Evelyn Narrando
Olho para o teto do meu quarto sem sono após ter pensado que iria conseguir tirar uma soneca.
Agora deve ser por volta das 22h e não paro de pensar no beijo meu e de Tyler. Lembranças e o sabor de seus lábios invadem minha mente e noto que Tyler deve ter se aproveitado do meu momento estável devido a morte de Trovão.
Passei o resto da tarde em meu quarto, não tinha animo para ficar na sala de pintura, e meus pensamentos me pregavam peças ao lembrar de Tyler.
Tyler se preocupa apenas com o meu sangue, não posso me permitir a pensar tanto nele. -Repito em meus pensamentos me sentindo tola sabendo que foi apenas um beijo. Na verdade fora dois beijos, mas apenas me lembro de um, o que me preocupa de fato.
Sento na cama sabendo que o sono não vai vir ao meu encontro neste momento.
Sinto algo estranho percorrer meu corpo e acendo a luz do abajur rapidamente esperando alguém. Olho ao redor de meu quarto como se procurasse algo ou alguém.
-Esperando Tyler? -A voz familiar de Sebastian preenche meus ouvidos e assustada o olho sentado na minha poltrona próxima da lareira. Demoro alguns segundos para tentar assimilar se estou dormindo ou delirando.
-Devo estar sonhando. -Deduzo sem saber de fato porque Sebastian surgirá do nada em meu quarto. O observo. Seus cabelos estão um pouco bagunçados, porém ele continua com a sua postura ereta e elegante enquanto usa um terno preto com detalhes prata, como sempre ele me fita sem expressar alguma expressão, mas desta vez pelo tom de sua voz sinto algo diferente, como se ele tivesse mudado.
Fecho os olhos querendo acordar como eu fazia quando criança.
-Porque pensa que está dormindo? -A voz de Sebastian fala me assustando ao sentir que ele está próximo. Abro os olhos com a respiração acelerada suspeitando que ele realmente está a minha frente e é real.
-Você e Sam apenas me confundem. -Digo num fio de voz sem coragem de olhá-lo nos olhos desejando ser normal pelo menos uma vez na vida devido ao cansaço que Sam e Sebastian me dá ao ficar me perguntando se eles realmente são reais desta vez.
-E Tyler? -Pergunta Sebastian e vejo seus pés se aproximarem ainda mais parando a minha frente. Levanto a cabeça e o olho nos olhos sem entender ao que ele se refere. Pela primeira vez que olho nos olhos de Sebastian não o reconheço de fato. Sebastian me olha sério sem demonstrar nada o que me deixa inquieta. Ele estica sua mão em minha direção e olho sua mão direita pairada no ar sabendo que ele espera que eu a pegue.
Respiro fundo criando coragem e pego sua mão. Pego sua mão tentando não demonstrar meu medo apesar de sua mão estar gélida, diferente da ultima vez pois eu me lembrava de seu toque ser quente.
Levanto da cama e paro a sua frente tentando não demonstrar o medo que me assola e me atinge como um vento sem educação.
-Por que se refere à ele? -Pergunto curiosa não me contendo apesar de sentir um breve medo percorrer meu corpo quando Sebastian me olha nos olhos. Como sempre ele está lindo e devido à sua beleza me sinto um nada, mas desta vez ele me olha de um jeito superior como se gostasse de saber que sou apenas uma humana.
Sebastian solta minha mão e se afasta apenas o suficiente e a pouca luz do abajur o deixa com ar misterioso e sedutor.
-Evelyn não faça nada que possa se arrepender depois, Tyler não é de confiança e você sabe que seu sangue o interessa. -Sebastian fala indo direto ao ponto e o olho seria já sabendo porque ele fez tal visita ou seja lá como ele prefere chamar. Fico em silêncio sem saber o que falar curiosa para tentar entender porque Sebastian está falando de Tyler.
Raios! Sebastian surge do nada e começa a falar de Tyler? -Me pergunto sem entender o porque de isso o intrigar.
-Eu... -Começo a falar pensando em algo para tentar entender o porque Sebastian está tocando neste assunto.
-Evelyn tem muita coisa que não sabe, estamos ligados pelo sangue e eu sei que irá se arrepender se prosseguir em ficar perto de Tyler. -Sebastian afirma sério com um olhar frio horripilante e ainda o olhando nos olhos apenas dou uns passos para trás ficando irritada por ele me tratar como uma criança. -Vai chegar uma hora que somente eu e Sam poderá salvá-la do que há por vir, mas tem um jeito de evitar tudo. -Continua ele a dizer me deixando curiosa.
