O Despertar dos Sentidos [LIV...

By SthaarlifthBridge

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Quando o desejo de ser feliz te leva para lugares inesperados e atos inimagináveis. Você é capaz de fazer qua... More

BEM-VINDOS!
1 - UM BAILE INESQUECÍVEL
2 - ENTRE O AMOR E A LIBERDADE
3 - MIRANDA PRODUÇÕES
4 - UMA RUIVA ATERRISSA EM SÃO PAULO
5 - A MANSÃO DOS MIRANDA
6 - A ENTREVISTA
7 - UM REENCONTRO QUASE FATAL
8 - UM JANTAR PARA SE CONHECEREM
ATENÇÃO!
10 - UM SEGREDO É DESCOBERTO
11 - O SEGUNDO ENCONTRO E O PRIMEIRO BEIJO
12 - O FIM DE SEMANA E A IRMÃ DO CORAÇÃO
13 - VISITA NA MANSÃO
14 - MAIS CONFUSÕES À VISTA
15 - A VIAGEM
16 - O LUAU
17 - UM DOMINGO INCRÍVEL
18 - O INÍCIO DAS GRAVAÇÕES
19 - O VESTIDO E A VALSA
20 - A CHEGADA DE UM ANJO E AS REVELAÇÕES
21 - O SONHO, A PRIMEIRA VEZ E A APRESENTAÇÃO
22 - A FESTA
23 - O DESPERTAR DOS SENTIDOS
Lembrando-se de Algumas Passagens E Uma Ajudinha!
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9 - UM AMIGO PARA AJUDAR E É DADA A LARGADA PARA AS CONFUSÕES

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By SthaarlifthBridge

Olá! Tudo bem com vocês? Bom, a partir desse capítulo, as confusões realmente começam. Beijos e boa leitura. 

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No dia seguinte, a Simone chega antes das oito da manhã para começar logo o seu trabalho. Ouve "Stairway to Heaven" do grupo Led Zeppelin para se inspirar e trabalhar no "storyboard" de uma das duas campanhas, quando recebe a ligação da recepção:

— Alô!

— Senhora Simone?

— O que nós já conversamos, Beatriz? Deixe a "senhora" de lado, assim fico me sentindo uma senhora de sessenta anos.

— Perdão! É que sempre me esqueço! — diz rindo.

— Tudo bem! — A ruiva começa a rir junto — E então? Qual é o problema?

— Um rapaz chamado Eduardo está aqui querendo lhe falar.

— Diz que já estou descendo, Beatriz, e obrigada.

Rapidamente, a Simone desliga o som do seu notebook, vai à recepção, quando vê o seu amigo se empolga, agradecida por ele aparecer.

O Eduardo veste calças jeans preta bem apertada, uma camiseta regata vermelha com o símbolo da banda Queen em tom dourado, um laço preto amarrado no pescoço, sapatos tipo brogue preto, para completar o visual um chapéu tipo Fedora Classic Giovanni vermelho com uma tira em gorgurão marrom escuro, com um pingente de chave dourada, além de uma bolsa masculina à tiracolo de couro preto.

A Simone usa um vestido tipo tubinho na cor azul royal com gola em V, sem manga, na altura dos joelhos, sandálias gladiador na altura da batata da perna na cor preta de salto agulha bem alto, maquiagem perfeita e cabelo solto.

— Ai, que bom que você veio! — diz ao abraçá-lo fortemente, em seguida dá uma olhada mais aprimorada no "look" do amigo — Está maravilhoso o seu visual. Agora sim, é o meu amigo Dudu que conheci na faculdade.

— E você, minha amiga, como sempre deslumbrante no visual elegante e provocante. — murmura segurando a mão dela, a levanta e com a outra mão a faz dar um giro para vê-la totalmente.

— Obrigada. — responde depois do giro, faz uma ligeira reverência para o amigo, então questiona aflita — Trouxe os seus documentos?

— Claro! E você pensou que euzinha iria perder a oportunidade de trabalhar numa das maiores produtoras do Brasil! Principalmente, ao lado da minha melhor amiga. Jamais!

— Beatriz, o senhor César já chegou? — a executiva encara a recepcionista.

— Já chegou sim.

— Então, vamos. — A Simone murmura ao voltar a sua atenção para o Eduardo e pega a mão do carioca — Vou te levar ao administrativo, depois vou mostrar a empresa. Tenho um monte de coisas para te contar.

— Claro! Quero saber de tudo, minha flor!

Eles seguem para o elevador, dois minutos depois entram na sala do César ao ouvir a autorização.

— Bom dia, César. — cumprimenta Simone.

— Bom dia, Simone! — responde empolgado com a visita inesperada — Muito bom você vir até aqui porque já ia te levar o seu contrato para assinar, além de devolver os seus documentos.

