Paraísos Perdidos

By wantsilva

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Lara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar... More

Avisos da Wan <3
Capítulo 01.
Capítulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Como ajudar PP.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74.
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77.
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 83.
Capítulo 84.
Capítulo 86.
Capítulo 87.
Capítulo 88.
Capítulo 89.
Capítulo 90.
Epílogo.
Agradecimentos.
Bônus.

Capítulo 85.

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By wantsilva

Os dias se passavam sucessivamente, na escola tudo pareceu voltar ao normal e aquele vídeo pareceu nunca ter existido. Ninguém nem me olhava, e quem me olhava apenas sorria o mais amigavelmente possível pra mim. Por ser de maior Duda e Ruan foram presos sem direito à fiança, Bruno realmente fez com que a justiça fosse verdadeira, e daqui um mês iríamos ao tribunal pra eles serem julgados diante da lei e pra ser decidido quantos anos cada qual receberia. Ruan estava mais fodido que tudo.

No dia quinze de dezembro recebemos nossas férias, seguido do resultado: havia passado direto.

Fiquei bem feliz porque pensei que ficaria reprovada mediante do tanto de faltas que tinha, sem falar que eu não estava indo muito bem em algumas matérias como física e química. Mas fui passada e finalmente terminei o ensino médio. Mal esperava pra começar a faculdade.

Eu e Bruno estávamos na mesma, nos falávamos mas estávamos meio afastados um do outro. Eu sinceramente achei melhor assim, eu ainda pensava seriamente sobre nós dois e tudo isso.

Mas apesar de tudo ele estava ao meu lado sempre, perguntava se estava tudo bem, se eu precisava de algo e me procurava pra conversar pela noite, fazia isso com toda vontade. Ele me falava de Vivian e de como seus pais reagiram sobre isso: tanto o pai de Bruno como os dela ficaram mais que felizes em saber que seriam avós. Mas eram pra estar... eles dois eram o casal perfeitinho.

O natal chegou e consigo a saudade imensa da minha família. Lembro-me que nessa data meu pai ficava mega feliz e eu, mega gorda. Juntamos a família toda (que não era pequena) e fazíamos um banquete imenso indo pra praia às cinco pra meia noite.

Titio e papai compravam fogos e jogavam ao céu. Era incrível, mesmp a torta de bacalhau de papai me causando uma dor de barriga imensa.

Quando era pequena e a magia do papai noel ainda reinava em mim, toda madrugada meu pai se vestia de papai noel e descia pelo jardim de inverno do meu quarto com vários presentes. Mas certo dia meu pai estava tão bêbado que caiu do telhado e deslocou o ombro, e então eu descobri que na verdade o papai noel era meu pai.

Gostava de recobrar essas lembranças no natal. Gostava de recobrar que eu tinha a família mais linda e perfeita do mundo.

E nesse natal eu não estaria ao lado dos meus pais, e por conta disso estava meio entristecida. Mesmo realizando chamadas de vídeo com papai e mamãe, mesmo chorando feito um bebê pelas saudades e mesmo os meninos fazendo de tudo pra me animar.

Mas era natal, não é mesmo? Precisava ficar feliz. Pelo menos pelos meninos que faziam de tudo pra fazer esse natal ser legal.

Era noite já, estavam todos aqui. Eu passei o dia todo ajudando Léo com as comidas e no final a mesa estava lotada de coisas, ainda fui no shopping comprar o presente do nosso amigo invisível.

Nossa árvore era de dois metros, estava toda enfeitada assim como o resto do apartamento na qual Arthur fez questão de botar um pisca-pisca na sacada pra todos verem que aqui era natal e que nosso andar era o mais lindo. Parece que aqui no condomínio havia competição, só pode.

Eu já estava arrumada e sentada no sofá: usava um vestido soltinho na cor azul forte e uma rasteirinha, fiz uma maquiagem simples e babyliss no cabelo. Nada muito exagerado, não iríamos sair mesmo, eu acho.