-Existe um jeito? -Pergunto curiosa mesmo sem saber o que está por vir.
-Sim, basta apenas você aceitar vir comigo. -Sebastian responde minha pergunta e me sinto tentando a aceitar tal convite.
-E minha família? -Pergunto sem saber o que me aguarda se eu aceitar à ir com ele.
-O que tem eles? -Pergunta Sebastian sério e se aproxima.
-Irei vê-los novamente? -Pergunto deixando evidente minha indecisão.
-Se você quiser, Sam e eu apenas queremos protegê-la, você não será nossa prisioneira caso esteja pensando nisto. -Sebastian afirma e para a centímetros de meu rosto. Olho hipnotizada para ele me sentindo tentada a aceitar o convite e mesmo lutando contra algo dentro de mim que me diz para não acreditar tento pegar sua mão.
-Filha por favor dessa dai. -A voz de minha mãe soa preocupada com misto de desespero e fecho os olhos sem entender porque estou escutando a voz de mamãe. Ao abrir os olhos me assusto ao ver que estou em pé sobre a cerca de madeira branca na sacada de meu quarto.
Perguntas invadem minha mente, desde como vim para aqui e que se apenas sonhei com Sebastian.
-Evelyn desce daí! -Tobias ordena me assustando e me desequilibro. Quando penso que vou cair sinto dois braços me pegarem antes de cair e me surpreendo ao ver Tyler me fitando preocupado com seus olhos azuis.
-Nunca mais ouse fazer isso! -A sua voz me repreende preocupado e sinto um sono repentino.
Sem forças para me manter acordada me rendo ao sono que me parece acolhedor.
[...]
-Mamãe devemos interna-lá, não quero que ela estrague meu casamento. -A voz de Eduarda num sussurro aos poucos me desperta, mas como se eu estive sedada ou de ressaca não consigo abrir os olhos. Tento me mover, mas sem sucesso permaneço parada.
-Evelyn deve ter herdado traços de Elizabeth, talvez ela tenha a mesma doença de sua mãe Ellen. -Desta vez ouço a voz papai e tento novamente abrir os olhos.
-Evelyn não herdou nada da minha mãe, não é possível isso, se fosse isso eu também estaria louca. -Mamãe afirma irritada.
-Parem! -Tobias ordena. -Evelyn apenas teve um mau dia, e ela ainda pode ser sonâmbula. -Tobias sugere irritado me lembrando de meu sonambulismo na infância.
Estou louca? Como posso não me lembrar de nada? Ainda tenho crises de sonambulismo? -Me pergunto desesperada.
Eduarda teme que eu estrague seu casamento? -Me pergunto sem entender o que está havendo.
Aos poucos abro os olhos e a luz do local irrita minha visão.
-Querida enfim você acordou. -Mamãe fala vindo em minha direção e aos poucos me acostumo com a luz no local. Vejo Tobias ao lado de Eduarda e papai.
Lembro das palavras de Eduarda e sinto como se elas atravessassem meu peito como flechas quebrando meu coração em pedaços por ela pensar que eu poderia estragar seu casamento.
-Onde estou? -Pergunto num fio de voz e olho ao redor vendo que estou em um quarto branco. Tento me mover, mas noto que minhas mãos estão presas o que me deixa desesperada. -O que está havendo? -Pergunto mostrando meu desespero tentando levantar minhas mãos.
Mamãe senta na cama de lençol branco e pousa sua mão sobre minha testa calmamente. Pela primeira vez mamãe está usando uma roupa que não está combinando, seus cabelos louros caem sobre os ombros e em seus olhos verdes noto preocupação e receio.
-Evelyn estão apenas fazendo alguns exames em você e em breve estaremos em casa. -Mamãe tenta explicar e em sua voz noto que não é apenas isso.
-Então porque estou desse jeito? -Pergunto tentando levantar minhas mãos e mamãe respira fundo e me fita. Como ela está usando pouca maquiagem noto suas olheiras.
-Tenho uma reunião com empresários Russos daqui uma hora, não posso ficar. -Papai informa arrumando alguns botões de seu terno feito sobre medida. Ele me olha e se aproxima. -Você tem sorte, se não fosse por Tyler teríamos que estar planejando seu velório. -Papai diz em um tom sério e o olho sem entender.
