Do Sangue Ao Desejo (Desejos...

By autorajessicamacedo

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Ele é um predador, um lobo em pele de cordeiro. No entanto, ela não é uma presa como as demais mulheres, e pa... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Obrigada!

Capítulo 6

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By autorajessicamacedo

– Soaria mesmo ridículo sem a parte em que ela o botou para correr.

Aron virou a cabeça e viu Natasha entrar na sala. Estava contando a Isabel o que havia acontecido na noite passada e não sabia que a sua outra irmã estava por perto.

Isabel arqueou as sobrancelhas e encarou Natasha com o canto do olho, balançando a cabeça negativamente. Quis brigar com ela, por que era sempre tão indelicada?

– Desculpem-me se eu fui a única aqui que achou isso no mínimo hilário. – A súcubo caminhou até eles e sentou-se no sofá ao lado da irmã. – Um íncubo correndo de uma dama.

– Não sejas ridícula! – Isabel se irritou e algo começou a crescer em suas costas, forçando o tecido do espartilho ao ponto de quase rasgá-lo.

– Aqui não, acalme-se. – Aron segurou a mão dela.

– Desculpe-me. – Natasha tentou sorrir para a irmã. – Talvez eu tenha exagerado um pouco.

Isabel revirou os olhos e respirou fundo. Um pouco?

– Uma vampira? Interessante, nunca conheci um antes.

Aron encarou a irmã pensativa e não disse nada. A vampira já estava irritada com ele, não precisava da mais desequilibrada dos Donovans piorando a situação. Além disso, não estava em seus planos desistir facilmente. Tê-la visto de perto só o fez se encantar ainda mais pela beleza dela, e se precisasse ser paciente ele seria.

– Boa sorte, querido irmão. – Natasha se levantou e deu alguns tapinhas nas costas de Aron, que buscou a ignorar.

– Não dê importância para o que ela fala. – Isabel se voltou para o irmão. – Não pensa muito no que diz.

Aron sorriu.

– Não te preocupes, sei lidar com ela.

– E quanto à vampira, desistirás?

– Não me disseste que temos tempo?

Isabel curvou os lábios em um singelo sorriso. Era a primeira vez que via seu irmão tão interessado em uma mulher, antes disso os casos de Aron, assim como os dela, eram breves. Seduziam suas presas, satisfaziam seus desejos, alimentavam-se e nunca além disso. Elas não resistiam ou mesmo duravam até a próxima vez.

Eu deveria matar-te de forma lenta e dolorosa, a bela voz da vampira ecoava na cabeça do lorde. Quanta audácia! A forma com que ela se impôs apenas deixou Aron ainda mais fascinado. Se o simples vislumbre de sua beleza o encantara, a força e coragem na voz dela haviam tido quase o efeito contrário do que ela provavelmente queria causar. Se ele se afastaria? Claro que não, mas sabia que precisava ser paciente. Sem querer havia começado a relação dos dois da pior forma possível, porém isso só significava mais algumas rodadas no jogo.

Aron sentiu uma navalha passar pelo seu rosto, e num deslize provocar um pequeno corte em sua pele. Abriu os olhos e encarou o jovem barbeiro que, ao ver a pequena gota de sangue, empalideceu.

– Desculpe-me, meu senhor. Por favor, desculpe-me. – O rapaz tremia muito, apavorado acabou trombando na bacia com água ao seu lado e jogando-a no chão.

Maldição! Começara a trabalhar há pouco, o mais longe do que qualquer um de sua humilde família chegara, servir os nobres, e já estava fazendo tudo errado. Acabara de ferir o rosto mais belo que já contemplara.

O lorde observou o desespero do rapaz. Teve pena, o pobre parecia um tanto desorientado. Seus olhos verdes eram pura angústia.

– Não te preocupes. – Aron sorriu ao acariciar de leve a mão do jovem, fazendo com que esse ficasse mais calmo de imediato. – Foi um simples acidente, nenhum mal fez a mim.