— Muito bom. Quero te apresentar o Eduardo, o meu melhor amigo e, agora, o meu assistente.

— Muito prazer. — O executivo cumprimenta o Eduardo com um aperto de mãos.

— O prazer é todo meu! — diz o carioca com um grande sorriso, além de um olhar sedutor.

— O César, além de ser o vice-presidente administrativo da empresa, é casado com a Camila, dona da Miranda — A Simone cutuca o Eduardo para que ele se contenha.

— Então, é casado?! Mas que pena! Um desperdício de um belo exemplar masculino. — O Eduardo balança a cabeça decepcionado, enquanto o César arregala os olhos.

— Por favor, Dudu! Está deixando ele encabulado! Me desculpe, César. É que o Eduardo é muito brincalhão.

— Não tem problema, Simone. E... Eduardo... — O executivo tenta se recompor depois de se surpreender com as palavras do carioca — Trouxe os seus documentos para o contrato?

— Sim! Aqui estão. — responde ao tirá-los da bolsa e entregá-los.

— Muito bem! Agora, Simone, poderia assinar o seu contrato, por favor. Aqui está ele.

O César entrega o documento para a executiva que o lê atentamente, em seguida o assina. Devolve para o executivo que lhe entrega a sua cópia.

— O seu crachá ficará pronto em alguns dias com o do Eduardo.

— Certo. Bom... Suponho que isso é tudo, então vamos Eduardo? — cutuca mais uma vez o amigo para que ele lhe dê a devida atenção.

— Sim. E... Como eu disse, foi um prazer conhecê-lo, César!

— Sim. O mesmo lhe digo, Eduardo. — diz educadamente.

O JP entra na sala, cumprimenta, surpreso:

— Bom dia, César... Ai, me desculpe... Não sabia que estava ocupado.

— Não tem problema, JP, já estávamos de saída. — declara Simone — Ah! Quero te apresentar o Eduardo, o meu amigo e, agora, o meu assistente.

— Muito prazer. — O JP cumprimenta o Eduardo olhando-o dos pés à cabeça, com a testa franzida.

— O prazer é todo meu! — responde Eduardo com os olhos surpresos ao conhecê-lo. — Nossa, Simone! É um mais belo que o outro! Fico imaginando o dono, deve ser um Deus grego!

— Por favor, Dudu! — A ruiva cutuca pela terceira vez o amigo — O JP, ou melhor, o João Paulo é um dos acionistas e também vice-presidente comercial.

Os dois saem da sala do César, enquanto o JP se senta na poltrona em frente à mesa:

— O que foi isso, irmão? — pergunta atônito com a figura que acabou de conhecer.

— Isso, JP... É o assistente da Simone, inclusive, é o melhor amigo dela. Hum... Em pensar que tive ciúme quando comentou que queria que um amigo fosse o seu assistente.

— Como assim, ciúme? — O JP franze a testa — Vai me dizer que você quer ter algo com ela?

— Que isso, meu irmão?! Até parece que não conhece a história! Sempre fui apaixonado por ela, principalmente depois da noite em que conversamos. — encosta as costas na sua poltrona, fecha os olhos, suspira profundamente com um sorriso de orelha a orelha.

— Você disse bem, foi! Está no passado. Tem que se conformar, agora é um homem casado.

O César volta a sua atenção para o amigo com os olhos brilhando de lascívia.

— Não sei, JP. Acredito que não está tão no passado, assim. Nem para mim e nem para ela.

— Por que diz isso? — com ar de incredulidade no seu semblante, levanta uma sobrancelha para o César.

— Porque ontem não resisti e a beijei! E o mais incrível é que foi recíproco! Apesar de que, logo depois, me empurrou e eu quase caí aqui, deste lado da mesa.

— O quê? — arregala os olhos — Você teve coragem de agarrá-la aqui, na sua sala! É doido?! E se a Camila entra aqui. O que você iria fazer?

— Não sei, JP. — balança a cabeça em negativa — Foi um impulso, não consegui resistir! Afinal, lembro que ela era bonita, mas, agora, ficou deslumbrante. Reparou no vestido coladinho que está usando? O corpo dela está perfeito. Essa mulher tá acabando comigo, meu irmão! Desse jeito, eu vou ter um infarto, cara. — passa as mãos no cabelo exasperado.

— Sim, eu sei. E não é só você. Eu também. — murmura com sorriso lascivo.

— Com ela, você não vai se meter! — fulmina o amigo com o olhar agressivo.

— Sei disso! Acalme-se, sei que seria um homem morto se me atrevesse, mas... — faz uma pausa com semblante pensativo, passando os dedos no queixo. — Isso é muito interessante!

— O que é interessante?

— O Rick falou que a Simone é dele.

— O quê? — O César fica irado com o comentário, bate com as duas mãos abertas sobre a mesa. — O que esse cara quer? Ele que se atreva a chegar perto dela para ver o que vai acontecer.

