A grã-duquesa perdida

By lavsmiranda

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Anastásia adotada pela família Tchecov, não faz ideia da onde veio e como foi parar lá. A única coisa que ela... More

Dedicatória
Prefácio
Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo XLI

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By lavsmiranda

Sete meses se passaram desde a morte do czar, e Anastásia ainda não se sentia bem o suficiente. Havia melhorado bastante seu estado de espirito, porém, as coisas para ela ainda não estavam realmente certas como desejava. Mesmo com todo carinho e amor que recebia da sua família, faltava alguma coisa.

Dedicou-se completamente aos estudos, passava horas na biblioteca estudando. Seu irmão tinha contrato professores diferentes desde que eles tinham retornado para Moscou, devido a coroação de Dimitri. Tinha aprendido rapidamente o inglês e alemão, ao contrário do francês e italiano, que sempre errava a pronúncia. Divertia-se estudando, simplesmente amava conhecer as coisas novas.

— Anastásia. — Olivia surgiu em sua frente, como de costume. — Sua Alteza, o príncipe Phillip, desejava vê-la.

— Oh, ele chegou? — levantou-se da cadeira rapidamente fechando o livro em alemão que estava lendo.

— Sim, agora a pouco.

— Minha cunhada...

— Não. Ele me disse que não quer ver ninguém antes de Vossa alteza.

— Mande-o entrar.

— Deveria parar de usar preto.

— Olivia, por favor, chame Phillip. — respondeu impacientemente e revirou os olhos.

Olivia saiu rapidamente da biblioteca, deixando Anastásia um pouco nervosa. Phillip havia partido para a Inglaterra logo após o casamento da sua irmã com Dimitri. Sentiu uma enorme saudade dele, principalmente em suas caminhadas pelos jardins de Peterhof. Mas ela havia prometido que voltaria, e voltou.

— Anastásia! — sua voz invadiu o local.

— Phillip. — sorriu. — Fico feliz que tenha cumprido sua promessa.

— Voltei somente por você. — aproximou-se dela. — Posso lhe dar um abraço?

— Sim.

Ele a envolveu em seus braços e a apertou carinhosamente. E naquele momento, aquele abraço se tornou um dos preferidos de Anastásia.

— Como você está? — soltou-se dela e colocou uma mecha do seu cabelo atrás de sua orelha.

— Bem.

— Mentirosa.

— Desde quando sabe quando estou mentindo? — sorriu.

— Seus olhos lhe entregam.

— Traidores.

— Sempre. A não ser que seja psicopata e consiga mentir através dos olhos.

— Psicopata não me lembra boas coisas.

— Perdoe-me, não quis lembrá-la de Ivan Tchaikovsky.

— Não há problema. Ele está morto e não faço a menor ideia de onde esteja o corpo.

— Em algum lago congelado daqui, tenho certeza.

— Provavelmente. — deu de ombros. — Eu realmente não me importo.

— E seus pais adotivos, alguma notícia deles?

— Suicidaram-se. — Anastásia abaixou a cabeça. — Jamais esperei por isso.

— Sinto muito. — passou a mão pelo cabelo perfeitamente arrumado — A propósito, mudando de assunto drasticamente, como é minha mais nova prima?

— Darya é um bebê adorável. Não fico mais tempo com ela porque sua tia me odeia completamente. — começou a rir. — Nada posso fazer quanto a isso.

— Como alguém pode odiá-la? — Phillip afagou seu rosto.

— Ciúmes, não sei muito bem o motivo de todo ódio que sua tia nutre por mim, mas acredito que seja isso. Mas eu também não me importo.

Phillip começou a rir.

— Melhor coisa que eu faça, pode ter absoluta certeza disso.

— Achei esse palácio tão...

— Estranho?

— Sim, creio que sim.

— Prefiro Peterhof, mas somente no verão agora.

— Por que somente no verão, se ficamos lá durante o inverno?

— Meu pai quis ficar lá, soube que era o palácio preferido dele.

— Entendo.

Ficaram em silêncio por alguns minutos.

— Como está você?

Phillip revirou os olhos e se sentou em uma cadeira.

— Péssimo. Meu pai fica o tempo inteiro dizendo o quão sou imprestável, que nunca serei como meu falecido irmão. Ele simplesmente esquece que eu nunca fui educado para governar um reino. Sinceramente? Tenho vontade de abdicar o trono.

— Não faça isso. — Anastásia sentou-se em frente a ele. — Ele está provocando você, não o satisfaça.

— Que engraçado ele é. — disse sarcasticamente.

— Fique tranquilo. Nada é tão ruim que não possa piorar.

— Melhor incentivadora não há.

— Vamos, dê um sorriso para mim. — apertou sua bochecha. — Não me negaria isso, não é mesmo?

Phillip deu um pequeno sorriso.

— Ótimo.

— O que eu não faço por você?

— Não sei. — pendeu sua cabeça de lado.

— Fica linda dessa forma.

— Obrigada. — ficou ruborizada diante daquele olhar penetrante.

— Preciso conversar com você depois.

— Estamos conversando, diga.

— O momento não é adequado.

— Vou matá-lo por me deixar curiosa. — tamborilou os dedos na mesa.

