o inferno é melhor, talvez me sentiria mais livre.- Cruzou os braços e fechou os olhos.- Aqui eles me tratam como um animal, literalmente, só porque tenho cauda e orelhas.- Abanou um poucos a cauda.- Eles me sequestraram, me tiraram da minha vida de paz, você entende isso?- Abriu os olhos e viu um Rafa também de braços cruzados e com os olhos semicerrados.

-Sim, eu entendo muito bem.- Leo desviou o olhar um pouco envergonhado mas em poucos segundos voltou a sua pose de alfa.

-Tenho certeza que sua como híbrido vai ser bem mais divertida como de humano.-

-Duvido!-

-Esta falando que não é legal? Bom, não precisa responder, fora dessa joça é bem melhor...- Olhou para a sua volta.- Essa floresta de mentira me da enjôo.- Disse e fez uma cara de nojo. -Já decorei onde fica cada partícula de grama nesse lugar.

-Confesso que não é tão pequeno, é grande até em comparação as outras jaulas. Essa tem árvores de verdade aqui, não são de mentira. Há vida em todo o seu redor.- Rafa olhava para a copa das árvores e começou e ficou um tempo encarando todas as folhas verdes, o barulho do pequeno lago que tinha ali e o ar puro que as árvores produziam. Era muita árvore em pouco espaço, nisso tinha que concordar, mas também deu uma beleza inexplicável. Como nunca notou isso?

Ficaram um pouco em silêncio, ambos de olhos fechados e escutando tudo ao redor.

Rafa escutou um barulho de um galho sendo quebrado e abriu os olhos quase que imediatamente, e viu Leo bem próximo, alguns centímetros de distância. Deu um pulo para trás e seu coração saia pela boca, ainda não confiava nele.

Engraçado, uma coisa que ele queria que Leo tivesse por ele, agora era Rafa que não confiava nele.

Leo apenas ficou parado e fechou novamente os olhos. Estranhando essas ação, ficou parado o observando, e levou novamente um susto com Leo quebrando o silêncio.

-Não existe privacidade nessa merda.- Abriu um pouco seus olhos e vendo ao longe aquele cientista, sentado, os olhando.

-Você não se incomodava comigo? Eu fazia a mesma coisa.- Disse irônico e o outro negou com a cabeça.

-Não, eu gostava da sua companhia pelo menos.- Disse simplista.

-Oh- Se lembrou de quando ficava lá na sala de controles, Leo aparecia quase que beijando o vidro para ver o que estava fazendo.

-Merda- Escutou quase que em um sussurro, mas não deu bola e continuava a olhar para o cientista ao longe na sala de controles, e o mesmo parecia estar caindo no sono, apenas negou com a cabeça em desaprovação, não pode dormir ainda mais numa ala dessas que você tem que observar as coisas que acontece com os seres...

Começou a sentir um cheiro diferente no ar, farejou e farejou e parecia um cheiro amadeirado, parecido com um perfume. Estranhou e olhou para trás, e viu que Leonardo o olhava intensamente com seus olhos mudando de vermelhos para alaranjados.

-O que é isso?- Perguntou apontando para o maior.- E esse cheiro?- Leo nem precisou responder, pois o menor lembrou sobre uma parte do relatório que falava de cio. Arregalou os olhos e ficou pálido. -Oh...- Não sabia o que ia acontecer com ele. Poderia ser qualquer coisa.

Leo começou a caminhar lentamente em direção a Rafa, que recuava com a mesma velocidade.

-Calma...- O castanho falava bem lento, e o cheiro amadeirado virou uma espécie de "comando". Não sabia o que era tudo isso, era muito novo nesses assuntos de alfas, ômegas e betas. O cheiro virou uma espécie de dominância, dominância que pairava o ar.

Rafa não estava aguentando aquele cheiro, ficou insuportável o instinto de dominância e um pouco de raiva, acabou abaixando as orelhas e sua cauda foi para entre as pernas. Péssima idéia, as fazer isso, liberou partículas de submissão, e como o próprio híbrido tinha dito, "submissão é o melhor aroma".

A submissão era uma espécie de chamado de acasalamento na presença da dominância.

Rafa tropeçou em uma raiz e caiu com tudo no chão, soltando um gemido de dor. Mas sua atenção logo se focou novamente naquele híbrido que parecia que ia mata-lo a qualquer milésimo de segundo. Recuou até bater num tronco de uma árvore e só encarou meio pálido aquele híbrido se aproximando aos poucos, com aquele aroma de dominância.

Estava começando a doer novamente sua cabeça e isso mexia com ele, parecia que estava sendo mandado apenas com cheiros.

-Droga! - Pestanejou Rafa enquanto Leo agachou e segurou sua coxa com força, e ainda encarando com seus olhos alaranjados, não conseguia mover um músculo, por pavor e pela aura que o outro emanava.

O maior se aproximou sem demora e começou a beijar a bochecha de Rafa, várias e várias vezes, e foi descendo até seu pescoço, e o menor, apesar de tudo deixou. Não por vontade própria, mas era por cauda desse novo "instinto" que ele tinha o obrigava.

Depois de anos e anos finalmente Leo ia ter alguém para passar esse dia.

•∆•

Ps: uma curiosidade, o cio do alfa dura um dia enquanto o cio de ômega dura seis.

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