— Calma, meu irmão! — levanta as mãos em gesto apaziguador — Está esquecendo que vocês dois são casados, ou seja, nenhum pode ter nada com ela, a não ser que você se separe da Camila.

— Tá maluco! Não posso me separar! Tenho que garantir o meu futuro. Não quero ficar pobre de novo, já basta o que o meu pai fez com as finanças da minha família. Você sabe que quase acabou com a minha mãe por causa das coisas que fez.

— Eu sei, mas, você vai ter que escolher entre o dinheiro e o amor. — retruca abaixando as mãos.

— Não vou escolher nada! Vou ficar com os dois! O problema é que agora, depois do que falou, tenho que me preocupar com mais um querendo ficar com a Simone.

— Mais um? Espera, eu não falei nada que queria ficar com ela. Só disse que é uma tentação, que vai ficar perturbando os pobres mortais como eu com aquele corpão.

— Estúpido você, hein! Já falei para não falar assim dela perto de mim! E também não estava falando de você. Estava falando do Júlio.

— O Júlio?

— É! Ele a convidou para jantar ontem e chegou bem depois do jantar. Então, com certeza ela aceitou o convite.

— Você acha que eles fizeram coisinhas? — O JP pergunta com um sorriso maquiavélico, esfrega uma mão na outra.

O César torna a bater na mesa com as mãos abertas.

— Pare de me atormentar! Acredito que não, afinal ele não chegou muito tarde.

— Mas você ficou morrendo de ciúmes! E aposto que foi na frente da Camila, ela desconfiou?

— Suponho que desconfiou, sim. — responde franzindo a testa.

— Meu irmão! Você tem que ser um pouco mais cuidadoso. — balança a cabeça — Tem que controlar-se, senão, todos vão saber que se casou por interesse e não por amor.

— É. Eu sei. — murmura, então passa as mãos pelo cabelo — Mas a ansiedade de saber o que aconteceu é tão grande.

— Então, vamos trabalhar que, assim, você dispersa um pouco o pensamento daquele mulherão, divina e maravilhosa. — diz se levantado e abrindo a porta para sair

— JP!

— O quê? — Se vira para olhar o amigo.

— Você é um cretino!

O JP sai dando uma gargalhada estridente.

A Simone faz questão de mostrar todas as dependências da empresa, além de apresentar a maioria dos funcionários que já conhece para o Eduardo. Ele fica maravilhado com toda a infraestrutura da empresa, principalmente com os estúdios, as salas de edição e os equipamentos. A ruiva deixa o estúdio principal para o final, onde seguem para a sua sala.

— Nossa, Simone, é tudo fantástico! Os equipamentos são de última geração.

— Você viu que maravilhoso! Vamos fazer trabalhos incríveis aqui. — sorri calorosamente para o seu amigo.

— A sua sala também é maravilhosa! Que vista, hein?!

— Muito bonito, não é?

— Pois é, mas onde será a minha sala? — coloca as mãos na cintura.

— A sua sala será essa aqui. — mostra a porta ao lado da sua — É uma sala que já tem mesa e poltrona, mas falta telefone e computador que vou providenciar rapidamente com o César. A única diferença dela para esta é que a minha é maior. Ah! Você terá que decorá-la também.

— Muito bem! Então, não se preocupe com a decoração porque vou deixá-la divina! Exatamente como eu! Divina!

— Ok, amiga divina! — diz rindo — Mas antes de começarmos o trabalho tenho que falar algumas coisas.

— Então, me conta logo as fofocas. — O Eduardo murmura em tom conspiratório, depois sorri com um olhar cheio de curiosidade.

— Acho melhor você sentar para não desmaiar e cair no chão.

Os dois se acomodam nas poltronas, um de frente para o outro, ela pega as duas mãos dele, olha fixamente nos olhos do amigo. O seu semblante torna-se tão sério que o deixa preocupado. A ruiva inspira profundamente, então, começa:

— Primeiramente. Lembra que contei a você, durante a faculdade, que não tinha certeza de quem era o pai da Ângela? Porque tive relações com o meu namorado em um dia, alguns dias depois, exatamente no mesmo dia que terminei com ele acabou acontecendo com o amor da minha vida.

— Mas é claro que lembro! Fiquei surpreso porque você parecia ser tão recatada na época. Aliás, você era bem diferente do que é hoje, minha deusa! — responde rindo.

— Deixa de brincadeira! O problema é que fiquei sabendo que os dois são como amigos agora, ou melhor, acho que são amigos. Mas o mais importante é que trabalham juntos.

— É mesmo? Como ficou sabendo disso? Ou melhor, qual o problema deles trabalharem juntos?

— O problema, meu amigo. — faz uma pausa, suspira profundamente, então completa — É que eles trabalham aqui!

