Paraísos Perdidos

By wantsilva

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Lara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar... More

Avisos da Wan <3
Capítulo 01.
Capítulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Como ajudar PP.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74.
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77.
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 84.
Capítulo 85.
Capítulo 86.
Capítulo 87.
Capítulo 88.
Capítulo 89.
Capítulo 90.
Epílogo.
Agradecimentos.
Bônus.

Capítulo 83.

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By wantsilva

Gente pra vocês que estão julgando demais o Bruno eu vou defender ele agora: Bruno quando transou com a Vivian estava SOLTEIRO (e sob o efeito do álcool) ele e Lara haviam dado um ponto na relação, vocês têm que ver que Lara também transou com o Ricardo, não culpem só o Bruno. E não é só porque a Vivian está grávida que tudo vai mudar, só se Lara quiser né, mas a criança não tem culpa de nada.

***

Desperto com os toques suaves em meus cabelos, ele está sentado na cama, está sério mas assim que me vê acordando abre um sorriso.

─ Bom dia, amor ─ lhe desejo despejando um beijo em sua bochecha, ele não me responde, noto suas mãos frias e ele parece nervoso. ─ Tá tudo bem, Bruno?

Ele fica em silêncio, me lança um sorriso nervoso e segura em minha mão.

─ Toma um banho, vai tomar seu café que eu quero ter uma conversa com você ─ ele pede gentilmente, estranho, mas resolvo não contestar.

Vou pro banheiro, faço minhas necessidades e tomo um banho lavando meu cabelo e tirando toda aquela maquiagem. Visto uma roupinha folgada e vou realizar o desjejum, com certeza os meninos estavam dormindo, ainda era sete e meia da manhã.

Fiz nescau, peguei uma fatia de bolo de tapioca e comi indo escovar os dentes em seguida.

Após fazer tudo pedido por Bruno adentrei no quarto e o peguei fitando o chão, com as mãos entrelaçadas. O que será que estava acontecendo?!

Me sentei ao seu lado e toquei seus cabelos o despertando, ele me fitou e abriu um sorriso sem graça.

─ E então... o que houve? Está tudo bem com a Vivian? ─ estou bem calma, mas minha curiosidade está mega aguçada.

Ele passa as mãos pelos cabelos, entrelaça os dedos e suspira. Faz isso diversas vezes até então disparar:

─ Vivian está grávida.

Pondero por um instante. Ele estava nervoso por isso? Ela estar grávida era o problema?

─ Devo mandar uma mensagem desejando os parabéns à ela? ─ minha pergunta soa divertida mas ele não ri, nem expressa nada em seu semblante.

─ Grávida de mim ─ completa.

Tudo ao meu redor parece parar naquele instante, minha respiração, meu coração. E eu puxo a respiração pro meu pulmão não acreditando nas palavras proferidas por Bruno.

Abro a boca e fecho diversas vezes, mas nada sai. Ele estava brincando comigo, só pode.

─ Ela quis abortar, mas eu não deixei, quero que ela tenha meu filho, já perdi um e não quero perder mais outro. E antes que diga que vai haver uma mudança, não vai. Tudo vai continuar como estar, mas daqui alguns meses ele ou ela vai nascer.

Minha garganta fechou, sentir meus olhos se encherem de lágrimas.

─ Você... você... me traiu? ─ gaguejo, minha voz sai embargada.

─ Não! ─ ele se aproxima e tenta segurar minhas mãos mas me afasto. ─ Foi quando a gente se separou, quando você foi pra casa de Ricardo. Em uma noite eu bebi mais do que devia, ela também e acabou acontecendo. O médico disse que a camisinha pode ter estourado.

─ Eu não estou acreditando ─ sussurro. ─ Como sabe que é seu?

─ Eu não sei, mas ela vai fazer três meses e tudo aconteceu tem três meses, ela quase sofreu aborto... estava bebendo. Pedi o exame detalhado pro médico e tudo indica que o filho realmente é meu, preciso esperar até o nascimento pra confirmar isso.

─ Bruno... ─ meus olhos se inundam totalmente, as lágrimas caem deslizando por minha bochecha e pingando pelo meu queixo.

Ele tenta me abraçar mas não deixo. Me levanto sem acreditar, estou abismada.

─ Não vamos terminar, por favor. Ela só está grávida, não significa que vou voltar com ela. Mas olha o que a gente passou, você sabe a dor de perder um filho tão bem como eu... não vou permitir que ela aborte o bebê.

─ Por que não me contou que transou com ela? ─ gritei exasperada, ele também se levantou e me encarou.

