{Segue acima a foto do anel}
Ana: Acho que as batidas do meu coração podem ser ouvidas a quilômetros de distância. Posso dizer que o coração se parece muito com uma criança mimada. Quando a gente diz não, ele diz sim, quando a gente diz que não pode, ele finge não ouvir. Pena que não temos como colocá-lo de castigo.
Pedro: Eu, fui eu quem disse isso! –Ele me interrompeu gritando de onde estava-
Ana: Não interessa, para de me interromper! –Eu disse e todos rimos- Bom, e é por isso que amamos alguém, por ser na maioria das vezes proibido. Pode não ser para a sociedade, para sua família ou para os seus amigos, mas sempre vai ser para você. Sempre que você se apaixona por alguém de verdade, seu cérebro julga ser proibido. Ele inventa milhares de desculpas e confusões para te impedir de amar alguém, principalmente se você tiver sofrido no passado, e a pessoa que você ama for casada. Eu perdi a conta de quantas vezes tentei acreditar que não te amava, que era besteira ou que mesmo se amasse seria proibido e impossível. E olha onde estou hoje, dizendo o sim mais importante da minha vida. Sim, eu aceito me casar com você, eu aceito te tornar o homem mais feliz do mundo assim como você me faz ser a mulher mais feliz do mundo.
Quando terminei, abrimos um sorriso juntos e logo em seguida ele me beijou. Definitivamente, o melhor beijo que nós já demos. Conseguimos misturar amor, paixão, carinho, desejo e tudo o que você imaginar. Sua língua explorava cada canto da minha boca, e ficamos assim, pelo que parece, por um bom tempo.
Pedro: Ô casal 20! –Pedro gritou nos fazendo parar o beijo-
Ana: Vem cá, isso é moda agora? Pelo amor de Deus. –Fiquei ao lado do Fernando e ele segurou minha cintura-
Pedro: Isso o que, criatura?
Ana: Ficarem interrompendo a gente. Toda hora é um. –Revirei os olhos e todos riram, menos eu e Fernando-
Yasmin: Indireta recebida com sucesso! Desculpa interromper vocês para acertar os detalhes disso tudo aqui! –Ela disse sinalizando com os indicadores para cima-
Ana: No seu caso, está mais que perdoada. Agora o Pedro foi desnecessário.
Pedro: Desculpa, mas é que eu tenho que sair hoje ainda e quero ver o anel que com certeza vai ser bafônico, mas vocês dois ficam ai fazendo o que podem fazer depois. –Todos riram-
Fernando: Tem razão, ainda não entreguei o anel.
Ele pegou uma caixinha azul marinho do bolso e abriu à minha frente. Dentro dele tinha um anel de ouro com uma pedra azul em formato de coração com a borda em pedrinhas brancas, que eu acredito serem diamantes.
Fernando: Esse anel apenas vai materializar a nossa união, pois o que sentimos um pelo outro não consegue se resumir apenas à um anel. Acho que nem o universo inteiro poderia fazer isso. –Ele colocou o anel no meu anelar direito e me abraçou- Ainda não acabou, mas a próxima parte é só entre nós dois- Ele sussurrou em meu ouvido enquanto éramos aplaudidos-
Ana: Adorei a ideia, tenho certeza que não vou me decepcionar.
Sussurrei de volta e mordi o lóbulo da sua orelha, fazendo ele encolher o pescoço. Descemos de onde estávamos e ficamos conversando ali até dar 21:00. Fomos para casa e colocamos as crianças para dormir, juntos. Quando saímos do quarto, Fernando me puxou pela mão e me levou até a porta do quarto dele. Chegando ele tapou meus olhos com a mão.
Ana: Essa é a segunda parte da surpresa?
Fernando: Sim, mas antes tem que me prometer que não vai fazer muito barulho.
Ana: Não garanto nada.
Fernando: Tudo bem, eu também não garanto
Entramos e quando ele tirou a mão dos meus olhos, eu vi que o quarto estava à luz de velas e em cima da cama havia um coração de pétalas de rosas, e dentro dele tinha nossas iniciais.
Ele uniu nossos corpos e me beijou. Fomos esbarrando nos móveis que haviam ali até chegarmos na cama. Ali nos unimos em um só, e comprovamos o que já tínhamos certeza: Fomos feitos um para o outro. Nossos corpos, nossas almas e principalmente nossos corações se uniram naquela noite e naquele ato. Posso estar exagerando mas cada carinho trocado, cada beijo, cada toque, cada respiração ofegante significou muito mais do que uma simples noite de transa. Ali, eu tive a certeza de que eu não me arrependeria daquele sim.