Como Tyler sabia onde eu estava? E porque papai disse isso? -Me pergunto confusa.
-Jonhson agora não. -Mamãe pede numa súplica para papai o interrompendo. Olho para papai esperando ele terminar sua frase fingindo não me importar com o que ele dissera antes.
-Porque sorte? -Pergunto num fio de voz sem entender e não tiro os olhos de papai. Ele respira fundo após mamãe lê lançar um olhar repressivo.
-Tenho que ir, deixarei que Ellen lhe conte. -Papai fala fugindo de minha pergunta e segue até onde deduzo que seja a porta para sair sem se despedir de ninguém.
Papai sai do quarto e olho mamãe, Tobias e Eduarda esperando alguém falar enquanto por um momento esqueço que estou sendo diagnosticada e estou com as mãos presas como uma louca.
-Nós deixem a sós. -Mamãe pede para Tobias e Eduarda. Tobias e Eduarda saem do quarto e somente quando eles fecham a porta é que mamãe volta a me olhar.
-Mamãe o que houve? -Pergunto querendo saber o que aconteceu.
Mamãe me olha triste sem tentar se recompor e fingir que não está acontecendo nada como sempre ela faz.
-Ontem era por volta das dez da noite e Celeste nos fez uma visita para lhe dar pêsames pela morte de Trovão enquanto Tyler ainda estava falando com seu pai no escritório, assim que ela foi embora Eduarda nos chamou gritando falando que você estava falando sozinha e que estava indo para a sacada, então corremos para seu quarto e Tyler a impediu de pular da grade. -Mamãe conta sem interrupções ou drama. A olho surpresa ao saber que Celeste estava em casa e justo quando ela foi embora é que vi e falei com Sebastian.
Raios! Será possível não ter sido Sebastian a falar comigo?
Derrepente minha ficha cai e percebo que não fora Sebastian, Sebastian não possui o toque gélido e nem mesmo já se referiu tanto a Tyler de um jeito estranho como se esperasse que me afastasse dele daquele jeito. E além do mais porque Sebastian iria querer me matar sendo que somente eu poderia livra-los da maldição? -Me pergunto sabendo que fora tudo um plano de Celeste.
Provavelmente ela já sabe que sou a sucessora de Sofia e por isso tentou me matar e matou Trovão apenas para me atingir, mas onde Tyler entra nesta história?
-Evelyn não é só isso. -Mamãe continua a falar me obrigando a sair de meus devaneios. A olho sério esperando ela continuar a falar. Mamãe respira fundo se preparando para falar. -Na maior parte da tarde seu pai e Tyler ficaram falando sobre as notícias que andam circulando por Londres, e quando Tyler lhe pedira sua mão em casamento Jonhson falou que iria pensar a respeito. -Mamãe dá uma pausa e sinto meu coração desparrar devido a possibilidade de Tyler ter feito isso.
-Mamãe por favor, me diga que papai não deu minha mão para Tyler? -Peço desesperada não acreditando em suas palavras por mais que eu sinta algo por Tyler eu não posso aceitar que tomem decisões por mim.
-Jonhson não iria dar sua mão para Tyler porque apesar dele não demonstrar você sempre foi a filha preferida dele. -Mamãe da outra pausa me deixando ainda mais desesperada e não acredito na parte que ela afirma que sou a filha preferida de papai pois já faz anos que ele não se importa comigo de fato. -Porem quando Tyler a salvou de se matar seu pai decidiu dar sua mão para Tyler definitivamente. -Mamãe continua em um tom infeliz. -Neste momento você é oficialmente a noiva de Tyler Wells. -Mamãe conclui sua fala e demoro alguns segundos para assimilar.
Sinto uma fúria me atingir e tudo isso é por causa de Tyler. Respiro fundo tentando não gritar e falar palavras ofensivas para culpar mamãe pois ela não é culpada disso e sim Tyler.
-Mamãe eu não vou me casar com Tyler! -Afirmo irritada não me permitindo a chorar por tal notícia e fito mamãe seria.
-Evelyn você sabe que a última coisa do mundo que eu queria era vê-la casada com Tyler, mas você sabe que isso não está há meu alcance. -Mamãe fala e em seu tom de voz noto sinceridade apesar de ela querer que eu me case na verdade com Paulo.
