Do Sangue Ao Desejo (Desejos...

By autorajessicamacedo

13.8K 853 107

Ele é um predador, um lobo em pele de cordeiro. No entanto, ela não é uma presa como as demais mulheres, e pa... More

Prólogo
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Obrigada!

Capítulo 1

2.3K 101 17
By autorajessicamacedo


Londres – outono de 1872

A cidade estava linda, toda iluminada. As folhas secas das árvores cobriam as calçadas. Com a chegada das fábricas, Londres se transformava a cada dia, renovando-se, dando às pessoas que caminhavam nas ruas um novo fôlego. A era que se iniciara trazia prosperidade e os habitantes sentiam-se felizes e seguros. Tolos, mal sabiam os perigos que os rondavam, escondidos nas sombras ou em plena luz do dia.

Graças à cultura que tornara as pessoas reservadas, Londres era um belo lugar para viver quando se tinha segredos a esconder.

Sentado na cadeira de um pequeno café na movimentada e recente estação de trem Vitória. Aron observava o vai e vem de pessoas chegando e partindo. O lugar estava repleto de barulho, do falatório das pessoas e dos trens movidos a vapor. Ele riu, como se toda aquela pressa que tinham de chegar a algum lugar fosse engraçada. No entanto, surpreendeu-se ao pegar o relógio de bolso em seu casaco e notar que também estava preocupado com o tempo.

Ela estava atrasada. Mas não deveria se importar, pois tinha pouco menos do que a eternidade pela frente. Ainda assim, sentiu-se angustiado. Cortejava a moça há alguns dias e haviam combinado um local público para o encontro. Porém, arrependeu-se por não ter sido mais enfático e tê-la convencido a irem a um lugar mais reservado.

Logo uma moça apareceu no horizonte. Ela era pequena e delicada. Aron riu quando a jovem esbarrou em uma velhinha que carregava malas pesadas. Como os humanos eram desastrados.

A saia bufante e cheia de camadas dela só atrapalhava ainda mais os seus movimentos. O vestido que usava era de um tom púrpura vibrante, com uma sobressaia creme, e o espartilho parecia extremamente apertado. As mangas do vestido eram longas. Os cabelos loiros dela estavam presos em um coque no alto da cabeça e seus olhos azuis gentis se sobressaíam na pele ligeiramente rosada pela vergonha. Logo ela viu Aron e tentou não correr desesperada em sua direção, só tentou.

– Olá. – Sorriu ao ficar ainda mais corada quando finalmente chegou diante dele. – Desculpe, estou atrasada.

– Não tem problema. Tudo bem. – Aron tirou seu chapéu e o colocou sobre a mesa, antes de levantar-se e puxar uma cadeira para a jovem.

– Obrigada. – Ela sorriu ao encará-lo.

Era quase um pecado ele ser tão bonito, pensou. Era uma mulher de muita sorte por ter aquele nobre cortejando-a. Observou-o por alguns segundos. Ele tinha cabelos negros, curtos e os olhos de um tom azul esbranquiçado. Ela já tinha por volta dos dezoito anos, sentia que já estava ficando velha e não queria se casar com o homem nojento a quem seu pai a prometera em casamento. Aquele belo e nobre cavaleiro sentado à sua frente lhe parecia um pretendente bem mais à sua altura.

Um garçom veio até a mesa onde o casal se sentava e serviu à jovem uma xícara de chá.

– Tomei a liberdade de pedir algo para que a senhorita bebesse. – Aron fitou os olhos dela. Pobre garota, era tão inocente.

– Ah, obrigada. – Emily tirou as luvas de renda que lhe cobriam as mãos delicadas, antes de pegar a xícara. – O senhor é tão atencioso.

– Por favor. – Ele tocou gentilmente a mão livre dela. – Chame-me apenas de Aron.

A jovem corou com o calor incomum que invadiu seu corpo quando sentiu a pele dele sobre a sua. Era um tipo de febre que a fazia arder por dentro...

Corada, puxou a mão de volta, tentando recuperar a compostura. Lembrou-se do que a sua mãe lhe repetira durante toda a vida, uma mulher deve manter intacta a sua reputação.

Emily desviou o olhar para que não se perdesse encarando-o. Fitou momentaneamente um garoto que, de mãos dadas com os pais, tomava o trem rumo a Windsor. Respirou fundo, tentando estabilizar seu peito que subia e descia sem controle. Deveria estar parecendo uma tola, quase brigou consigo mesma. Era só um segundo encontro e já estava daquele jeito.

