Paraísos Perdidos

By wantsilva

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Lara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar... More

Avisos da Wan <3
Capítulo 01.
Capítulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Como ajudar PP.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74.
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77.
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 83.
Capítulo 84.
Capítulo 85.
Capítulo 86.
Capítulo 87.
Capítulo 89.
Capítulo 90.
Epílogo.
Agradecimentos.
Bônus.

Capítulo 88.

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By wantsilva

Peguei algumas roupas e alguns objetos e arrumei em minhas duas malas, era manhã, mesmo Bruno insistindo pra ficar comigo eu implorei que ele fosse pro serviço, queria ficar sozinha, ou melhor, arrumar minhas malas sem ele ver. Não sabia ainda como dizer isso tudo à ele, e percebi que ele estava tenso até demais.

Me olhei no espelho, meus olhos estavam avermelhados e inchados, o cordão que Vivian me deu brilhava em meu pescoço e toquei o anel de noivado de Bruno sentindo as lágrimas se acumulando em meus olhos. Não queria ir, não queria o deixar, meu coração estava em pedaços em ter que me separar dele. 

Eu respirei, precisava ser forte nesse momento como sempre fui. Toquei aquele pingente e tentei colocar um sorriso convincente nos lábios, tudo ficaria bem, meu bebê estava comigo nesse momento, ele era meu anjinho da guarda. Essa era a decisão certa, era meu pai e minha mãe.

Mamãe não disse nada ainda sobre papai, ela apenas pediu que eu fosse pra Itália, e assim já estava obedecendo. 

Me sentei naquela cama e inalei o cheiro de Bruno, peguei em sua camisa que ele tanto gostava e a levei até minhas narinas, seu cheiro era tão delicioso e me trazia tão boas lembranças. Ele me causava coisas boas. E de repente comecei a lembrar de tudo, desde o ódio até o amor. Quando eu cheguei no apartamento da loucura e ele me olhou com certo desprezo, nem imaginando que hoje me olharia com a paixão estampada em seus olhos. E eu posso dizer o mesmo, no começo eu era louca por Léo e Bruno era como um idiota pra mim. Às coisas mudam de forma rápida, não é?

Peguei minhas malas já arrumadas e as coloquei no closet escondidas e tranquei a porta da minha parte, me agachei naquele chão sem forças e deixei que as lágrimas escapassem por meus olhos. Por que era tão difícil?!

Eu amava tanto estar ali, gostava dos meninos que durante esse ano se tornaram uma família única pra mim, gostava do nosso clima sempre divertido e de como eles me ajudavam em tudo que precisava.

Deixar ali estava sendo mais difícil do que imaginava, o adeus estava apertando em meu peito. Não queria dizer aquela palavra, mas era impossível eu continuar ali. 

Após tudo isso era o mais certo eu ir pra onde minha família. Eu menti pros meus pais, e por minha culpa meu pai havia sofrido um acidente e estava no hospital. E eu queria uma nova vida, podia ser egoísmo meu jogar tudo pro alto, mas tanta coisa ruim aconteceu nesse ano em minha vida naquela cidade que eu precisava me mudar, ir pra longe, renascer. Queria apagar tudo de ruim, queria colocar apenas lembranças boas.

O sorriso de Bruno, nossas brincadeiras, o jeito que fazíamos amor, quando eu lhe contei que estava grávida e visei o homem mais feliz do mundo, nossos beijos... nossos momentos.

Não iria me despedir, não conseguiria me despedir, não digo só dele como de todos os meninos, eu era fraca demais para dizer adeus. Eu não sabia se iria voltar.

Eu almocei e recusei a conversa com Léo e Diego, queria ficar sozinha, não queria chorar na frente deles ao pensar que nunca mais iria os ver. 

Bruno chegou pelas doze da tarde, ele veio direto me ver. Adentrou o quarto sem convites, eu assistia televisão com Sara na cama. Seus passos eram rápidos, ele se agachou no chão e alisou meu rosto.

─ Você está bem? ─ não quis encarar seus olhos, não quis encarar que aquele era o último dia que iria o ver. Mas ele me obriga a olhar em seus olhos, eu seguro as lágrimas de todas as formas possíveis, mas elas acabam deslizando por meu rosto. Bruno se senta na cama e me pega no colo como uma criança, encosto minha cabeça em seu peito e deixo que as lágrimas se derramem. ─ Vai ficar tudo bem, amor.  

O abraço com força, com toda minha força possível, e deixo que minhas lágrimas molhem sua camisa social.

Bruno limpa minhas lágrimas e olha dentro dos meus olhos.

─ Ele vai ficar bem ─ garante. 

─ Bruno, eu te amo ─ digo firme de minhas palavras. Era apenas a verdade.

─ Eu te amo mais, e apesar de tudo, seja tempestade ou chuva, eu sempre estarei ao seu lado ─ beija minha cabeça e me aninho em seus braços quentes. 

Ficamos abraçados durante um tempo, o bastante pra saudade insaciável já me alcançar de forma rápida. Mesmo ainda aqui, com ele, eu sentia meu peito doer tanto.

