A grã-duquesa perdida

By lavsmiranda

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Anastásia adotada pela família Tchecov, não faz ideia da onde veio e como foi parar lá. A única coisa que ela... More

Dedicatória
Prefácio
Prólogo
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo XXI

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By lavsmiranda

O czar estava sentado na poltrona em seu gabinete olhando alguns relatórios enviados por seus ministros e analisando quando seria melhor marcar uma reunião com todos eles para decidir sobre alguns assuntos que estavam pendentes. Quando se sentia irritado ou estressado, afundava totalmente nos assuntos do Estado sem querer falar com ninguém; nem mesmo seus filhos, pois podia descontar seus maus sentimentos neles, coisa que nunca iria gostar de fazer.

De repente ouviu um barulho de canhão. Levantou-se imediatamente da poltrona e saiu do gabinete correndo. O canhão era utilizado para quando nascesse os filhos do czar, que para a felicidade do casal imperial e da população russa, ele foi acionado sete vezes; e agora podia ser acionado mais uma vez. Mas, Vladimir sabia que ele não havia sido acionado por causa de nenhum nascimento. Desde que sua filha foi sequestrada, ele ordenou que quando ela fosse achada, o canhão deveria ser acionado. Aquilo poderia significar o fim da sua angustia e de todas as suas noites sem dormir.

No caminho encontrou Dimitri vindo em sua direção assustado e pálido.

— Pai! O senhor sabe o que isso significa? Encontraram-na!

— Eu sei! — abraçou o filho apertado. — Vamos, temos que chegar logo a sala do trono. Oh Deus, agradeço-lhe tanto por trazer minha filha de volta. Quero saber de tudo que aconteceu com ela. — soltou seu filho de seus braços. — Quem será que a encontrou?

— Não saberemos se continuarmos aqui. — enxugou os olhos com a manga da blusa. — Estou feliz demais! É um sonho sendo realizado.

— Compartilho dos mesmos sentimentos que você.

Eles saíram apressados pelo longo corredor e começaram descer as escadas rapidamente. Caminharam em direção a sala do trono, e Irina vinha em direção a eles com uma expressão assustada, mas continha felicidade em seu cenho.

— Irina! Sabe onde está minha filha?

— Ela está na sala do trono, assustada. Eu a achei, Vossa Majestade...

Vladimir nem esperou Irina completar a frase e saiu correndo em direção as portas brancas duplas que davam para a sala do trono. Estavam vários guardas posicionados, e uma figura feminina estava de costas para ele.

— Anastásia? — perguntou recuperando o fôlego.

Quando ela se virou, o czar ficou surpreso ao ver a dama da sua filha. Não conseguia acreditar que ela estava o tempo todo debaixo do seu teto. O tempo todo ao seu lado, ao lado dos seus filhos, que eram os irmãos dela. Todo aquele tempo, a fisionomia parecida com a deles não era mera coincidência, era ela o tempo todo. Era Anastásia Vladimievna Bulganova.

Ele foi em sua direção e a abraçou fortemente. No primeiro instante, Anastásia não correspondeu ao seu abraço, mas depois envolveu seus braços no pai e começou a chorar. O czar sentiu seus soluços prolongados e se afastou dela. Limpou suas lágrimas com os dedos, e a trouxe para perto mais uma vez. Beijou sua cabeça e acariciou suas costas, até ela se acalmar mais.

— Meu maior sonho se realizou hoje. Tenho minha filha de volta. Ah, Anastásia, sempre esteve tão perto de nós e nunca desconfiamos.

Ela nada disse, apenas se agarrou mais a ele.

— Não tenha medo. Tudo ficará bem de agora adiante. Estamos juntos, ninguém mais irá nos separar.

— Eu sabia que tinha uma família biológica. — disse finalmente. — Jamais pensei que poderia ser a família Bulganov. Jamais pude imaginar que o czar de toda a Rússia fosse meu pai, e que eu tivesse irmãos tão adoráveis e amáveis. Isso é tudo muito novo para eu acreditar e aceitar. É como um sonho muito bom do qual eu não quero acordar. — finalmente olhou nos olhos do czar. — Não sei como fui parar na casa da minha família adotiva. Não sei quem fez isso comigo.

— Contarei tudo mais tarde, e você contará tudo também. — afagou suas costas. — Agora é um momento muito feliz para falarmos de coisas tristes.

Os filhos do czar invadiram o recinto correndo. Olharam surpresos para Anastásia que estava nos braços do pai. Vladimir se afastou dela, e os filhos a abraçaram coletivamente. Eles riam, choravam, se abraçavam, davam beijos, cantavam, e Vladimir foi se sentar em seu majestoso trono feliz observando seus filhos interagir com a caçula.

