Para Sempre Minha

By stormestade

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Eliza Clark acredita que casar-se forçadamente com alguém que ela despreza é o pior que o destino tem a lhe o... More

Peguei, Peguei, Está Com Você!
Eu Gostaria de Nunca Ter Dito
Pesadelo
Um Inimigo Conhecido

Medo e Fascinação

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By stormestade

Dois pares de olhos em cima de mim: um tão negro como uma noite sem estrelas; outro tão azul quanto o oceano incontrolável. Por onde quer que eu olhe, por onde quer que eu caminhe ou tente correr, os olhos me perseguem. Qualquer um dos caminhos me levava a dor. Qualquer um dos caminhos me mantinha cativa. Qual a opção então?


A cabeça de Eliza pulsava forte enquanto ela corria, entrando desesperadamente na casa e correndo tão rápido que não conseguiu reparar se havia alguém pelo caminho. Se houvesse, sequer se importaria. A menina só parou quando já estava dentro do quarto e fechou a porta atrás de si, mantendo-se de pé atrás da porta, tentando pegar fôlego e controlar a geleia que seus ossos tinham sido transformados.

- Elizabeth! – Era Jensen. Ela corre e sobe na cama, aturdida.

Jensen abre a porta e entra, olhando-a impassível.

- O que estava fazendo? – Ele diz, aproximando-se lentamente como um gato, enquanto Eliza se afastava até ficar aninhada a cabeceira da cama.

- Nada, eu só... – Eliza se cala abruptamente quando Jensen sobe na cama e puxa seu corpo até grudá-lo ao dele, aninhando o pequeno rosto dela em suas mãos, a forçando a olhar para ele.

- Me diga, Eliza. Onde e o quê você estava fazendo? – Diz ele, pausadamente.

- Eu só... – Eliza tinha fresca na memória a ameaça que John havia feito: "E se você contar a Jensen que eu estive aqui, será a última coisa que vai fazer... Ah! Claro que seu amigo Christian e seus pais morrem com você." – Só estava caminhando no jardim e... acabei perdendo a noção do tempo. Me desculpe. – Ela sente seu corpo amolecer, tremendo por estar tão colada nele.

- E minha ordem sobre você voltar direto para o quarto? – Ele respira fundo, encostando seus lábios no pescoço da pequena mulher em seu colo, escutando os batimentos acelerados dela, sorvendo seu cheiro tão impossivelmente atrativo para ele. Era um limbo entre a fome e desejo por ela, fazendo-o querer mais que tudo cravar seus dentes em seu pescoço e provar seu gosto mais uma vez.

- Jensen, eu... – Era a primeira vez que Elizabeth dizia seu nome. Ele recuou, voltando a raciocinar, afastando-se lentamente e só então percebendo que o corpo da jovem tremia sob o dele.

- Você o quê? – Ele respira fundo, próximo demais da boca dela. E ela estava ali, em um impasse. Medo e fascinação. Curiosidade e confusão. Só o que se passava em sua cabeça era: Ele queria beijá-la? Iria fazer isso? E o mais importante, ela queria isso?

Antes que ela pudesse chegar a uma conclusão lógica Jensen a soltou, levantou e saiu sem dizer uma só palavra, deixando-a sozinha mais uma vez.

Isso era bom, não era? Estar sozinha.

Um grande vazio se formava e confrangia em seu peito. Não soube ao certo como organizaria seus pensamentos ou como faria para administrá-los, mas ainda assim - estranhamente - conseguiu dormir.

O dia seguinte passou rapidamente, não houve surpresas ou a presença de Jensen em qualquer lugar.

Eliza evitou o máximo pensar nele ou em John durante todo o dia, contudo, quando a noite chegou, não houve como. Ela teria que ir a uma reunião com Jensen, na qual a mesma não sabia do que se tratava ou o motivo de sua presença ser importante ao ponto de precisar acompanha-lo.

A loira estava deitada na cama quando ouviu batidinhas na porta. Ela soube de imediato que não era seu sequestrador, afinal, ele entra direto e sem aviso.

- Entra. – A moça diz e Ava aparece de imediato com uma grande caixa em suas mãos.

- Trouxe o seu vestido e sapatos. – Ela deposita duas caixas em cima da cama. – Logo mais alguém virá para auxiliá-la com o cabelo e maquiagem, está bem? – Ela sorri, simpática.