Aron abriu um leve sorriso. Achou de certa forma fofa a maneira como ela se desesperava.

– Não se preocupe. – Ele pegou a mão dela novamente e a levou até os lábios, beijando com carinho a superfície macia. – Não precisa ter medo ou ficar afobada em minha presença.

Emily sorriu ao fechar os olhos sentindo o calor que ele provocara nela aumentar ainda mais quando os lábios a tocaram.

– O que acha de irmos a um lugar mais calmo? – Aron a encarou, de maneira que Emily não conseguiu desviar o olhar.

– Um lugar mais calmo? – Ela engasgou ao pensar nas possíveis implicações daquilo. – Podemos. – Sorriu. Não queria dizer que não e assustá-lo, foi o que jurou a si mesma. Contudo, aquilo era apenas uma parte da verdade. A jovem não sabia dizer como, mas aquele simples toque arrancara-lhe todo pudor, deixando-a à mercê de seus desejos mais profundos.

Aron se colocou de pé e estendeu o braço para a moça, que não hesitou em segurá-lo. Deixou algumas moedas sobre a mesa para pagar pelo café e o chá, e então guiou-a para longe daquele lugar barulhento.

Emily o observou durante todo o caminho para fora da estação, até pegarem uma carruagem. Até onde ela sabia, Lorde Donovan, Aron, era um duque Irlandês com boas posses, o suficiente para que seu pai mudasse de ideia quanto ao casamento dela com o banqueiro burguês, sem sangue nobre e que tinha o dobro de sua idade.

Aron sussurrou algo no ouvido do cocheiro, ajudou-a subir na carruagem e sentou-se diante dela, pois o vestido volumoso ocupava todo o assento.

– Para onde vamos? – Emily o fitou em busca de algo que respondesse sua pergunta, mas a expressão de Aron era indecifrável. Questionou-se se realmente gostava de surpresas como pensava.

Aron, sem dizer nada, apenas sorriu, o que foi o bastante para deixar a garota mais calma.

A carruagem procurou pelos caminhos mais discretos. O cocheiro sabia bem que lorde Aron não gostava de murmúrios. Deram algumas voltas pelo trajeto mais vazio até a propriedade dos Donovans, que ficava a alguns minutos de Londres.

Emily observava o caminho com um misto de curiosidade e aflição. Por alguns minutos, estavam em uma estrada de terra com alguns pedregulhos que fazia a carruagem dar pulinhos, e a jovem não conseguia ver nada além de árvores. Pensou em perguntar a Aron para qual lugar estava a levando, no entanto não quis parecer insegura. Logo saberia, disse a si mesma. Não havia por que se preocupar.

Quando a carruagem parou, Emily colocou a cabeça para fora para ver onde estavam. Viu um enorme portão de ferro se abrir para dar passagem a eles, e além deste havia um belo jardim com uma enorme casa ao fundo. Admirou a bela visão por longos minutos até se dar conta de onde estava.

– Trouxeste-me até a tua casa? – Voltou-se para Aron, encarando-o profundamente. Não sabia se deveria o recriminar.

– Trouxe.

– Mas o que vão pensar? – Emily estava um pouco angustiada, suas mãos tremiam levemente, ainda que gostasse de estar ali com ele. – E quanto à minha reputação?

– Não te preocupes, ninguém nos viu chegar aqui. – Aron pousou sua mão sobre a dela. O calor invadiu o corpo da jovem e fez com que se esquecesse de qualquer preocupação.

O lorde sorriu ao colocar uma mecha do cabelo loiro da garota atrás da orelha. Pobre moça, mal sabe que sua reputação deveria ser a menor de suas preocupações no momento, pensou ao estender a mão a fim de ajudá-la a descer da carruagem.

Emily encarou, admirada, o belo jardim da propriedade dos Donovans. Era início da tarde e os raios de sol batiam na fonte que ficava bem ao centro, fazendo com que as gotículas de água que se espalhavam brilhassem como cristais. Aquele lugar era belíssimo. A família de Aron realmente tinha muitos bens. Seria um bom casamento, seu pai não lhe negaria tal pedido. Os olhos da donzela brilharam tanto quanto a água quando encarou o lorde.

– Segue-me. – Aron estendeu a mão para ela.

A jovem não pensou duas vezes antes de aceitar a mão estendida e deixar que ele a guiasse. Estava curiosa, o que mais encontraria naquele lugar? Ouvia o som dos pássaros que se escondiam nos galhos das árvores baixas e bem podadas que compunham o jardim e o vento a assobiar por entre as folhas. Deveriam ter um ótimo jardineiro para cuidar tão bem de tudo aquilo.