O toque do lorde fez um súbito calor correr pelo seu corpo. Foi inevitável conter um breve sorriso e o rubor em suas bochechas. Acabou deixando a lamina cair no chão, e por pouco ela não cortou o couro fraco de seu sapato.

– Preste atenção, garoto! – O dono da barbearia, atendendo outro cliente a poucos metros, reprendeu o jovem.

Aron tirou a toalha que envolvia seu pescoço e girou na cadeira para fitar o homem atrás de si. Ele tinha uma estatura mediana, usava um terno surrado por baixo de um avental encardido, possuía olhos azuis contornados por fortes linhas de expressão, uma barriga saliente, e um cabelo grisalho que havia quase caído por completo no alto da cabeça.

Os olhos do homem se arregalaram quando encontraram os esbranquiçados de Aron, e ele ficou boquiaberto.

– Não há por que brigar com o rapaz.

– Desculpe-me, meu lorde. – O barbeiro curvou-se. – Ele é apenas um aprendiz.

– Eu já disse, está tudo bem. – Aron ajeitou-se na cadeira e voltou-se para o espelho, a fim de que o rapaz terminasse de fazer sua barba.

Encarou sua imagem refletida, o corte recente na linha do seu queixo já nem estava mais lá.

Deixou seus olhos vagarem, observando o local no belo fim de tarde. Pela vitrine podia ver as nuvens cinzas se tornando cada vez mais escuras. As pessoas que passavam na rua já usavam casacos mais pesados, indicando que o inverno estava próximo.

– Terminei, senhor. – O rapaz passou uma toalha no rosto de Aron, tirando o resto da loção de barbear.

– Não me chames de senhor. – Aron riu. – Isso me faz parecer um velho.

– O que certamente não és.

– Qual é o teu nome, rapaz?

– Elliot, senh... Elliot.

– E quantos anos tens?

– Vinte e dois.

Elliot encarou o nobre. Não entendeu o motivo das perguntas, nem mesmo por que um homem como aquele estaria lhe dando o mínimo de atenção. Sempre o admirara de longe e sentia-se feliz por ter ganhado a chance de ao menos tocá-lo. A troca de poucas palavras e o e a gentileza do lorde eram muito mais do que poderia imaginava um dia receber, porém seus pensamentos naquele momento foram além, ainda que fossem ridículos, não tinha chances nem mesmo com os rapazes de sua classe social.

– A que horas sai daqui?

Elliot ergueu a cabeça, arqueou as sobrancelhas e encarou o duque como se não acreditasse no que acabara de ouvir.

– Eras meu último cliente, meu lorde. – Respirou fundo para não gaguejar.

– O que achas de irmos tomar uma cerveja juntos? Relaxarmos um pouco. Pareces tão nervoso.

– Tens certeza?

– É claro.

Aron se levantou, tirou as toalhas sobre seu colo e as colocou no balcão, e então caminhou até a porta.

Elliot nem disse nada ao seu patrão antes de tirar o avental e sair porta fora atrás de Aron. Pouco importava se fosse repreendido, ou mesmo mandado embora. Ainda que fossem apenas algumas cervejas, aquele não era o tipo de oportunidade que tinha sempre.

Observou o lorde caminhar até um pub numa região mais afastada de Londres e o seguiu de perto. Era de se esperar, para um nobre como aquele, não seria bom ser visto com um plebeu por aí. Porém pouco se importava, estava feliz apenas pelo convite.

Quando chegaram às portas do pub a noite já havia tomado conta do céu. Com inverno se aproximando, ela chegava cada vez mais cedo e era ainda mais fria.

Eles entraram e colocarem seus casacos no suporte de madeira junto à porta. Os homens, em sua maioria pequenos burgueses em ascensão, mal perceberam a entrada dos dois, concentrados demais em seus assuntos ou em copos de bebidas. Aron gostava muito de ambientes como aquele, discretos, onde as pessoas não comentariam sobre ele, ou mesmo o reconheciam.

