A Casa Do Medo

De rayane_1982

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A família Coleman começou uma nova vida na histórica cidade de Valência, na Espanha. Mas a casa para a qual s... Mais

Capítulo um: O começo
Capítulo dois: Odeio esse lugar
Capítulo três: Quem é essa menina?
Capítulo quatro: Novo amigo
Capítulo cinco: Conhecendo as pessoas
Capítulo seis: Coincidência
Capítulo sete: Segredos?
Capítulo oito: Uma mensagem assustadora
Capítulo nove: A verdadeira história da casa
Capítulo dez: Uma ajuda
Capítulo onze: Jason?
Capítulo doze: Certeza do que viu?
Capítulo treze: Ela pode morrer?
Capítulo quatorze: Pai?
Capítulo quinze: E agora?
Capítulo dezesseis: Onde está a mamãe?
Capítulo dezessete: Medo
Capítulo dezoito: Jason falou conosco
Capítulo dezenove: A corda
Capítulo vinte: Salvem a Regan, por favor
Capítulo vinte e um: Vamos jogar
Capítulo vinte e dois: Mãe
Capítulo vinte e três: Jason não é o mesmo
Capítulo vinte e quatro: Uma boneca
Capítulo vinte e cinco: Agulhas
Capítulo vinte e seis: Galpão
Capítulo vinte e sete: A possessão de Regan Coleman
Capítulo vinte e oito: Agatha está bem
Capítulo vinte e nove: Uma descoberta
Capítulo trinta: Juntando os fatos
Capítulo trinta e dois: Uma surpresa horrível
Capítulo trinta e três: Uma nova ligação
Capítulo trinta e quatro: Era ela o tempo todo
Capítulo trinta e cinco: Madison virou fantasma?
Capítulo trinta e seis: Ela morreu
Capítulo trinta e sete: Tudo isso acaba agora
Capítulo trinta e oito: Orfanato
Capítulo trinta e nove: Adeus
Capítulo quarenta: Uma vida nova
Capítulo Especial

Capítulo trinta e um: Ela sabe demais

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De rayane_1982

{Scarlet}

Eu acordei e percebi algo em minha mão. Gritei desesperada. O clima tenso tomava conta do quarto enquanto Tyler e eu tentávamos lidar com a situação desesperadora. Minha mão continuava a pulsar e a cor roxa, junto com as partes pretas, pareciam se espalhar lentamente.

— Eu avisei, Scarlet. Esse anel não é algo com que se brinca. — disse Tyler, sua voz carregada de preocupação.

— Eu sei, eu sei. Mas agora precisamos encontrar uma solução! — respondi, tentando conter o pânico que começava a surgir dentro de mim.

Tyler respirou fundo e assumiu uma expressão determinada.

— Vamos lá, vou puxar com cuidado. Se doer muito, me avise. — disse ele, aproximando-se da minha mão com cautela.

Prendi a respiração enquanto ele segurava o anel e começava a puxar lentamente. Uma mistura de dor e alívio percorreu meu corpo quando senti o anel ceder um pouco. Mas logo em seguida, a resistência aumentou e Tyler parou, olhando para mim com preocupação.

— Não está saindo. Vamos ter que pensar em outra coisa. — disse ele, sua voz soando impotente.

Eu balancei a cabeça, tentando manter a calma apesar do crescente desespero.

— Temos que descobrir uma maneira de quebrar essa maldição. Não podemos simplesmente desistir. — murmurei, minha mente girando com possíveis soluções.

Tyler assentiu, sua expressão séria enquanto ponderávamos sobre o que fazer em seguida. A situação era grave, mas estávamos determinados a encontrar uma saída.

— Pessoal, o que tá rolando? Ouvi uns berros vindo do quarto. — perguntou Logan.

— Esse é o novo problema. —  eu mostro minha mão.

— Caramba, Scarlet, o que é isso? — questionou Madison.

— Culpa do maldito anel. — expliquei.

— Já tentou puxar? — sugeriu Logan.

— Sim, está preso de verdade. — respondeu Tyler.

— Ele quer arrancar meu dedo! — reclamei.

— Ah, relaxa, ele não vai fazer isso. —  riu Logan.

— Pessoal, o que está acontecendo? — perguntou Agatha ao entrar na conversa.

— Também ouvi gritos vindo do quarto. — acrescentou Madison.

— É isso. — mostrei minha mão novamente. — O que eu faço?

— Ela pegou o anel de uma pessoa que morreu e era muito apegada ao objeto. — explicou Madison. —  Você vai tem que arrumar um jeito de tirar isso, ou a coisa vai ficar feia.

— Gente, eu não queria falar nada não, mas não é só a mão da Scarlet que tá roxa não — disse Tyler.

— Tá se espalhando pelo corpo dela, a gente tem que arrumar um jeito de tirar isso dela — disse Madison.

— Mas não vai sair! — disse Tyler.

— Vai, tem que esperar o anel sair por vontade própria. — disse Agatha.

— Gente, me ajuda! — peço.

— Ela futuramente pode ser possuída — disse Logan.

— Meu Deus. — disse Tyler.

— Eu vou ficar bem, vamos seguir nosso dia. — digo.

Fui para o banheiro, tomei um banho. Fiquei me olhando no espelho por alguns segundos. Saio, me arrumo e desço em direção à sala.


