Uma Nova Cor [DEGUSTAÇÃO]

By Ami_ideas

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VENCEDOR DO MELHOR FINAL NO PROJETO 12 MESES. Continuação da história Para Além da Beleza trazendo a históri... More

Na Amazon finais de Abril
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
19. Uma Nova Cor (Final)
Epílogo
Em Maio Na Amazon
Já Na Amazon

Capítulo 4

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By Ami_ideas

Estava sentada na mesa da sala em frente aos livros e concentrada em estudar para os exames, desta vez precisava terminar o ano em primeiro e quem sabe tentar uma bolsa em algum hospital escola privado.

Tinha saído mais cedo antes de encontrar Darcelle, queria a todo custo evitar aquele olhar esperto e sábio de descobrir o que tinha feito com Christian Dash, mas durante a noite não teve como se esconder, pois a prima entrou em casa toda com um ar cansado mas sempre a parecer estar de bem com a vida. Existia uma clara diferença entre as duas. Sequer levantou o rosto para a cumprimentar, ficou concentrada numa montanha de livros grossos e de cadernos.

― Boa noite ― Darci deixou a bolsa e o casaco no cabideiro e foi até a cozinha para preparar um chocolate quente. Precisava aquecer o seu corpo do frio lá de fora. ― Eu liguei para você todo dia.

E tinha ligado! Não só ela, como o número privado que insistia em tocar a cada dez minutos. Começava a ter curiosidade, mas sabia que não iria gostar. Lorenzo também lhe ligara, menos Dash, seria de bom-tom telefonar a uma mulher após terem tido relações? Riu da própria ideia, era no mínimo estúpida.

― Não sei se esqueceu, mas eu sou uma aluna de medicina — respondeu evasiva, como sempre, Jamie não gostava de dar muitos detalhes pessoais.

― Que mau humor! O que tens? Ainda zangada comigo pelo que falei do Lorenzo? — Perguntou a prima, sempre com aquele sorriso bobo no rosto, como se a vida fosse um mar de rosas. Não imaginava sequer que ela tinha aberto as pernas para um estranho e melhor amigo de seu patrão.

Jamie parou de escrever e levantou os olhos escuros para a prima. Muita gente de tanto as ver juntas, pensavam que fossem irmãs, apesar das diferenças gritantes entre as duas. Respirou fundo.

― Estou a estudar, tenho exame esta semana.

― Queres ir a festa de noivado do Beauchamp? Talvez fosse bom para espairecer um pouco. Parece que estás a precisar! ― Convidou e serviu o chocolate para a chávena, caminhando até se sentar junto da prima. ― Os exames vão até sexta-feira, não?

― Não tenho vontade. — Mentia. Tinha medo de se cruzar com Chris, pois apesar de parecer forte, escondia muitas fraquezas.

Darcelle estranhou as respostas escapatórias, como conhecia a peça, decidiu usar de outras formas para a obrigar a contar o que tinha acontecido.

― Eu realmente não queria estar lá sozinha, e a senhora Charlton já disse que posso levar companhia. Por favor! Recebi um bónus, podemos comprar uma roupa nova.

― Darci minha querida, eu não sei se ainda não entendeu que estou a tentar estudar. ― Levantou os livros na altura da cara, uma forma óbvia de fazer a teimosa perceber. Mas foi em vão.

― Viste o carro que está parado aí na porta? Um Porsche! Será que é da...

― É meu! ― Jamie não hesitou em responder. A voz pareceu ainda mais amargurada ao dizer tal coisa. Como explicar tal facto? Um carro que nem era o valor dos seus rendimentos anuais.

Sentiu a mão da prima baixar o seu livro para lhe encarar.

― Como? ― Admirou. ― Foi o Lorenzo?

Não. Eu e o Lorenzo terminamos, está bem? — E eu traí ele. — Agora chega de perguntas! ― Levantou da mesa e reuniu alguns livros no braço, rumando para o quarto ainda de mau humor. O constrangimento era maior e não conseguia encarar a sua prima para contar a verdade.

