Paraísos Perdidos

By wantsilva

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Lara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar... More

Avisos da Wan <3
Capítulo 01.
Capítulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Como ajudar PP.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74.
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77.
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 83.
Capítulo 84.
Capítulo 85.
Capítulo 86.
Capítulo 87.
Capítulo 88.
Capítulo 89.
Capítulo 90.
Epílogo.
Agradecimentos.
Bônus.

Capítulo 61.

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By wantsilva

─ Esse bolo está uma delícia ─ digo comendo meu sexto pedaço de bolo de coco com brigadeiro, literalmente meu sexto pedaço. ─ Hmmmm...

Bolo de coco com brigadeiro por cima nunca esteve tão gostoso como esse, admito. Encaro o bolo desejando imensamente mais um pedaço.

─ Por que não come o bolo logo todo? ─ encaro Bruno que pergunta seriamente, ele já estava cansado de me ver toda hora ir ali pegar uma fatia e comer. Ele está estudando, sentado no sofá somente de bermuda, estamos em seu apartamento.

─ Ah, se eu comer todo agora não vai ter mais tarde ─ digo pegando mais um pedacinho e praguejando contra mim mesma por estar tão delicioso.

Limpo a ponta dos meus dedos na camisa enorme de Bruno que estava olhando e ajeito minha calcinha por ser minúscula, as outras estavam secando e odiava usar essa calcinha.

Vejo que Bruno está me olhando meio pensativo, amava essa expressão sexy dele, com a mão no queixo, os olhos meio cerrados e os lábios em linha reta.

─ Que foi? ─ pergunto lambendo meus dedos pra tirar o brigadeiro totalmente de suas pontas.

─ Você tomou a pílula, não tomou? ─ ele pergunta meio receoso e preocupado e concordo com a cabeça.

─ Por quê? Acha que estou grávida?

─ Só isso explica essa gula que você nunca teve, você fazer xixi de quinze em quinze minutos e dormir mais do que o normal.

─ Ah, para. Eu sempre dormi muito, e eu tomei a pílula ─ digo caminhando até ele, tirando seu computador de sua perna e sentando sobre seu colo. ─ Eu não estou grávida, amor.

─ Mas você sabe que gozei dentro ─ ele sussurra me fitando.

─ E você sabe que tomei a pílula, e além do mais, havia passado somente dois dias que havia mestruado, estava fora do meu período fértil.

Bruno apenas concorda com a cabeça e vem me beijar, ele deixa a caneta de lado e tira o óculos, segura em meu rosto enquanto prova de meus lábios.

─ Esse bolo está uma delícia mesmo ─ diz todo convencido só porque foi ele que fez, dou um sorrisinho e troco vários selinhos com ele. ─ Só que nenhuma delícia se compara à você.

Bruno mete suas mãos por debaixo da camisa folgada e segura em minha cintura com toques quentes, eu arfo, sinto meu corpo todo arrepiado quando ele resolve distribuir beijos molhados por meu pescoço.

Ele tira a camisa em um movimento rápido, e encara meu corpo com um brilho no olhar. Ele toca meus seios e trilha um caminho pelo vago dos meus seios até meu umbigo.

─ Amo essa calcinha ─ ele comenta a tocando devagar.

─ Só você ─ bufo segurando no braço do sofá.

─ Mas prefiro você sem ─ levanta o olhar encarando meus olhos, eu suspiro já sentindo a faísca ser acesa.

Bruno volta a me beijar de uma forma gostosa, eu deixo nossos corpos bem coladinhos, ele se levanta e enlaço minhas pernas ao redor do mesmo. Fico de olhos fechados enquanto ele trilha um caminho da sala até o quarto.

Ele me deita na cama e continuo com minhas pernas entrelaçadas em volta de sua cintura, ele me olha e dá um sorriso travesso. Tira a bermuda em um passe de mágica e tira minha calcinha também.

Deitamos de lado, mas antes ele coloca o preservativo é claro. Quando ele me toma por completo eu sinto algo pulsando e latejando dentro de mim e contenho o gemido que ameaça sair. Ele beija meu pescoço de forma carinhosa enquanto me completa e descompleta em ritmo lento, o que só me faz o desejar mais e mais. Ele estava brincando comigo, só pode.

─ Eu odeio quando faz isso... ─ solto um gemido enquanto falo, ele arfa em meu ouvido e para com seus movimentos lentos.

─ Isso o quê? ─ se faz de desentendido.

─ Bruno... ─ choramingo.

─ Eu também odeio quando usa essas calcinhas minúsculas ─ ele ri e me abraça. ─ Sua menstruação já desceu?

─ Você sabe que é só no final do mês.

─ Hm... ─ ele pega em meu pescoço com delicadeza e beija minha boca, leva suas mãos em meus seios e os aperta em suas mãos. ─ Eu te amo.

─ Eu te amo bem mais... ─ o sinto deslizar pra dentro de mim ─ amor...

E logo Bruno começa com seus movimentos deliciosos me deixando louca, só ele sabia me deixar completamente entregue de um jeito incrível. Não cansava de dizer isso.