{Tyler}

Sentados na sala, Scarlet aparece.

— Essa é a hora em que você joga na minha cara que estava certo. —disse Scarlet.

— Não vou fazer isso, apesar de ser verdade. — digo.

— Idiota. — resmungo.

— Não se preocupe, isso vai sair da sua mão logo logo. — disse Tyler.

— Espero que sim. — digo.

Ficamos sentados por alguns minutos esperando Logan e as meninas descerem para irmos à escola.

— Vamos, gente? — perguntou Logan.

— Vamos. — digo.

Nos levantamos e saímos em direção à escola. Ao chegar, percebemos um tumulto. Chegamos mais perto e vimos dois corpos, de dois alunos, jogados na porta de entrada.

— Quem são esses alunos? — perguntei.

— Eram do ensino médio, não muito notáveis aqui. — respondeu Madison.

— Quem será que fez isso? — perguntou Agatha.

— Algum maníaco, e com certeza estuda aqui. — disse Logan.

— Nicole, tenho certeza. — afirmou Madison.

— Para de acusar a menina assim, cacete! — interveio Tyler.

— Concordo com eles, Madison. — acrescentou Regan.

— Aff, vão ver só, no final sempre estou certa. — disse Madison irritada, saindo.

— É, pois é, vida que segue. — comentou Logan.

— Bom dia! — cumprimentou Nicole.

— Ai, menina, que susto! — exclamei.

— Desculpa. — disse Nicole.

— O que foi? — perguntou Agatha.

— Queria saber se vocês conheciam esses alunos. — explicou Nicole.

— Não, não conhecemos. — respondi.

— Ah, sim. Belo anel, Scarlet, minha mãe tinha um igualzinho ao seu. — disse Nicole, saindo.

— Não temos dúvidas, ela é a filha da Marge — concluiu Logan.

— Estou começando a ficar com medo disso. — comentei.

— Todos nós estamos. Bom, vou atrás da Madison, até mais — disse Regan.

— Eu vou para a sala. — disse Logan.

— Também vou. — disse Tyler.

— Então eu vou também. Vem, Scarlet? — perguntou Agatha.

— Não, vou ficar aqui mais um pouco. — decidi.

— Tem certeza? — insistiu Agatha.

— Tenho. — afirmei.

— Okay. — concordou Agatha.


{Madison}

Estava sentada no refeitório quando meu celular tocou.

Chamada em andamento

— Alô?

— Olá, Madison!

— Quem é ?

— Alguém que você conhece.

— O que você quer?

 Venha até a área da piscina me encontrar ou eu mato seus irmãos.

Chamada finalizada

Sai correndo em direção à área da piscina. Cheguei lá e não havia ninguém. De repente, avistei alguém todo de preto com uma máscara assustadora.

— Quem é você e o que você quer? — perguntei.

— Ninguém importante. — disse.

— Por que eu? — perguntei.

— Porque você sabe demais. — respondeu.

— O quê? — respondi confusa.

A pessoa tirou a máscara e finalmente vi seu rosto.

— Meu Deus! — disse, espantada.

— Não era quem você esperava que fosse, não é? — disse rindo.

— Como? Por quê? — perguntei confusa.

— Pare de fazer perguntas. Eu te vejo no inferno. 

Com um movimento rápido e silencioso, o assassino ataca, desferindo o golpe fatal com uma faca. Um grito ecoa pelos corredores, mas logo se dissipa, engolido pela escuridão. O mistério permanece, assim como a identidade do assassino e seus motivos ocultos.


{Scarlet}

Enquanto percorria os corredores da escola em busca de Nicole, esbarrei sem querer em Grace.

— Ah, desculpa! — pedi rapidamente.

— Não tem problema. — respondeu Grace com um sorriso amigável.

— Você viu a Nicole por aí? — perguntei, esperançosa.

Ela negou com a cabeça.

— Não, mas geralmente ela está no jardim. Deve encontrá-la por lá. — sugeriu.

— Entendi. Obrigada, Grace! — agradeci, antes de me dirigir ao jardim.

Ao chegar lá, avistei Nicole sentada em um banco, imersa em seus próprios pensamentos.

— Oi!— saudei ao me aproximar dela.

— Oi! — respondeu Nicole, erguendo o olhar para me encarar.

— Lembra do comentário sobre meu anel hoje? — iniciei, sentando-me ao seu lado.

— Sim, lembro. — confirmou ela.

— Bem, eu queria saber mais sobre sua mãe. — perguntei, hesitante.

Nicole pareceu refletir por um momento antes de responder:

— Tenho medo de te contar e você sair espalhando.

— Eu juro que não vou contar a ninguém. — assegurei. — Você pode confiar em mim.

Após uma breve pausa, ela concordou:

— Você parece ser confiável. Então, eu conto. Minha mãe foi a primeira diretora desta escola. Ela foi morta e nunca foi enterrada. Até hoje, ninguém sabe onde está o corpo dela.

— Que triste. — comentei, sentindo um nó na garganta.

— Grace é minha irmã. — acrescentou Nicole, mudando de assunto.

— Nossa, que confusão! — murmurei, processando a informação.

— É. Vamos para a sala? — sugeriu Nicole, indicando que a conversa tinha chegado ao fim.

— Sim, vamos — concordei, levantando-me e seguindo-a de volta para a sala de aula.

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