Quase, sem querer

By JssikaSoares

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Anne é uma garota de temperamento forte, que após perder a mãe muito nova, se revolta com a vida a ponto de s... More

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Epílogo_(FINAL)
Agradecimentos
Saiu livro físico ❤

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By JssikaSoares

Já tinha chegado da minha noite tensa de trabalho. Estava com uma camisa de super herói e meu short gasto de corrida, olhava sem emoção nenhuma para o micro-ondas esperando que as pipocas terminassem de estourar para ir para o meu quarto ver um filme.

Meu turno na academia tinha sido tenso e exaustivo. Mas sobrevivi ao primeiro dia após deixar o olho de Nathan roxo. Mesmo com o clima estranho entre todo mundo fiz exatamente o que Alexander me disse, segui a diante.

Não ia desistir de tudo por causa de Nathan, nem em sonho.

Cuidei do tatame e dos vestiários em silencio. Enquanto ele inventava uma historia sobre o seu hematoma, eu fingia não me importar que ele estivesse mentindo. E evitando olhares e provocações eu segui meu turno de serviço até que a academia fechasse e o meu treino pessoal começasse.

Talvez nunca mais fossemos os mesmos.
E eu não esperava diferente.

O alarme do micro-ondas me trouxe de volta dos meus devaneios. E assim que despejei tudo em uma vasilha me dirigi para o meu quarto. Passei pelo meu pai que estava deitado no sofá vendo um jogo qualquer na tv, ele segurava uma cerveja e torcia sem muita emoção pela cesta que o jogador acabou errando.
Em tempos atrás meu pai não pareceria um homem tão comum, e eu não sabia dizer se aquilo era uma coisa boa ou ruim.

-Como estava o treino hoje querida?- perguntou ele, me obrigando a parar e olhar em sua direção.

-Otimo. Você deveria ir na academia qualquer dia desses, pode ser que te faça bem.- disse com um sorriso carinhoso.- E te ajudaria a dar um sumiço nessa barriguinha ai.

Ele sorriu para mim, fazendo as rugas ao redor dos seus olhos aparecerem. E eu amava quando ele ria assim, porque era a coisa mais doce que eu conseguia causar em alguém.

-Você iria comigo?- disse ele estendendo a mão para mim.

Contornei o sofá e larguei a vasilha de pipocas na mesinha de centro, ao lado das latas de cerveja que ele tinha bebido. Depois sentei do seu lado, escorando a minha cabeça no seu ombro.

-Claro que vou pai. Vou adorar te derrubar no chão.- disse com um sorriso.
Ele acaricia meu cabelo com carinho e depois beija o alto da minha cabeça, como faz todas as noites antes que eu pegue no sono.

Ele aponta para a vasilha de pipocas e olha para mim.

-Batman ou Vingadores?- diz ele com um sorriso.

Ergo as sobrancelhas tentando fazer suspense.

-Capitão américa.- ele estala os dedos com um sorriso, depois balança a cabeça de um lado a outro, como se fosse imperdoável errar. Depois larga a lata de cerveja na mesa de centro e ajeita as almofadas de baixo da cabeça.

Fico só olhando para ele, e não preciso que ele se convide para saber que ele quer assistir comigo. Fazemos aquilo com frequência, ver filmes faz parte da nossa rotina, dos nossos momentos de pai e filha.
Nunca fomos tão ligados quando a minha mãe era viva, mas nosso sofrimento nos uniu. E unicamente com ele eu não era a pessoa mais indomável do mundo. Por ele eu não me permitia errar, para ele eu nunca podia dizer jamais, com ele eu nunca gritava e nem tinha mal humor. Era importante para mim que meu pai sentisse orgulho de quem eu era e me tornaria. Porque qualquer coisa era superável para mim, somente o desgosto dele me amedrontava.

Quando uma garota perde tudo que lhe importa, verdadeiramente, na vida, ela tende a se tornar uma rocha. Incapaz de se permitir cair uma única vez, restrita a uma personalidade forte e uma força de vontade capaz de tudo. E tudo aquilo que sobra, nesse caminho de retorno a sua realidade, se torna sagrado. Porque pra quem perdeu tudo a sobra sempre será tudo que nos restou para lembrar dos melhor dias.

E meu pai era minha sobra, tudo que tinha me restado e me forçado a continuar. Por ele eu faria qualquer coisa com um sorriso no rosto.

Levantei e fui até o meu quarto pegar o filme, já que tinha tido uma mudança de planos. Nesse meio tempo ouvi a campainha tocar, mas não me preocupei com quem podia ser, já era tarde, ninguém além de um vizinho deveria estar na rua aquela hora.

