Paraísos Perdidos

By wantsilva

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Lara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar... More

Avisos da Wan <3
Capítulo 01.
Capítulo 02.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Como ajudar PP.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74.
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77.
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 83.
Capítulo 84.
Capítulo 85.
Capítulo 86.
Capítulo 87.
Capítulo 88.
Capítulo 89.
Capítulo 90.
Epílogo.
Agradecimentos.
Bônus.

Capítulo 13.

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By wantsilva

Chegamos em casa dentro de alguns minutos, ele dirigia rápido. Minhas lágrimas cessaram depois de algum tempo, mas eu ainda sentia muita vontade de chorar. Fui patética em chorar na frente dele.

Ele estacionou o carro em sua respectiva vaga e desci disparada do carro indo direto pro elevador, ele veio atrás em passos pesados, antes que colocasse meus pés dentro do elevador ele me puxou com tudo.

─ O que aconteceu? ─ perguntou olhando em meus olhos, aquela mandíbula perfeitamente quadradra, os olhos cor de mel brilhantes e os cabelos lisos caindo sobre sua testa me faziam ficar de boca aberta o admirando. Mas era um idiota!

─ Nada que seja da sua conta ─ digo puxando meu braço mas ele me puxa de novo, e dessa vez com força, de modo com que eu ficasse à milímetros de distância dele. Suas mãos eram quentes e sentia seu perfume forte adentrando minhas narinas.

─ Eu vou falar com Arthur sobre isso.

Encaro seus olhos, ele também olha em meus olhos enquanto me segura fortemente, era como se eu fosse uma garotinha com má comportamento cujo ele, tivesse o dever de me educar.

─ Não vai falar não, ele vai querer saber porquê.

─ Eu também quero saber, custa me dizer? ─ cerra os olhos e me solto dos braços dele.

─ Não lhe desrespeita.

Entro no elevador e encaro meu tênis enquanto ele entra em seguida e aperta o andar desejado. Segurava a respiração só pra não sentir o cheiro do mesmo.

Quando chegamos no apartamento entrei primeiro e fui logo pra cozinha, Arthur estava lá, ele me abraçou e beijou meu rosto diversas vezes.

─ Como foi a escola? ─ disse me apertando, nesse momento Bruno chega, eu e ele trocamos um olhar cúmplice.

─ Legal ─ digo e o aperto também.

Vou na geladeira pegando um copo de água e me sento jogando minha mochila em qualquer lugar, prendo meus cabelos em um coque e observo Arthur sentar do meu lado no celular.

Bruno afrouxou a gravata e abriu os três primeiros botões de sua camisa social revelando um pouco da sua tatuagem. Olhei pro lado bufando.

─ E a reunião? ─ Arthur indagou.

─ Boa, estamos defedendo uma causa cívil, moradores que estão em risco de serem retirados de uma invasão. Vamos na próxima semana pro tribunal ─ Bruno diz bem formal, sua voz grossa, meio rouca e com sotaque mineiro me causa incômodo. ─ Cadê os meninos?

─ Peter vai almoçar na faculdade, Diego tá no BK em reunião e Léo foi trampar no restaurante.

─ E tu vai fazer o que hoje?

─ Rapaz, acho que vou sair, sei lá, minha agenda tá limpa hoje pela tarde. Ia visitar a Flávia mas ela tem curso.

─ É... vocês não querem colar na ação da faculdade? É um projeto onde arrecadamos muitas doações pra crianças ─ ele olha para mim e Arthur.

─ Nem vou advinhar quem tá por trás disso ─ Arthur ri. ─ Claro que eu vou, parceiro.

─ Eu vou também ─ digo e me levanto pegando minha mochila e indo pro quarto.

Fui pro quarto, tomei um banho e depois fui almoçar.

Umas três da tarde a gente foi pro campus, onde iria acontecer o projeto do curso de Bruno. Levei umas seis barras de chocolate e outras besteiras, principalmente quando Bruno disse que teria crianças.

Nunca tinha participado de ações sociais, mas pra tudo tem sua primeira vez.

Ainda estava meio pra baixo, mas eu sabia bem que uma hora ia passar.

Quando chegamos na faculdade eu fui logo saindo com Bruno que pegou algumas caixas na traseira do i30 do Arthur já que a hilux ainda estava na oficina, e Arthur mandou a gente ir na frente enquanto ele estacionava, na verdade ele estava de papo com uma garota, meu primo é fogo.

Bruno carrega as caixas nos braços enquanto caminha ao meu lado me guiando, ainda queria saber porque ele havia me trago junto de Arthur.

─ Por que tu me trouxe mesmo? ─ perguntei caminhando rápido, assim como ele.

─ O sorriso de uma criança por algo simples deixa qualquer pessoa feliz, vai por mim, você só precisa disso. Fazer o bem melhora qualquer pessoa... ─ ele diz e suspira.

─ Algo pessoal ajudar crianças? ─ pergunto e o mesmo não responde.

Chegamos no salão do campus onde estava acontecendo o projeto, tinha muitas crianças, tinha crianças especiais, crianças vindas de orfanatos e de comunidades pobres, tinha algumas mães também que sorriam vendo os filhos especiais sendo maquiados por algumas meninas que também cursavam direito com Bruno.

Tinha alguns homens ali conversando e algumas mulheres também, Bruno foi até os mesmos e o segui. Vi Vivian lá também, mas percebi que Bruno ignorava ela.