Ouviu a campainha tocar algum tempo depois e a prima saiu de casa, deixando um ar menos pesado no lar. Deitou na sua cama de casal, apreciando seu quarto tão bonito e bem decorado, tudo para agradar o bobo do Lorenzo. Como podia ter-se enganado tanto? Havia uma mágoa em seu coração que iria demorar a passar, pois os sentimentos não morrem da noite para o dia.

O número estranho tocou mais uma vez no seu Nokia antigo. Ainda tinham botões, mas duvidava poder saber usar aqueles Touch Screen que todo mundo parecia utilizar. Decidiu atender.

— Alô?

Jamie, minha querida. Até que enfim, preciso da sua ajuda.

— Mãe?

Aquela voz débil e arrastada, o pedido de ajuda, a forma como pronunciava seu nome. Parecia um filme de terror sem fim, e a mão chegou a tremer.

— Esqueça! Não tenho nada para lhe dar — ripostou com frieza, e sentiu a mão tremer com uma preocupação automática e crescente. Se não era o pai a ligar, era a mãe.

Por favor meu amor, não preciso de muito, apenas algum dinheiro para comer.

— Eu sei muito bem o que a senhora quer comer, eu não tenho nada! — Desligou zangada e engoliu em seco para reprimir as lágrimas. Tinha raiva do pai, com a sua família perfeita, e da mãe com os seus vícios infinitos. Por que razão tinha tido tanto infortúnio?

Algum tempo depois, Jamie foi para a sala preparar algo para comer, pois pretendia virar a noite a estudar, fez duas sanduíches com picles, queijo, tomates e maionese e aguardou Darci regressar. Esta entrou toda afobada, tinha as pupilas dilatadas e não continha o sorriso nos lábios.

— Viste um passarinho verde? — Levantou a sobrancelha escura e bem cortada, em toda sua vaidade, Jamie era de uma beleza avassaladora.

— Fui promovida, vou trabalhar na Beauchamp e diretamente com Christian Dash. Adoro aquele psicólogo, é tão desbocado! — Estava visivelmente empolgada e tinha as mãos a tremer, mas ouvir aquele nome fez o coração da mais velha dar um pulo. Contudo disfarçou, e ficou a ouvir sobre a conversa que a prima tivera com o Monstro Du Camp, encontrando naquele relato algo mais especial do que um salário substancial.

Ainda quis questionar aquela súbita promoção e sobre ela não ter passado a noite em casa, contudo sabia que Darci era muito correta, e que se ganhara tudo aquilo era porque merecia.

— Tudo bem, eu vou a essa festa contigo. — Jamie cedeu por fim.

***

Uma bela mulher de cabelos escuros e grandes olhos verdes à contrastar com a sua pele dourada encarava Christian, nua, deitada na cama do quarto luxuoso do hotel. Mordia os lábios vermelhos de forma sensual com a mão de unhas longas e bem pintadas a passear pelo próprio peito pequeno e redondo.

— Não estás no clima hoje? — Perguntou se arrastando até o corpo másculo e perfeito, passando as unhas nas costas definidas e a beijar o pescoço lentamente.

— Não sei o que se passa — murmurou quase sem graça, com a garrafa de cerveja na mão e a olhar o membro nada animado no meio de suas pernas. — Algo está errado!

Estava errado, tinha nome e endereço! Era a terceira noite em que se encontrava com uma mulher diferente e nada do amigo de baixo querer funcionar. As bochechas arderam, se soltando dos carinhos de Paola e se levantando até as janelas do quarto.

— Quer uma massagem? Ou podemos ir por outro buraco... Você sempre...

— Eu sei o que se passa! — Chris se irritou do nada e virou o corpo na direção da mulher. — É essa sua cabeça oca, posso soprar no seu ouvido que sai ar do outro lado.

