CANCELADA - She Smells Like A...

Bởi batscate

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Graças ao seu mal comportamento que causou um acidente, Maya é obrigada a ir morar com o pai em um lugar onde... Xem Thêm

She Smells Like A Trouble
Capítulo 1 - Au Revoir, Paris.
Capítulo 2 - Welcome to my new unsightly life.

Prólogo

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Bởi batscate


    Fim de festa é sempre a mesma coisa, todos bêbados caídos no chão, garrafas quebradas, casais se pegando no canto da sala e tudo mais. Geralmente aproveito as festas até os últimos minutos porque eu acho que o final da festa é sempre o mais divertido, mas dessa vez não posso ficar por muito tempo porque minha mãe viajou, pois é, por ela ter viajado eu poderia ficar o tempo que eu quisesse... Errado! Tenho que tomar conta dos meus irmãos, Petter e Jayden. Petter é o mais novo, tem 10 anos mas é mimado por todos e por isso aparenta ter 6, sua inocência é algo que me espanta, não sei como é possível uma criança não ver maldade em nada, agradeço por isso porque ele é facilmente enganado por todos. Jayden é o mais velho, tem 20 anos e está no primeiro ano da faculdade, ele é meio cabeça oca, não pensa em consequências, só pensa em se divertir - acho que essa parte eu puxei dele - minha mãe se orgulha muito dele, pois apesar de tudo ele é muito inteligente. Eu sou uma garota diferente das outras, passo meus dias em festas e não em shoppings e aulas de piano, sou orgulhosa e não aceito receber ordens, não gosto de ser desafiada e acho que sou responsável o bastante para viver sozinha. Estou no ensino médio, mas costumo acompanhar meu irmão em festas, ele faz parte da fraternidade Kappa Lambda Teta, as festas de lá são as melhores e os amigos dele são os caras mais bonitos que já conheci. Kyle é o melhor amigo de Jayden, desde quando Jayden estava no ensino médio, ele é Kyle não se desgrudavam, eram tipo unha e carne.

     Me sentei na cama de costas para Kyle que estava deitado na mesma, me vesti com um pouco de dificuldade pelo fato de estar um pouco embriagada. Kyle se levantou um pouco e se sentou atrás de mim, coberto até a cintura por um lençol que cobria sua nudez, Kyle foi dando alguns beijos em meu pescoço, eu encolhia o mesmo ao sentir cada vez que seus lábios tocavam minha pele.

- Kyle, eu tenho que ir... - disse enquanto ia me levantando lentamente da cama.

- Maya, eu te quero aqui, nem que seja por mais alguns segundos. Você sabe que não importa o tempo que eu passe com você, nunca estarei completamente satisfeito.

- Eu ficaria, mas daqui a duas horas, eu e Petter temos aula. - Me inclinei e dei um selinho demorado e Kyle e logo fui andando até a porta.

- Tudo bem então, mas posso te buscar na escola amanhã? Meus pais tem uma cabana no lago, acho que seria divertido passar a noite lá com você, poderíamos voltar apenas no domingo a noite.

- Vou pensar.

     Saí do quarto e fechei a porta, fui caminhando pelo corredor com certa dificuldade, desci as escadas com a ajuda do corrimão porque estava quase impossível de me manter em pé sem algum tipo de apoio.

- Maya, onde você estava? - Jayden disse enquanto me ajudava a descer os últimos degraus da escada.

- No banheiro.

- Com o Math?

- Não, sozinha.

- Tudo bem então.

Fui caminhando pela multidão enquanto era seguida por Jayden.

- Você tem condições para dirigir?

- Eu estou bem, relaxa.

- Quer que eu te leve até em casa?

- Não precisa. - Peguei minha bolsa em cima da estante da tv e fui caminhando até a saída. Atravessei o gramado onde se encontravam varias garrafas, pacotes de camisinhas e coisa do gênero.

     Peguei a chave do carro em minha bolsa e desliguei o alarme, abri a porta e entrei no carro. Ao olhar pela janela, vi Jayden vindo em minha direção, liguei o carro e acelerei antes que ele pudesse me alcançar.
Fui dirigindo todo o percurso com calma, porém com algumas dificuldades, ao chegar em casa, fui manobrando o carro para estacionar no lugar de costume, em frente a porta. Escutei meu celular tocar dentro da bolsa e fui procurá-lo, não conseguia encontrá-lo, então sem querer desviei toda minha atenção para dentro da minha bolsa. Senti um impulso muito forte levando meu corpo pra frente, quanto dei por mim, havia invadido minha sala com o carro, a parede havia sido derrubada e a frente do carro estava toda amassada. O alarme disparou, abri a porta do carro e desci do mesmo, puxei minha bolsa e fechei a porta. Desliguei o alarme para não acordar os vizinhos, não queria que o acontecido trouxesse minha mãe de volta para casa e de uma coisa eu sabia: eu estava encrencada.

- Parabéns, Maya. Você estacionou com sucesso. - Disse Petter enquanto descia as escadas.

- Era pra você estar dormindo.

- Era pra você estar dormindo, não em festas enchendo a cara.

- Quem disse que eu enchi a cara?

- Eu estou dizendo e vou contar tudo para a mamãe amanhã de manhã.

- Pra que ligar pra ela? Ela deve estar muito ocupada por lá.

- Verdade, não vou atrapalhar ela.

- Acho melhor você ir dormir, temos escola daqui a algumas horas.

- Tudo bem, só vou tomar um copo de leite.

