Quando eu acordei fui tomar água e desci pra piscina, a chuva havia cessado mas o vento frio e o tempo fechado ainda reinavam naquele cenário maravilhoso. Quem não amava frio?!
Coloquei Sara no bolso do moletom e pedi o elevador, calçava pantufas e meias de vaquinhas.
Me olhei no espelho do elevador e parecia uma mendiga, ótimo. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo e senti meu punho doer, às vezes em certos movimentos ele doía, assim como minhas costelas. Eu não sabia bem o que havia acontecido e nem queria saber. Era melhor esquecer tudo aquilo.
Quando o elevador chegou no térreo fui direto pra área da piscina. Puxei uma cadeira de sol que era estilo rústica e me sentei ali, tirei Sara de dentro do bolso do moletom e a coloquei no meu colo. Ela estava acordada e mordia meu dedo com seus dentinhos curtos.
Encostei minha cabeça e ajustei minhas costas olhando o clima, e a praia com uma certa dificuldade por causa das palmeiras, e a da piscina em minha frente.
Respirei profundo sentindo as rajadas geladas do frio atingindo meu rosto, e estremeci.
Devia ser por volta de seis horas ou seis e meia, não olhei o relógio quando acordei, vim direto pra cá. Não havia ninguém, o céu estava escurecendo e as luzes do condomínio se acendiam.
─ Ei... ─ escutei a voz grossa e baixa e virei-me, visei Bruno que estava com uma camisa simples cinza e de calça jeans lavagem clara. Ele tinha as mãos dentro dos bolsos. ─ Tá frio aqui.
─ Tô bem protegida ─ solto um sorrisinho.
Ele também ri e se aproxima, puxa uma cadeira e se senta do meu lado. Ele encara Sara no meu colo e estende a mão pra pegar nela também.
Ficamos em silêncio, sua respiração está forte e posso sentir seu perfume assim que inalo o ar.
─ Sabe bem que não estamos sozinhos nessa né? ─ ele pergunta de repente.
─ Eu sei.
─ Estou contigo apesar de tudo, e mesmo que você me odeie eu ainda vou estar do seu lado ─ ele fala de forma forma e entrelaço nossos dedos. ─ Tudo foi culpa minha.
─ Não foi culpa de ninguém ─ digo baixinho.
─ Claro que foi... ele ainda podia estar aqui com a gente.
Levanto meu olhar e encaro seus olhos cor de mel que brilhavam, analiso seu rosto, sua mandíbula quadrada e o charme que seus cabelos bagunçados lhe causavam.
─ Bruno... ─ minha voz sai meio falha, ele aperta minha mão. Seu calor me aquece de forma rápida e confortável. ─ Eu só quero esquecer isso. Por favor.
─ Tudo bem, mas você me perdoa?
O encaro, ele está sério. Não acredito que ele estava se culpando, ele não fez nada de mal. Me levanto da minha cadeira e deito em cima dele na outra, colocamos Sara em cima dele e ele me abraçou. Deitei minha cabeça em seu peito tomando meu olfato com o cheiro gostoso impregnado em sua camisa.
─ Não tem porque pedir perdão ─ minha voz sai baixo, ele me aperta em seu braço livre. ─ Não é sua culpa, não se martiriza.
Ele beija minha testa e assente.
Ficamos ali um pouco, ele me contou sobre seu dia e eu sobre o meu. E quando começou a chuviscar nós resolvemos subir.
Fui direto pro quarto após encher Arthur de beijos no rosto e apresentar o novo membro da família. E como eu e Bruno estávamos assumidos, ficamos no quarto de hóspede que a cama era de casal e grandona, e Arthur mesmo que aconselhou que era melhor ficarmos lá.
Dei o leite de Sara e a coloquei em cima de uma almofada no chão, ela se encolheu e dormiu.
Eu tirei aquela roupa toda e fiquei somente com uma camisa listrada de Bruno, calcinha preta e minhas meias que iam até o joelho estampadas de vaquinhas. Me sentei na cama e botei na televisão uma música pra tocar enquanto ia ajeitar umas coisas da mala no guarda-roupa.
Bruno adentrou no quarto depois de um tempo, estava comendo com certeza. Pegou a toalha e parou me olhando, me virei e vi seu olhar em meu corpo.
─ Limpa a babinha ─ tiro onda com sua cara.
