[IMAGINES] LOVELY

Per nnight_

101K 3.7K 1.3K

Sejam bem vindos a LOVELY! Onde todos os títulos são músicas e você pode finalmente conhecer quem diabos é a... Més

PARTE 1
[ESPECIAL 50K] TEMPORARY FIX
[ONE THING]
{CLICHE}
[EVERYTHING ABOUT YOU]
{SKINNY LOVE}
kawaii
[SAVE YOU TONIGHT]
[STOLE MY HEART]
(style)
[kiss you]
[little things]
(how to safe a life)
[last fist kiss]
[back for you]
(mistletoe)
[summer love]
[she's not afraid]
(cherry)
[something great]
(drunk)
[night changes]
[girl almighty]
(accident)
[hey angel]
[a.m]
(youtuber)
[home]
(thinking out loud)
kawaii :2
PARTE 2
[rock me]
[tell me a lie]
(let me love you)
[diana]
(mother's day)
[through the dark]
[fireproof]
[no control]
(tenerife sea)
[end of the day]
[infinity]
kawaii :3
PARTE 3
(broken home)
[more than this]
[taken]
(photograph)
[don't forget where you belong]
[right now]
[half a heart]
(dandelion)
[where do broken hearts go?]
[fool's gold]
[i want to write you a song]
(always in my heart)
kawaii :4
love you goodbye

{story of her life}

1.2K 40 2
Per nnight_

N/a: Foi um prazer contar com a ajuda de alguém tão talentosa na escrita desse imagine/one shot. Então Lety muito obrigada por ter aceitado a minha proposta, foi muito legal da sua parte, sou muito grata a ti. <3

Aurora não quer ir. Ela não quer reviver as lembranças, mas os filmes de foto da sua velha câmera fotográfica se acumulavam na pequena caixa em um canto esquecido de sua mesa, em um emaranhado de fitas. Ela quase podia ouvi-las gritar, pedindo para que tivessem seus segredos revelados. Ali estavam todas as histórias que ela não poderia explicar, segredadas nas entrelinhas e ela não tinha certeza se queria revivê-las. Pelo menos não depois do acidente que matara sua mãe.

Aurora pensava que nunca colocaria os pés em uma dessas lojas novamente. Porém ali se encontra a garota, parada na frente da loja de artigos de fotografia, que fica a alguns quarteirões de sua casa. O estabelecimento ostenta paredes de tijolos em tons pastéis, as vitrines exibem câmeras, álbuns e molduras para fotos em diversas dimensões, gravado em letras douradas cursivas o letreiro diz: One Direction Fotografias.

Após a morte de sua mãe, ela tinha percebido o quanto fotos podiam ser cruéis e tinha negligenciado os filmes até aquele momento. Respirando fundo, Aurora dá alguns passos em direção à porta. Sua chegada a pequena loja é anunciada pelo tinir dos sinos acima da porta. Um garoto de olhos verdes surge no balcão com um salto. As bochechas da garota se coram de vergonha por ser pega de surpresa daquela maneira.

-- Em que posso ajudar? -- ele pergunta em um tom alegre, um sorriso adorável nos lábios dele.

Aurora encara o chão de madeira, mais interessada em contar as ripas envernizadas abaixo de seus pés. O vislumbre de uma das suas frases favoritas na ponta do tênis a faz tomar o pouco da coragem necessária para seguir com aquela conversa. "Não fique com medo do mundo", a voz da sua terapeuta soa em sua mente. "A vida é um dom, não se esqueça de vivê-la."

-- Hm... claro -- ela diz finalmente, a voz trêmula de ansiedade. -- Eu vim revelar essas fotos.

Aurora retira da bolsa em seus ombros os rolos de filmes de foto e coloca-os no balcão, na frente do garoto, com um olhar nervoso. Ela não gostaria de atrapalhá-lo com a quantidade de fotos que está pedindo para serem reveladas e pensa duas vezes antes de realmente soltar os filmes. O garoto solta um suspiro alto, parecendo mensurar o trabalho que daria revelar todas aquelas imagens. Aurora morde os lábios. Talvez ela realmente não devesse ter ido.

-- Tudo bem. -- ele murmura por fim, o olhar ainda fixo nos rolos de foto sobre o balcão. -- Isso pode levar umas 3 semanas para ficar pronto. O dinheiro é entregue no dia.

Aurora assente, disparando para fora da loja sem sequer olhar para trás. Ela não tinha perguntado pelo nome dele. Hesitando na calçada sob o sol daquela manhã, ela aperta a alça da bolsa.