— Christian! — Ofendeu-se. Os olhos estavam abertos e incrédulos por ouvir tamanhos desaforos. — Eu não vim aqui para isso.

— Então veio para quê, porque como já viste o meu pau não está entretido! — Vociferou a descontar na amiga, mas a culpa não era dela, e sim dele próprio. — Já sei!

Andou até ao bolso das calças e procurou o volume de notas, contando alguns milhares com rapidez e as jogou contra a cama. Aguardou.

— Você é que sabe. — Paola deu de ombros e recolheu cada nota espalhada pela cama e pelo chão. Não se irritou e muito menos se sentiu insultada com o gesto dele.

— Vou embora. — Deixou a garrafa em cima do criado mudo e tratou de se vestir às pressas, sem esconder o desapontamento.

Desceu o elevador do hotel, pagou as contas e só quando entrou no Ferrari é que se sentiu ridículo. O que esperar de suas amigas se era ele quem ditara aquelas regras do jogo? Abanou a cabeça e rumou para o seu apartamento, ainda a murmurar blasfémias e quando chegou no corredor de sua casa, encontrou Constance.

— Vim buscar você para jantar, maninho — disse com um sorriso meia boca. Era muito alta, com um rosto angular a parecer uma modelo raquítica.

— Bem, preciso de sua companhia. Vamos entrar um pouco? Preciso de um banho e de um vinho fresco.

— Ótimo! — Concordou.

***

Jamie acabava de participar de uma pequena cirurgia de remoção de uma apendicite, coisa rápida e que qualquer estudante aspirante a cirurgião saberia fazer, quando Lorenzo apareceu no Hospital Central. Parecia cansado pelas altas horas da noite, e um pouco bêbado também. Ia dar meia volta sem querer olhar na cara dele, porém o jornalista correu para lhe segurar pelo braço. Parecia nervoso.

— Por favor, só quero conversar. — Pediu ainda a segurar o braço da ex namorada. Para ela, nunca aquela mão que tanto gostava lhe pareceu tão fria, tão sem graça e irritante.

— Está certo. Vou apenas me trocar — Acabou por concordar, era melhor deixarem as coisas bem esclarecidas para depois não se acusarem de nada, e saiu para a área privada.

Alguns minutos depois foram para um café logo em frente ao hospital, havia muitos colegas da Johnson, por isso tiveram que procurar encontrar um canto mais discreto.

— Podes não querer me ver nunca mais, eu aceito. Tenho sido injusto com você, Jamie. Mas meu sentimento é verdadeiro. Eu juro. — Procurou as mãos da namorada para as segurar, mas não as encontrou em lado nenhum. Algo estava estranho pois ela nunca reagia assim.

— Quem gosta não sente vergonha. — Repetiu àquelas palavras que tinha escutado de uma outra boca bem mais interessante. — E nem digas que não tens, eu sei que sim. Não conheço teus amigos, tua família pensa que és solteiro, bem, agora és. Isso de namoro a dois pode ser correto até certo ponto, mas passam dois anos Chris.

Chris?

O rosto dela se contorceu num espanto, e o coração falhou uma batida no processo. Bebeu um gole da cerveja e olhou para os lados só para fugir do contacto visual.

— Lorenzo, eu não vou voltar se for para ser nas mesmas condições. Não vou mesmo!

— Espere, você me chamou Chris? Na verdade ainda não me disseste o que fazias na Beauchamp naquela tarde.

— O Christian me deu boleia na noite em que me deixaste na chuva no meio do restaurante. E aquilo para mim foi o cúmulo. — Jamie tentou contornar a situação. — Só fui lá para agradecer.

— Ah, se está falando do Christian Dash, tudo bem, eu acredito. Era impossível ter-me traído com ele.

