O preço da escolha

Galing kay AnaCludiaEsquivo

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LIVRO EM REVISÃO. O que leva uma juíza conceituada abandonar sua carreira para se tornar uma atriz? ... Higit pa

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 1.1
Capítulo 1.2
Capítulo 1.3 - A festa
Capítulo 1.4 - O beijo
Capítulo 1.5 - Diogo
Capítulo 2
Capítulo 2.1
Capítulo 2.2
Capítulo 3- Uma armadilha
Capítulo 3.1
Capítulo 3.2
Capítulo 3.3 - Jéssica a surpreende
Capítulo 4
Capítulo 4.1 - A vista chinesa
Capítulo 4.2 - Um jantar desastroso
Capítulo 4.3 - A primeira escolha
Capítulo 5 - Paraty
Capítulo 6
Capítulo 6.1
Capítulo 7- O início de uma nova fase
Capítulo 7.1 - A formatura
Capítulo 8
Capítulo 8.1
Capítulo 8.2
Capítulo 9 - A segunda escolha
Capítulo 9.1 - A Escola de Magistratura
Capítulo 9.2 - Eduardo
Capítulo 9.3
Capítulo 9.5 - Beatriz se torna juíza
Capítulo 10 - Petrópolis
Capítulo 10.1 - De volta ao Rio
Capítulo 11 - Bia reencontra Diogo
Capítulo 11.1
Capítulo 11.2 - A descoberta desagradável de Beatriz
Capítulo 11.3
Capítulo 11.4 - Um encontro inusitado
Capítulo 12.1 - A aula de teatro
Capítulo 12.2 - Bia recebe ameaças
Capítulo 12.3 - Um velho sonho retorna a vida de Bia
Capítulo 13.5
Capítulo 13.6
Capítulo 13.7
Capítulo 13.8 - A terceira escolha de Beatriz
Capítulo 13.9 - Bia parte rumo a nova vida
Capítulo 14- A primeira peça
Capítulo 15
Capítulo 15.1
Capítulo 15.2
Capítulo 15.3
Capítulo 15.4
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Epílogo
Obrigada!!!!
Aviso

Capítulo 12 - A empresa de mineração

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Galing kay AnaCludiaEsquivo

"A escolha nos mostra os dois lados da moeda: primeiro a alegria se manifesta e depois a dúvida de ter feito a coisa certa se apresenta finamente."

Bia queria reencontrar Saulo para se desculpar por ter saído antes do final da peça, mas o trabalho a consumia totalmente. Abdicou de sua vida pessoal para se dedicar a magistratura e construir uma sólida carreira. Mas ela lamentava por inocentar criminosos por falta de provas e ver famílias sendo destruídas por causa de dinheiro. Também a repugnava constatar que negros e pobres estavam sempre na lista de suspeitos. Ao sair do chuveiro, ouviu uma notícia na televisão que a deixou espantada.

- Uma jovem foi encontrada morta no interior da empresa JS Mineração...

- Jéssica!

- Que foi? – perguntou a garota na cozinha

- É a empresa de mineração que era cliente do escritório do papai. Eles acusaram injustamente um funcionário de roubo.

- As provas apontam para uma tentativa de suicídio. - disse a repórter

- A garota se matou lá dentro. Qual o problema? - respondeu Jéssica com um ar blasé.

- Todos. Um funcionário foi acusado injustamente. Eu trabalhei neste caso e tentei investigar, pois nunca acreditei na culpa do João Batista. Descobri que era o diretor de marketing e sua amante que roubavam. Eles apagaram as provas e não consegui provar nada. Logicamente, meu pai não soube da minha investigação, porque ele defendia os interesses dessa empresa. 

- O que isso tem a ver com esta mulher?

- Jéssica, eu fui ameaçada quando tentei investigar este caso. Lembro muito bem que lamentei por ter que defender essa empresa porque não queria encobrir encobrir as irregularidades.- respondeu melancólica para logo depois completar: - E agora esta mulher aparece morta?

- Ih, Bia. Saia da área criminal, pois não está lhe fazendo bem. Você está ficando paranoica. – disse ao voltar para a cozinha.

Beatriz olhou fixamente para a televisão e por sua cabeça passou um turbilhão de ideias. Quando seu pai ordenou para que parasse as investigações contra a assistente  de marketing que havia roubado o dinheiro. A mesma mulher encontrada  morta dentro da empresa naquela manhã. Ela sabia que havia uma ligação entre as duas histórias e se puxasse uma linha o novelo seria desenrolado.

Quando saiu do trabalho, esbarrou com uma pessoa e deixou alguns papeis caírem no chão. Abaixou-se para pegá-los e quando levantou a cabeça encontrou Saulo agachado tentando ajudá-la.

- Primeiro você bate no meu carro, agora me derruba. Como será da próxima vez? Já estou até com medo de reencontrá-lo – disse rindo.

- Vai ser mais apoteótico, pode acreditar. Estou pensando em envenenamento por gases tóxicos, O que acha?

- Não é muito boa ideia. – disse quando se levantava.

- Tentei encontrá-la depois da peça, mas você sumiu.

- Eu saí um pouco antes do final porque não me senti muito bem, acho que foi virose, mas já passou.

- Bom, ainda quero saber da sua opinião. Gostou da peça?