Os meninos todos também estavam arrumados e bebendo. Eu e Léo assistiamos televisão comendo salpicão enquanto Bruno andava pra lá e pra cá olhando em seu relógio cada instante.

─ Tá com formiga no cu? ─ Arthur indagou.

─ Não ─ disse ríspido.

─ Tá esperando quem? ─ dessa vez sou eu quem pergunto.

─ Vivian... eu a chamei pra vim pra cá, os pais dela tiveram que viajar de última hora e ela iria passar o natal sozinha ─ explica e sinto uma pontade de ciúmes.

E mesmo não gostando da ideia de tê-la sob o mesmo teto que nós, eu e os meninos acabamos aceitando ela vim.

Por umas nove e meia ela chegou, estava de calça jeans e blusa de mangas cinza. Os cabelos estavam em um rabo de cavalo e ela não estava produzida ao extremo como sempre gostava de andar.

Ao entrar ela apenas trocou um abraço com Bruno e nos olhou timidamente nos dando "boa noite".

Eu virei a cara e não a respondi, voltei a prestar atenção na televisão mas não pude deixar de notar o volume em sua barriga que já era visível.

Grávida, grávida de Bruno.

Vivian ocupou um lugar no sofá e Bruno se sentou do meu lado e entrelaçou nossos dedos. Eu deixei, era tão gostoso sentir seu toque quente em minha pele.

─ Como você tá? ─ Bruno se direcionou pra Vivian que carregava uma sacola pequena nos dedos.

─ Bem... e o bebê também está bem.

Meu estômago embrulhou, e senti um incômodo dentro de mim.

─ Está indo nas consultas? ─ ele indaga e me levanto indo pra cozinha não querendo ouvir aquela entrevista.

Me sentei no balcão e bebi um copo de água olhando pros meus próprios dedos.

Quando menos espero a porta é aberta e quem adentra na cozinha é Vivian. Ela me olha timidamente e se aproxima também pegando um copo de água pra ela. Em seguida se senta em minha frente e abaixa a cabeça.

─ Quero te pedir desculpas... ─ sua voz é baixa, ela encara seus próprios dedos e parece nervosa. ─ Por tudo.

─ Pelo visto vejo que você conseguiu o que sempre quis ─ minha voz é áspera, minha garganta coça.

Ela levanta sua cabeça e também ergo a minha, nossos olhares se encontram.

─ Lara, me desculpa por engravidar, eu e Bruno não somos mais nada um pro outro além de amigos e pais desse bebê. Eu não quero mais roubar ele de você, não quero mais voltar.

Suas palavras são sinceras. Eu engulo o seco e arqueio a sobrancelha.

─ Não?! ─ minha voz falha.

─ Não. Quero ver vocês juntos ─ ela segura em minha mão. ─ Juntos e felizes, e quando meu bebê nascer eu quero que você esteja lá e o segure nos braços pra mim, quero que cuide dele porque cá entre nós Bruno é péssimo com crianças ou animais. Eu abri meus olhos depois de tudo que aconteceu, eu não quero mais nada com Bruno e não quero rivalidade entre nós duas. Eu admiro você e sinto muito também pela sua perda, mas tenho orgulho porque você foi forte e superou... eu em seu lugar já teria desistido da vida. Não fui uma boa pessoa, admito. Mas estou tentando por tudo consertar meus erros.

Meus olhos estão nublados pelas lágrimas, eu aperto sua mão e abro um sorriso.

─ Obrigada, Vivian ─ digo gentilmente e ela também abre um sorriso.

Voltamos juntas pra sala e nos sentamos conversando. Vivian era uma pessoa legal, ela estava tentando mudar. E após os meninos observarem minha aproximação de Vivian eles também se aproximaram e conversaram com ela, ela se desculpou com todos e os meninos a mandaram esquecer de tudo.

E então ficamos em paz, todos nós em uma conversa envolvente e felizes. Hora ou outra trocava olhares com Bruno e podia ver orgulho em seus olhos por ver Vivian finalmente mudando.

E quando deu meia noite todos nós nos abraçamos e desejamos "feliz natal" um aos outros.