Fez um sinal para que Elliot se juntasse a ele em uma mesa mais afastada, então pediu a um garçom que trouxesse dois copos da melhor cerveja artesanal da casa.

O rapaz sentou um tanto encolhido na cadeira com encosto macio. Com os braços cruzados ao redor do corpo, tentava se proteger, porém só deixa claro o quão tímido era.

Aron o encarou, e Elliot desviou o olhar, fitando uma pequena formiga que subia na parede de madeira. Não deixes que ele perceba, não deixes!, gritava desesperado em seus pensamentos.

– Estás bem? – O lorde tentou quebrar o clima pesado de desconforto que havia se estabelecido.

– Sim, senhor.

– Chame-me de Aron.

– Está bem, Aron.

Elliot não conteve o sorriso ao perceber a maneira casual como o lorde conversava com ele. Encarou-o, desta vez sem desviar o olhar, permitindo se perder nas belas formas que compunham o rosto másculo do duque. Aquele momento decerto não se repetiria, dessa forma se convenceu de que podia degustá-lo um pouco.

O garçom trouxe as canecas com a cerveja e serviu os dois. Aron o pagou com uma generosa gorjeta e o homem se afastou cantarolando, feliz.

– Então, Elliot, há quanto tempo trabalhas naquela barbearia? Não me lembro de ver-te antes. – O lorde tinha a atenção do rapaz para si. O pobre já estava hipnotizado pela beleza do íncubo.

– Eu cheguei há pouco do interior, minha família está toda lá. Hoje era meu primeiro dia no emprego. – Elliot tomou um gole da cerveja e fez uma leve careta ao perceber o quanto era amarga.

Aron riu da expressão dele.

– O lúpulo possui um amargor característico. Prefere algo mais suave, como um vinho?

– Não. – Elliot tomou outra golada. – Eu o acompanharei.

O lorde não insistiu, sabia que aquele era o tipo de bebida que o jovem aprenderia a apreciar, caso tivesse tempo.

– És casado?

Elliot arregalou os olhos e engoliu em seco com a pergunta. Essa, por um momento lhe pareceu um tanto indelicada, ainda que estivesse óbvio que a intenção fosse apenas puxar assunto. O jovem abaixou a cabeça, mordendo o lábio inferior, inquieto, e ficou olhando para o copo em suas mãos e a tonalidade escura da cerveja. Mentiria para não deixar transparecer nada ou falaria a verdade?

– Se fui indelicado, desculpe-me. – Aron estendeu a mão e tocou gentilmente a do rapaz que corou quase de imediato.

Elliot ergueu a cabeça e encarou os olhos azuis esbranquiçados e o belo rosto do homem à sua frente.

– É tão bonito, meu senhor. – Não conseguiu conter o comentário, por mais que esperasse ver o duque se afastar.

Aron abriu um largo sorriso, fazendo os olhos esverdeados de Elliot se perderem nas curvas de seus lábios. O lorde parecia uma pintura, porém nem mesmo mais habilidoso artista seria capaz de representar tamanha beleza com algumas pinceladas.

– Agradeço o elogio. – O duque colocou sua mão gentilmente sobre a do rapaz, fazendo as bochechas brancas ganharem um rubor quase que instantâneo.

A pureza quase angelical do plebeu, de bochechas rosadas e cachos dourados, encantou Aron. Não era comum encontrar homens como aquele, que pela simples inocência deixavam transparecer todo o desejo que a presença do íncubo lhe causava.

Elliot respirou fundo, com o peito subindo e descendo pelo coração acelerado. Aquela proximidade com a pele do duque estava exigindo demais do seu autocontrole.

– Sua mão está suando frio. – Aron observou ao sentir a pele ficar úmida por baixo da sua.