Todo mundo me olhou ali, principalmente Vivian.

Bruno colocou as caixas no chão e cumprimentou o pessoal ali.

─ Essa é a prima de Arthur ─ me apresentou pros meninos que eram até uns gatos e eles riram apertando minha mão.

─ Lara, o meu nome ─ digo e eles riem ainda mais.

─ Esses são Luís, Pedro, Ronilson, Marcelo, Júnior e Rafa ─ Bruno apresentou cada um. ─ Essas são Danda, Jennifer, Leyla e... bom, eles estão comigo no projeto ─ ele diz e assinto cumprimentando todos.

Olho ao redor maravilhada, era tanta coisa fofa ali, a sala era toda climatizada, acho que era alguma sala de reuniões, tinha muitas sacolas com roupas, brinquedos e alimentos em um canto, tinha fraldas e outros acessórios também. O salão estava decorado com desenhos infantil, borboletas, flores, havia brinquedos, um balanço, escorregador, e tocava numa televisão desenho. Tinha comida também pras crianças.

Vi até a Clara ali, a alemã, ela pintava uma menininha cadeirante desenhando uma flor em sua bochecha.

Me distanciei um pouco olhando tudo e vendo o trabalho maravilhoso deles, as crianças estavam tão felizes. Logo eu senti alguém se aproximando e quando me virei vi os cabelos loiros e olhos verdes da Vivian.

─ Oi, priminha ─ debochada nada.

Bruno também se aproximou e meio que entrou na frente da gente.

─ Vivian procura algo de bom pra fazer, para de encher o saco da garota, que merda ─ ele diz e ela olha nos olhos dele e faz uma cara nada boa.

─ Não dê ouvidos pra ela, a melhor coisa que ela faz é mentir ─ ele diz e também sai levantando as mangas da camisa social e deixando suas tatuagens à mostra.

Eu me sentei em um banquinho e no mesmo momento veio uma menininha pequena correndo pra cima de mim e sorrindo, ela tinha síndrome de down, era a coisa mais linda do mundo, ela me abraçou rindo e também ri abraçando ela.

Ela devia ter uns cinco aninhos por aí assim, logo uma mulher veio atrás dela sorrindo, suponho que seja a mãe dela.

─ Nath! Tem que ficar do lado da mamãe ─ ela diz se agachando e a menina gargalha.

Eu acabo gargalhando com vontade também.

─ Ela é anti-social demais, geralmente não vem pra cima de ninguém por conta do autismo, é a primeira pessoa na qual ela vem correndo abraçar ─ a mãe dela conta e eu assinto acariciando os cabelos lisos da Nath.

─ Bom, creio que a Nath queira algo que eu tenha aqui ─ tiro as barras de chocolate e mostro pra ela, a mesma ri e bate palminha.

─ Ela ama chocolate.

Quando pisco vejo várias crianças ao meu redor pedindo chocolate, alguns me chamavam de tia, pediam porque nunca haviam comido e claro que meu coração estava em pedacinhos.

Parti o chocolate e no final todo mundo comeu, depois que já tinha pegado intimidade com eles, os mesmos me puxaram pra brincar.

Tirei meu vans e fui pegar corda, bambolê, bola e brincar com eles. Literalmente tinha voltado aos meus dez anos.

Olhei pros meninos que olhavam a cena rindo e no meio daqueles sorrisos vi o de Bruno, alvo, bonito e verdadeiro, ele me olhava e sorria.

Tive minha atenção tirada quando um meninozinho me puxou pra jogar a bola com ele.

Depois que Arthur chegou com a boca vermelha pelo batom todo mundo virou criança e foi brincar, só quem ficou de fora foi Vivian que apenas acompanhava cada passo de Bruno, e o mesmo? Nem ligava pra ela. Ele jogava bola, estava sem os sapatos, com as mangas da camisa social levantadas até os cotovelos, os cabelos desgrenhados e um sorriso de moleque no rosto.

Eu brinquei de boneca, de roda, do cola, e estava mega cansada, aquelas crianças pareciam não cansar momento nenhum.

Eu e Clara tínhamos tinta água pra pintar o rosto do pessoal, todas as crianças já estavam pintadas e agora nós passávamos a tinta no rosto dos meninos e meninas.

Na minha vez veio Bruno pra mim e Arthur pra Clara, ele se sentou na cadeira e eu peguei um pano limpando o suor do seu rosto perfeito. Era incrível como ele não tinha nenhuma acne se quer no rosto, era como pele de bebê, a única coisa que ele tinha eram três sinais em forma de triângulo perto do queixo, mas nem era muito visível, só se olhasse de perto.

─ Está se saindo bem, priminha ─ ele diz fechando as pálpebras e inalo seu cheiro inebriante.

─ Cala a boca que ainda te odeio.

─ As crianças te amaram, devem ter se identificado ─ diz me zombando e puxo o cabelo dele, ele murmura um "aí".

Desenho um coração na testa dele, e faço um nariz de gatinho e o bigode também, puxo a tinta preta nos olhos e faço uma linguinha em sua boca, que era vermelha e carnuda.

Assim que termino boto a tiara de gatinho, e amarro os cabelos dele que eram lisos e bastante cheirosos, digo que está pronto e o mesmo abre os olhos se olhando no espelhinho, eu me acabo de rir, havia ficado engraçado.

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