Eliza sempre se sentiu muito confortável com ela, muito mais do que com Daniel. Talvez isso se devesse ao fato de ela ser mulher, pois todos os homens que ela conhecia - com a única e exclusiva exceção de Christian, seu melhor amigo - queriam vende-la, estupra-la ou matá-la. Não haveria como confiar em nenhum homem perto dela.

- Tudo bem, Ava. Obrigada. – A menina sorri pra ela. – Tem certeza de que não sabe mesmo o que ele quer comigo lá?

- Nem se eu soubesse poderia te contar, mas se ele te chamou, talvez... Bom, na melhor das hipóteses, queira apenas uma companhia. – Ava afaga o braço de Eliza.

- Então por que ele não chama a mulher que eu ouvi com ele? A... Azura, é, Azura. Por que ele não a chama? – Eliza retruca, com a ansiedade subindo cada vez mais.

- Ele não gosta dela, é perceptível que a vê apenas como amiga. Já ela... - Ava suspira e levanta, deixando subentendido que Azura sente algo por Jensen. – Enfim, eu vou indo. Boa sorte, pequena, espero que você volte. – Eliza consegue enxergar preocupação no olhar da senhora simpática. Ela entendeu no mesmo instante o que Ava quis dizer com "espero que você volte".

"Também espero voltar, Ava. Inteira, de preferência.", a menina pensa.

Assim que Ava deixa o cômodo, a loira abre a caixa e se surpreende ao ver um maravilhoso vestido de cetim azul petróleo, bastante justo e bem decotado, descendo até seus pés. As alças do vestido tinham um caimento pouco abaixo dos ombros, de forma que os deixavam à mostra.

A ideia de que isso facilitava possíveis mordidas pinicou na cabeça da jovem. Era algo que ela já havia pensado sobre, pois praticamente todos os vestidos ali deixavam seus ombros e pescoço livres e de fácil acesso. Os sapatos eram saltos altos, quinze centímetros de puro luxo e delicadas fitas que amarravam no tornozelo, que claro, eram prateados, ornando bem com as joias e o vestido.

Logo abaixo do vestido ela encontrou uma caixinha retangular preta e um bilhete. A caixa continha lindas joias prateadas que brilhavam tanto que ela julgou serem extremamente caras, além de um relógio também de cor prata. No bilhete estava escrito em uma caligrafia impecável:

Esteja pronta às 19 horas.

Observação: Não use o relógio, ele é apenas para que se oriente com as horas.

Não se atrase!

J.G.

Até o momento do bilhete, Eliza não havia questionado sobre o sobrenome de Jensen, agora ela queria muito saber o que aquele "G" era.

Quando observou o relógio, notou que eram pouco mais que dezessete horas, então correu para o banheiro e tomou um banho em tempo recorde e, assim que retornou ao quarto, uma mulher morena a esperava.

- Sou Sheila, vim fazer seu cabelo e maquiagem. – A mulher foi direta e pela sua expressão, não estava aberta para conversas. Sendo assim, Eliza se manteve calada e deixou a mulher trabalhar em silêncio.

Quando finalizou, Sheila se despediu apenas com um aceno de cabeça e deixou o quarto. Eliza não teve tempo para pensar na mulher antipática, estava ocupada demais admirando o belo trabalho que ela havia feito em seu rosto e cabelo.

Ela jamais se sentiu tão bonita. E quando vestiu o vestido e calçou os saltos, a palavra "deslumbrante" passou pela sua cabeça e a fez se sentir pretenciosa. Mas naquele momento Eliza não se importou em se admirar no espelho, apenas tentou não pensar que estava pronta e a caminho para o abatedouro.

O espelho refletia o que ela era: uma mulher feita. Refletia as belas curvas acentuadas pelo vestido, com seus lindos e longos cabelos loiros presos na lateral de sua cabeça, despencando em ondas por um de seus ombros. Seus olhos estavam ainda mais verdes com a sombra escura escolhida por Sheila e seus lábios grossos estavam ainda mais delineados com um batom vermelho bordô que a moça passou. Talvez pelo contraste do vestido, maquiagem ou simplesmente pela falta de sol, ela estava ainda mais pálida.

O homem que surgiu de repente atrás dela pôde observar tudo isso.

- Você está...


Gostou da história e quer ler o restante?

Os próximos capítulos estão sendo postados em outro aplicativo, o link do livro é:

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Vem descobrir o que acontece nesta história, tenho certeza que você irá amar, assim como eu a tenho como uma de minhas obras favoritas.

A gente se lê por lá!

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