O Herdeiro

By Liv_Vieira

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Livro 2. Após uma gravidez difícil e complicada, Marlee finalmente dá à luz ao príncipe Benjamin Tames Armst... More

Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13

Capítulo 1

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By Liv_Vieira

O momento mais esperado na vida de um príncipe, é quando ele completa seus prezados dezoito anos. A tradição que segue há séculos, diz que todo príncipe deve realizar um grande baile ao completar seus dezoito anos, onde o jovem se transformará em um homem de responsabilidades e começará a assumir seus deveres como um verdadeiro príncipe.

Durante todos esses anos, sempre ouvi falar sobre o grande dia, só não esperava que ele chegaria tão depressa. Não eu tenha medo ou queira fugir, só não estou totalmente preparado para o dia de amanhã.

– Ben? – Ouço a voz suave de minha mãe – Posso entrar, querido?

– Sim, mãe. – Me ajeito melhor na cama.

– Ainda está na cama? – Perguntou, assim que adentrou em meu quarto – Seu pai está esperando nós dois para o café.

Minha mãe é uma mulher esplendorosa. Meu pai sempre diz que eu tenho a mesma coragem e gentileza dela, espero que ele esteja certo disso, pois se eu tiver metade da coragem que ela teve, serei o melhor príncipe de todos os tempos.

– É necessário mesmo acordar tão cedo? – Resmungo.

Ela rir.

– Sabe muito bem que seu pai gosta de começar o dia em família. – Ela se senta sobre a cama – Está ansioso para o grande dia de amanhã?

Sinto meu estômago embrulhar.

– Estou sim, mãe. – Dou de ombros – Não é nada demais, certo?

– Filho, já disse que não deve se preocupar, tudo bem? – Ela sorrir – Eu e o seu pai te amamos e vamos sempre estar ao seu lado.

Ela se aproxima depositando um beijo em minha testa.

– Eu sei, mãe. – Sorrio – Acho que esse nervosismo é normal.

Tento convencer a mim mesmo.

– Sim, querido.  – Ela dá de ombros e me analisa, como se estivesse pensando em algo a respeito disso – Você será um ótimo príncipe, meu amor. Afinal, você já é um príncipe, só que a partir de amanhã você irá assumir responsabilidades.

– É isso que está me causando medo. – Suspiro baixo – Mas eu não posso ficar com medo, tenho que pensar no futuro do país.

– Esse é o meu garoto. – Ela diz, transbordando de orgulho.

Me sento melhor na cama e a encaro.

– Obrigado por confiar em mim. – Dou o meu melhor sorriso.

– Você tem o mesmo sorriso do seu pai. – Ela me encara e suas íris castanhas brilham intensamente ao falar do meu pai. – Eu vou descer e deixar que você se apronte.

– Vejo você lá embaixo. – A sigo com os olhos.

Me deito ao me ver finalmente sozinho. A pressão era demais, as pessoas do reino depositam muitas expectativas em mim e o medo de decepciona-las é tão grande que só de pensar no assunto, eu começo a ter um mini ataque de pânico.

Ser da realeza me priva de muitas coisas.

Pelo motivo de eu ter nascido príncipe da Inglaterra, nunca tive a oportunidade de sair sozinho e nem de conhecer pessoas normais. O único amigo que eu tenho é o soldado Ian, ele é o único que não me ver como um príncipe e eu gosto disso, visto que não era bom em fazer novos amigos.

Mas o que eu poderia fazer? As pessoas que se aproximam de mim, são pessoas que estão interessadas na minha riqueza ou estão interessadas em ter um amigo que é, por acaso, príncipe da Inglaterra.

– Benjamin? – Dou um pulo da cama – Seus pais estão lhe esperando. – Diz Analee.

– Já estou descendo, tia. – Ouço alguns resmungo vindo de trás da porta.

– Já lhe disse que não gosto que me chame assim, Ben. – Disse ela – Não sou tão velha assim.

