A grã-duquesa perdida

By lavsmiranda

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Anastásia adotada pela família Tchecov, não faz ideia da onde veio e como foi parar lá. A única coisa que ela... More

Dedicatória
Prefácio
Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo XXXIII

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By lavsmiranda

Todos aqueles olhares e atenção sobre Anastásia, a assustou. Ela tinha conhecimento que seria daquela forma, mas presenciar foi algo totalmente diferente, estava sendo muito além do que tinha imaginado. Todo aquele esplendor, aristocratas, vestidos, joias, era fascinante.

Depois que todos estavam diante deles, afastaram-se aos poucos e o czar andou até ela. Fez uma mesura, assim como ela, e uma valsa iniciou-se. Tentou sorrir para o pai, porém, falhou miseravelmente, o nervosismo estava acabando com ela. Tinha medo de errar algum passo, pisar no pé do pai, ou acabar pisando na bainha do próprio vestido. Mas quando o bombo foi tocado, o czar colocou a mão em sua cintura e ela lhe deu sua mão.

A valsa era Second Waltz, Anastásia reconheceu quando o saxofone começou a ser tocado juntamente aos violinos. Deixou a música invadir sua alma e petrificá-la com aquela bela melodia. Lembrou-se que quando se sentia a música, ela guiava seus pés para onde desejava ir, e naquele momento queria chegar o mais próximo do paraíso e da perfeição. Deu seu primeiro giro, e seu vestido, nos detalhes dourados, brilharam juntamente com os candelabros de ouro. Seu pai repousou a mão em sua cintura novamente, com a outra mão fez um gesto para liberar a pista de dança para as outras pessoas.

— Está perfeita, minha filha.

— Verdade? — Anastásia buscou um sinal de mentira nos olhos do pai.

— Não mentiria para agradá-la.

— Espero que todos achem a mesma coisa do senhor.

— Não se importe com a opinião deles. Bom ou ruim, eles vão falar.

Anastásia engoliu em seco.

— É muito estranho ter todos esses olhares para mim.

— Oh, imagino que sim. — sorriu com doçura. — Tudo isso é novo para você.

— Quando formos mudar de parceiro, o senhor pode me avisar? Acabei me perdendo em contar os passos.

— Agora.

Havia sido uma troca tão rápida, que quando Anastásia tinha conseguido tomado fôlego, estava nos braços de Dimitri, que provavelmente estava se controlando para não dar uma risada.

— Precisava ver seu rosto quando foi trocada de parceiro.

— Foi muito rápido.

— Sempre é. Aviso quando será a próxima vez.

— Qual será o meu próximo parceiro?

— Alexander.

— Somente irmãos? — Anastásia arqueou as sobrancelhas

— Proteção Anastásia Bulganova.

— Como?

— Código secreto para saber do que se trata, senhorita.

— Deve ser difícil adivinhar um código secreto entre vocês. Não entendo o motivo para eu ser proibida de dançar com outros rapazes. — fez uma careta emburrada.

— Não queremos outras mãos em você.

— Ora, então não quero outras mãos em você também.

— Para não sermos injustos, fizemos o mesmo esquema para todos.

— Vocês são horríveis!

— Sabemos. — Dimitri deu um sorriso satisfeito. — Nos consideramos bastante inteligentes.

— Eu os considero bem idiotas. Mas isso é uma opinião comum entre as irmãs.

— Como? — Dimitri falou indignado.

— Tem um código?

— Bastante engraçadinha.

— Obrigada. — deu um sorriso satisfeito.

— Hora de trocar.

E foi para os braços de Alexander que estava com um sorriso malicioso nos lábios.

— Dimitri lhe contou o esquema, suponho.

— Contou. Jamais pensei que fosse participar disso, Alexander. Pensei que fosse o mais sensato.

— Enganou-se completamente.

— Percebi.

— Sou o mais insensato.

Anastásia deu um grito de indignação.

— Ora, ora, ela ficou espantada. — Alexander riu mais uma vez de maneira maliciosa. — Não me conhece ainda.

— Tenho medo de conhecer mais.

— Somos Bulganov, ardilosos e estrategistas.

— Eficientes nas estratégias, eu diria.

— Também educados para a guerra.

— E para afastar as irmãs de outros homens?

— Eles não prestam.

— Também é um homem.

— Mas eu não disse que eu prestava.

— Alexander!

— Estou apenas brincando, Annie. — sorriu e fez cócegas em sua cintura.

— Não acredito.

— Sinto-me agora ofendido.

— Ora, me deu razões para isso.