-- Desculpa, mas não perguntei seu nome. -- ela diz rapidamente depois de empurrar a porta com força e fazer os sinos tocarem novamente.

O garoto de olhos verdes olha um tanto assustado para a entrada da loja antes de perceber o que estava acontecendo. -- Harry. Pode me chamar de Harry.

Aurora dá um sorriso nervoso e sai da loja tão rápido quanto entrou, sem que desse tempo para que Harry perguntasse pelo nome dela e ele é deixado mais uma vez com os filmes em mãos, encarando-os e se perguntando como ele iria fazer para revelar tudo aquilo sozinho. Ele está sozinho na loja por alguns dias e fica feliz por estipular um prazo longo para a garota. Ele não queria desaponta-la. Aquelas fotos pareciam importantes para ela.

Ele organiza o balcão e vendo que nenhum outro cliente entra na loja, ele se dirige ao fundo, passando por uma pequena porta. Ele guarda os filmes em uma caixa e não sabe o que colocar na etiqueta. Era para ele ter perguntado pelo nome da garota.

Harry morde os lábios conforme observa as fotos que são reveladas aos poucos. São momentos da vida da garota, que mostram-na mais jovem, os traços em seu rosto um pouco menos definidos do que no atual momento. Outras, mostram-na mais velha, sorrindo em lugares simples, mas que pareciam deixá-la feliz. Porém, Harry nota que há muitas fotos de paisagens e alguns objetos do dia a dia, assim como de elementos da vida de qualquer um. Ela tirava fotos de pequenos animais pela cidade ou de pessoas sentadas em cafés. Há fotos de árvores e de leitos de hospitais. Ela gostava de fotografar mensagens deixadas em muros e sorvetes de casquinha coloridos. Aquelas fotografias pareciam contar um história e o garoto percebe o quanto Aurora valoriza a simplicidade e tinha talento para aquilo.

Ele tenta imaginar a própria história daquela garota, tentando perceber se a história dela a tinha feito contar histórias através de uma lente. Ele não sabia se algo tinha acontecido para que a traumatizasse, porém ele apenas queria ela fosse feliz.

Ele ficara tão absorto que nem vira as horas correndo no relógio, os dias se passando em um piscar de olhos, as semanas escorrendo por entre os dedos enquanto ele revelava os segredos das fotos. Quando seus colegas de trabalho ofereceram ajuda para revelar aqueles rolos de foto, ele se sentiu ofendido. Aurora não merecia ter suas fotos tocadas por muitas mãos. Ela era uma garota delicada.

Harry cuidadosamente organiza as fotos já reveladas, não querendo estragar nada. Ele as prepara cuidadosamente para quando a garota for busca-las no dia seguinte.

E quando menos esperava lá estava ela novamente com seus cabelos dourados como raios de sol, vestindo nada além de preto. O olhar tímido se concentrava sobre as prateleiras de câmeras em uma das paredes da loja enquanto Aurora mordiscava o lábio inferior deixando ainda mais rosado.

Harry pigarreia, chamando a atenção dela. Seus olhares se cruzam. Verde e cinza. Harry solta um suspiro quase inaudível, surpreso com a intensidade dos olhar da garota. O coração dá cambalhotas, em sua gaiola de ossos que o mantinham ali, seguro; sem risco de se quebrar novamente, como acontecera na manhã em que Callie lhe dissera que não sentia o mesmo sobre ele nos ossos dela. Então encontrara o coração a seus pés, despedaçado. Naquele momento decidira que amar era uma coisa horrível. Amar alguém tão profundamente quanto ele a amara era como viver com o coração do lado de fora do peito, sem nada para protegê-lo. Jurara a si mesmo que nunca faria algo como aquilo novamente. Mas ali está seu coração idiota saltando do corpo, pronto para se entregar novamente. E dessa vez pela garota a quem nem sabia o nome.

Aurora sente uma pontada de culpa ao ver as enormes bolsas roxeadas sob os olhos do rapaz. Vê em seu sorriso que está cansado, contudo transmite uma alegria que aquece o corpo da garota como uma manta de conforto naquele dia de inverno. Ela sente o rosto vermelho e sorri de volta fracamente.

-- Vou pegar as fotos. -- ele diz. A voz rouca faz com que arrepios percorram o corpo da garota, reverberando em seus ossos, despertando as borboletas no estômago.