– Desculpe-me, meu senhor. – Elliot tentou puxar a mão de volta, entretanto Aron impediu.

– Não precisas ficar assim em minha presença. Parece que temes algo, ou escondes algo. – O duque o fitou profundamente, fazendo o plebeu arregalar os olhos e curvar os ombros em um misto de timidez e susto.

– Perdão, senhor, mas nada tenho a esconder de ti. – Elliot tentou se esquivar, contudo suas mãos tremendo e as pupilas dilatadas o denunciaram.

– Tens certeza? – Aron apoiou os braços sobre a mesa e se curvou na direção do rapaz, que por pouco não sentiu o coração saltar do peito. – Não me desejas?

Elliot engoliu em seco ao perceber que para o duque estava bem claro o que ele tentara esconder desde a barbearia, a sua atração por homens. Por isso não se casara ainda, enganava sempre sua família com rodeios e fugia do compromisso com uma mulher que certamente não o agradaria. Porém perceber que o homem a sua frente notara o que se esforçou a vida inteira para esconder o deixou desesperado. Se desejava o lorde? Era óbvio! À sua frente estava o homem mais belo que seus olhos tiveram o privilégio de ver.

– Também és muito belo. – Aron acariciou o rosto do rapaz.

O plebeu ficou sem ação, inebriado pelo toque que irradiou um calor incomum pelo seu corpo. O mundo ao seu redor desapareceu, assim como os homens no bar. Perdeu-se na sensação por alguns minutos até lembrar-se da plateia e esquivar-se do toque.

– Desculpe-me, meu senhor. O que pensarão de um nobre flertando com um plebeu? – Elliot estava relutante. Não que não quisesse, porém aquilo parecia impossível.

– Eu não me importo. – Aron arqueou ainda mais o corpo na direção do rapaz, mantendo claro o seu desejo. – Além disso, os cavalheiros desse local estão embriagados demais para prestar atenção em nós. Contudo, se for de tua vontade podemos ir a um local mais reservado.

Sozinhos? Os lábios finos de Elliot se curvaram em um largo sorriso. Adorou poder apenas pensar naquela possibilidade.

Ao perceber a evidente alegria nos olhos do plebeu, Aron se levantou, deixou mais uma gorjeta para o garçom sobre a mesa e caminhou até a saída do pub. O jovem, ainda que desconcertado pela situação, não hesitou em seguir o lorde.

Andaram até os fundos do pub, em um beco sem movimento. Era noite de lua nova e a região possuía poucos postes, mergulhando tudo numa penumbra. Assim que Elliot percebeu que não havia ninguém, aproximou-se do lorde sem pensar muito, nada tinha a perder. Com a pouca luz, permitiu que suas mãos trêmulas tocassem o rosto macio, sem a barba que ele mesmo acabara de tirar, revelando com o toque o que seus olhos mal podiam ver. Aquilo ainda lhe parecia uma completa loucura, um belo nobre com o mundo aos seus pés compartilhar de seus desejos proibidos.

Aron o segurou pelo colarinho da camisa e empurrou-o contra a parede gelada devido ao clima. Um calafrio percorreu o corpo de Elliot, fazendo-o tremer, não pela superfície atrás de si, mas pela ação inesperada do lorde.

Um gemido abafado escapou pelos dentes cerrados do homem quando os lábios macios e provocantes do duque tocaram seu pescoço. Colocou as mãos sobre a parede, de alguma forma tentando se agarrar a ela, a coisa mais real ao seu redor. Suas pernas tremeram, ameaçando abandoná-lo quando a língua do lorde o acariciou de maneira provocante. Esse é o melhor sonho que poderia ter, suspirou ao levar suas mãos até os negros cabelos macios.