Batidas na porta chama a atenção de mamãe e tento me acalmar e percebo que o fato de eu estar com as mãos presas pode ser bom pois assim eu não tento matar Tyler pelo o que fizera comigo.
Tudo isso por causa deste bendito sangue! -Penso irritada sabendo que tudo o que está acontecendo é porque eu nasci destinada a um destino incerto e amargo sem fuga.
-Espero não estar interrompendo. -A voz de Celeste chama a minha atenção e levanto os olhos e a olho surpresa por tal visita. Seus cabelos ruivos estão presos em um rabo de cavalo e ela está usando um vestido branco que vai até o joelho marcando seu corpo. Vejo que ela segura um buquê de rosas e me pergunto o que raios ela está fazendo aqui fingindo ser uma pessoa boa que apenas está fazendo uma "visita amigável".
-Como soube que estávamos aqui? -Mamãe pergunta seria tentando soar simpática e a fita atenta deixando evidente que não queria que ninguém importante soubesse do que houve.
-Estava falando com Eduarda e ela me contou sobre o que houve e vim assim que pude Sra. Green. -Celeste responde à pergunta de mamãe e a olha nos olhos de um jeito estranho. -Tenho que falar com Evelyn, nos deixe a sós. -Celeste fala com ar sombrio como se tivesse hipnotizado mamãe.
Sinto o medo percorrer meu corpo com medo do que Celeste está pretendendo.
Mamãe sem retrucar ou dizer que não segue até a porta em silêncio e me deixa sozinha no quarto com Celeste.
Engulo em seco ao me ver sozinha com Celeste sabendo do que ela é capaz e o fato de eu estar presa não é nada legal.
-O que faz aqui? -Pergunto seria irritada não me contendo devido ao medo e logo faço uma anotação mental que sou apenas uma humana e ela uma vampira que certamente já tentou me matar de uma certa forma.
Celeste me olha de forma fria e coloca o buquê sobre uma cadeira preta. Tento soltar minhas mãos como se elas fossem me ajudar em algo.
Ela se aproxima e o barulho de seu salto apenas deixa o clima mais estranho.
-Confesso que esperava a notícia de sua morte, acho que meu truque não foi bom o suficiente. -Celeste fala com a mesma voz de Sebastian e a olho chocada tendo a confirmação de minhas suspeitas de que realmente fora ela se passando por Sebastian para me fazer pular da sacada de meu quarto.
-O que você quer? -Pergunto tentando não demonstrar o medo e o desespero que percorre meu corpo sabendo que ela já sabe que sou uma das sucessoras de Sofia e usou isto ao seu favor.
-Não está óbvio? -Pergunta ela e sorri de forma diabólica enquanto me analisa com seus olhos acizentados. Ela para ao meu lado e tento me afastar dela sem sucesso. -Vim lhe dar parabéns pelo noivado. -Afirma ela e sorri de forma forçada, mas em seus olhos vejo raiva. A olho sem entender me perguntando como ela já sabe disso. -Eduarda também me contou isso, e por a caso estamos nos tornando ótimas amigas. -Informa Celeste satisfeita consiga mesma por saber que me preocupo com Eduarda.
-Deixe Eduarda em paz! -Mando irritada não me controlando em saber do fato dela estar se aproximando de Eduarda apenas para me atingir.
Celeste em um piscar de olhos me pega pelo pescoço e sinto o ar faltar aos meus pulmões. Ela aos poucos aperta mais apenas para ver meu desespero.
-Você não está na posição de mandar. -Celeste sussurra e me olha nos olhos sem demonstrar nada e tento me soltar para que ela solte meu pescoço. Após um tempo quando sinto minha visão embaçar ela me solta e se afasta. Tusso e sinto o ar voltar aos meus pulmões aos poucos.
Sinto a raiva me invadir e o medo que sinto dela passa despercebido.
De um coisa eu sei, nunca senti tamanho ódio por alguém como estou sentindo por Celeste.
-Não vou matá-la agora, talvez outro dia, mas uma coisa lhe garanto eu vou lhe matar antes que você liberte Sam e Sebastian da maldição e antes que você roube o coração de Tyler. -Afirma ela em um tom frio enquanto me recupero dela ter quase posto fim a minha vida novamente.