— Mas eu traí. — Afirmou após ouvir as palavras dele que a atingiram como uma mina no deserto e sentiu todo o seu ego se abalar. A revelação chocou Lorenzo por alguns instantes antes deste se recompor e rir da piada.

— Com o Dash? Não.

— Por quê?

— Sem querer ofender, mas você já viu o tipo de mulheres que andam com o Christian? Você não o conhece direito, só está inventado. Modelos perfeitas, atrizes e Socialites. — O jornalista riu com gosto e bebeu a sua cerveja. — Boa tentativa para me fazer ciúmes.

Johnson sentiu sua garganta a arder e segurou os nervos que cresciam por dentro. Lo a subestimava.

— Se eu sou tão sem graça assim, o que estás aqui a fazer? — Arqueou o sobrolho.

— És linda, inteligente... E com um pouco menos de gordura aqui e ali, serias perfeita. Eu quero ficar ao seu lado, Jamie. Sempre tive um sentimento muito grande, mas não sou capaz de assumir algo, pelo menos não agora. — Os caracóis caiam para a testa de Lorenzo, os olhos beiravam a sinceridade. — Estava tudo bem como era antes.

— Eu... sou perfeita. E se isso é o que tens para me oferecer, dispenso.

Johnson se levantou do café e saiu sem olhar para trás, decidida a nunca mais querer ouvir falar de Lorenzo Wright. Acabava de apagar um capítulo bem podre da sua vida, pois a falta de capacidade de seguir em frente e deixar uma relação sem futuro, estava ligada a baixa auto estima.

Quando chegou a casa viu o carro parado ali em baixo, todo no seu maior esplendor e nunca tinha tocado nele. Procurou as chaves dentro da bolsa e sorriu ao se aconchegar no veículo importado. Era como se um novo poder começasse a crescer dentro de si. Não ia temer nada dali em diante, algumas coisas eram bem merecidas.

O primeiro lugar para onde dirigiu foi até ao apartamento de Christian Dash. Tocou a campainha ainda envergonhada, sem saber o que estava a fazer.

— Oi? — Uma bela mulher que era uns sete centímetros mais alta e com longos cabelos escuros e sedosos abriu a porta. Usava um vestido curto de marca que lhe demarcava o corpo magro e esbelto. — Queres falar com o Chris?

— Não, eu... Eu acho que me enganei. — Pareceu ter levado um tiro no peito e muito rapidamente as palavras do jornalista lhe vieram à cabeça.

— Chris! Está aqui uma pessoa deve ser do condomínio. — A jovem virou para o chamar lá dentro, sua voz era estridente. — Não demora senão atrasamos para o jantar. Vai atender!

Jamie correu para o elevador. A vergonha cobria todo o corpo e pisou no botão do elevador com tanta força como se assim fosse subir mais rápido.

— Jamie? — Christian a chamou assim que saiu do apartamento.

Quando os olhos se encontraram, o peito da jovem parou a meio do processo de respiração. O viu caminhar na sua direção com um ar inquisidor e um pouco admirado, com o cabelo acabado de lavar e a barba pela primeira vez cortada.

— Eu vim devolver o carro — justificou a fingir um ar aparentemente normal, olhou para todos os lados possíveis, menos para os olhos verdes.

— É mentira! — Chris riu, se aproximando ainda mais dela. — Veio aqui para me ver.

— Por favor, não se dê tanta importância!

— Aí sim? Então por que saíste a correr ao invés de terminar o que vinhas fazer?

— Er... eu... Bem... — As palavras sumiram da boca de Jamie e a vergonha passou nos seus olhos. — Eu não queria que a tua namorada pensasse algo.

— Constance? — Apontou para a porta do apartamento e meneou a cabeça em discordância. — Eu não te falei que não namoro?

— Isso não é de minha conta, até porque já estava de saída.

— E o carro?

Johnson respirou fundo e abriu a bolsa com as mãos a tremer, mas sentiu as mãos masculinas segurarem os seus braços e encontrou o riso divertido no rosto do administrador da Beauchamp.