Quando a boca que tanto o enchera de desejos finalmente encontrou a sua, Elliot se apoiou com uma das mãos no ombro de Aron, temendo que em algum momento perderia o controle de seu próprio corpo e cairia ao chão. A língua do duque era a coisa mais saborosa que já havia provado, e duvidava que algo pudesse superar tal gosto. Ela tocava a sua em uma dança sensual, livre de qualquer pudor e com a ferocidade de um animal faminto. Sentiu que o lorde não se continha, e isso o fez vibrar por dentro. Ser desejado por um homem como aquele, que poderia ter a mulher que quisesse, era muito mais do que se permitira sonhar.

Aron pressionou seu corpo contra o de Elliot, ainda o beijando e começou a desabotoar o colete do rapaz. Sentiu-o hesitar, contudo logo estava entregue ao desejo novamente. O colete, assim como a camisa do plebeu, logo foi ao chão.

A brisa gelada da noite mal incomodou o peito nu de Elliot. Seus sentidos estavam focados demais nas sensações causadas pelo lorde para perderem tempo com estímulos tão pouco significantes.

O pênis dele pulsou involuntariamente sob a calça quando sentiu as mãos do duque tocarem a região em busca do fecho para livrarem-se também daquela peça.

Quando a calça do plebeu caiu ao chão, Aron desceu os lábios pelo pescoço do rapaz, deixando no caminho leves beijos e mordidas que arrancavam gemidos impossíveis de conter.

Elliot mordeu o lábio inferior e respirou fundo, tentando manter o controle quando a mão macia do duque envolveu seu pênis rígido. Não era de tudo inexperiente, já tivera algumas mulheres ao longo da vida, em sua maioria prostitutas baratas a fim de provar sua masculinidade ao pai. Entretanto, nunca esteve com um homem, nunca alguém tão viril e capaz de despertar sensações que até o momento ele desconhecia. Sempre desejou homens, atraía-se por eles desde pequeno, contudo nunca seus sentimentos foram recíprocos, até aquele momento...

Um gemido alto escapou por entre seus lábios e tentou agarrar ainda mais a parede atrás de si, quando a mão do lorde começou a mover-se por toda a extensão do seu membro. A pressão era ainda melhor do que quando fazia em si mesmo.

Elliot puxou o rosto do duque de volta ao seu, a fim de beijá-lo novamente, enquanto tratou de tocar o corpo dele numa desculpa para despi-lo. Logo livrou-se das roupas do nobre, forçando-o a parar de estimulá-lo.

Assim que estava nu, Aron girou Elliot, deixando-o virado para a parede e posicionou-se em meio às pernas do rapaz, esfregando seu pênis entre as nádegas do plebeu, mas sem penetrá-lo.

Elliot gemeu, quase em súplica. A proximidade do membro do nobre o fez arder.

– Eu posso? – O sussurro da voz doce e o pedido ousado do duque o fizeram corar.

Nunca havia feito daquela forma, no entanto a proximidade do membro de Aron daquela região a fazia pulsar, ansiar por ser preenchida. Elliot se assustou com o quanto desejava aquilo, ter prazer daquela forma.

– Sim, meu lorde. – Ele se conteve para não implorar. Faça logo!

Era tudo o que Aron precisava ouvir. Curvou-se para puxar um pequeno vidrinho guardado no bolso do casaco, virou um pouco do óleo em seu pênis e jogou o recipiente de volta. Então, apoiou as mãos na parede e deslizou para dentro de Elliot. Um grito escapou por entre os lábios do plebeu, que sentiu um leve ardor. O lorde esperou até que o jovem se acostumasse.

Instantes depois, ele arfou, revirando os olhos. Aquilo era melhor do que esperava. Involuntariamente rebolou contra o corpo do duque. Estava se deliciando tanto que nem parecia nunca ter feito aquilo.

Aron mordiscou a orelha de Elliot antes de aumentar o ritmo. Podia sentir o desejo na forma como o plebeu o apertava. Surpreendeu-se com a maneira em que o jovem acompanhava suas investidas.