***

Mais tarde, deitamos com nossos corpos ainda suados e com aquela sensação eletrizante, ele me abraçou por trás e respirou em meus cabelos, eu gostava tanto de ficar assim após fazer amor. Em silêncio mesmo, aprendi a me acostumar com o jeito dele, a reação pós-sexo.

─ Vamos pro aniversário de Léo amanhã, né? ─ pergunto após um tempo, brinco com seus dedos que acariciam minha mão.

Ele suspira.

─ Vamos, de manhã é o churrasco, de tarde continua sendo aquela resenha básica e de noite ele tá com planos de ir na boate?

─ Foi o que ele me disse.

Estávamos em agosto. Eu e Bruno havíamos feito um mês de namoro, dia 14, e hoje era dia 16, com o consentimento de Arthur eu estava aqui na casa de Bruno fazia uma semana, ele pediu que ficasse aqui, eu havia me dado mais uma semana de férias e Bruno ia pra faculdade pela manhã e pelo escritório à tarde, às vezes ia pro escritório de manhã e a tarde faculdade, mas eu não me importava em ficar sozinha, como Bruno falou, ele sai e me deixa dormindo e quando chega eu continuo dormindo, meu sono parece ter triplicado, mas até achei normal de certo modo, dormir era a coisa que mais gostava de fazer.

Bruno se remexe e fica de barriga pra cima, me puxa e deita minha cabeça em seu peito de forma carinhosa enquanto fazia carinho em meus cabelos.

Nós fomos pela tarde na praia, almoçamos e ficamos andando um pouco, e pela noite jantamos no restaurante do amigo dele na Barra da Tijuca. Ah, esqueci de dizer que de presente de namoro eu ganhei um colar maravilhoso, Bruno nem sabia o que me dar, eu tinha roupa, tinha maquiagem, e percebia que ele ficava meio sem jeito em qual presente escolher. Mas ele acabou me dando esse colar com pingente de anjo e eu amei. Não precisava de presente, ele na minha vida já era o melhor presente do mundo.

Depois de jantar fomos pra casa e assistimos filmes, mas quando já estava no meio do filme eu já estava em meu segundo sono.

E sabia que Bruno odiava quando fazia isso, mas não conseguia evitar.

Eu sei que era intenso, sei que ele sentia o mesmo, que nossa relação era intensa. Sabe, durante um bom tempo tentei manter meus paraísos à salvos, quando falo em paraísos eu falo da minha paz, da minha alma, minhas emoções, do meu amor, em geral. É meio que isso, paraísos pra mim significa meu amor, e durante muito tempo tentei manter meu amor à salvo. Bem impossível, somos pessoas tão frágeis quanto ao amor, entregamos nossos paraísos para pessoas que são tão desleixadas, que não sabem o prezar, que não dão valor. Falar de paraísos é meio difícil pra mim. Eu zelo meu paraíso, procuro o entregar pra quem cuide dele como ninguém, e esse alguém foi Bruno. Ele parecia prezar meus paraísos, ele me amava, isso era notável.

Acontece, que no mundo há muita maldade, não devemos nos agarrar ao verão se sabemos que há tempestades. Não podemos querer sempre o bom se também há o ruim.

Quando eu era criança, coisa de sete anos ou oito, eu queria muito tomar banho de piscina na casa de praia do vovô em Cabo Frio, nesse dia, inclusive, era aniversário do Arthur. Eu não sabia nadar, mas focada em assistir filmes de sereias eu tinha em minha cabeça que podia nadar, bem, a piscina era funda, nesse dia foi um sufoco, papai pulou na piscina, titio também e mamãe chorou, todos pensávamos que eu iria morrer, havia água no meu pulmão e se a mãe do Arthur não estivesse lá e fizesse a massagem e tirasse a água dos meus pulmões eu estaria morta, mas eu vivi, cuspi toda a água e todos nós estávamos aliviados. Papai me chamou pra conversar, disse que eu havia nascido de novo naquele dia, e que nunca, eu podia fazer as coisas sem antes ter conhecimento. Bem, eu sei que essa história não tem nada a ver com o que estava falando, mas anos depois, ainda com trauma de piscina, meu pai me chamou pra tomar um banho de piscina com ele, eu neguei, chorei e esperneei, no fim, eu estava nos braços de papai morrendo de medo, mas ele me ensinou que eu não devia ter medo da água e sim do mundo ao meu redor. Naquele dia eu aprendi a nadar e foi incrível, papai me apelidou de "peixinho magrelo".

Até hoje me lembro das palavras do meu pai: Lara, a vida é assim, ela vai lhe fazer mal, mas o mal é um ensinamento, você não pode se firmar no tempo bom se também tem o tempo ruim. Não tenha medo da água, tenha medo das pessoas ao seu redor, da mente delas e do que são capazes de fazer.

E olhando Bruno, eu tinha a certeza absoluta que ele não era uma pessoa ruim, e que, eu podia me firmar ele.

Mas... nem sempre estamos certos das coisas que pensamos ser ideais pra nossas vidas.

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