Não demorou muito para Lara chegar com seus sobrinhos no salão principal. Vladimir ficou observando sua expressão ao ver Anastásia. Ele não estava gostando da maneira que seu olhar se dirigia a sua filha caçula. Dentro dele, alguma coisa gritava que ela estragaria aquele momento de felicidade, estava se tornando um comportamento comum dela.

Lara se aproximou de Vladimir imediatamente, deixando seus sobrinhos desconfortáveis próximos à porta.

— Ousa acreditar que essa menina é sua filha? Nem mesmo sabe se é mesmo sua legítima filha, Vladimir. Por favor, não seja cego. Essa menina é uma oportunista. — virou-se e apontou para Anastásia. — Quantas Anastásias ao longo da sua vida disseram ser sua filha? Essa é somente mais uma querendo se beneficiar do que uma vida da realeza pode oferecer. Aposto que foi tudo de caso pensado. Essa farsante. — olhou para a menina com desprezo.

— Basta! — o czar se levantou do trono. — Anastásia, venha até nós.

Os irmãos se afastaram de Anastásia, e ela andou em direção a ele com um brilho de medo e raiva no olhar dirigido a Lara. Fez uma reverência diante dela e se voltou para o czar com uma postura perfeita.

— Eu conheci seus dois irmãos adotivos quando eu procurava o assassino da falecida czarina e seu sequestrador. — virou-se para Lara e retornou à atenção para Anastásia. — Eles se apresentaram como Alena e Daniel Tchecov. Estou errado?

— Não, Majestade. — respondeu prontamente.

— Gostaria de saber como foi adotada. — colocou a mão no queixo e começou a observar seus gestos.

— Meus pais me disseram que me acharam na floresta bastante machucada. — retirou do decote o broche. — Eu possuía muitas joias, eles venderam todas, essa eu escondi comigo e nunca mostrei a eles, pois tinha meu nome, data de nascimento, e com certeza poderia me levar para minha família biológica algum dia.

Um sorriso se formou no rosto de Vladimir, pegou o broche na mão da menina.

— Esse broche foi o presente da czarina Alexandra para todas as filhas. Tinha conhecimento disso?

— Não. — sentiu a sinceridade em suas palavras. — Para ser bastante sincera, eu nunca havia mostrado esse broche para ninguém. Quando eu tomei coragem para mostrar, escolhi Dimitri. Mas alguma coisa fez com que Vossa Majestade, a czarina, o chamasse para alguma coisa e eu não pude mostrar.

— Quem lhe disse que o broche pertencia a grã-duquesa Anastásia?

— Irina. Porém, quem viu primeiro foi Feodora. Ela ficou estranha quando viu e saiu correndo do meu quarto e pediu para que eu não saísse de lá até que voltasse com a governanta do palácio. E quando elas chegaram, Irina viu o broche e perguntou onde eu havia achado. Apenas disse a verdade, e elas fizeram uma reverência diante de mim.

— Satisfeita, Lara?

— Não estou convencida. — arqueou a sobrancelha.

— Apenas cale a maldita boca, Lara. — Alexander disse de repente. — Estou farto dessas brigas desnecessárias em família. Apenas fique feliz com a volta da sua enteada, certo? Que dúvidas ainda lhe restam? É ela, sempre foi! Observe os olhos dela, são iguais aos nossos. Os cabelos iguais ao do nosso pai! Agora vejo que até sua postura é igual ao do nosso pai. E posso ter esquecido um pouco a voz da minha mãe, mas se parece de certa maneira. Apenas deixe tudo em paz! É bom para você, seu filho e todos nós.

Todos ficaram atônitos com a súbita explosão de Alexander, principalmente seu pai. Vladimir sempre notou que Alexander era mais calado e refletia bastante antes de dizer alguma coisa. Era muito inteligente, e juntamente com Dimitri e Nikolai, aprendiam as tarefas de um czar muito bem. Sentiu-se orgulhoso do seu filho e esboçou um sorriso para ele satisfeito.

— Temos que oferecer um baile para a sociedade russa para conhecer nossa irmã e apresentá-la. — disse Tatiana. — Ela merece todas as honras depois de tanto tempo longe de nós.

— Certamente. — o czar afirmou empolgado. — Antes, quero ir até a sua casa antiga, minha filha. Tenho muita coisa para esclarecer com a família Tchecov.

— Meu pai adotivo está no hospital, peço que depois que ele receber alta, o traga até aqui ou o senhor pode ir até lá. Espero que ele não tenha nada com esse assassino.

— O que ele tem?

— Levou um tiro.

— Um tiro? Estranho.

— Estranho até demais. — Lara encarou Anastásia com superioridade.

O czar ignorou o comentário da esposa e abraçou Anastásia mais uma vez.

— Bem-vinda ao lar novamente, minha filha. Somente Deus sabe o quão esperei para tê-la em meus braços novamente.

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