Andaram por cerca de dez minutos até se aproximarem de um pequeno lago que ficava aos fundos da propriedade, numa região onde quem olhasse de longe não os veria.

Emily se perdeu observando as águas esverdeadas, provavelmente pela presença das vitórias régias sobre sua superfície...

Aron a despertou de seu devaneio quando a puxou para junto da toalha que havia estendido no chão.

– Um piquenique! – Ela vibrou ao olhar para o que havia sido preparado. – É tão cavalheiro, meu lorde.

– Já disse, chame-me apenas de Aron. – Ele tomou a liberdade de acariciá-la no rosto.

– Claro. – Ela balbuciou quase sem folego.

Aron permaneceu com uma das mãos sobre o rosto delicado, a pele alva, macia ao toque, dava-lhe prazer. O calor do toque fez com que os olhos da jovem se arregalassem, deixando o azul deles ainda mais vívido. Apesar de saber que não deveria, ansiou para que ele a tocasse mais. Aquele desejo crescia de uma forma que ela não sabia explicar. Talvez devesse pedir gentilmente que se afastasse, mas este pensamento não estava em suas prioridades no momento.

O lorde levou sua boca até a dela, havia esperado demais para prová-la. Ela tinha um sabor doce, quase infantil, de pura inocência. Não parecia ter feito aquilo muitas vezes, e quando Aron invadiu a boca delicada com a língua a surpresa dela só confirmou sua suposição. A ingenuidade atiçou-o ainda mais.

Emily lutou contra o impulso de ceder às investidas dele, contudo nada em sua vida havia sido tão inútil. Era tarde demais para pensar nas possíveis consequências daquilo. Talvez devesse ter refletido antes de aceitar o convite, agora simplesmente já era impossível dizer não. Não sabia qual magnetismo ele tinha, apenas que era o suficiente para mantê-la bem ali.

Ele não pensou duas vezes antes de puxá-la para mais perto. Sabia que a donzela não iria mais a lugar algum. Se ele se sentia mal pelo que estava prestes a fazer? Bom, um leão não se julgaria errado antes de sair à caça.

Minha família vai me matar, pensou Emily quando sentiu seu corpo ser deitado ali mesmo, sobre a grama. No entanto, isso nem de longe foi o bastante para fazê-la mudar de ideia. A possibilidade de passar o resto de seus dias servindo a um barqueiro asqueroso e velho pareceu uma boa justificativa que cedesse, ainda que a vida inteira lhe dissessem que não deveria fazê-lo antes do matrimônio.

– Aron... – tremeu ao sussurrar o nome dele, o que o fez encará-la surpreso. Emily poderia ser ingênua, mas já haviam lhe dito muitas vezes como era a primeira vez de uma donzela.

O lorde afastou-se um pouco e olhou-a nos olhos. Entendendo seu temor, acariciou-a no rosto.

– Farei de tudo para que sinta o mínimo de dor. – Ele voltou a beijá-la de forma provocativa e o toque inapropriado dele em suas nádegas, ainda que estivesse vestida, a fez esquecer-se de qualquer preocupação. Sim, aquilo era bom, melhor do que era capaz de admitir em voz alta.

Aron foi extremamente ágil ao enfiar uma das mãos pelas camadas e camadas da saia dela e retirar a ceroula que vestia, deslizando-a pelas pernas finas e frágeis. Emily corou imediatamente ao sentir as mãos dele deslizarem por uma parte tão intima de suas coxas.

– Suas pernas são macias. – Aron murmurou, enquanto as acariciava, deslizando suas mãos compridas e firmes por toda a extensão.

– São fracas, mal me sustentam em pé.

Quando Aron riu, Emily percebeu a besteira que havia dito.

– São deliciosas. – Ele curvou-se para beijar a superfície macia da parte interna das coxas dela.

Uma sensação nova e estranha tomou conta da moça, uma mistura de surpresa e prazer. Nunca imaginou ser tocada daquela forma. Algo que a fazia sentir um ardor entre as pernas que só parecia crescer, insaciável. Institivamente, levou a mão nos sedosos cabelos negros dele, acariciando-os.

O lorde curvou-se novamente sobre ela e pousou os lábios no pescoço da jovem, deslizando-os ao longo de sua extensão até o contorno dos seios, levemente à mostra, deixando beijos que se confundiam com leves chupadas e mordidinhas. O gosto de pureza dela era tão bom.