─ Do mesmo jeito que não me contou que transou com Ricardo e ainda ficava com ele... logo com ele, o assassino do nosso filho! ─ ele também fala em um tom alto e coloco a mão na boca perplexa. ─ Eu não estava dentro de mim, e não foi traição porque você mesma deu um ponto na nossa relação naquele tempo.

─ Bruno isso não existe...

─ Você que faz uma tempestade no copo de água, que merda! Ela está grávida, eu vou assumir se for meu filho, pago a pensão se for preciso, sou adulto, tenho vinte e cinco anos, eu sei o que faço. Eu te amo Lara, e peço desculpas por ter dormido com ela, mas eu vou assumir a criança se for minha.

Meu coração parece se apertar. Eu fungo e limpo as lágrimas. Estava sem argumentos nenhum, só queria chorar naquele instante, chorar sem fim.

Estava me sentindo traída.

─ Você quer terminar? ─ ele pergunta sério após um tempo.

─ Não ─ minha voz sai baixa. ─ Só preciso de um tempinho pra pensar, por favor.

─ O tempo que precisar ─ ele vai em passos longos e duros até a porta e sai a batendo.

Eu deslizo indo parar no chão, choro minha reserva de lágrimas totalmente acabada. Como assim Vivian estava grávida? Como assim a criança era filha de Bruno?

Não exigiria que ele não assumisse a criança ou a matasse, jamais, mas era estranho saber que ele seria pai do filho de sua ex.

Eu só precisava de um tempo pra digerir aquilo. Não era um bicho de sete cabeças.

Bruno não tinha culpa e muito menos a criança. Apenas aconteceu... se fosse eu no lugar dele também faria o mesmo.

***

Hoje era segunda, dia de ir pra escola. Infelizmente.

Passei o resto do sábado e o domingo sem falar com Bruno, ainda sem palavras pra me dirigir à ele. Toda vez que olhava em seu rosto me lembrava que Vivian estava grávida dele. Eu até que não estava tão mal, apenas não acreditava nisso.

Era um bebê, não era uma catástrofe e muito menos o fim do mundo.

Hoje talvez eu conversaria melhor com ele, talvez eu arranjasse corage de ficar de cara a cara com o mesmo.

A aula era de sexologia, seria no auditório com alguns palestrantes. O tema era doenças sexualmente transmissíveis, sempre tinha essas palestras todo ano pra nós, em seguida era a entrega de camisinhas. Eu e Duda, ano passado, pegamos mais de cinquenta comidinhas e enchemos a quadra de balões, foi divertido, mas ficamos suspensas por dois dias.

Gostava de palestras, pelo menos ocupava minha mente e me fazia ficar fora da sala. O que era ótimo.

Me sentei bem no meio do auditório escuro. Os palestrantes testavam o data show enquanto o auditório era cheio pela chegada doa alunos do primeiro, segundo e terceiro ano.

E depois que o auditório estava lotado que deram início a palestra.

Falaram sobre as doenças, as causas, sintomas e blá blá blá. Eu só conseguia pensar em Bruno sendo pai. Ainda não conseguia engolir aquilo.

─ Agora iremos mostrar um vídeo sobre como se prevenir das DST's ─ uma doutora diz no microfone mas sua voz ecoa em minha mente.

Por que ele não me contou que transou com ela? Era intenção dele deixar aquilo no passado assim como deixei? Eu não contei sobre Ricardo pra ele, creio que ele leu minha conversa com Júlia.

"Ah... vai... geme Larinha... geme pra mim, sua cadela"

O som toma conta de todo o auditório. Uma onda de vozes se espalha, e quando levanto minha cabeça e encaro o telão observo meu vídeo com Ruan rodando ali. Pra praticamente a escola inteira.

Eu inconsciente enquanto Ruan fazia sexo comigo mesmo assim, a escola inteira olhando o vídeo ao vivo, vendo meua seios e meu sexo ali, expostos.

As lágrimas se formaram em meus olhos e notei várias pessoas me olhando e sorrindo. Várias pessoas não... tomo mundo daquele auditório.

O vídeo foi retirado e olhei pra trás do auditório vendo Duda com um pendrive enquanto sorria de mim.

Eu me levantei saindo correndo dali, todo mundo me olhava, alguns me chamavam de puta, vagabunda e outros falavam que tinham pena de mim.

Não tive forças, pensei que iria cair bem nos corredores daquela escola.

Havia cartazes colados na parede com frases do tipo: "Lara do 3° B é uma puta", "Larinha geme pra mim", "Lara fodedora" e muitos mais insultos, havia montagens minhas com meu rosto em mulheres nuas e os alunos todos saíram nos corredores com seus celulares em mãos e me olhando.

Eu corri, sem parar. Fui pro banheiro do segundo andar e me tranquei em uma cabine chorando, me sentei em cima da tampa do vaso sanitário e tirei meu celular toda me tremendo.