Os gemidos eram altos o bastante para chamar atenção caso alguém passasse por perto. Felizmente aquele não era um bairro muito movimentado.

Elliot rebolava contra o copo do duque, empolgado, com cada parte do seu corpo tremendo em meio ao êxtase. Aron segurou suas nádegas e entrou fundo, arrancando um gemido ainda mais alto.

A cada investida do duque, Elliot raspava ainda mais as unhas na parede, de alguma forma tentando apertá-la. Os lábios de Aron deslizando pelo seu pescoço até a orelha, beijando e dando leves mordidas faziam o plebeu se arrepiar e aumentavam ainda mais seu prazer.

Aron também soltava leves gemidos a cada vez que deslizava para fora e enfiava fundo outra vez. Estava feliz por aquilo não estar machucando Elliot. Fazer sexo com um homem era diferente, mas não menos delicioso. Por mais que para um íncubo ambos os gêneros o atraíssem, com as mulheres era sempre mais fácil, elas se atiravam nele sem esforço algum, já os homens eram mais contidos, evitavam a aproximação. Para a sociedade da época aquela prática era abominável e poucos se permitiam ceder a tal pecado.

Não bastasse o lorde estar se movendo dentro do seu corpo; o toque das mãos macias e firmes que seguravam com força suas nádegas, os lábios e a língua que saboreavam sem pudor algum seu pescoço, orelhas e ombros, levavam o plebeu a loucura. Aquilo era demais para que Elliot segurasse os gemidos. Nunca uma mulher lhe proporcionara prazer similar àquele.

Foi em meio a um gemido abafado pelo pescoço de Elliot que Aron gozou. Aquela sensação deliciosa deixava seu corpo trêmulo, cansado e faminto.

O plebeu corou quando sentiu um líquido quente tomar conta do seu corpo. Entretanto, não teve tempo de perder-se em meio à vergonha, pois Aron saiu de dentro dele e o virou de frente. O sorriso e a expressão de prazer ainda presentes no rosto do lorde fizeram Elliot se esquecer de qualquer receio momentâneo. Como ele era lindo.

O Duque apoiou uma das mãos na parede atrás do plebeu e com a outra segurou o pênis do rapaz, que pulsava. Roçou seus lábios suaves nos ressecados pelo sol antes de beijá-lo mais uma vez. Elliot evolveu o pescoço do lorde com os braços, buscando apoio para o próprio corpo. A mão habilidosa do lorde logo tomou ritmo deslizando com rapidez e pressão. Elliot que já estava excitado por tê-lo tido dentro de si, não levou mais do que alguns minutos para chegar ao orgasmo. Teria gemido alto se não fosse pela boca do lorde na sua.

Aron envolveu a cintura do rapaz com seus braços firmes e não afastou os lábios ainda o beijando com desejo.

Elliot tinha a respiração ofegante, o peito descia e subia rápido. Ainda estava perdido em meio à sensação. Sentiu o lorde pressioná-lo ainda mais contra a parede, intensificando o beijo.

Aron estava tão faminto que não se conteve, sugou-o de uma única vez, rapidamente, não dando tempo nem mesmo para o plebeu perceber. Quando o restante da aura azul terminou de adentrar sua boca, o corpo inerte do jovem caiu nos seus braços.

O duque deitou o corpo no chão e olhou para ele por alguns minutos. Era um jovem bonito e correspondia bem aos seus desejos, sentiu pena por tê-lo matado. Seria difícil encontrar alguém como ele outra vez.

Vestiu suas roupas e tomou o corpo nos braços. Olhou ao redor para se certificar que estava sozinho e notou que, pela noite escura e cheia de névoa, seria difícil vê-lo de longe. Caminhou acompanhando por um silêncio sepulcral até as margens do rio Tâmisa. Até a luz quebrada do poste parecia estar ao seu lado.

Acariciou rosto do rapaz pela última vez antes de antes de deixar o corpo cair sobre a água.

a/

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