— O quê? Como é? Acho que não ouvi direito! — diz tentando limpar o ouvido com o dedo mindinho.

— Ouviu sim! Eles estão aqui.

— E quem são? Já os conheci?

— Um deles já.

— E quem é? Você está me deixando aflita com tanto suspense, amiga!

A Simone coloca as mãos no rosto tentando escondê-lo, em seguida murmura baixo:

— É o César.

— O quê? — arregala os olhos.

— O César.

— Aquele maravilhoso ser masculino responsável pelo administrativo.

— Sim! — tira as mãos do rosto demostrando a tristeza nos seus olhos — Ele mesmo. E o outro é o Ricardo, o vice-presidente financeiro.

O Eduardo se levanta, começa a perambular de um lado a outro com a cabeça baixa, pensativo e coçando a testa. A Simone continua:

— O pior é que os dois tentaram me beijar ontem. — O Eduardo paralisa no lugar, olha fixamente para a Simone que completa — Bom, na verdade, eles conseguiram me beijar. — A ruiva abaixa a cabeça — Por uma fração de segundos não consegui resistir a nenhum dos dois, é claro que logo recobrei a consciência e impedi que continuassem. Pedi que se afastem de mim, que me deixe em paz.

— Mas... Então, você ainda gosta deles?

Simone conserva-se calada, não sabe o que dizer ao amigo. Ela se levanta, aproxima-se da janela olhando o horizonte.

— Vamos! Responda! Ou posso considerar este silêncio como uma afirmação?

— Não sei, Eduardo. — murmura ainda olhando o horizonte.

— Como assim não sabe?

A Simone volta a sua atenção para o Eduardo com tristeza no seu semblante.

— Não sei, Dudu! Estou confusa. Jamais pensei que iria voltar a ver eles, muito menos que iria trabalhar com os dois.

— E de quem você, realmente, gosta?

A Simone sorri e dá de ombros.

— Sinceramente? Não faço a menor ideia! O que sei é que o beijo dos dois mexeu comigo! E tenho outra coisa para te dizer. — abre um sorriso malicioso ao levantar uma sobrancelha.

— O que foi dessa vez. — pergunta demonstrando a sua preocupação latente.

— Acho que o Júlio, o dono da empresa, está interessado em mim também.

— Não acredito! Mais um! E eu sem nenhum! Assim não vale, amiga! — diz perplexo se jogando na poltrona.

— Ora! Não é culpa minha! — dá de ombro se desculpando.

— É culpa sua, sim! Quem mandou se tornar essa mulher exuberante? Agora, aguenta as consequências. Você está me saindo uma "femme fatale" e tanto, hein!

— Que isso, meu amigo?! Não vamos exagerar! — diz rindo voltando a sentar-se.

— Ok! Ok! Exagerei! — responde rindo também — Mas, vou te dizer uma coisa e isso não é exagero. Você está com um problemão, disso tenho certeza.

— Disso também tenho certeza. E para começar a sair desse problema, quero que me ajude com algo.

— Pode dizer que eu faço.

— Quando você tiver uma oportunidade vai tentar pegar um fio de cabelo do César para mim.

— Por quê?

— Se der certo, vou fazer um exame de "DNA" para saber quem é o pai da Ângela.

— Ah! Entendi! Mas, o que você vai fazer depois?

— Vou contar a verdade para aquele que for o pai. Seja o César ou o Rick, ele tem que saber a verdade sobre o que aconteceu comigo.

— Ok! Apoio a sua decisão. — O Eduardo pega as mãos da Simone — Mas vou te dizer, que babado forte, minha flor.

— Fortíssimo! Bom, agora vamos começar a trabalhar. Temos muito o que fazer.

A Simone dá a volta na mesa, senta no seu devido lugar, depois liga o notebook e este começa a tocar a mesma música de antes.

— Hum! Adoro essa música! — diz Eduardo ao fechar os olhos.

— Eu também! Gosto de ficar ouvindo música para me inspirar.

— Que bom! Também gosto! Vamos nos dar muito bem como chefa e subalterno. — O Eduardo ri.

— Aí, que bobo! Sou muito mais a sua amiga do que a sua chefa.

— Sei disso! Estou apenas brincando.

A Simone começa a explicar sobre do que se trata as campanhas e tudo mais que o Eduardo precisa saber para ajudá-la.

A Camila continua com as suas tarefas de administradora, enquanto o Júlio continua com a sua análise dos livros caixa numa pequena mesa e um computador que foram instalados exclusivamente para ele na sala dela, quando a sua irmã o questiona com voz monótona, tentando disfarçar a sua curiosidade:

— Ah... Como foi a noite de ontem?

— Foi exatamente como esperava, ela aceitou o meu convite, jantamos e conversamos muito. — dá de ombro olhando para a irmã de soslaio, em seguida volta a olhar para um dos livros à sua frente, aguardando a próxima pergunta.