-Boa noite Sr.Mcgregor.- ouvi uma voz terrivelmente familiar falar.- Espero que não esteja tarde, avisei a Anne que seria quase impossível vir, mas por uma sorte enorme meus pais me deixaram vir.

-Claro, entre querido.- disse meu pai com carinho.

Eu não conseguia acreditar que meus ouvidos estivessem certos. Não era possível que eu estivesse mesmo ouvindo aquela voz no único lugar onde ela nunca deveria ter estado. Voltei para a sala bem a tempo de ver meu pai convidar Harry para se sentar na nossa poltrona.

-Querida, seu amigo chegou.- disse meu pai olhando para mim.- Você não me disse que tinha visita para ver o filme, caso contrário não teria me convidado.

Meu pai era inacreditável. Um garoto aparecia na nossa casa à 1h da manhã e ele não conseguia parar de sorrir. Agia como se Harry fosse um parente que estivéssemos recebendo. Tudo bem que eles tinham uma convivência diária, mas meu pai podia ser no mínimo como os outros pais, aqueles que não permitiam que sua filha recebesse visitas noturnas de garotos.

Ah, me esqueci de dizer que meu pai era a pessoa mais querida e amável que existe na face da terra. Daquelas que aceita tudo de todos e que espera sempre o melhor das pessoas.
E Harry era esperto o suficiente para usar isso a seu favor. Sempre bajulava meu pai, sempre mostrando um lado dele que eu não estava muito certa de existir, de forma que meu pai amava o garoto. O tratava quase como um filho, até porque se não fosse por Harry ele não teria um emprego.
Como motorista particular da família Collins meu pai nos sustentava. O salario era bom, o horário era flexível e a família de Harry tratava meu pai como um integrante da família.
Sim, minha ligação com Harry ia bem além do que eu podia controlar. Entende agora porque eu o odeio tanto?

-O que você esta fazendo aqui?- pergunto a Harry com delicadeza. Assim como ele, eu também agia diferente na frente do meu pai, não queria que ele pensasse que eu era errada e não Harry. Por diversas vezes tentei convencer meu pai de que ele era uma pessoa maldosa e insuportável, mas ele sempre interpretava aquilo como implicância e as vezes até como desejo.
E mesmo que eu fosse adulta e pagasse minhas contas, não entrava em conflito nunca com meu pai.

-Noite de filme, esqueceu?- perguntou ele como se fosse obvio. Depois pegou uma porção de pipocas no vasilhame e sorriu para meu pai.

Respirei fundo. Não era a primeira vez que ele fazia aquilo, mas eu nunca estava preparada para a cara de pau dele. Ele sempre me surpreendia com suas invenções sem cabimento.

Certa vez Harry apareceu no meu apartamento dizendo que estava sem as chaves de casa e convenceu meu pai a deixa-lo dormir no nosso sofá. Foi inacreditável como meu pai simplesmente aceitou aquilo e no outro dia ainda acordou e fez café para o garoto como se ele fosse bem vindo.

Só que aquela noite estava sendo pesada e não queria mais um estresse antes de dormir.

Dei um tapa na minha testa e sorri.

-Como pude esquecer. Acho que estava tão cansada que acabei esquecendo.- o fuzilei com os olhos quando meu pai me deu as costas.

-Tudo bem, posso ir embora se vocês estiverem ocupados.- disse Harry de forma educada.- Não quero atrapalhar.

Meu pai balançou a cabeça e eu já sabia que estava tudo perdido.

-Não, por favor. Não estraguem a noite de vocês por minha causa.- ele se levantou e se espreguiçou. Depois olhou para mim e continuou.- Eu já estava querendo ir para a cama mesmo, não perca a sua noite comigo querida, aproveite.- disse meu pai cheio de olhares conspiratórios. Aquilo não podia estar acontecendo mesmo.

Não adiantava brigar e nem argumentar, Harry já tinha ganho a discussão antes mesmo que ela tivesse começado.

-Okay.- foi tudo que pude falar. Mas aquilo não ia ficar assim. -Harry vem me ajudar a escolher um filme, eles estão no meu quarto.

Se meu pai falou alguma coisa? Não, ele só ficou lá olhando para mim com um sorriso no rosto. Feliz por achar que eu finalmente tinha me permitido gostar de alguém. Ele não entendia que eu não era emocionalmente livre para alguém. Um dia ele ia acabar me enlouquecendo completamente.

-Claro.- Harry se levantou e me seguiu ate meu quarto. Ele nem sequer protestou, apenas passou pelo meu pai com um sorriso inocente e depois passou pela minha porta a fechando atrás de si, esperando pelos meus gritos contidos.

-O que é isso agora?- fiquei olhando para ele com os olhos em brasa.- Invente uma mentira qualquer e suma daqui agora mesmo.