Ninguém imaginava a dor que eu sentia. Por que ela fez aquilo? Todo mundo já tinha se esquecido, tudo estava bem.

─ Lara? Tá tudo bem? ─ sua voz me acalma de certo modo, mas não consigo segurar o choro preso na garganta. Eu soluço enquanto as lágrimas descem pelo meu rosto.

─ Vem agora pra escola, por favor. Duda passou meu vídeo no telão do auditório e...

─ Já estou indo, se acalma ─ ele me interrompe e logo desliga.

Eu continuo ali, abraço meus joelhos e soluço deixando as lágrimas caírem. Penso que aquilo é apenas um pesadelo, mas não é.

Depois de uns quinze minutos ele manda uma mensagem.

Brutamontes ─ tô aqui na entrada, vem aqui.

Assim que ele me manda mensagem eu saio da cabine, ele estava ali, eu estava segura.

Saio do banheiro e vejo a escola toda aglomerada, era um tumulto louco, todos os alunos fora de sala e os inspetores tentando acalmar o tumulto.

Passo direto, vou correndo, desço as escadas e vejo o pátio repleto de alunos, todos eles me olham. Mas lá no final, perto da entrada pro pátio, eu vejo ele, vestido em seu terno e preocupado, ele me olha e não consigo controlar o choro.

Desço correndo e vou até ele, o abraço forte e ele me aperta em seus braços. Eu molho sua camisa social com minhas lágrimas, enterro minha cara ali morta de vergonha.

─ Calma, vai ficar tudo bem, Lara ─ ele tenta me tranquilizar acariciando meus cabelos, mas ele já deve ter visto os cartazes e montagens.

─ Olha, senhor Rocco, eu creio que não seja necessário a presença da federal na instituição ─ reconheço a voz da diretora geral.

─ Não é necessário? Uma pena, porque o Rodrigo já está chegando.

─ Senhora? Os principais responsáveis são esses alunos, os organizadores estão ainda sendo identificados ─ ouço a voz do inspetor e abraço mais ainda Bruno, abro apenas uma brechinha do seu abraço pra encarar Maria Eduarda, duas amigas dela e Ruan.

─ Essa aqui é a principal... ─ ouço a voz grave de Bruno, ela aponta pra Duda que o encara com medo. ─ Você sabe bem que vai presa, não é?

─ Eu não fiz nada! E meus pais têm os melhores advogados do país! ─ em sua voz só transborda medo e mais medo.

─ Que legal, não é? Eu também sou advogado, e faço questão de defender Lara no tribunal, eu espero que seus advogados sejam bons mesmo. Sabe qual vai ser seu destino? Cadeia, querida. Uns dez anos, mas faço questão de acrescentar uns crimes em sua ficha pra fazer você pensar melhor, e dinheiro de mamãe e papai não vai te tirar de lá. Se você não conhece o diabo, eu me apresento. Vou fazer da sua vida um inferno, faço questão ─ nunca vi Bruno tão cheio de ódio quanto nesse instante.

Vejo Eduarda chorar bem na frente de Bruno, as duas amigas dela ficam de cabeça baixa e Ruan também.

─ E você é o que dela? ─ o inspetor indaga.

─ Namorado, mesmo que isso não seja de seu interesse. E quanto à você... senhora diretora, devia dar um ensino melhor aos seus alunos, vou pensar seriamente se não faço você perder seu cargo e nunca mais ser contratada, porque você mais que ninguém está violando a lei, e se não fizer você sair do seu cargo, eu faço essa escola não ter mais nenhum mísero aluno pra contar história... acredite, eu posso.

─ Me desculpe, senhor Rocco, eu sinceramente sinto muito... ─ a diretora gagueja também intimidada.

─ Bruno? O que houve aqui? ─ ouço uma segunda voz grossa e ergo a cabeça limpando as lágrimas e encarando o delegado da federal junto de mais quatro policias armados.

─ Rodrigo... é o seguinte ─ Bruno explicou toda a situação e ainda falou de um jeito formal e incrível todos os crimes que Duda junto dos seus amigos haviam violado. ─ Eu deixo em suas mãos, espero que se resolva.

─ Com toda certeza, meu amigo ─ apertou a mão de Bruno e olhou pra Duda e seus amiguinhos. ─ César? Leva aprendido esses quatros e mais a diretora, por favor. Depois reune esses alunos que quero dar uma palavrinha com eles.

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📍ʀɪᴏ ᴅᴇ ᴊᴀɴᴇɪʀᴏ, ᴄᴏᴍᴘʟᴇxᴏ ᴅᴏ ᴀʟᴇᴍᴀᴏ "dois corações unidos num sentimento, novinha e guerreiro em um só fundamento..."