— Acalme-se minha amada Annie.

— É muito engraçado.

— Eu sei. — colocou as mãos sobre a mesa. — Minha irmã ainda não ficou grávida?

— Ainda não.

— Mas já faz...

— Não seja tão indiscreto, Phillip. — Anastásia arregalou os olhos e ficou vermelha novamente.

— Perdoe-me mais uma vez.

— Sim. Aceita comer ou beber algo?

— Estou sem fome.

— Mas sua viagem foi longa. Não é possível que não esteja com fome.

— Não se preocupe.

— Mas...

— Nada.

— Teimoso. — deu-se por vencida.

— Sim, eu sou.

— Deveríamos ver sua irmã, não acha?

— Não. Quero ficar um pouco a mais com você, sem olhares demais.

Anastásia assentiu e sorriu para ele.

Ela sentia que gostava dele, e era algo reciproco. Provavelmente mais reciproco da parte dele do que dela. O único problema, era que ela não conseguia se entregar a uma paixão como seus irmãos conseguiam.

Anastásia tinha medo de amar, por mais que quisesse amá-lo. Tinha medo de magoá-lo ou perdê-lo de alguma forma.

As coisas entre Natasha e Edik tornaram-se mais difíceis desde que foram para Moscou. Porém, com a ajuda de Anastásia, eles conseguiam se ver, mas não com a mesma frequência que em Peterhof, para seu infortúnio.

A cada dia o amava mais e mais, e não conseguia ver sua vida longe dele. Edik se tornou seu porto seguro, sua paz de espirito, e achava tão bom amá-lo. Estava completamente entregue a aquele amor, como nunca achou que viveria um dia. Adorava acordar e saber que ele estava em algum lugar pelo palácio.

Havia pedido para sua dama entregar um bilhete para ele, precisava conversar com ele. Precisava conversar com seu irmão a respeito da sua situação, não podia ficar mais sustentando aquilo. E, também, não desejava que Dimitri soubesse do seu romance com Edik pela boca de outra pessoa, ela tinha que comunicá-lo sobre o que estava acontecendo.

— Natasha.

Esperava ouvir a voz de Edik, mas era seu irmão, Dimitri.

— Dimitri, o que faz aqui?

— Precisamos conversar.

Natasha estranhou sua presença inesperada, principalmente qual assunto seria tratado por ele. Mas algo dentro de si desconfiava que o motivo da conversa era quem tinha acabado de entrar na sala: Edik Morozov.

— Eu esperava pelo Sr. Morozov. — Dimitri sentou-se perto de Natasha.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou atordoada.

— Nada fica oculto, Natasha. — pousou a cabeça na mão. — Você vai me causar uma enorme dor de cabeça.

— Como soube? — levantou-se repentinamente.

— Existem milhares de empregados nesse palácio, minha irmã.

— Não acredito que isso esteja acontecendo. — murmurou. — Não é possível.

Ela olhou para Edik, ele estava completamente pálido e sem reação.

— Convido ambos a sentarem para conversamos.

Natasha voltou a sentar novamente e observou Edik andar até eles, mas não se sentou.

— Sente-se, Morozov.

— Não, Majestade. Estou bem dessa forma.

— É uma ordem. — Dimitri encostou-se na cadeira.

Edik sentou-se imediatamente em uma cadeira ao lado de Natasha.

— Formam um belo casal.

— Pare com isso Dimitri, está me torturando.

— Eu nunca fui um irmão ruim, tenho completa convicção disso. Outra coisa, eu odeio mentiras e que escondam algo de mim, sabe muito bem disso.

— Eu queria contar para você. — começou a gesticular com a mão nervosamente. — Mas havia a morte do papai, seu casamento, tudo estava muito recente, não queria preocupá-lo com esse assunto.

— Não importa! — alterou-se. — Eu deveria ficar sabendo imediatamente.

— Chamei Edik aqui hoje para dizer que eu falaria com você, ainda essa semana. Mas, de repente entrou aqui querendo conversar. Entenda, Dimitri, eu amo Edik, e farei qualquer coisa para ficar com ele.

— Sabe o que tudo isso envolve, Natasha?

— Sei.

— Quer me deixar louco tão cedo? Nada vai adiantar eu mandar você se afastar dele, não é mesmo?

Natasha negou com a cabeça.

— Sou seu irmão, mas acima de tudo sou o czar da Rússia.

— O que está...

— Por enquanto nada, mas digo-lhe uma coisa: tome bastante cuidado.

Dimitri se levantou da cadeira, e antes de sair da sala olhou para ela.

— Minha decepção não é seu romance escondido com um guarda. Minha decepção é ter escondido isso de mim. — não tirou os olhos dos dela. — E para piorar, eu ter tomado conhecimento disso através de fofocas entre empregados.

— Mas...

— Espero você no jantar.

Dimitri bateu a porta com força e saiu.

— Santo Deus, o que foi isso? — Edik se pronunciou pela primeira vez.

— Não sei. — Natasha começou a chorar. — Nunca vi ele dessa maneira.

— E agora, o que será de nós?

Natasha olhou para Edik.

— Somente o tempo dirá.

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