— Por acaso questionou sobre a relação dela com o JP, o Rick e o César? — Finalmente olha para o irmão demonstrando total interesse.

— Sim, mas ela não disse muita coisa. — balança a cabeça em negativa — Apenas que foram muito amigos na época da escola.

— Isso parece suspeito. — inclina a cabeça, pensativa.

— Por quê? — murmura ainda sem tirar os olhos do livro.

— Porque o César se comportou muito estranho depois que disse que iria convidar ela para jantar. Como você não chegava nunca para comer conosco, tive certeza de que aceitou o convite.

— Como assim, estranho? — Finalmente o Júlio olha para a irmã com os olhos cheios de curiosidade.

— Ficou pálido, parecia estar passando mal, não quis jantar e foi dormir cedo.

— Bom... Talvez, realmente ele não estivesse bem antes mesmo de você falar qualquer coisa. Não fique procurando chifre em cabeça de cavalo, porque pode encontrar.

— O que você quer dizer com isso? — franze a testa.

— Ah! Você sabe. — Ele volta a olhar para o livro — Você fica no pé do César o tempo todo. Ele pode se cansar e não querer mais ficar com você. É muito ciumenta e vive especulando se ele te trai ou não. O César te ama, senão, por que estaria com você?

— Acho que tem razão. — volta a olhar para a papelada na sua mesa — Vou parar de me preocupar.

— Vou dar uma saidinha e já volto. — O Júlio se levanta.

— Aonde você vai? — A empresária pergunta levantando uma sobrancelha.

— Vou dar uma volta pela empresa. Esses números estão me deixando com dor de cabeça. — sorri com um brilho malicioso nos olhos.

— Hum... Será que a sua dor de cabeça é apenas pelos números ou por uma bela ruiva que está trabalhando conosco? — murmura sorrindo.

— Talvez os dois!

O Júlio sai da sala seguindo em direção aos estúdios.

A Simone e o Eduardo estão trabalhando nos "storyboards" quando o Ricardo bate na porta.

— Pode entrar. — A ruiva autoriza.

— Bom dia, Simone. Ah! Me desculpe, não sabia que estava com visita.

— Não é visita. Este, é o Eduardo, o meu assistente e um grande amigo.

— Muito prazer! — diz Eduardo se levantando da poltrona, cumprimenta-o e olhando o Rick dos pés à cabeça.

— Muito prazer. O meu nome é Ricardo. — responde também encarando o assistente dos pés à cabeça.

— Então, Rick, em que poço ajudar? — A Simone pergunta.

— Eu gostaria de falar com você... A sós! — diz ainda sem tirar os olhos do Eduardo.

A executiva suspira fundo, olha para os papéis sobre a mesa, então murmura ao voltar a sua atenção para o recém-chegado:

— Estamos muito ocupados. É muito importante?

— Não se preocupe, amiga! Vou aproveitar este tempinho para dar uma olhada na minha sala e pensar em como vou decorá-la. — diz Eduardo já saindo da sala, com a Simone abrindo a boca para interrompê-lo, mas ele apenas dá um tchau fazendo um sinal com os olhos sem que o Rick perceba.

O executivo se vira, fecha a porta, depois senta no lugar do Eduardo.

— Seja breve, por favor. — A ruiva fala rispidamente.

— Por que tanta agressividade? Acredito que não mereço ser tratado assim.

— É mesmo! — A Simone coloca as duas mãos sobre a mesa e entrelaça os dedos. — Como pensa que devo tratá-lo após saber que você veio aqui, na minha sala, para tentar uma aproximação e logo depois descubro ser casado?

— Eu queria te pedir desculpas pelo que fiz ontem, mas, a verdade, é que o meu coração superou a minha mente e tive de fazer o que ele me pedia.

A Simone fica mais irritada. Para tentar se acalmar, levanta, se afasta um pouco da mesa, observa a cidade pela janela, então continua:

— O desejo do meu coração, neste momento, é que você se esqueça do que aconteceu entre nós e me deixe trabalhar em paz.

O Rick se levanta, aproxima-se dela lentamente, coloca as suas mãos nos ombros da ruiva, então sussurra no ouvido dela com a voz macia e sedutora.

— Quero que você me diga isso olhando nos meus olhos. Diga que se esqueceu de tudo, que se esqueceu da linda e maravilhosa noite que passamos juntos na minha casa. — afasta o cabelo dela, dá um beijo na nuca da ruiva fazendo-a contrair os músculos pelo arrepio que sente. A Simone fecha os olhos, então o Rick continua sussurrando no seu ouvido — A noite que te fiz se sentir mulher pela primeira vez na sua vida — dá outro beijo demorado no pescoço dela — Sei muito bem que nenhuma mulher esquece a sua primeira vez.