Emily ofegou em meio às caricias, quase engasgando com tantas sensações desconhecidas que invadiam seu corpo de uma única vez. Tinha tantas coisas para perguntar, mas julgou que aquele não seria o momento mais apropriado... Logo parou de pensar nelas quando os lábios dele renderam os seus novamente.

Aron percorreu outra vez o pescoço dela com beijos, indo até a região quente entre os seios pequenos. Afrouxou um pouco as cordas do espartilho que a jovem vestia para que tivesse a liberdade de colocar seus seios para fora e logo envolvê-los com as mãos. Ela inclinou a cabeça para trás em um gesto de permissão. Os dedos cumpridos e macios, sem a presença de um único calo, contornaram seus mamilos, acariciando-os e lembrando-a de que ele era um nobre e não estava acostumado a pegar no pesado assim como ela. Então os lábios úmidos e quentes tomaram o lugar das mãos e o desejo a consumiu por completo. Seu corpo vibrava, desejava mais toques, mais beijos...

– Aron... – murmurou o nome dele, tentando se prender ao último resquício de sanidade. – Não deveríamos fazer isso tão cedo.

– Quer parar? – Ele abocanhou um dos mamilos e chupou com força, a fazendo arfar. Aquilo não era justo, sabia disso, entretanto pouco se importava. Todos os pensamentos que a atormentavam foram dispersados à medida que ele sugava com força o mamilo enrijecido.

Com a boca ainda sobre o pequeno seio, proporcional ao corpo frágil dela, Aron tirou seu casaco, colete e começou a desabotoar a camisa branca, logo deixando à mostra seu abdômen. Adorou como a curiosidade dela fez com que levasse as mãos pequenas até seu corpo.

Ele era ainda mais bonito despido, Emily suspirou ao refazer o contorno dos músculos com os dedos. A ânsia crescia ainda mais na região pulsante entre as pernas dela. Somente um anjo como aquele para levá-la a um pecado tão grave.

Aron foi incrivelmente rápido ao despi-la de todas aquelas camadas de tecido. Foi apenas quando ele deslizou a mão sobre o seu ventre que Emily percebeu que estava completamente nua, deitada na grama próxima ao lago, coberta apenas pelos pequenos raios de sol que ultrapassavam as nuvens do céu londrino.

– Não! – Aron a impediu de se cobrir com os braços. – Seu corpo é lindo, não precisa escondê-lo.

De fato, ela era belíssima, com uma pele alva que ficava levemente vermelha onde ele tocava; seios rígidos, pequenos, mas não menos deliciosos. Uma singela camada de cachos loiros, que ele desejava logo poder explorar, escondiam sua intimidade entre as pernas.

Rapidamente, ele se desfez de sua calça, o que a fez arregalar os olhos. Pelas figuras nos livros na biblioteca de seu pai, que lia escondida, não julgava que o membro masculino pudesse ter aquele tamanho. A ideia de tê-lo introduzido dentro de seu corpo assuntou-a. No entanto, o temor desapareceu quando ele acomodou seu corpo quente sobre o seu, encaixando-se entre as pernas involuntariamente distanciadas. Ele apoiou-se sobre os cotovelos, distanciando o corpo, contudo isso pouco contribuiu para apagar o calor crescente que corria dentro das veias de Emily.

Fechou os olhos ao sentir os lábios dele pousarem em seu pescoço; as mãos que exploravam suas partes mais íntimas sem compostura alguma. Talvez devesse se envergonhar, mas em seus sonhos era exatamente assim que desejava ser tocada, com mãos firmes que deixavam a região por onde passavam ardendo. Embora tivesse se contido o máximo que pode, tentando se manter intacta, aquele homem exigia mais do que as forças que tinha à disposição. Aquele desejo já havia vencido.

Sentiu o pênis rígido dele roçar entre suas pernas, deixando o lugar que já ardia ainda mais cheio de desejos. Remexia-se debaixo dele, quase implorando para que ele fizesse logo. Não sabia o que era aquilo que o lorde havia provocado nela, só que precisava ser saciado não importasse as consequências.

Aron não esperou mais para penetrá-la. A dor aguda quando ele rompeu de uma vez o escudo que protegia sua virgindade a fez arquejar e agarrá-lo. O gritinho que soltou foi capturado por um beijo, onde ele adentrou com a língua a boca dela com a mesma ferocidade. Esperou que a moça se acostumasse com a presença dele antes de começar a se mover para dentro e para fora. Não esperou que a dor voltasse a atormentá-la para colocar sua mão entre os corpos e estimulá-la com os dedos, o que a fez soltar gemidos de prazer. Emily tremia e se contorcia em meio aos impulsos que tomavam conta do seu corpo, em meio ao verdadeiro prazer, mal conseguia raciocinar. O grito alto que ela soltou fez Aron abrir um leve sorriso em meio ao beijo.