Borboletas idiotas. Românticas indomáveis. Malditas dopamina, serotonina e oxitocina que correm em seu corpo, que canta de ansiedade e nervosismo pelo garoto atrás do balcão. Malditos hormônios à flor da pele adolescente que não a permitem pensar direito. Maldito coração que se apaixona tão platonicamente.

Ela não confia na própria boca nesse momento. Desconfia que se a abrisse, começaria a gaguejar. Então apenas assente, ainda desconcertada com o efeito que ele tinha sobre ela, seguindo-o com o olhar enquanto ele caminhava até o laboratório de revelação no fundo da loja.

Harry fecha a porta, segurando a maçaneta em um aperto forte. Suas mãos suam. Pode ver o peito subindo e descendo rapidamente sob o tecido da camiseta. A respiração acelerada, pelo mero vislumbre da garota. Ele pega a caixa com as fotos, sobre a mesa, respirando fundo antes de voltar até o balcão. Ele desliza a caixa sobre a madeira, as pequenas e delicadas mãos de Aurora a amparam com graça. Harry repara nas pequena sardas que se esparramam-se sobre o nariz, bochechas e nós dos dedos dela, como se chocolate derretido tivesse sido salpicado neles. Ela sorri em agradecimento.-- Quanto ficou? -- ela pergunta, a voz suave como veludo contém uma pitada de timidez.

Ele está tão perdido nos detalhes dela, no brilho dos seus olhos tempestuosos como um vendaval, na forma como os longos cílios tocavam as bochechas quando ela piscava, no sorriso de lado gravado no rosto, que fora traído pela própria audição. Harry balança a cabeça, afastando os pensamentos para longe.

-- O quê? -- ele pergunta confuso, uma pontada de constrangimento atinge seu corpo.

-- Quando ficou? -- ela repete calmamente.

-- São 50 libras. -- responde o garoto, trocando o peso do corpo de um pé para o outro, se esforçando para não se inebriar com o perfume de rosas que emanava dela.Aurora demora para achar a carteira, retirando o dinheiro necessário logo em seguida.

-- Obrigada. -- ela diz, sorrindo mais uma vez.

-- De nada. -- ele devolve o sorriso, exibindo uma de suas covinhas. -- Volte sempre!

Esse pedido fora verdadeiro, ele realmente desejava que a garota voltasse, que ficasse. Ela assente, girando em seus calcanhares. Suas bochechas coram e as últimas palavras de Harry ecoam em sua mente. Elas a deixam feliz. Aurora caminha o mais vagarosamente possível até a saída, como se pudesse tornar aquele momento eterno. Não quer ir embora.

Harry a observa atenciosamente, aliviado por ela não ter se virado e visto-o observando-a daquela maneira. Ela é uma garota extremamente interessante e ele só quer descobrir os segredos que ela guarda assim como tinha descoberto os segredos daqueles rolos de fotos naquelas últimas três semanas.

-- Espera! -- ele exclama, quando ela finalmente alcança a maçaneta, parecendo se lembrar de algo. -- Qual é seu nome?

-- Aurora. -- diz ela por cima de um dos ombros, a sombra de um sorriso passa pelos seus lábios. Um pitada de esperança percorre seu sistema.

"Me chame para sair, por favor."

Mas ele apenas lhe dá um balançar de cabeça contido, como se segurasse para não fazer algo. Ela deve mesmo estar perdendo a cabeça, até por que eles mal se conheciam. É claro que Harry não a convidaria para sair. Se sente boba com aquele pensamento, contudo não pode conter a decepção que toma conta de si.

Assim que a garota sai, ele solta a respiração que nem mesmo sabia que estava segundo. Sente as amarras no peito se afrouxarem, o coração desacelerando, desaminado. De um modo inexplicável o garoto se sente conectado a Aurora. Um tipo de campo magnético de energia, o puxa ao encontro dela. De algum modo ele a compreende; mais do que muita gente ao redor dela, talvez mais do que ela mesma. A conhece mesmo tendo trocado apenas poucas palavras. Entende seus por quês, seus talvez e sim e não. E ele sabe de tudo isso através das fotos reveladas. Elas lhe disseram tudo, nelas estavam escritas todas as histórias não contadas, as cores que ninguém poderia mudar. A história da vida dela ali em meros papéis de foto são eram uma biografia muda.

Harry espera ansioso pelo momento em que Aurora pisará na loja novamente. Ele duvida de que ela volte. Ela deve tê-lo achado louco e estranho, mas algo nele diz que esse momento não demorará.

Continua llegint

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