— Admito, perdi essa batalha, mas não a guerra.

Anastásia sorriu satisfeita.

— A valsa vai acabar logo.

— Pensei que tinha mais.

— Por Deus, não fale isso nem brincando. Estou morrendo de fome.

— E o banquete será servido logo?

— Não.

— E como...

— Segredo.

— Vai assaltar a cozinha?

— Claramente.

Anastásia começou a rir baixinho e se distanciou do irmão para fazer uma mesura. A valsa havia acabado, as pessoas sorriam para seus parceiros e seus pés doíam com os sapatos que estava calçada.

Natasha observava as pessoas comendo e conversando ao mesmo tempo. Parecia que havia muitos assuntos a serem debatidos naquela noite, como as pessoas estavam vestidas, quais joias usavam, os penteados ornamentados, a valsa, como estava a decoração do salão, e se a comida estava saborosa. Tudo aquilo era normal quando se juntava um grande número de pessoas para um único local.

Seus irmãos estavam todos afastados dela, para piorar ainda mais sua situação; encontrava-se em um completo tédio afastada deles. Ela os considerava as melhores pessoas do mundo, amava de maneira exorbitante sua família.

— Vossa Alteza deseja alguma coisa? — Natasha reconheceu a voz de Nikolai.

— Uma dança sem ser com um dos meus irmãos.

— Sem chances, senhorita.

— Vão mesmo continuar com essa besteira?

— Sem sombra de dúvidas senhorita.

— Esse senhorita toda hora está me irritando.

— Eu sei senhorita.

— Pare imediatamente com isso Nikolai! — Natasha disse frustrada.

— Se...

Natasha por debaixo da mesa beliscou a perna de Nikolai com força.

— Isso doeu. — praguejou Nikolai. — Isso custará caro.

— Ora, ora, uma ameaça.

— Um aviso. — corrigiu. — Sinta-se avisada.

— Morrendo de medo.

— Não gosta de sapos e nem baratas. — disse pensativo.

— Nem pense nisso.

— Não estou pensando, estou planejando.

— Maldito!

— Adeus irmã. — beijou sua face vermelha de raiva e saiu correndo.

Natasha encostou-se na cadeira e bebericou um pouco de vinho. Gostaria de sair dali e ir para os jardins, mas estava frio naquela noite. Levantou-se da enorme mesa e voltou para o enorme salão, onde a orquestra tocava uma bela valsa, mas não sentia mais vontade de dançar naquela noite. Foi até a porta pela qual havia entrado naquele imenso salão, e os guardas abriram para ela passar.

Sentou-se um pequeno sofá perto das portas para descansar os pés da roupa pesada que usava e também pelo sapato que estava começando a lhe incomodar profundamente. Encostou a cabeça na parede e fechou os olhos, apesar não sentir sono e nem cansaço.

— Vossa Alteza está bem?

Natasha abriu os olhos e deparou-se com o guarda que havia trombado outro dia.

— Edik. — sorriu. — Estou bem, obrigada. Os pés e as roupas que incomodam um pouco.

— Imagino. Com tantas joias e tecidos. — seu rosto tomou uma expressão envergonhada e assustada. — Não queria me intrometer ou falar essas coisas com Vossa Alteza, perdoe-me se fui invasivo.

— Estamos apenas conversando, acalme-se, não tem ninguém nos vendo.

Edik relaxou um pouco a postura.

— Obrigado, Alteza.

— Natasha, quando estivermos sós, e Vossa ou Sua Alteza socialmente. Estamos de acordo?

— Se a senhorita preferir desta forma.

— Sim, eu prefiro. — sorriu. — Sabe dançar?

— Sim.

— Valsa?

— Pouco.

Natasha levantou-se um pouco animada, apesar de ter jurado que não dançaria mais naquela noite, conversar com Edik e ver como ruborizava facilmente e seus sorrisos tímidos, deu vontade fazer algo por ele.

— Vamos dançar.

— Isso é errado. — falou apavorado.

— E quantas coisas não são? — arqueou a sobrancelha e pegou a mão dele. — Faça minha noite valer a pena.

— Nata...

Ela colocou a mão sobre a boca dele e sussurrou em seu ouvido.

— Ignore tudo e todos. Ignore quem nós somos. Ignore que sou sua superior por esta noite, peço-te apenas isso, nada mais.

Edik assentiu e colocou sua mão sobre a cintura dela.

— Obrigada.

Natasha e Edik começaram a dançar com a valsa que estava sendo tocada no salão, e naquele momento sentiu-se viva.

.

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