Eu pedi que ele deitasse um pouco comigo, e assim o mesmo fez. Ele me abraçou forte enquanto sua respiração estava desregulada. 

E depois de um tempo eu percebi que ele havia dormido. E só então me livrei com cuidado de seus braços e me sentei na cama o admirando, sentiria tanta falta de acordar recebendo seus beijos e carícias, de o apreciar em um sono profundo como agora, do seu cheiro, seu calor. Sentiria tanta falta de tudo.

E após beijar seu nariz levemente eu fui pra cozinha, os meninos todos estavam lá. E assim que me viram me deram um abraço juntos, o nosso famoso abraço urso gigante. Era tão gostoso, tão aconchegante. E durante aqueles poucos minutos eles me fizeram sorrir, apenas com suas palhaçadas, era incrível como tinham esse dom, de me arrancar sorrisos quando estava triste. Era um dom especial, um dom que sempre estaria aqui, dentro de mim.

O jeito que Léo levava tudo na paz e tranquilidade, suas comidas gostosas e todo seu imenso carinho. Peter sempre sendo zoado pelos meninos e fazendo palhaçadas junto de Arthur e Diego, e como ele sempre conversava comigo quando precisava. Diego eu não conversava muito como Peter e Léo, mas ele ainda sim era uma pessoa incrível, sempre estava fazendo palhaçada e provocando sorrisos à todos ao seu redor, e meu primo... ele era perfeito em todos os sentidos. O irmão que eu nunca tive era ele, a gente se entendia de um jeito único, eu amava isso nele.

  ─ Pensei em ir na casa da Júlia umas nove horas, rapidinho ─ digo pra eles escutarem. ─ Ela queria conversar comigo e sua mãe também.

─ Logo hoje? Ano novo? Sei que não estamos em um momento exato pra se comemorar mas queria você aqui pra passarmos em família ─ os olhos de Arthur brilharam.

─ É rápido, eu volto ─ minto. ─ Mas não esperem por mim, por favor. A cidade hoje vai estar um inferno.

─ Tudo bem, se vai se sentir melhor assim você pode ir.

─ Obrigada ─ digo de cabeça baixa olhando pros meus próprios dedos.

Passo a tarde ajudando Léo na cozinha, era a última vez na qual fazia aquilo. Rimos, nos sujamos e no final tarde havia várias comidas sobre a mesa. O trabalho estava feito. 

─ Você é uma ótima ajudante de cozinha, Lara ─ Léo gargalha.

─ Já posso entregar meu currículo no seu restaurante?

─ Deve!

Eu abro um sorrisinho e vou pro quarto tomar um banho. Quando termino é o instante em que Bruno adentra o banheiro e pega sua escova escovando seus dentes.

─ Vou lá no apartamento rapidinho, preciso buscar minha roupa de ano novo que deixei lá ─ ele explica e consinto. ─ Quer ir junto?

─ Ah não, tenho várias coisas pra fazer ─ me viro e o beijo rápido.

Vou secar meu cabelo enquanto ele se veste, ele beija minha cabeça e em seguida se vai. Coloco uma calça jeans lavagem clara, uma blusa de mangas cor vermelha, ela era de tecido grosso já que mamãe me avisou que estava frio na Itália. Calcei uma bota de cano baixo preta de salto baixo, fiz uma chapinha rápida nos cabelos e uma maquiagem pra disfarçar o semblante de choro.

Saí do quarto vendo que estava tudo tranquilo e peguei minhas malas devagarzinho as levando pro elevador de serviço, peguei Sara e desci até o térreo dando um jeito de esconder minhas malas na escada, não podia descer com elas quando os meninos estivessem olhando. Garanti que elas estavam seguras e subi de volta.

─ Tava onde? ─ Arthur pergunta me vendo entrar e levanto Sara.

─ Ela pediu pra fazer xixi ─ digo sorrindo.

─ Não vai pra casa da sua amiga? Já são quase nove horas, te quero aqui logo ─ Arthur disse olhando em eu relógio de pulso.

─ Tem razão ─ lhe entrego Sara e vou correndo pro quarto, pego minha bolsa de lado com meu passaporte e minha passagem e dou mais uma olhada naquele quarto antes de sair. Vou até o guarda roupa de Bruno e pego uma camisa sua de algodão, coloco dentro da bolsa e finalmente saio chamando o táxi.

Os meninos estão todos no sofá jogando e sorrindo, seguro Sara nos braços e abro um sorriso. Sentiria falta desse cenário, sentiria falta mais que tudo desse cenário lindo, a minha família, os meus irmãos.

─ Gente, vou indo lá ─ aviso me desviando dos pensamentos afim de não chorar.

Abraço cada um e por último paro no meu primo, o abraço com todas minhas forças e beijo sua bochecha.

─ Obrigada ─ sussurro.

─ Pelo o quê? 

─ Não vou demorar, beijos! ─ desconverso e já vou saindo.

Peço o elevador respirando fundo. Eu iria conseguir!  

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