— Calma. — A arrastou até dentro do apartamento. O coração dela batia com tanta força que quase pareceu poder explodir. Lá dentro Constance bebia uma taça de vinho e mexia no celular. Sorriu para eles quando ouviu a porta fechar.

— Já vi que vais desmarcar o jantar. — A jovem deu de ombros e andou até próximo dos dois. — Olá, eu sou Constance Dash. Irmã do Chris.

Ela ficou ainda mais embaraçada por ter julgado tudo da sua maneira e começou a lembrar de a ter visto a mexer o celular, como sempre, no outro dia no restaurante. Se sentiu ridícula.

— Er... Prazer, Jamie Johnson. — Estendeu a mão para a apertar e não sabia se ria ou se fazia um buraco bem fundo para se esconder dentro dele.

— Bem, vou sair e deixar vocês dois. Não existe nada que mova o Chris quando está com uma mulher... muito menos eu! — Piscou o olho para a amiga do irmão e saiu do apartamento a vestir um casaco de couro.

— Única coisa em comum que temos: os dois gostamos de mulher. — Explicou que a irmã era lésbica enquanto andava até ao bar e servia o que restava da garrafa aberta do vinho. Ofereceu uma a taça. — Agora que me deixaste sem companhia, vais ter que me levar a jantar fora.

— Jantar? Só se for numa das esquinas lá do bairro. — É um convite? Quer mesmo sair comigo?

— Ótimo. — Chocou a taça de vinho levemente contra a dela. — Já estou curioso para lá ir.

— Não sejas tolo. — Revirou os olhos de forma encabulada, ainda mais por o sentir tão próximo de si.

— Então convido eu, pode ser? — A medida que Dash dava um passo para frente, Jamie dava dois para trás, até encostar o corpo contra uma parede. — Gostei que tenhas feito uma visita.

— Já disse que vim devolver o carro!

— É melhor ficar com ele, assim vens sempre para devolver.

Dash apertou Johnson contra a parede, e não demorou a juntar os lábios cheios de ansiedade. Com a mão livre apertou a cintura feminina e deixou escapar um gemido atrevido quando as línguas se enroscaram. Ela perdia a noção do certo e do errado quando estava com Chris, e sequer sentiu quando a taça de vinho foi retirada da sua mão e seu corpo erguido para longe do chão.

Quando abriu os olhos estava sentada sem roupa em cima do balcão da cozinha, o corpo estremecia a cada toque e as pequenas mordidas e chupões que lhe eram dados por todos os lados. As bocas se uniram novamente, enquanto um dos dedos atrevidos descobria o canal molhado, arrancando um longo grito dos lábios de Jamie. Ela não tinha ido ali para aquilo, não, não podia se entregar assim. Agarrou os ombros dele, apertando-os com toda força para demonstrar a quão excitada estava.

Christian adorava o cheiro daquele corpo volumoso e como se contorcia cada vez que enfiava o dedo bem fundo e voltava a retirar. Seu membro estava duro como um cajado, a qualquer momento parecia furar as calças, e lhe causou uma certa inquietação. Meu pau só quer a ela.

— Você me enfeitiçou — provocou como sempre, ficou a olhar para os olhos escuros e brilhantes e para os lábios volumosos e delineados. Era uma beldade única. — Gostas assim?

Jamie não respondeu, se limitando a gemer nas mãos dele, o que o obrigou a parar.

— Mas você é uma aproveitadora, só vem aqui me usar e nem fala comigo. — Retirou o dedo de dentro dela, cheio de malícia e viu o rosto contorcido de Jamie em exasperação. Riu.

— O que queres saber? — Perguntou aflita, achando-o inoportuno por massacrá-la vivamente, apenas para poder enerva-la.

— Perguntei se gostavas. — Levou o dedo molhado pela excitação dela e o colocou na boca, chupando devagar.