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Acordei com Fernando acariciando meus cabelos. Ele tinha um olhar terno, e um sorriso de admiração nos lábios.
Fernando: Bom dia. –Ele disse e beijou o topo da minha cabeça-
Ana: Bom dia. –Sorri ao fechar os olhos e lembrar da noite anterior-
Fernando: Eu não queria, mas daqui a pouco temos que nos levantar.
Ana: Que horas são? –Eu disse me levantando e encarando seu rosto-
Fernando: 6:00. –Ele se ajeitou e sentou, me fazendo então reparar em um chupão que havia em seu pescoço-
Ana: Amor, olha o que eu fiz.
Fernando: Vai dizer que aquele chupão deixou marca?
Ana: Sim, desculpa.
Fernando: Não tem problema.
Ana: Como assim não tem problema? Qualquer um que olhar vai ver, nem a sua camisa vai tapar.
Fernando: Não tem problema. Quero outra coisa.
Ana: Posso saber o que é?
Fernando: Isso. –Ele disse e me beijou, deitando por cima de mim. Ficamos ali trocando beijos e carícias até ouvir o despertador tocar.
Ana: Que horas são agora?
Fernando: 6:20.
Ana: Temos que ir né?
Fernando: Infelizmente sim. Por mim ficava aqui com você 24 horas por dia.
Ana: Mas eu tenho as crianças e você uma empresa pra cuidar. Vem, vamos.
Eu me levantei e coloquei o vestido, enquanto ele me olhava.
Fernando: Traz suas coisas pra cá.
Ana: Espera, o que disse?
Fernando: Traz suas coisas pra cá. Vamos nos casar, então qual o problema?
Ana: Não, nenhum. É que você me pegou de surpresa. –Ele se levantou e veio até mim.
Fernando: Me promete que quando eu chegar, suas coisas estarão ali naquele closet?
Ana: Tá, tudo bem. Estarão sim. –Sorri e ele me beijou.
Ana: Vou para o meu quarto trocar de roupa, e você deveria fazer isso também. Já tomamos banho mesmo.
Fernando: Eu vou. Te vejo lá embaixo.
Demos um selinho e eu fui para o meu quarto. Coloquei meu uniforme e desci para o café. As crianças já estavam na cozinha, apenas Fernando não havia descido. Mas não demorou muito ele entrou pela porta da cozinha totalmente impecável, e me cumprimentou com um beijo no rosto. Tomamos o café e as crianças foram para a escola, logo depois Fernando foi para o trabalho. Nos despedimos de uma maneira diferente, eu estava sentindo uma sensação estranha, e nos beijamos como se fosse a última vez. Eu pedi ajuda ao Bruno para levar as minhas coisas para o quarto do Fernando.
Ana: Bruno, faz um favor pra mim? –Eu disse me sentando na cama, meio tonta-
Bruno: Cla...Claro Ana. O...o que é?
Ana: Liga para o Fernando e vê se está tudo bem, por favor.
Bruno: Por...por que Ana?
Ana: Estou com um pressentimento ruim.
Bruno saiu do quarto e voltou minutos depois.
Bruno: Tá tu...tudo bem A...Ana.
Ana: Tem certeza?
Ele assentiu com a cabeça e levou alguns cabides para o closet. Fui para a cozinha e peguei um copo d'água, quando o telefone tocou e Manu atendeu.
Manu: Aninha, acho melhor você atender
Ana: O que foi Manuela?
Manu: Atende. –Ela me deu o telefone, e eu atendi.
Eu não sei o que caiu primeiro, o telefone ou o copo. Manuela me olhou assustada enquanto as lágrimas caiam e eu começava a chorar sem controle algum. Parecia uma criança que acabou de perder o cachorrinho.
Manu: Ana, o que aconteceu? Me diz, pelo amor de Deus.
Ana: O...Fer...nan..do... –Eu disse entre soluços-
Manu: O que aconteceu com ele? Ele está bem?
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Tá, sei que alguns esperavam cenas hots dessa 1ª vez deles, mas eu achei mais fofinho assim, sem contar o terrível e tenebroso super ultra mega blaster bloqueio criativo que estava sofrendo essa semana, então, nada de cenas hots. Perdão, mas prometo que na próxima (Caso queiram, é óbvio) eu faço. Ah, e nem venham me martirizar por causa do Fernando, pois como diz meu professor, eu só transcrevo a história. As ações são escolha do personagem e os acontecimentos também, embora seja eu quem crie. Bom, por hoje é só.
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