A Simone abre os olhos, se vira, olha fixamente nos olhos do Rick, então sussurra:

— Realmente, não esqueci. — tenta se esquivar das mãos dele, porém não consegue — Vou te dizer que aquela noite foi maravilhosa, mas está no passado e deve ficar lá que é o lugar dela.

— Eu não quero que fique só no passado, quero que seja nosso presente.

O Ricardo a beija desesperadamente, a princípio ela aceita as suas carícias, mas logo começa a se debater tentando se soltar, mas ele a segura e a força a beijá-lo.

— Para... Eu não quero... Me solta... — A Simone sussurra sem conseguir se libertar dos braços do Rick e dos beijos dele.

Sem ser esperado, o Júlio entra na sala, por um segundo mantém-se petrificado com a cena. Ao perceber o desespero da Simone em se libertar do Rick, esbraveja:

— Larga ela, Ricardo!

O executivo se assusta, mas não solta os braços da Simone.

— Não se intrometa onde não é chamado! Isso é entre mim e ela! — rosna com ferocidade na voz e um brilho aniquilador nos olhos.

O Júlio se aproxima deles, força-o a soltá-la:

— Parece que ela não quer saber nada de você, então, solta ela, agora. — Se coloca entre os dois e completa com um brilho furioso nos olhos — Agora, espero que você saia daqui e não volte a importuná-la.

— Não! E saia da minha frente! É você que tem que sair daqui! O meu assunto com a Simone é muito sério e não vou sair daqui até que ela resolva! — O Rick empurra o Júlio, eleva o seu tom de voz na última frase.

— Não toque em mim! — O Júlio esbraveja furioso — Acredito que ela não tem nada para resolver com você. E se tocar em mim mais uma vez, ou nela, não vai gostar das consequências!

— Por favor, gente! — A Simone se coloca entre os dois pousando as mãos no peito de cada um para tentar acalmá-los, afastando-os. — Não vão se estranhar agora, só por minha causa.

— O que foi, Júlio?! Só porque você a levou para jantar pensa que é dono dela? A Simone é minha! Nós temos uma história!

— Como é? — A ruiva murmura franzindo a testa ao olhar para o Rick — Não sou uma mercadoria para pertencer a alguém!

— Como não? Para ele se intrometer assim é porque se acha no direito de te defender, ou seja, aposto que já se deitou com ele ontem mesmo!

A Simone se enfurece e dá uma bofetada no rosto do Ricardo que fica paralisado com a mão sobre o local do tapa.

— Como ousa! — Ela grita esbaforida pela raiva — Não permito que ninguém fale assim comigo! Mereço respeito! A única intimidade que te dei foi a doze anos, desde então nunca mais! Por isso, por você ser um homem casado, não tem mais direito nenhum sobre mim! Apesar te não lhe dever nenhuma satisfação da minha vida, o Júlio e eu apenas jantamos e acredito que nos tornamos bons amigos!

De repente, o Eduardo surge na sala, afoito.

— Gente, o que está acontecendo aqui? Dá para ouvir os gritos lá da minha sala!

— É esse canalha que estava importunando a Simone! — O Júlio grita ainda irritado, dando um empurrão no Rick que o desafia para um confronto a socos que quase se concretiza.

— Por favor, cavalheiros! Vamos nos acalmar! Ricardo... É seu nome, não é?! — O Eduardo fala pegando nos braços do executivo tentando puxá-lo para saída — Por favor, volte em outro momento para falar com a Simone. Os ânimos estão muito exaltados.

— Me larga! — desenvencilha-se das mãos do Eduardo e com fúria na voz, continua — Isso não vai ficar assim, Simone! Vou te demonstrar o quanto a amo e você vai perceber que também me ama!

O Rick sai da sala furioso. A Simone se aproxima da sua mesa, se joga na poltrona, arrasada com a situação.

— Peço desculpa, Júlio. Não esperava que a minha antiga vida afetasse a atual.

— Não se preocupe com isso! Como é o seu nome? — questiona com a voz ainda alterada, olhando para o Eduardo.

— Eduardo! Sou amigo e assistente da Simone.

— Por favor, pode ir buscar um copo d'água com açúcar. Ela está muito nervosa.

— Claro! Eu já volto, amiga.

— Não precisa, Dudu! — pega um papel para se abanar.

— Mas é claro que precisa! Eu já volto! Cuida dela, por favor.

O Eduardo sai da sala, o Júlio fecha a porta e senta de frente para a Simone.

— O seu amigo se preocupa muito com você, pelo jeito?! — pergunta com olhos especulativos.

A Simone lhe mostra um sorriso amarelo, ainda alterada pelo acontecido, então murmura:

— Ele é um anjo. Um amigo incrível que conheci na faculdade.

— Como você está?

— Estou bem. Obrigada por chegar na hora certa.

