Venha Para Luz

By chayanebentes

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Uma fera.... foi o que Matt Cambridge se tornou, depois de um trágico acidente que o desfigurou. Agora abando... More

Bem vindos a Luz
Era uma vez
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
Capítulo 15
capítulo 16
capítulo 17
capítulo 18
Capítulo 19
capítulo 20
epílogo
Agradecimentos

Capítulo 7

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By chayanebentes

Matt

Era a terceira noite que Camille tinha pesadelos. Julie sempre ia a socorrê-la. O seu ouvido parece ser acurado que o meu. Ela deve está exausta, ainda mais depois de ter brincado o dia todo com minha filha.

Já no final do dia, observei das janelas quando elas brincavam na praia, felizes. E não pude deixar de notar como as duas estavam ficando cada vez mais próximas. Odeio admitir, mas estava com ciúme, embora estivesse grato ao ver como se davam bem. Julie certamente era uma mãe maravilhosa.

Entro no quarto de Camille, e fico observando-a. Cobrir seu corpo despejando também um beijo na sua têmpora. Ouço a porta abrir. Depressa, deslizo rapidamente pela passagem secreta.

Julie

Entro no quarto com a testa franzida. Posso jurar que tinha ouvido alguma coisa. Olho ao redor e de novo para a Camille adormecida, inclino para beijá-la. Logo sinto um perfume diferente,  não é do xampu de Camille. É masculino.

-- Sr. Cambridge? -- sussurro. Mas obtenho nenhuma resposta, e de fato não esperava uma. Mesmo com Camille adormecida, se ele esteve aqui, isso realmente é algo importante.

Significa que Matt Cambridge não é tão distante quanto finge ser.

Vejo o livro que Camille sempre está lendo, o pego de cima da mesa folheado as páginas.

Uma bíblia? Uma garota de oito anos tem uma bíblia?

Há várias marcações, e anotações nas páginas. Leio algumas coisas, e o que me chama atenção é o nome de Matt, colocado propositalmente.

" Andem enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não o surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde está indo. Creiam na luz enquanto vocês a têm, para se tornarem filhos da Luz"(Matt)

João 12:35-36.

Guardo o livro no lugar e deixo o quarto, sem sono nenhum, então desço para preparar um chá de camomila. Os corredores estão escuros, iluminados apenas pelas pequenas lâmpadas junto ao chão.

Na cozinha, coloco no fogão água para esquentar. E imediatamente ouço o barulho de madeira estalando. Me dirijo depressa para a sala de estar, e vejo as chamas ardendo na lareira. Matt deve ter acendido. Aproximei-me do fogo para aquecer meus os pés nus. Posso sentir que ele está atrás de mim, em algum lugar.

- Venha até aqui - fala com sua voz masculina e cálida.

Viro-me e encontro Matt sentado numa poltrona, longe o bastante das chamas para que não pudesse vê-lo. Tenha certeza de que conhece cada sombra esta casa, e sabia como impedir que eu o visse. Ao fitá-lo, vejo apenas o roupão de seda marrom e a calça de pijama combinando

- Por que não está dormindo? - pergunto.

- pouco exercício suponho.

Ele leva aos lábios um copo cristal, que cintila à luz da lareira. Posso ver sua mão direita lisa, sem cicatrizes, enquanto a outra continua escondida, ao lado do corpo.

- Bem, a culpa é toda sua. Ninguém lhe disse que deve ficar escondido na torre.

- Não quero recomeçar essa discussão, Julie. Ou me deixa em paz, ou fica aqui comigo.

Matt faz um gesto com o copo para que eu me junte a ele. Hesito, será que seria prudente ficar tão perto dele?

- Está com medo? - pergunta Matt num tom rouco.

Não me contendo gargalho baixinho.

- De você? Não... Nunca ouviu o ditado "Cão que ladra não morde"?

- Como pode ter certeza?

- Porque nunca chega perto o suficiente para morder - retruco colocando minha mão na cintura.

- Tão corajosa - murmurra ele. Levando seu copo novamente para seus lábios. Ele suspira forte como se desejasse que eu me mantivesse bem longe dele.

Aposto que ele queria que eu recusasse.

- Vou pegar o meu chá - digo indo até a cozinha.

Quando volto ele continua ali. Sento na ponta do sofá, em frente à lareira, tomo um gole do chá e percebo ele se mexer.