Ele deu de ombros e se jogou na minha cama.

-Eu não vou fazer nada.

Peguei o pé dele e o puxei para fora da cama com toda força que eu consegui. Harry caiu de bunda no chão, e mesmo assim não parou de rir. Ele ia me enlouquecer de todas as formas possíveis.

-Porque isso agora? O que foi que eu te fiz dessa vez?- sussurrei para que o meu pai não ouvisse.

Ele flexionou as mãos atrás da cabeça e fechou os olhos. Completamente descansado no meu tapete, ele agia como se fosse perfeitamente aceitável fazer o que estava fazendo.

-Eu estava na minha cama, ai comecei a lembrar do nosso quase beijo hoje no corredor, e não conseguia parar de imaginar como seria se você não tivesse medo. Se não fosse tão cagona e ridícula me evitando. Ai pensei que te obrigar a fazer isso era a melhor maneira de te ajudar a mudar. Então resolvi vir.- disse ele num sussurro sarcástico.

Comecei a rir na mesma hora, ele não podia estar falando serio. Era 1h da manhã, de um dia normal da semana e ele estava agindo como o babaca que era. Não era possível que a sua mentalidade fosse tão infantil.

-É sério, o que você quer aqui?- disse quando parei de rir. Meu olhar era assassino na direção dele.

Ele sorriu, se divertindo com a minha raiva contida. Odiava aquele garoto com todas as minhas forças, e faria qualquer coisa para acabar com ele se possível.

-Amanhã à noite, tem uma festa na minha casa. Você vai estar lá, com o seu melhor vestido e vai ficar até que eu me canse de olhar para a sua cara.- disse ele.

-Não sei que drogas você anda usando, mas você esta louco. Passou dos limites dessa vez e eu vou te por pra rua a socos daqui a pouco. Não abuse da minha boa vontade.- disse me aproximando dele.

Não tinha medo de Harry, nem do que o dinheiro dele podia fazer. A minha liberdade não tinha preço e a minha educação tinha limite e ele estava ultrapassando todos.

Ele segurou minha camisa com os dedos tatuados. Aqueles que tinham escrito Luck em letras cursivas e negras. Depois ficou me encarando enquanto brincava com argola que tinha cravada em seu lábio inferior.

Ah, deixe me ver se entendi direito. Você pensou que Harry era um mauricinho que andava de suéter e calças caqui? Kkkkkkkk Não, ele era quase das trevas. Tinha os cabelos bagunçados e parte do corpo tatuado, mas só nos lugares certos, onde se podia esconder quando desejado. Seus olhos eram azuis e seu corpo definido nos pontos certos. Entendeu agora porque eu o odiava tanto? Porque ele era parte tentador e parte destrutivo. Eu o odiava mais do que sabia definir, mas não poderia negar que ele me atraia mais do que qualquer um.
Ele agia como se fosse perfeito na frente dos mais velhos, algumas pessoas nem sabiam que ele tinha tatuagens, além da que ele carregava nos dedos, de tanto que ele era dissimulado, mas aqueles que o viam ao seu natural sabiam que ele quase não tinha alma. Nem o liso dos seus cabelos conseguia enganar aqueles que o conheciam de verdade.
Quem convivia com ele sabia que ele era maldoso sempre que queria ser.

Ele me olhou de perto e me puxou para si. Eu não estava preparada para a sua atitude e acabei caindo por cima dele. Minha respiração acelerou e meus olhos pegaram fogo quando ele me segurou tão perto de si.

- Eu não estou aqui para negociar, você vai fazer o que eu estou dizendo ou eu vou passar a noite aqui. Faça a sua escolha.- disse ele sorrindo para mim.- Qualquer uma das suas escolhas são bem vindas, vim preparado.

Tentei me equilibrar e sair de cima dele, mas o mesmo me segurou. Seus dedos estavam enterrados nos meus braços e eu não conseguia me mexer.

-Me solta!- disse para ele com tanta raiva que eu quase explodia.-Eu juro...

Ele me empurrou para o chão e veio para cima de mim, prendendo meus braços e pernas completamente no chão. Eu me debatia e tentava morder o braço dele que estava perto. Mas ele se esquivava com facilidade, e a minha raiva não estava me deixando pensar direito.

-Se você não escolher, eu vou continuar com essa tortura até me cansar e decidir por você.- disse ele com um sorrisinho sádico.- Trouxe quatro camisinhas, podemos nos divertir a noite toda ou você pode aparecer amanhã. Qual alternativa vai ser?- disse ele com os lábios bem perto dos meus, num sussurro agonizante e destilado de veneno.