Mas quando fui abraçar Bruno ele acabou me pegando pela nuca e me beijando docemente.

─ Feliz natal, meu amor ─ sussurrou e passou seu nariz no meu.

Quando nos desgrudamos todos estavam sorrindo e nos olhando, inclusive Vivian que parecia bem feliz ao ver a cena.

Comemos muito, e depois abrimos champanhe e vinho. Claro que Bruno todo cuidadoso deixou que Vivian bebesse apenas refrigerante e suco, e ela bufou de raiva.

Depois de comer bastante e beber, fomos pro amigo invisível.

Nos sentamos animados e sorrindo e cada qual pegou seu presente. O maior foi o de Diego que era uma caixa enorme.

Vivian ficou de fora apenas assistindo tudo e sorrindo com a mão na barriga.

Quem começou foi Diego.

─ Meu presente é pra um branquelo azedo, não Peter, não é você. Eu conheci esse cara quando eu estava mega bêbado e ele também, nós estávamos em um bar e apostamos cem mangos em quem bebia mais tequila, e claro que ele ganhou. E hoje, o meu presente é pra tu relembrar o nosso passado e o quanto a festa da tequila fez com que nossa amizade apenas crescesse mais e mais ─ Diego carregou a caixa enorme e jogou em cima de Arthur que gemeu pelo peso.

Arthur abriu a caixa com desespero e quando terminou abriu um sorriso.

─ Vamo estrear essas tequilas agora, maluco! ─ ele puxou duas garrafas de tequila de uma vez e as beijou sorrindo. ─ Ai amor, mais tarde na cama eu te recompenso ─ mandou beijo no ombro pra Diego que sorriu.

Tirando as vinte garrafas de tequila tinha mais umas cervejas importadas que Arthur queria faz tempo mas era difícil de conseguir. Ele amou o presente, porque falou de bebida, falou com Arthur.

Seguimos com o amigo invisível. Arthur tirou Peter, eu tirei Léo, Peter tirou Bruno e Bruno... me tirou.

─ O meu presente é pra uma pessoa que fez do meu ano o melhor ano da minha vida. Que me ensinou, me amou e me aceitou. Eu de início nem sabia o que dar pra ela, aliás, ela tem tudo. Tem uma beleza surreal, uma gentileza e é perfeira tanto por dentro como por fora. O meu presente é pra mulher da minha vida... minha priminha ranzinza que eu já odiei mas agora só sei amar ─ se levanta e vem até mim. Ele me entrega a caixinha que cabia em minha mão e abro. Era de veludo negro, em forma de coração. Meu coração disparou quando eu vi aquela caixinha e o olhei. O que era aquilo afinal? Será que era o que estava pensando?

Abri a caixinha de veludo me deparando com um anel de ouro, naquele momento meu coração se acelerou, um certo medo de atingiu.

O anel era lindo, meio fino e liso. Dentro estava gravado algo, forcei meus olhos e pude ler: Onde tem ódio tem amor.

As letras eram puxadas e pequenas, mas mesmo assim pude fazer a leitura.

Peguei aquela pequena peça em meus dedos e senti minhas pernas bambas.

─ Casa comigo? Senhora ranziza ─ ele pede com sua voz rouca e gostosa. Olha ao redor meio abismada e os meninos se entreolham sorrindo.

Eles sabiam!

Minha voz trava, mas quando eu vejo seus olhos cor de mel brilhando eu não consigo controlar meu sorriso. O pego pelo rosto e o beijo provando de seu gosto delicioso e seus lábios macios.

─ Aceito ─ sussurro encostando sua testa na minha e sorrindo. ─ Eu amo você, Bruno Rocco.

─ Também amo você, Lara Miller.

Eles batem palma e eu o abraço me aninhando nos braços dele e fundando.

─ Gente... ─ Vivian nos chamou meio tímida. ─ Eu queria dar um presente pra uma pessoa aqui...

Ela me olha e abre um sorriso pegando a sacolinha branca e se levantando.

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