Between Two Loves || PJM...

By Sweet_Kpopper

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Quando o universo resolve se voltar contra alguém, ele é sempre cruel e implacável. Capaz de transformar uma... More

AVISOS
PROLOGUE
TWO
THREE
FOUR
FIVE
SIX
SEVEN
EIGHT
NINE
TEN
ELEVEN
TWELVE
THIRTEEN
FOURTEEN
FIFTEEN
SIXTEEN
SEVENTEEN
EIGHTEEN
NINETEEN
TWENTY
EPILOGUE

ONE

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By Sweet_Kpopper

Boa Leitura!

“Você tem um bom coração. Entregue-o para alguém que se importe.”Autor Desconhecido

5 anos depois...

     Foram tantas promessas, planos e sonhos que fizemos juntos, no entanto, Jungkook não teve a menor consideração. Juramos que seríamos para sempre, e no primeiro obstáculo, ele pulou do barco e me deixou à deriva. Nos perdemos em meio às dificuldades, na verdade, me perdi sozinha. Se não fosse por Jimin, o anjo que apareceu em minha vida, sempre esteve ali e nunca cobrou nada por isso, eu estaria perdida nesse momento.

      Se foram os sonhos, os planos, as promessas. Fui forçada por suas ações a abandonar nossa história. No entanto, construí uma ainda mais bela ao lado de que de fato soube me valorizar. Tudo o que Jungkook e eu tínhamos, simplesmente se foi. Se foi como todo o meu sofrimento um tempo depois, porém, algo restou. Depois de toda a ventania, algo maior ficou. O amor puro daquele anjinho que não tinha nada haver com nossos erros. Ah, esse lado lindo ficou. E meu pequeno foi a única coisa que restou de nós dois.

     Acordo com os primeiros raios de sol refletindo na janela e adentrando no quarto. Apesar do dia claro, a previsão é para frio como um dia qualquer de inverno. Enquanto passo as mãos pelo lado esquerdo da cama, percebo que Jimin ainda não havia chegado do trabalho, mais um plantão de horas cansativas naquele hospital. O lado ruim de ser casada com um cirurgião cardiovascular é este, meu marido passa horas fora de casa, e sempre retorna exausto fisicamente.

     Rolei em meio aos lençóis. Todo inverno é sempre assim, as temperaturas abaixo de zero me obrigam a ficar na cama até tarde. Por um milagre a casa está silenciosa, o que indica que JungHyun ainda dorme, caso contrário, já estaria pulando sobre minha cama, e me chantageando para fazer suas panquecas e chocolate quente. Meu pequeno anjo é o que há de mais precioso em minha vida, a única marca boa que Jungkook deixou desde que deu fim a tudo.

     Me casei com Jimin logo após o nascimento de JungHyun, desde então somos a família perfeita. O mais velho se formou um ano depois, então recebeu uma proposta para trabalhar nos Estados Unidos, mas especificamente Cleveland Clinic. Um dos melhores hospitais, e referência mundial em cirurgia cardíaca. Ainda me lembro de quando ele pediu minha opinião enquanto estávamos na mesa de jantar, não pensei duas vezes antes de apoiá-lo em tal decisão.

     Então ouço seus passos pela casa, decidido fechar meus olhos para fingir que estou dormindo. Conto mentalmente até três, e a porta do quarto é aberta. Seu perfume inconfundível invade o cômodo, conto os segundos até sentir o colchão ao meu lado se afundar. Ele finalmente chegou, e como sempre a primeira coisa que fez foi vir me dar um beijo de bom dia. Virou costume sempre avisar quando chega em casa, Jimin não deixou de ser o príncipe ideal aos olhos de muitas garotas, assim como nunca poupou esforços para ser o marido perfeito, ainda que jamais tenha lhe exigido isso.

     – Amor?! – disse Jimin, usando aquele jeitinho manhoso que só ele sabe. Logo começou a beijar minha bochecha, mas ainda sim continuei imóvel. – Não vai acordar, não é? – então ele selou meus lábios, foi quando passei minhas mãos para trás do pescoço de seu pescoço e o senti sorrir. – Bom Dia, princesa.

     – Agora sim. Bom Dia, amor. – digo me sentando na cama, ou melhor, deixando ele me puxar, já que meu corpo ainda estava tomando pela preguiça. – Como foi o plantão?

     – Cansativo como sempre. – respondeu em seu tom calmo enquanto afrouxava a gravata. – E você, como passou a noite?

     – O que acha? Dormir sozinha não é bom. – digo fazendo bico, um de seus pontos fracos. – Jun custou a pegar no sono, exagerou no doce ontem a noite.

     – Deve ser ansiedade por conta da mudança também. – o mais velho tirou as meias e subiu novamente na cama. – Afinal, ele nunca saiu do país desde que viemos para cá. – Jimin sentou ao meu lado e me abraçou pela cintura.