-Tudo bem, eu vou amanhã. Eu vou amanhã, sai de cima de mim.- me debati mais uma vez.

Ele lambeu a minha bochecha, e sorriu como um maníaco. Era revoltante o que ele estava fazendo.

-Boa garota. -disse ele.- Mas estou gostando de ter nas mãos assim.- ele analisava meu corpo imóvel abaixo do seu e sorria como se fosse divertido o que estava fazendo.

-Você disse que ia embora. Disse que se eu concordasse ia me deixar em paz.- eu falava com raiva contida.

-Eu já vou, só me de mais uns minutinhos.- disse ele cheirando meu pescoço e esfregando seu nariz na minha clavícula.

Fechei os olhos, tentando mandar aquela sensação de invalidade para longe. Odiava quando ele era baixo assim, quando era repugnante, mas mais ainda odiava o fato de não poder fazer nada para mudar aquilo. Foi então que me lembrei das aulas, de Alexander me ensinando a como sair de baixo dele, numa  posição que chamávamos de inversão. Me concentrei nos movimentos que tinha que fazer e tentei lembrar o que era preciso para sair, depois de lembrar do passo a passo me movimentei com perfeição e consegui coloca-lo no chão.
Agora eu o olhava de cima e pressionava meu antebraço no seu pescoço, ao mesmo tempo que imobilizava seu corpo, com força e determinação.

-Nunca mais faça isso.- digo o olhando bem de perto.- Já te disse que não sou como as suas garotas, não estou aqui para seus jogos. Me deixe em paz, é tudo que te peço.- eu quase cuspia as palavras na cara dele, enquanto seus olhos me encaravam com surpresa. Ele não estava preparado para o que eu tinha feito, nem eu mesma estava, mas ainda sim parecia não estar impressionado.

Meu braço pressionava cada vez mais seu pescoço, e seu rosto já estava ficando vermelho ao passo que ele se debatia desesperadamente. Eu não conseguia pensar direito, estava com tanta raiva que seria capaz de mata-lo ali no meu quarto. Não era brincadeira, eu não estava falando da boca para fora e quando ele pareceu se render eu achei que não seria capaz de parar.
Eu estava quieta na minha, mas ele sempre fazia aquilo. Me levava ao limite e depois saia por cima. Ele quase me fez ser presa uma vez, depois que quebrei todo o carro dele, mas o que ninguém sabia, era que o motivo do meu ataque de raiva, foi porque ele tinha me prendido no banheiro feminino sem as minhas roupas.
Bom, isso é história para outro capitulo.

Depois de quase o ver desmaiar sai de cima do seu corpo e sentei ao seu lado. Respirava com dificuldade devido à força que tinha feito, mas o pior de tudo é que me sentia um lixo por usar tudo que aprendi numa situação como aquelas. Alexander ficaria desapontado comigo se visse como eu quase perdi o controle sobre minhas ações. Eu podia ter machucado Harry de verdade.
Fechei os olhos ao passo que ele se recompunha do meu lado. Ele pressionava o pescoço com as mãos e praguejava sem parar. Mas nem por um segundo olhou na minha direção.

-Porque você faz isso Harry?- disse para ele.- Porque não pode simplesmente me deixar em paz?

Ele levantou sem dizer nada, tirou algo do bolso e jogou na minha cama. Depois caminhou até a porta e segurou a maçaneta. Achei que ele ia embora, que tinha aprendido a lição de não se meter comigo, mas então olhou para trás e disse com a voz carregada de arrogância e pretensão.

-Esteja lá as 9hs. A Agnes vai te dar uma carona, já que é difícil andar de vestido e moto ao mesmo tempo.- disse ele indiferente.

-Eu trabalho até as dez.- digo derrotada.

-Não é problema meu.- ele da de ombros.- Esteja lá as 9hs ou venho te buscar pessoalmente, e não espere que eu seja educado dessa vez. Você esta em débito comigo depois dessa.

-Suma daqui.- digo, mostrando o dedo do meio para ele.

Ele sai do meu quarto e depois se despede do meu pai com uma desculpa ridícula para ir embora. E o mais engraçado é que meu pai cai como patinho. Fico chocada quando ele vem até o meu quarto para me dar boa noite, e dizer que sente muito por Harry ter que cancelar comigo por causa da mãe doente.

Eu tinha três problemas para resolver no dia seguinte.

Que roupa vou usar na festa?
Como vou fugir do treino?
E o que vou fazer para que Harry nunca mais me atormente?

Quando engatinho de volta para a cama, cansada de pensar no que fazer, encontro quatro camisinhas jogadas sobre os meus lençóis. E aquilo me deixa louca de raiva, então juro a mim mesma que dessa vez ele ia se arrepender, a si ia.

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