Daniel ficou pensativo por alguns segundos, depois foi acordar Kate e falar sobre o que o xerife havia dito. Ela ainda estava sonolenta, mas entendeu o que Dan disse e ficou espantada pelo fato de ter alguém por trás daquele incêndio e sentiu-se revoltada pelo xerife ter parecido insinuar que ela teve algo a ver.
Enquanto isso, Clair estava indo ao encontro de Bryan no Terminal Rodoviário para viajar para uma casa na cidade vizinha, onde ele e o pai moravam antes dele se casar.
-Finalmente! Pensei que nunca escaparia dessa, disse Bryan.
-Foi por pouco, agora, temos que fazer de tudo para que acreditem que você é meu namorado de novo, e que fomos morar juntos, começar uma vida nova na sua antiga casa. Não vejo a hora daquele otário se afastar pra sempre da Kate e abrir caminho pra mim, disse Clair irritada.
-Não precisa me agradecer, a grana que você me deu, vai ajudar nos meus negócios, Bryan disse com tom pretensioso.
Bryan e Clair namoraram no ensino médio, mas eles terminaram quando ele foi morar com sua mãe, já que o pai havia se casado de novo e ele não suportava a madrasta.
Os dois estavam nos bancos do fundo do ônibus, planejando o que fariam dali pra frente.
-Você deixou a pulseira que eu te dei na sala da diretora?
-Claro que deixei, deixei até minha bota na sala, o fogo deve ter queimado, mas a pulseira não deve ter se estragado por completo, disse Bryan. Ela vai ser a única suspeita do incêndio e culpada da morte da mãe do idiota do namorado dela.
Clair e Bryan riram baixo, e depois cochilaram no banco do ônibus até chegarem a seu destino, uma viagem de 3 horas.
Daniel decidiu ir pra casa falar com seu pai. Eles não se davam muito bem, desde que o pai deixou de ir na formatura dele no último ano do ensino médio, pois estava viajando a trabalho, mas a essa altura, isso não importava mais. Agora, os dois tinham perdido alguém importante.