— Adoro. Gosto muito. Eu juro. Agora vem aqui — implorou, pois sentia o doce latejar no seu baixo-ventre.

Chris baixou as calças até aos joelhos e retirou o membro duro, passando a acaricia-lo levemente, como quem não vê um bom amigo há algum tempo. Em seguida segurou a cintura e a puxou mais para frente, até a borda do balcão e encostou-se na entrada.

Beijaram-se carinhosamente, os corpos vibravam pela ansiedade tal como um imã atraído por metal. Sem hesitar mais Christian se inseriu dentro dela, sentido o membro roçar toda cavidade interna enquanto alargava o canal feito a sua medida. Os dois se contemplaram por alguns instantes enquanto se encaixavam, antes de iniciar a dança dos corpos.

Jamie gemeu em alto e bom-tom, enquanto era penetrada com vigor e seus seios balançavam com os movimentos frenéticos. Todas suas células pareciam corresponder às dele, tamanha era a química e perfeição que os unia. Entrava e saía com estocadas regulares e que tocavam no ponto certo, causando-lhe mais uma vez sensações esquisitas. Escutou-o dizer algum palavreado ofensivo, enquanto a apertava com toda a força, conseguia senti-lo por completo.

— Ai Chris! — O nome escapou de seus lábios a medida em que o calor crescia e seu corpo se misturava pelo suor e pelos líquidos sexuais. Gritou e mordeu o ombro dele com força ao sentir o orgasmo atingir-lhe como um choque elétrico e o viu de cara amarrada enquanto estremecia e vibrava contra o seu corpo, expelindo o líquido para dentro de si.

— Chamando meu nome assim, não tive como aguentar — murmurou ainda trémulo e a sentir o pénis palpitar de forma autónoma, dentro dela. Respirou fundo.

Retirou-se e foi buscar toalhetes para se limparem, enquanto pensava em como manter aqueles encontros sem ter nenhum compromisso. Era certo que gostava de Jamie e do seu corpo quente e maravilhoso, mas não a poderia enganar.

— Vais a festa do noivado de Beauchamp? — Ela arranjou conversa e se admirou ao vê-lo limpar suas partes íntimas sem nenhuma hesitação. Era como se fosse um ato natural.

— Eu sou o padrinho não é? — Retorquiu cheio de ironia e riu quando ela rolou os olhos e tirou a língua fora. — Posso ser sincero?

— Não é como se eu fosse dizer que não! — Redarguiu igualmente cheia de graça.

— Já te livraste daquele sem vergonha do teu namorado jornalista idiota de meia tigela? — Perguntou e deitou os panos molhados no lixo e ainda nu foi buscar as taças esquecidas e serviu mais vinho para as refrescar.

— Felizmente. — Ainda tinha uma ponta de mágoa lá no fundo, mas não era apenas pelo fim do namoro e também por ter-se submetido àquela situação.

— Eu não vou ser seu namorado. — Foi curto e grosso e lhe estendeu a taça.

— Quem disse que eu quero namorar contigo? — Bebeu um gole para engolir a deceção por ouvir aquilo. Esboçou um sorriso fraco.

— Você pode procurar outra pessoa que lhe queira dar algo mais estável, mas quando isso acontecer apenas me avise para eu me afastar. — Acariciou o rosto dela sem pressa. — Até lá, podemos ser bons amigos eu creio. E lembre-se que estou aqui para o que precisar.

O orgulho fez com que Johnson fingisse não ter-se incomodado com o que ouvira, muito pelo contrário, inventou um sorriso despreocupado e vasculhou o chão com os olhos a procura de suas roupas.

— Fique nua por enquanto, gosto de apreciar-te assim com o rabo em cima do meu balcão, onde costumo comer. — Christian riu e piscou o olho para Jamie.

Não resistiu e retribuiu com um sorriso, pelo menos ali, podia se sentir a vontade.

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