Solto uma pequena risada.

– Me desculpe, Analee.

– Assim é bem melhor, benzinho. – Diz ela em meio a risada.

Ela sabe o quão chato era isso para mim. Minha mãe me chamava assim quando eu era pequeno, confesso que era bonitinho, mas eu cresci e parece que ela ainda não percebeu.

Dou passos largos até chegar no banheiro, retiro minha roupa e entro na banheira, que por sinal, estava um tanto gelada.

Sem delongas, tomo meu banho, logo saio enrolando a toalha em minha cintura. Vou até o guarda roupas e pego minha roupa, e como todas as manhãs, ela estava perfeitamente passada e cheirosa. Me apresso ao colocar minhas calças de couro, em seguida ponho a blusa, logo me sento e coloco minhas botas.

– Ben! – Rolo os olhos por completo – Ande, nossos pais estão perdendo a paciência.

Me levanto passando a mão em meus cabelos e ando até a porta.

– já está acordada? O que aconteceu com você? – Ela me encara, com as sobrancelhas erguidas – O que foi?

Minha prima sempre foi uma garota muito difícil de se acordar e se ela está de pé a essa hora, é porque algo aconteceu.

– Sabe muito bem que somos obrigados a acordar cedo. – Disse ela – Por que você está com a barriga de fora? – Indagou ela.

Olho para baixo e me deparo com a blusa totalmente aberta.

– Esqueci de abotoar... Aliás, sua mãe acabou de vir aqui, o que vocês tanto querem comigo? – Observo ela abotoar um botão de cada vez.

– Não sei – Ela dá de ombros – Ben, você bem que poderia me ajudar em uma coisa...

Ela começa a falar com aquele mesmo olhar de quem quer alguma coisa e como todas as vezes, eu irei ceder e fazer o que ela quer. Nunca neguei nada a ela e até parece que eu irei conseguir fazer tal coisa, ela era boa.

– O que você quer, Manu? – Cruzo os braços – Não vou enganar meu tio Christopher só para você se encontrar com aquele soldado.

Ela rir.

E mais uma vez eu estava certo. Esse é o único favor que ela me pede em meses. Ao que parece, ela está tendo algo sério com esse soldado, nunca fui contra essa relação, mas seria melhor se ela contasse aos seus pais. A verdade sempre é a melhor opção.

– Por favor, Ben... Eu prometo fazer o mesmo por você, claro, quando você encontrar alguém – Resmungo baixo.

Ela sabia que eu iria ceder, ela era boa demais. Tão boa quanto a minha tia Analee.

– Tudo bem... – Levanto minhas mãos em um gesto de rendição – Não seria mais fácil você contar pros seus pais?

Eu e a Manu somos muito próximos, pelo o que eu sei, minha mãe e a tia Analee engravidaram praticamente na mesma época e com isso, fomos criados juntos, o que facilitou bastante o nosso forte vínculo de amizade.

– Você sabe que eu não posso, papai nunca aceitaria. – Ela diz em meio a um suspiro – Eu sou uma princesa e ele é um simples soldado.

– Seu pai não é tão mau assim. Você devia dar uma chance pra ele, assim, você não precisaria ficar se escondendo, Manu. – Ela concorda.

– Podemos deixar isso para mais tarde? Estou com muita fome. – Diz ela, fazendo uma careta esquisita – Preciso comer, Ben.

– Você ganhou, Manu. – Ofereço meu braço e espero que a mesma o segure com gentileza – Como sempre, não é mesmo? Você é boa em conseguir tudo o que quer.

Ela sorrir vitoriosa.

– Aprendi com a mamãe. – Se gabou.

Nego em meio a um sorriso e ando sem pressa até a mesa do café da manhã.

– Por que demoraram tanto? – Indagou meu pai, após eu me sentar ao lado da Manu.

– Me perdoem pelo meu atraso. – Arrumo o guardanapo e bebo um gole do café.