     – A respeito da mudança. – falei um pouco triste. – Jimin, tem certeza que quer voltar para Coréia?

     – Sim, eu tenho. Já estamos tempo demais longe de casa. – meu marido respondeu de forma firme. – Não se preocupe, vou proteger você e JungHyun.

     – Tenho medo de que aquele homem possa querer o meu filho, se passaram tantos anos. – suspirei o encarando. – Sabe que a família dele tem importância naquele país, os Jeon tem recursos de sobra para isso.

     – Mas eles não têm tanto direito, não depois de abandoná-la daquela maneira. – o mais velho arrastou lentamente sua bochecha sobre a minha, uma forma de me acalmar. – Alana, eu vou estar com vocês. Não se preocupe, nada vai acontecer a você e nem ao nosso filho.

     Mesmo com as palavras de Jimin eu ainda fico nervosa, com medo do que Jungkook possa fazer. No entanto, meu medo é ainda maior de que tal sentimento retorne, e que de alguma forma meu marido saia magoado do meio de tudo isso. Fiquei sabendo através de amigos que Jeon havia finalmente se tornado um dos melhores promotores do país, afinal cumpriu o que disse aquele dia, não permitiu que o obstáculo atrapalhasse sua vida. Sua frieza é algo que impressiona nos tribunais, apesar de que o mesmo teve uma ajuda para alcançar este êxito tão rápido, o sobrenome de uma das famílias mais tradicionais no meio jurídico.

     – Mamãe! Papai! – JungHyun apareceu correndo pela porta do quarto.

     – Vem aqui, campeão. – Jimin o chamou, e o garoto foi correndo até o lado da cama onde ele estava. – Está ansioso com a mudança? – o mais velho lhe ergueu do chão, e o sentou entre nós dois sobre a cama.

     – Muito, papai. – disse ele abraçado Jimin.

     Jimin realmente é um ótimo pai para JungHyun. Sempre que pode, reserva um tempo para brincar com o garoto. São muito apegados, às vezes nem eu aguento a bagunça dos dois. Acho que fiz a escolha certa ao aceitar me casar com ele, meu filho apenas ganhou um pai de verdade, um exemplo de herói ao qual se orgulha ao citar em sua turma no dia das profissões. Fico toda boba observando meus amores, me sinto como a mulher mais sortuda do mundo.

     – O que tanto olha, mamãe? – o pequeno perguntou curioso.

     – Nada, meu anjo. – disse sorrindo abobalhada, meu filho é realmente uma criança linda. – Amo tanto vocês.

     – Também te amamos, minha princesa. – disse Jimin, sorrindo como um bom orgulhoso apaixonando. – Campeão, dê um beijo e um abraço em sua mãe. – o mais velho sussurrou para JungHyun, no entanto, em um tom alto o suficiente para que eu pudesse escutar.

     – Te amo, mamãe. – o pequeno disse me dando um beijo na bochecha, e me abraçando com aqueles bracinhos fofinhos.

     Ficamos mais alguns minutos, apreciando aquele momento em família, é bem difícil meu marido ter o tempo disponível e a disposição ao mesmo tempo, mas de certa forma consigo compreendê-lo. Logo decidi me levantar para fazer café da manhã, panquecas no modo tradicional, e um bom chocolate quente, nada melhor para trazer boas energias para o dia todo. Hoje o dia será bem agitado, faremos um jantar de despedida para alguns amigos, uma forma de retribuir todo apoio que tivemos longe de nosso país. O começo não foi nada fácil, porém, o que uma união familiar não faz, certo?

     Ah, antes que imaginem besteira, Jimin não foi demitido. Meu marido simplesmente recebeu uma proposta para trabalhar, além de dar aulas no Hospital Universitário de Seul. Há quatro anos saiu formado de lá, em alguns dias retorna como parte do corpo docente daquela instituição. Ele aceitou de imediato, e eu entendi os seus motivos. Uma vez que retornarmos para Coréia, teremos mais tempo em família, sem mencionar que seus pais e seu irmãos mais  novo pesaram muito nessa decisão, o mais velho sente muita falta deles.

     Durante os últimos anos, houveram muitas vezes que Jimin recusou algo por minha causa. Reconheço que ele se privou de muita coisa para assumir uma responsabilidade que não lhe pertencia. É um grande homem, um ótimo exemplo para o nosso filho, já que é dessa maneira que ele gosta de chamar JungHyun. Esteve ao meu lado em cada etapa, consulta por consulta, exame por exame. Meu marido definitivamente foi minha fonte de forças, a base na qual me apoiei quando houve a tempestade que virou tudo de ponta a cabeça.

     Aquela tarde passou rapidamente. Jimin havia saído com JungHyun, decidiu levá-lo para jogar bola, lhe ocupar para que eu pudesse ajeitar melhor a casa. Tive um pouco mais de trabalho do que imaginei, nosso pequeno havia deixado diversas coisas espalhadas pela sala, sem mencionar a preocupação que tive em preparar o jantar a tempo. Então, exatos dez minutos depois de deixar tudo pronto, eles chegaram. O único problema foi ver aqueles dois porquinhos com suas roupas manchadas de lama.