Aquilo era muito mais que a imaginação fértil de Emily fora capaz de criar. O ato aterrorizante vivido pelas mulheres mais velhas que conhecia estava sendo o melhor momento de sua vida. Os dedos de Aron se moviam com agilidade, fazendo com que a jovem se contorcesse debaixo dele, agarrando com força o chão ao ponto de arrancar parte da grama. O modo como a estimulava havia feito a penetração deixar de ser um incômodo ao ponto de fazê-la pensar que já não conseguiria mais viver sem ele a preenchendo.

Emily largou a grama e passou as mãos pelas costas dele, agora sem receio algum de tocá-lo como lhe dava vontade. Uma investida mais forte do membro pulsante dele para dentro do seu corpo a fez soltar um gemido mais alto e cravar as unhas nos ombros largos.

O estímulo logo a levou ao ápice, fazendo seu corpo ser tomado por uma explosão elétrica que deixou-a formigando. Com o peito subindo e descendo rápido, ela permitiu que seu corpo trêmulo pousasse sobre o chão.

Ainda inebriada pelo orgasmo que Aron lhe proporcionara, Emily mal sentiu as investidas dele aumentarem o ritmo. Com ambas as mãos apoiadas no chão, ele já não se preocupava mais em ser delicado, agora era a vez de ter seu próprio prazer, saciar seus desejos vorazes.

Logo Emily sentiu um líquido quente tomar conta do seu ventre e corou ao perceber o que aquilo significava. Aron colocou as duas mãos ao redor do rosto dela e a puxou para mais um beijo. Ela amou aquele carinho a mais e correspondeu sem o menor pudor. Subiu e desceu com as mãos delicadas pelas costas largas do homem que havia lhe roubado a inocência, mas ao invés de preocupar-se com aquilo, apenas quis aproveitar o momento que não sabia se iria se repetir.

Começou a sentir-se cansada, talvez aquilo ainda fosse efeito colateral do momento de prazer que desfrutara. Contudo, ao invés desse cansaço se dissipar, ele crescia à medida que Aron a beijava. Sentia sua energia se esvaindo em meio àquele beijo. Quis gritar, mas não conseguiu, já não lhe restavam mais forças.

Aron sentiu a aura azul adentrar por completo em sua boca, enquanto ouvia os últimos suspiros de vida da jovem.

Com o braço apoiado na grama, ele observou o corpo imóvel que jazia ao seu lado. Toda vez que ele se alimentava elas morriam, já estava acostumado com isso, embora lá no fundo sentisse uma pontada de dor no peito. Pobre jovem, além de ter roubado sua inocência havia lhe roubado a vida, pensou o lorde ao acariciar o rosto mumificado, não mais tão macio como costumava ser.

Ficou por mais alguns minutos a admirando, guardando em sua mente a imagem daquela que por um breve momento havia sido sua amante. Então, levantou-se, sentindo-se saciado e cheio de energia. Vestiu suas roupas e tomou o corpo dela nos braços, assim como as peças que a jovem vestia. Caminhou até um carvalho que ficava numa região ainda mais distante da propriedade, onde com uma pá fez uma cova para depositar o pequeno corpo. Jogou terra por cima até que a imagem dela desaparecesse por completo.


Continue Reading

You'll Also Like

37.9K 1.1K 4
Maelie está passando as férias na praia, ao lado de sua amiga Bárbara e do seu primo Nicolas. Estava tudo dentro do script até um rapaz, mais velho...
261K 20K 45
"𝖠𝗆𝗈𝗋, 𝗏𝗈𝖼𝖾̂ 𝗇𝖺̃𝗈 𝖾́ 𝖻𝗈𝗆 𝗉𝗋𝖺 𝗆𝗂𝗆, 𝗆𝖺𝗌 𝖾𝗎 𝗊𝗎𝖾𝗋𝗈 𝗏𝗈𝖼𝖾̂." Stella Asthen sente uma raiva inexplicável por Heydan Willi...
7.3K 323 31
Em um mundo onde cada batida de coração anseia pelo amor, Caio Sanders se vê envolto em um dilema épico: entre o dever e o amor, quem triunfará na ba...
1.7M 167K 64
Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo mirabolando planos para sua conquista, a...