— Posso te perguntar algo? — diz sem desviar os olhos do olhar da Simone.

— Sim.

— Você ainda gosta do Rick ou do... — faz uma pausa — César?

— Por favor, Júlio, não quero falar sobre isso, agora.

— Ok. Vou esperar até que esteja pronta para falar.

O Eduardo entra com um copo d'água, entrega para a Simone que bebe todo o seu conteúdo para, em seguida, fazer as apresentações adequadamente. O Eduardo conversa sobre as campanhas com o Júlio, tentando distrair a ruiva, cujos pensamentos estão longe. Por um momento, ela se lembra da sua pequena Ângela que está distante e pensa "Só me faltava ela ser filha dele. Isso seria um problema enorme porque ele se tornou um homem muito possessivo.", então volta a sua atenção para a conversa entre o Júlio e o Eduardo.

— Vejo que vocês estão mesmo muito ocupados, por isso vou deixá-los trabalhando. — O Júlio murmura ao se levantar — Mas antes quero perguntar... Que tal irmos jantar hoje, Simone?

— Não posso, preciso trabalhar nos "storyboards" das campanhas. Vamos deixar para outro dia. — Ela abre o mais belo dos sorrisos de desculpas.

— Tudo bem. Eu espero. — O Júlio encolhe os ombros em resignação.

— Muito obrigada mais uma vez. — diz Simone — Espero que o que aconteceu aqui não o faça pensar mal de mim.

— Não precisa ficar triste e nem preocupada. Para mim, não aconteceu nada.

O Júlio pega a mão direita da Simone, beija carinhosamente os nós dos dedos. A ruiva fica corada, então timidamente agradece o gesto com um aceno de cabeça, além de um sorriso bobo nos lábios. O moreno sai da sala, o Eduardo fecha a porta, quando se vira observa atentamente a Simone que olha para a mão beijada com um leve sorriso no canto direito da boca. Ele se senta, olha fixamente para ela e questiona:

— Será que posso saber o que foi isso? O que aconteceu aqui, minha flor? Por que eles quase se pegaram aos socos? E qual o motivo desses olhinhos tão brilhantes por causa de um beijo na mão?

— Nossa! Quantas perguntas! — responde rindo.

— E então? Não vai me responder? — cruza os braços esperando a resposta.

— O Rick me beijou a força de novo. — responde após suspirar profundamente — Justamente quando eu tentava me livrar dele, o Júlio entrou e me ajudou a me libertar. O Rick ficou nervoso, falou umas besteiras, eu mais nervosa ainda dei uma bofetada nele. Foi quando você entrou aqui e os dois quase se pegaram.

— Minha querida Simone! — O Eduardo pega a mão direta dela com a sua mão esquerda e segura firme — Não sei como, mas você vai ter que resolver isso o mais breve possível, senão, ele vai te enlouquecer e atrapalhar o seu trabalho.

— Acredito que agora ele não vai se meter comigo. Já sabe que tenho duas pessoas para me defender.

— Eu vi! — dá uma piscadinha e abre um sorriso maroto — Suponho que esse tal de Júlio esteja querendo algo mais do que amizade com você, minha flor.

A Simone sorri encabulada.

— Deixa de pensar besteiras, Dudu. Vamos voltar ao trabalho.

— Antes, tenho uma notícia que vai gostar.

— Então fala.

— No meio da confusão, vi alguns fios de cabelo do Rick no paletó dele e consegui pegar. — levanta a mão direita fechada e começa a balançá-la no ar.

— Sério? Que maravilha! Me dá eles aqui! — vibra e bate palmas aguardando ele lhe entregar.

A Simone abre a gaveta da mesa, pega um envelope branco, coloca os fios dentro, depois fecha o envelope, dobra ele uma vez, então coloca de volta na gaveta.

— Agora, meu amigo, é só esperar a Ângela chegar para fazer o exame.

O Eduardo entrelaça os dedos das mãos, apoia o queixo sobre elas após apoiar os cotovelos sobre a mesa. Então, pergunta piscando apressadamente.

— Quando você vai trazê-la?

— Somente quando encontrar um apartamento para morarmos. — responde achando graça do amigo.

O Eduardo para com a brincadeira dos olhos, permanece alguns instantes pensativo com expressão séria. Então, questiona:

— Que tal vocês ficarem em casa? Tem bastante espaço, inclusive tem um quarto a mais no apartamento que nem uso.

— A não, Dudu! Não quero incomodar. — nega com a cabeça.

— É claro que não vão incomodar! — responde pegando as duas mãos da Simone, segura firme e continua — Inclusive, ajudo a cuidar dela quando tiver que sair. Você sabe que adoro a Anjinha e ela me adora. Acho até que vai gostar da ideia de me ter como um pai. Um pai "gay" é claro, mas um pai!