     Subi para meu quarto, me deitei na cama e adormeci rapidamente. No dia seguinte, acordei e fui me arrumar para a escola, Petter já estava acordado e tinha preparado panquecas. Terminamos de comer e fomos para a escola, nem me preocupei em fechar a porta, até porque tinha uma passagem enorme em minha sala. Cheguei na escola com o rosto um pouco inchado, fui andando pelos corredores em direção ao meu armário.

- Pelo pela sua cara, o Math não estava na festa. - Reconheci a voz de Alice e logo me virei pra ela.

- É, ele não estava. Mas você sabe que eu não ligo pra isso, né?

- Mas você mesma tinha dito que por mais que tenham terminado, vocês ainda ficavam de vez em quando.

- Sim, mas não disse que ainda sinto algo por ele.

     Me virei para meu armário e peguei alguns livros, fechei o mesmo e fui caminhando com Alice até o banheiro, parei em frente ao espelho e comecei a arrumar meus cabelos, passei um pouco de maquiagem em meus olhos para disfarças as olheiras.

- Como sua mãe fez aquela decoração na sua casa? Ela é tão moderna, tão realista, parece que algum bêbado entrou com o carro na sua sala. - Olhei pro lado e vi Hannah mexendo em seu celular, provavelmente trocando mensagens como namorado.

- Foi eu que fiz aquilo..

- Nossa, já pode trabalhar com a sua mãe. - Hannah me interrompeu.

- Foi um acidente.

- Nossa, não sabia.. desculpa.

     Sorri para Hannah que se levantou e saiu do banheiro comigo e com Alice. Assistimos todas as aulas e no intervalo contei a elas tudo que havia acontecido na noite passada, desde Kyle até o carro. O sinal bateu anunciando que estava na hora de ir pra casa, me sentei em um banco que havia na calçada da escola e acendi um cigarro. As meninas já haviam ido embora, mas eu tinha que esperar Petter sair do colégio.

- Já te disse pra não fumar aqui. - Disse Petter enquanto tirava o cigarro de minhas mãos e logo jogava no chão.

- Virou diretor agora?

- Não, mas estamos na escola, né Maya?

    Fomos para casa e tive que aguentar Petter falando sobre cigarros o caminho todo. Chegando em casa fui arrumar minhas coisas, sugeri que Petter fizesse o mesmo, pois eu iria arrumar algum lugar para ficarmos até dar um jeito de resolver toda aquela bagunça.

- MAYA!!! - Um grito ecoou por toda a casa, reconheci aquela voz, era minha mãe.

- Fudeu. - Falei baixo.

     Ouvi os passos de minha mãe subindo a escada, me sentei na cama pois já sabia que ela ia falar um monte.

- Você é louca, garota? - Minha mãe entrou no quarto e ficou parada em minha frente com os braços cruzados.

- Nossa, você chegou rápido.

- A dona Mary me ligou ontem à noite pra me contar o que tinha acontecido.

- Velha fofoqueira, não tem o que fazer da vida e fic...

- Eu pedi pra ela ficar de olho em vocês enquanto eu estivesse fora. - Minha mãe me interrompeu.

- Você pediu pra mim cuidar dos meninos. Não confia em mim?

- Eu confiei, Maya. Ai você pegou essa confiança que eu te dei e destruiu, igual o que você fez com a minha sala. Onde o Petter tava quando isso aconteceu?

- Dormindo.

- Sozinho em casa, enquanto isso você estava em festas.

- Estava cuidando do Jayden.

- O Jayden tem 20 anos, ele sabe muito bem se cuidar sozinho, quando te disse pra cuidar dele, era pra você só ficar de olho, saber o que ele estava fazendo e tudo mais.

- E foi o que eu fiz, eu tava atrás dele vendo como ele estava.

- Atrás dele ou dos amigos dele?

- AH mãe, por favor, né?

- Por favor nada, Maya. Você está de castigo, não vai mais sair de casa e não vai mais ficar com o seu celular. - Ela enfiou a mão em minha bolsa a procura de meu celular, mas ao invés disso ela encontrou uma caixa de cigarros e alguns comprimidos. - Não creio no que estou vendo, as coisas estão pior do que eu pensei. Você não tem jeito mesmo, vou ter que te mandar pra morar com o seu pai, pelo menos eu acho que lá você vai aprender a ser gente.

     Após ter levado uma bronca de minha mãe, arrumei minhas malas e fomos para o aeroporto onde peguei o avião e parti com destino a Paris, onde meu pai estava morando à alguns anos. Meus pais são separados faz alguns anos, ele mora em Paris porque ele diz ser um lugar muito calmo e cheio de pessoas educadas. Nunca estive lá, essa vai ser a primeira vez que vou passar um tempo lá com meu pai, já que estamos em Março, provavelmente em Janeiro irei voltar para Ohio. Minha mãe havia me dito que meu pai estava avisado e chegando lá eu não teria acesso a internet, celular e nem nada, que eu apenas iria para escola e ajudaria meu pai em seu escritório caso ele precisasse. Ainda não cheguei em Paris, mas não vejo a hora de chegar em casa, vou sentir falta da minha vida, das minhas amigas, do Kyle, dos meus irmãos e até mesmo da minha mãe. Meu pai era divertido, ele sempre gostou de passar o tempo comigo e com meus irmãos, estávamos sempre saindo e se divertindo, já minha mãe, só pensava em trabalhar e assistir televisão nas horas vagas. Ela amava seu trabalho de decoradora e artista plástica as vezes mais até que os próprios filhos, já que vivia enfiada no trabalho.

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