     – Podem me explicar o que houve? – perguntei indignada, afinal parte daquela sujeira ficou sobre o tapete de entrada.

     – Não briga com o papai. – disse JungHyun, obviamente sairia em defesa do mais velho. – Eu que pedi para ele me levar até o parque para jogarmos futebol. – o chantagista ainda fez carinha de choro para escapar da bronca, um dos truques que aprendeu com seu pai.

     – E você não para de mimar este menino. – disse arrancando um sorriso de Jimin. – Obrigada por ser este pai maravilhoso para JungHyun. – não consegui vencer a fofura daqueles dois, por essa razão me aproximei deixando um beijo na bochecha de cada um.

     – JungHyun é nosso anjinho. – disse meu marido antes de me abraçar.

     – Os dois, já para o banho! – ordenei ao ver um pouco de lama na minha blusa. – Seus dois porquinhos.

    O lado positivo é que tive tempo para limpar onde haviam sujado, além de conseguir descansar um pouco antes de ir procurar por um banho. Deveríamos estar prontos às sete, horário que marcamos para nossos amigos chegarem para o jantar. Bom, a maioria são colegas de trabalho de Jimin, suas esposas e filhos. Não haviam muitas pessoas em nossa lista de convidados.

     O jantar ocorreu dentro dos conformes, tudo saiu perfeitamente bem. O único problema surgiu na hora da despedida, abraços e choros para todos os lados. Eu havia me apegado à todas aquelas pessoas, desde nossa empregada até aos professores de JungHyun. Nosso anjinho não fazia ideia de que talvez não voltaremos mais para Ohio, para ele dissemos que será apenas uma viagem de férias para conhecer os avós. Sei que deveria ter dito a verdade, porém, nem mesmo eu acredito que estavam indo de volta para onde tudo começou.

♦♦♦

Dois dias depois...

    Então chegou o tão esperado – e temido – dia da viagem. JungHyun especialmente estava uma pilha de nervos, nunca havia entrado em um avião. Geralmente quando viajamos, é apenas dentro do país, e na maioria das vezes vamos de carro. Foi preciso Jimin conversar seriamente com ele, além de lhe dar um calmante natural indicado pelo pediatra. Sempre evitamos os extremos de lhe dar bronca, porém, às vezes isso se torna necessário. Por essa razão nosso filho não cresceu mimado, apesar de ser a única criança da casa.

     Jimin quase não tinha tempo para viajar com a gente, por conta do hospital, essa também será sua primeira viagem em um longo período. A verdade é que meu marido se encontra bem ansioso por poder rever seus pais depois de tanto tempo. Nos despedir da casa foi difícil, apesar de termos decidido não vendê-la, podemos vir de férias quando houver oportunidade. No entanto, aquela despedida foi necessária, principalmente após ajeitarmos as malas no táxi. Enfim, estávamos indo rumo a um futuro que pode ou não nos reservar surpresas.

     Já no aeroporto fizemos o check-in e despachamos as malas. Antes de irmos em direção a sala de espera, meu marido decidiu ir até a lanchonete local para comermos algo. A viagem será longa e cansativa, principalmente para uma criança como JungHyun. Assim que terminamos, o mais velho pegou nosso pequeno no colo, e logo fomos em direção a sala de embarque. Sentia minha barriga revirar de nervoso a cada minuto, difícil não sentir medo do novo.

     E depois de meia hora os embarques começaram. Não tivemos problema algum na apresentação do passaporte, o que já foi maravilhoso se levarmos em consideração a burocracia existente em território norte-americano. Consegui me acalmar um pouco quando já estávamos no avião rumo a Seul. Nossa viagem vai durar cerca de dezesseis longas horas por conta das escalas. Assim que JungHyun dormiu, Jimin o ajeitou no poltrona e voltou sua atenção para mim.

     – Quer descansar um pouco, meu bem? – questionou enquanto acariciava meu rosto, então tudo o que fiz foi apoiar a cabeça em seu ombro. – Pode dormir tranquila, será uma longa viagem.

     – Jamais me imaginei fazendo esse trajeto outra vez. – fui sincera apertando sua mão que estava entrelaçada na minha. – Que bom que você está comigo.

     – Sempre, meu amor. – então senti seus lábios cobrirem os meus, e ali tive a certeza de que ficaremos bem.

     “Estamos chegando, Seul”, foi o que veio em minha mente pouco antes de o sono me pegar. Apenas espero que tudo continue em paz.

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Olá, Preguicinhas! 😊

O que acharam do capítulo?

Espero que tenham gostado. 😃

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Acompanhem minhas outras obras. 🙃

Beijos e até o próximo capítulo! 😘

AMO VOCÊS! 💜

타이스 ❤

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