Paraísos Perdidos

By wantsilva

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Lara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar... More

Avisos da Wan <3
Capítulo 01.
Capítulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Como ajudar PP.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74.
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77.
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 83.
Capítulo 84.
Capítulo 85.
Capítulo 86.
Capítulo 87.
Capítulo 88.
Capítulo 89.
Capítulo 90.
Epílogo.
Agradecimentos.
Bônus.

Capítulo 32.

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By wantsilva



Sinto o cheiro dele enquanto minha cabeça está encostada em seu peito desnudo, sua pele quente aquece minha bochecha e me dá conforto. Ele me abraça em seu colo e beija o topo de minha cabeça.

É, eu sabia que era errado, que não era pra acontecer, afinal, éramos tão diferentes, não tínhamos vidas iguais, não tínhamos quase nada que nos fizesse ser iguais um ao outro. Talvez o que podia usar como algo igual era apenas nossa ignorância e implicância que eram extremas. Mas olhe pra nós nesse momento, deitados na borda de uma piscina após termos feito sexo, ele me abraçando enquanto descanso minha cabeça em seu peito, ambos acordados, mas em silêncio.

Já havia percebido que Bruno não era uma pessoa muito de demonstrar sentimentos pós-sexo, ele se esforçava, mas gostava de ficar na dele e em silêncio. Enquanto eu queria conversar sobre qualquer coisa. Mas tentava aceitar a emoção dele pós-sexo.

─ Vou pro bloco ─ ele diz se remexendo e me levanto, me sento e coloco os pés dentro da água, ele me cobre com o roupão.

─ Tanto faz ─ dou de ombros, queria mesmo era que ele ficasse comigo, mas não podia cobrar muito dele, afinal, não éramos nada um pro outro e sei que jamais seríamos. Era só sexo, era só um medo superado, era bom e gostoso, era algo que eu queria sempre fazer com Bruno assim que colocava meus olhos em seu abdômen malhado e gostoso.

─ Vamos pro bloco, priminha ─ se senta também mas de frente pra mim. Retira os cabelos de meu rosto e os coloca atrás da orelha. ─ Prometi pros meninos que iria uns vinte minutos depois que eles foram, já se passou quase uma hora.

─ Tô cansada.

─ Vou te deixar no quarto então ─ ele se levanta e pega a bermuda vestindo, em seguida joga o roupão no ombro e pega meu biquíni.

Eu me levanto e bocejo, estava morta. Sabe quando seu corpo todo está mais que exausto apenas implorando por um banho e uma cama? Eu estava assim.

Saímos da área da piscina de hidromassagem e fomos caminhando pra pousada, ele fez questão de me deixar no quarto e ainda tomar banho comigo. Trocávamos carícias, beijos e toques, via a água escorrendo pelo peitoral dele e trilhando os gomos de sua barriga como um labirinto.

Quando terminamos, fui me enxugar, vestir um roupa folgadinha e me jogar na cama.

Ele se enrola no roupão e vem selando meus lábios rápido, depois me dá boa noite e vai pro seu quarto.

Eu fico um tempo no celular e depois desligo o mesmo, me rolo na cama e me embrulho morta de sono.

Durmo pensando em tudo que estava acontecendo em minha vida, essa mudança repentina. Uma hora eu era apenas uma adolescente indo morar com cinco tentações e agora eu estava transando com um deles e por acaso a gente se odiava.

Mas me sentia bem com ele, apesar da gente ter nossas desavenças, Bruno me fazia me sentir protegida.

Mas eu sabia bem que não podia exigir mais que isso dele.

Não, eu não estava apaixonada por ele, e sabia que isso era recíproco.

***

Desperto no outro dia até cedo, lá fora tocava alto a marchinha carnavalesca, o sol adentrava pelas cortinas mas os raios solares eram ofuscados de certa forma.

No relógio marcava dez da manhã, eles já deviam ter acordado, eu acho. Vou no banheiro, tomo um banho, sinto meu corpo latejar, mas também, era pra tanto. Bruno tinha muita pegada, e quando ele me pegava era pra me deixar toda dolorida no dia seguinte. Ruan também me deixou dolorida, mas era uma dor diferente, uma dor que realmente doeu muito e não essa dorzinha de prazer.

Visto uma saia jeans lavagem clara e um cropped preto, amarro os cabelos em um coque folgado, faço uma simples maquiagem e calço minhas chinelas. Pego meu celular respondendo meus pais e passo perfume indo no quarto ao lado, por sinal está destrancado, os quatro estão  jogados por lá, e tem algumas meninas também. Pelo visto, a noite foi ótima.