- Peço desculpas pelo que disse na outra noite - inquiro olhando na direção dele.

- Por quê? Era verdade - As palavras dele me fazem estremecer.

Matt

- Fui muito rude - As palavras de Julie fazem meu coração dar um salto.

- Aceito suas desculpas - digo simplesmente, pois sinto que está preocupada comigo.

- Obrigada,Sr. Cambridge.

- Acho que já agredimos um ao outro o suficiente para podermos nos tratar pelos nomes - aperto o copo bem forte.

- Oh, Matt - sussurra ela, baixinho, virando-se para mim - Não pretendia magoá-lo.

- A verdade feriu mais a você do que a mim Julie.

Quem estou tentando enganar?

- Pare de ser tão frio! - Ela coloca a caneca de chá sobre a mesa com um gesto brusco.

- O que quer que eu faça, diga que Você é linda, droga!

- E daí? Minha aparência é apenas obra da natureza. Não o que realmente sou - Julie levanta furiosa.

- Sabe o que eu acho? - continua, eu realmente não quero saber sua opinião, mas tenho certeza de que vai me dizer de qualquer modo - Acho que não confia em si mesmo o suficiente. Esqueceu-se como agir de modo normal, em vez de comportar-se como um urso ranzinza que foi acordado, sem querer, da hibernação.

Nossa sou um urso agora?

Tento reprimir a vontade de rir de sua cara.

- Sei o que quer, Julie, mas não posso permitir - Com as mãos nos quadris, ela olhou diretamente em minha direção, percebendo que meus os dedos fortes apertam o copo.

- Então, minha vontade não conta?

- Minhas experiências no passado já foram suficientes - digo pacientemente - Apenas detesto o que me faz sentir.

Droga! Isso está indo longe demais! Essa conversa está ficando confusa.

- Detesta? Qualquer mulher ficaria encantada ao ouvir isso Matt, Mas deixou seus sentimentos muito claros na outra noite. Acho que é bom saber que só ficarei aqui até que se relacione com Camille como um pai de verdade - ela dispara passando por mim.

- Então nunca irá embora - digo de uma vez por todas. Julie para bem atrás da minha poltrona, tenho certeza que seu olhar demonstra um misto de raiva e simpatia.

- Não posso ficar aqui para sempre.

Levanto-me de repente, e me viro para ela. Sabendo que a escuridão esconde meu rosto transfigurado.

- Temos um contrato.

Julie

Ouço o pânico na sua voz, definidamente não devia tê-lo ameaçado. Mas ele é tão teimoso!

- Temos, sim - asseguro baixinho, e então ergo a mão para tocá-lo, mas Matt agarra o pulso.

- Nunca tente me tocar.

Engulo em seco, e minha vontade era puxá-lo para a luz, mas não quero destruir a confiança dele. Matt não mudaria de ideia da noite para o dia.

- Vou fazer um acordo com você - falo baixinho, os seus dedos relaxam em meu pulso - Você para de falar nos meus títulos de beleza, e eu prometo que não tentarei mais vê-lo.

Ele imediatamente começa a rir, o som másculo e vibrante me faz estremecer.

- Concordo - diz, soltando meu pulso. Assinto dando um passo para trás. Vou em direção a porta as escadas, então paro e  me viro para ele.

- Só mais uma coisa.

- Sim? - enucia, mas não se vira para mim.

- Sou uma pessoa sincera. Costumo dizer o que sinto. Se me deixar furiosa, vou dizer porque..... não vou pagar pela traição dela... nem pela fraqueza.

Matt

Sim! Ela Está falando de Charlotte. As duas não se parece. em nada, mas mesmo assim não quero vê-la olhar para mim como Charlotte fez no passado.

- Não preciso vê-lo, Matt, para saber que tipo de homem realmente é - Ela sai para o corredor, e os seus pés nus mal tocaram no primeiro degrau da escada quando eu no impulso a alcanço. Julie não se mexe.

- Acha que não sou tão correto... - sussurro junto ao ouvido dela, minha respiração cálida toca seu pescoço.

- Sei que é.

- estou tão confuso Julie - confesso - eu li a bíblia de Camille e aquelas palavras... me faz desejar sair das sombras.

- você acredita naquilo?

- sim Julie. Sempre acreditei. Mas nunca tive tantos motivos para sair - passo meus dedos no seu rosto. Antes de solta-la.

***

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