─ Nem é convencida ─ manda sua língua.
─ Sou gata, isso sim... olha só esse corpo de modelete aqui ─ suspendo a camisa e seus olhos vão direto pra minha calcinha. Ele me fuzila e em seguida corre pro banheiro. Eu me mato de rir.
Fico um tempo ali dobrando umas roupas, até que começa a tocar uma música do Mc Sapão da playlist, era "vou desafiar você" e como eu era fã do Daniel Saboya sabia a dança na ponta do dedo.
Comecei a dançar igual uma doida.
─ Vou desafiar você, você diz que sabe dançar, você diz que sabe mexer, vai ter que me provar, eu vou pagar pra ver... ─ rodei imitando o Daniel Saboya e comecei a rebolar.
Algumas partes do meu corpo ainda doíam quando eu fazia movimentos bruscos, mas isso jamais me impediria de dançar junto do rei Daniel.
E quando terminei a dança me virei dando de cara com Bruno parado na porta, ele ria enquanto estava de braços cruzados.
─ Me senti desafiado ─ ele comenta baixo e bufo morta de vergonha.
O analiso, ele está somente de calça moletom, os cabelos molhados e o perfume exalando.
─ Vai procurar o que fazer ─ rolo os olhos tirando meus olhos dele.
─ É sério... me senti desafiado.
Eu soltei um sorriso. Ele caminhou até onde estava e me puxou pela cintura, naquele momento começou a tocar "Ed Sheeran ─ Thinking out loud". Ele me puxou colando nossos corpos e alisou meu rosto, cherei sua pele com cheirinho de sabonete e perfume. Começamos a dançar a música em movimentos lentos, encostei minha cabeça em seu peito e ele segurou em minha cintura e costas. Fechei as pálpebras enquanto ia de um lado pro outro abraçada com Bruno. Me sentia tão protegida, tão amada em seus braços.
Levantei meu olhar e ele me encara, olhei em seua olhos por um tempo, como eu amava aquele olhar, como amava ele. O mesmo se inclinou e me beijou, dei passagem e assim iniciamos um beijo repleto de saudades e desejo. Meu corpo queimava, sentia um formigamento nos pés. Ele explorou minha boca com sua língua e mordiscou meus lábios. Senti suas mãos quentes subindo por minhas costas geladas e estremeci. Todo meu corpo se arrepiou. Ele puxou a camisa que usava a tirando, o abracei encostando meu corpo no seu, sua ereção já era sentida. Ele continuou me beijando e fomos sem direção procurando a cama, ele se deitou e me puxou, mas minha costela doeu na hora.
─ Ai ─ coloquei minha mão em cima do local choramingando.
─ Machuquei? Desculpa, amor.
─ Minha costela que ainda dói um pouco ─ explico me sentando sobre sua barriga. Ele abre a boca pra falar mas o calo com um beijo, seguro em sua nuca e passo minhas unhas de leve ali.
Ele segura em meu rosto com cuidado e dessa vez me puxa com delicadeza me fazendo deitar sobre o mesmo. Ele tirou as mechas que caiam sobre meu rosto e colocou atrás da orelha. Ficou me encarando por um tempo e do nada abriu um sorriso imenso.
─ Você é linda ─ ele fala ainda sorrindo e de um jeito fofo.
─ Você ama me iludir né.
─ Eu amo te amar ─ ele sela meus lábios, meu coração bate forte. ─ Você é minha.
─ Eu também amo você ─ beijo seu pescoço e subo pra sua orelha a mordendo. ─ E sim, sou sua. Pra sempre.
─ Me deixe ajudar à encontrar seus paraísos ─ ele pede olhando firme em meus olhos.
─ Deixo ─ esfrego meu nariz no dele e junto nossos lábios novamente em outro beijo caloroso.
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Alô, galera de cowwwwboy!
Boa noite gente, como vcs tão? Tão bem? Como foi o dia?
O meu foi ótimo porque eu estou de férias e aqui em São Luís tá mega geladinho. Tá fazendo 23° graus e isso pra gente é um freezer.
PASSEI DIRETO GENTEEEE A MACUMBA DE VOCÊS DEU CERTOOO!
E agora que estou de férias vou postar bastante e dá mais atenção p vcs.
PP está indo pra reta final e preparem o coração pro final.
N esqueçam de votar e comentar.
Tava com saudades!
Beeeeijos.