Deixo eles lá e desço pra tomar meu café da manhã, pego o que quero colocando em um pratinho e vou me sentar na mesa do resturante da pousada de frente pra praia. Pego meu celular enquanto tomo café e vejo que Arthur havia publicado uma nova foto, era os quatro no bloco, na verdade no amanhecer, os quatro com latinhas de cerveja na mão e aparentemente bêbados, tinha umas três meninas com eles de biquíni, parece que era as três do dia do iate que estavam quase fedendo com Bruno.

Bem, acho que elas conseguiram o que queriam.

Só não sabia porque estava me importando tanto com isso.

Terminei meu café da manhã e no momento que me levanto pra ir deixar o pratinho de plástico no lixo é o momento que aquele menino, o John, desastrado, entra no restaurante com alguns amigos.

Ele está com uma cara de ressaca ótima e assim que me vê vem até onde estou e me abraça com a maior intimidade do mundo.

─ Oi prima do menino que eu fiz uma aposta ontem ─ fala rindo e desfazendo o abraço.

─ Aposta?

─ Fizemos uma aposta, quem conseguisse beber três latinhas em um minuto ganhava, ele bebeu em segundos as três latinhas e ainda ficou bonzinho ─ conta encostado na mesinha e também dou um sorriso nada surpresa.

─ Já era de se esperar...

─ Ele é alcoólatra?

─ Não, ele só gosta de beber todo dia pra ficar doido todo dia, meus tios já pensaram que ele era alcoólatra, então deixaram ele sem mesada por dois meses e ele passou dois meses sem beber só no vídeo-game, e nem fez questão ─ digo e ele ri pelo nariz negando com a cabeça.

─ Ele é gente boa.

Mexo a cabeça em forma positiva e me viro dando de cara com os meninos que desciam as escadas de madeira do restaurante. Eles conversavam de forma divertida, e nem pareciam estar tão de ressaca assim.

Eles estavam só de bermuda, todo os quatro, e quando vi aquela cena junto de outras mulheres que pararam pra olhar eu me virei e fitei o mar sentindo um calor.

─ Olha teu primo ali ─ John fala e acena. ─ Vou chamar eles pra sentarem com a gente.

─ Nã...

─ Ei... Arthur? ─ chamou o introsado e virei o rosto. Me sentei na mesa e fiquei batucando minha unha na mesa.

Os meninos chegaram na mesa após colocar o que queriam comer no café da manhã nos seus devidos pratos, eu fiquei no celular pra não olhar na cara de certas pessoas.

John e Arthur ficaram conversando enquanto Bruno sentou de frente pra mim. Dei um bom dia pra eles e fiquei fuçando meu celular. Arthur, após conversar com o introsado do John, me deu um beijo na bochecha e se sentou do meu lado.

Elea começaram a conversar com diversão enquanto eu fiquei de fora entediada, quando levantei meu olhar dei de cara com Bruno com os olhos grudados em mim. Aquele seu olhar como se estivesse me lendo, tentando me entender. Eu desvio o olhar.

Me levanto engolindo o seco e fico por trás de Arthur, seguro nos ombros dele e me debruço pra falar em seu ouvido:

─ Vou pro quarto ─ sussurro sentindo seu cheiro de sabonete.

─ Vai trocar de roupa é?

─ Não, ficar por lá, sei lá ─ digo dando ombros.

Já vou saindo mas ele me puxa.

─ Nada disso, senhorita. Hoje é nosso último dia aqui, vamos aproveitar.

─ Tô indisposta.

─ Se cala e vai colocar uma roupa melhor antes que eu te afogue, menina.

Rolo os olhos e subo pro quarto. Reviro minha mala de viagem e encontro um short jeans cintura alto desfiadinho na cor preta, visto ele, coloco um cropped cinza abertinho na frente, calcei uma sandália, passei perfume, escovei os dentes e penteei os cabelos com os dedos mesmo.

Encontrei os meninos lá em baixo e fomos juntos pro bloco, o último bloco, era a mesma carreta mas hoje viria chiclete com banana, e teria mais outras bandas.

Fomos todos pra lá onde já se encontravam várias pessoas em baixo da coberta bebendo.

Me sentei em uma das mesas com Peter enquanto os meninos foram pedir pastelzinho de carne de soja com geleia e suco de laranja.

─ Tô morto de ressaca, meu Deus ─ Peter se debruça e abro um sorriso.

─ Vai pegar um sol, menino ─ digo pegando um guardanapo e brincando com o mesmo.

─ Se eu pegar um sol viro um tomate e não pego bronze, maldito corpo alemão que não me deixa ser carioca ─ ele bufa divertido.

─ Vamos dançar? ─ o chamo e ele aceita na hora.

A gente se levanta e vamos direto pra pista, tocava música pop, anitta no caso, e a gente se acabou dançando, Peter não tinha vergonha de mostrar que sabia dançar bem, depois tocou Bruno Mars e a gente se entreolhou e sorriu, o passinho já estava ensaiado, graça ao Just Dance 2016 é óbvio.

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