– Está tudo bem, filho. – Ele me tranquiliza – Ansioso para o grande dia?

Será que todos irão fazer a mesma pergunta?

– Sim, creio que amanhã será um dia cheio. – Tento manter minha voz firme.

– Sim, será. – Diz Christopher – Lembro muito bem do meu baile de dezoito anos, foi uma noite incrível, repleta de princesas bonitas e elegantes e como sabe, eu era de todas. – Ele se gaba – Aí!

Reclamou ele, após receber um tapa de minha tia.

– Era de todas? – Rio baixo ao ver a cara de desespero dele – É ótimo saber disso.

Eles são hilários. Todo santo dia, eles tinham a mesma discussão, Analee tem ciumes do passado do tio Christopher, mas todos sabem que o coração dele é totalmente dela.

– Meu amor, sabe que não precisa ter ciumes. – Ele tenta amenizar a situação – Acha mesmo que se eu tivesse gostado tanto daquelas princesas, eu estaria aqui, casado com você?

Ela nega, cedendo diante de suas palavras.

– Tudo bem, eu lhe perdoo – Olho para a Manu de relance, ela ria baixo, enquanto prestava atenção na pequena discussão de seus pais.

O café da manhã foi tranquilo, conversamos sobre o baile, sobre as reuniões marcadas e coisas aleatórias.

Nunca entendi bem o motivo de acordar cedo todos os dias para o café, mas para o meu pai, o café era a refeição mais importante de todas, pois é ela que começa os nossos dias e para ele, começar o dia em família, era o melhor jeito de se começar um dia cheio de reuniões e compromissos do dia a dia.

Mas por incrível que pareça, a vida na realeza é calma e tranquila. Não há brigas, discussões e nenhum tipo de intrigas. Com certeza temos problemas, mas são problemas que podem ser rapidamente resolvidos.

Mas tudo pode mudar em um estalar de dedos. Só não esperava que o passado voltaria a tona, trazendo com ele, aquilo que meus pais mais temiam.

Uma doce vingança.

* * *


Enquanto isso, na Guatemala...

O dia amanheceu nublado e o vento gelado que corria pelas ruas vazias da vila na Guatemala, era motivo suficiente para impedir a saída das pessoas de suas casas.
Mas isso não era motivo suficiente para o senhor Gaspar Campbell e seu único filho, Heitor Campbell. Ambos sairam de seus lares há poucos minutos, mas o que poderia ser tão importante, a ponto de fazer com que deixem suas casas?

– Pai, isso é realmete necessário? – Perguntou Heitor.

Seu pai o olha por alguns segundos, logo volta sua atenção para a rua vazia da vila.

– Quer mudar de vida? – Gaspar pergunta ao garoto com seu olhar ligeiramente sem brilho.

Heitor não se atreveu a responder o seu pai, apenas suspirou e se manteve em silêncio durante todo o trajeto.

– Qual o motivo disso, pai? Por que quer ir a Inglaterra? – Questiona o garoto, já cansado de andar por tanto tempo.

– Você quer saber o motivo? – Gritou Gaspar, enquanto encarava o garoto de uma forma raivosa – Estou indo atrás do meu irmão, isso tudo é culpa dele, Heitor. Eu só quero o que é meu por direito.

– Você tem um irmão? Como ele se chama? – Perguntou Heitor, deixando que a curiosidade falasse por si.

Gaspar encara seu filho seriamente, antes de dizer algo que deixou seu filho espantado.

– Ele se chama Augustus Campbell Edwards – E então, desviou seu olhar para o horizonte, como se de alguma forma ele pudesse ver o seu irmão. – Ele foi o rei da Inglaterra um dia e agora, sua filha tomou o seu lugar. – O homem sorriu de uma forma maliciosa, antes de dizer: – Mas não por muito tempo.


Meus amores!
Voltei para vocês.
Agradeço a todos que começaram a me acompanhar nesse novo projeto.
Espero que gostem ❤

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