- Gostei sim, você trabalha muito bem, até porque a história de Dom Quixote é muito interessante e prende a nossa atenção.

- Quem bom, eu estou indo para o meu curso de interpretação agora e já que nós nos encontramos, será que você me acompanharia?

- Adoraria, mas estou um pouco cansada.- disse enquanto fazia uma careta.

- Esta aula vai ajudá-la a relaxar e a liberar a tensão.

Ok. Você venceu. Eu vou assistir a sua aula.- respondeu enquanto suspirava.

- Assistir não, vai participar.

- Eu vou o que?- perguntou incrédula.

Bia pensou em perguntar outra coisa, mas Saulo a carregou pelo braço e a levou até a casa onde ele teria uma oficina de interpretação. Quando chegaram, ela reparou que todos os alunos presentes a olhavam. Sentiu-se um pouco envergonhada e Saulo percebeu que sua face ficou corada.

- Bia, não se preocupe, pois de vez em quanto trazemos amigos para as aulas. Eles gostam de ver caras novas. também não fique preocupada com o seu carro, pois eu prometo que levo você até o seu trabalho novamente.

- Mas você disse que eu iria participar da aula, como assim?

- Esta aula é de interpretação, mas para ficarmos mais a vontade, em um círculo expomos aquilo que se passa por nossa cabeça ou estamos sentindo no momento. Podemos recitar uma poesia, cantar uma música ou simplesmente falar algum texto.

- Você chama isso de ficar a vontade? Falar o que se passa em nossa cabeça para um monte de gente que eu nunca vi? 

- Bia, relaxa, está todo mundo no mesmo barco. É bom para a timidez. Eu sei que você é bastante tímida.

- Justamente por isso. Vou embora.

- Não! Está bom, você fica e assiste somente, se sentir vontade entra no círculo.

Bia fez um sinal positivo com a cabeça e viu a professora se levantar e fazer uma roda com os alunos. Reparou que alguns estavam rindo, contando piadas, se alongando, um ambiente totalmente distinto daquele a qual estava acostumada. Nas aulas de direito, via alunos engravatados, alguns professores sisudos e outros que faziam questão de manter um ambiente formal.

- Pessoal vamos nos alongar um pouco antes de começarmos- disse a professora.

Bia olhou para Saulo e depois para sua roupa. Todos estavam vestidos à vontade e ela de terninho. Fez um sinal negativo com a cabeça, riu, mas resolveu tentar se alongar. Logo no início uma ruiva entrou no círculo e proclamou um poema:

- Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar". Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as esperanças na vida e o mais importante, acreditar em você de novo. Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia. Aonde você que chegar?
Vá alto, sonhe alto. Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida. "Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura."

Bia pensou nas palavras daquela menina e por um ímpeto mais forte que ela, se viu no interior daquela roda. Fechou os olhos e começou a dizer.

- O que é recomeçar? Nada mais é do que desabrochar na primavera depois de uma longa tempestade de inverno, sair do fundo da terra, iniciar novamente mesmo que todos estejam contra você. É desejar sair da sua zona de conforto e se aventurar por novos caminhos que podem ser tortuosos, mas nos levarão ao topo. E se entregar a um amor irracional.

Bia fechou os olhos e outro turbilhão de lembranças veio a sua mente:

Anos atrás, quando tinha 15 anos,  seus pais conversavam sobre carreira. Quando Sandra perguntou a Bia sobre a profissão que ela queria seguir, Bia foi enfática:

 - Ah, um dia eu serei uma atriz muito famosa. Levarei alegria para as pessoas. Quero vê-las chegarem tensas para assistirem uma peça minha e saírem sorrindo do teatro. Vou transmitir esta magia para elas.  

- Parece que a Bia tem mesmo talento. Eu já assisti a uma peça  dela no colégio.  – disse Wesley, não vai ser uma surpresa se essa menina se tornar atriz.

- Ela vai ser advogada – disse o pai – e vai assumir a nossa empresa.

- Isso nós veremos mais tarde amor, ainda há muito tempo. - disse sua mãe.

Bia saiu da sala e quando chegou em seu quarto resmungou:

- Nunca trabalharei naquele escritório, não nasci para isto.

Quando se inscreveu para o vestibular, pensou em optar por artes cênicas, mas seu pai carinhosamente bateu em seu ombro e falou.

- Já escolheu sua carreira, filha? Pense com a cabeça e não com o coração. É a sua vida que está em jogo.

- Pai, eu quero ser atriz.

- Você tem uma empresa que herdará da sua família e negócios para assumir. A carreira de atriz não foi feita para você, escolha algo mais seguro. Atores não terão empregos sempre e seus pais não serão eternos.

Bia suspirou fundo e refletiu, assim que o pai saiu de seu quarto.

Talvez a carreira de advocacia não seja tão ruim. Eu posso ser promotora, juíza, talvez. A magistratura é uma bela carreira e eu poderei ajudar a construir um país melhor e mais justo. Não levarei alegria para as pessoas, mas poderei levar justiça. Vou trabalhar na empresa do papai e convencê-lo que o melhor para mim será a magistratura.

Ela olhou para o formulário de inscrição, passou pela opção Artes Cênicas e marcou em um quadrado onde dizia: Direito.

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