Os dois caem na gargalhada.

— E então? O que você acha? — volta a fazer a brincadeira dos olhos — Só que o quarto está vazio, por isso vai ter que comprar cama, guarda-roupa e decorar ele do seu gosto.

— Ok! — A Simone dá um sorriso caloroso para o amigo — Primeiro, vamos arrumar essas coisas, depois ligo para a Rose para elas virem.

— Isso! — O Eduardo bate palmas em alegria, então junta as mãos em súplica — Agora, antes de voltarmos ao trabalho vamos almoçar? Estou morrendo de fome!

— Eu também. Vamos já! E podemos dar uma olhada nos móveis em alguma loja por aí.

— Então, já sei aonde vou te levar para almoçar.

Os dois saem da sala, seguem na direção do elevador, ao entrarem, encontram o César acompanhado da Camila.

— Oi, Simone! — A empresária cumprimenta-a com um beijo no rosto.

— Oi, Camila! — A executiva retribui o cumprimento — Que bom te ver aqui. Quero te apresentar o Eduardo, o meu melhor amigo e, agora, o meu assistente.

Os dois se cumprimentam apertando as mãos, a morena murmura olhando para o Eduardo, em seguida para o César:

— O César acabou de me dizer que já havia contratado o seu assistente, mas não disse que era seu amigo.

— Somos melhores amigos desde a faculdade! — diz Eduardo abraçando a Simone.

— Então, seja muito bem-vindo a nossa empresa, Eduardo. — A Camila sorri gentilmente.

— Muito obrigado, Dona Camila.

— Só te peço para excluir esse "dona" da sua frase, ok?! — pisca um olho para ele — Me chame apenas de Camila.

— Ok, Camila!

— E aonde vocês vão? — pergunta César após limpar a garganta, chamando a atenção.

— Estamos indo almoçar. — responde Eduardo.

— Que tal irmos almoçar juntos? — indaga Camila.

— Hoje não vai dar. Quero ver os móveis para a minha casa nova. — declara Simone olhando para o Eduardo.

— Outro dia almoçamos juntos. — murmura César logo que o elevador abre as suas portas na garagem, então ele puxa levemente a Camila pela mão e conclui — Vamos, Camila?

— Sim. Vamos.

— Ah! Mais tarde, posso passar na sua sala, Simone, quero falar sobre a Ilhane. — diz César voltando-se para a Simone antes de saírem do elevador.

— Sim! Claro! Quero mesmo ter notícias dela. — A Simone abre um grande sorriso.

Os quatro saem do elevador que fecha as suas portas em seguida, cruzam com o Júlio que está abrindo a porta do seu carro.

— Júlio, você vai almoçar? — pergunta Camila.

— Vou, Mila. — O Júlio olha os recém-chegados, mas pousa o seu olhar na Simone.

— Vem conosco?

— Ok. — murmura sem tirar os seus olhos da ruiva fazendo-a corar e desviar os seus olhos para o chão.

A porta do elevador abre, eis que o casal Rick e Diana saem dele.

— O que aconteceu com o seu rosto? — interroga Diana colocando a mão no rosto do Rick que se esquiva do seu toque.

— Já disse que não foi nada! — retruca em voz alta.

— Aposto que se engraçou com alguém e levou um fora!

Finalmente, percebem que não estão sozinhos, o Rick fuzila o Júlio com os seus olhos faiscando de raiva ao passar próximo dele, enquanto o moreno o encara com extrema frieza, mas nenhum dos dois trocam palavras. Até que o "playboy" declara em voz alta, o suficiente para que o Rick ouça:

— César, logo depois que voltarmos, quero conversar com você e gostaria que o JP e o Rick estivessem presentes.

O Eduardo dá um cutucão na Simone que faz um aceno leve de cabeça para que os outros não percebam.

— Por quê? — diz Camila intrigada.

— Não é nada, Mila. É só papo de homem.

A Camila olha para o César que dá de ombros com uma expressão de não saber do que se trata, porém, ele observa atentamente a atitude do Rick para com o Júlio e sente o clima pesado entre os dois.

A Diana e o Rick entram no carro do casal e saem. Depois o César, a Camila e o Júlio entram no veículo do César que é exatamente igual ao do Rick, saindo em seguida. A Simone e o Eduardo demoram um pouco mais para entrarem no carro dele, este murmura balançando a cabeça:

— Minha cara amiga, você tem sérios problemas aqui. Eu não queria estar na sua pele.

— Pois é, meu amigo. — consente com a cabeça, então completa após dar um longo e profundo suspiro — Nem eu queria estar na minha pele.

Assim, os dois também saem para almoçar.

Qual é a opinião de vocês sobre o que está acontecendo com a Simone? Tem muito mais confusões chegando por aí! Estão gostando? Não se esqueçam da estrelas. ;) Beijos...

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