Enquanto me recomponho percebo que ela quer me matar não somente pelo fato de eu poder acordar Sam e Sebastian, mas também pelo fato dela estar apaixonada por Tyler.
Raios! Celeste não passa de uma maluca que está tentando me matar por causa de Tyler e não somente por eu ser uma das sucessoras de Sofia. -Penso tendo todas as minhas respostas, inclusive na noite da festa de Eduarda quando ela agiu estranho comigo.
-Sua.. -Começo a falar com raiva, mas que calo quando ela me lança um olhar curioso para que eu termine a frase.
-O nome do seu cavalo era Trovão né? -Pergunta Celeste de forma cínica apenas para me provocar e minha vontade no momento é de mata-la por saber que tem dedo seu envolvido nisso.
Antes de eu falar algo a porta se abre e Celeste olha a porta irritada como se ainda esperasse me irritar mais.
-Celeste saia daqui imediatamente. -A voz de Tyler soa autoritária e nunca na minha vida fiquei tão ansiosa para ficar longe de Celeste.
Nunca nutri um ódio deste por ninguém, mas Celeste desperta um lado meu que nunca pensei que tinha.
-Não vou sair por sua causa pois afinal de contas sou a líder do conselho, vou sair porque estou entediada de olhar para sua cara sem graça Evelyn Green. -Celeste fala com sua postura elegante e me olha como se estivesse se divertindo. Após alguns segundos ela sorri de forma forçada e sai do quarto.
Respiro aliviada por enfim Celeste ter me deixado em paz, porem volto a realidade ao olhar Tyler.
-Talvez falar obrigada não fira seu orgulho. -Tyler fala e fecha a porta. O olho irritada esquecendo de Celeste ao lembrar do que ele está fazendo. Seus cabelos louros estão como sempre sobre os ombros e em seus olhos azuis vejo apenas frieza, ele está usando um Bläser vermelho sobre uma camisa gola V preta e uma calça preta.
Irritada olho para o outro lado da sala e a dor em meu pescoço lembra da mão gélida de Celeste em meu pescoço fazendo eu dar um breve grunhido de dor. Obrigada a voltar a posição que meu pescoço não doa fito Tyler.
-Tudo isso é por causa do sangue não é? -Pergunto irritada me sentindo frágil por estar com as mãos presas como uma louca.
Sem responder minha pergunta Tyler se aproxima com seu olhar indecifrável e quando vejo ele solta minhas mãos e se afasta apenas o suficiente.
Mexo minhas mãos e olho para meus pulsos vendo as marcas que ficaram.
Volto a fitar Tyler um tanto irritada sem saber se ele já sabe que eu ter quase morrido ter sido obra de Celeste.
Por um momento noto o olhar distante de Tyler.
-Evelyn mesmo que não acredite eu me importo com você e como seu noivo é meu dever cuidar de seu bem estar, eu não a vejo como um saco de sangue ambulante como pensa. -Tyler fala e por pouco não rio devido à sua encenação. Como sempre ele mente bem.
-Eu prefiro ficar em um hospício sendo considerada louca do que me casar com você. -Assopro as palavras em um tom frio tentando não demonstrar quaisquer sentimentos.
Tyler me fita sério e vejo que o irritei.
-Eu poderia ter deixado você pular daquela sacada, mas não o fiz. -Tyler afirma insistindo em suas próprias mentiras e noto que ele não sabe que fora tudo obra de Celeste.
-Não vou me casar com você! -Grito ignorando a breve dor insistente em minha garganta. Tyler ri e após parar de rir se aproxima e fica a centímetros de meu rosto.
-Você não tem escolha. -Suas palavras soam frias enquanto ele me olha de um jeito que faz calafrios percorrem meu corpo. Tyler se afasta. -Se arrume, o médico já lhe dera alta como pedi e como todos já foram embora a meu pedido também, irei levá-la para sua casa. - Tyler fala, porem permaneço parada e o olho sem entender me perguntando como mamãe, Tobias e Eduarda me deixaram aqui com ele.
-Eles não me deixariam aqui. -Digo irritada não acreditando em suas palavras. Tyler me olha com uma sobrancelha arqueada e lembro do fato dele ser um vampiro. -Você os hipnotizou. -Falo num sussurro ao perceber o que ele fizera.
-Agora vamos logo minha querida noiva. -Tyler fala de forma calma e fria de um jeito assustador e engulo em seco sem saber o que fazer.