Clexa Em Um Novo Mundo

By 4Clexa

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Clarke é a filha do capitão que vai chefiar uma expedição a um novo mundo e ela irá junto nessa viagem. De... More

Piloto
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Não é capítulo
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Final
Nova fic

Capítulo 20

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By 4Clexa

Lexa

Abri meus olhos lentamente esfregando-os com as costas da minha mão. Eu tivera um sonho muito bom onde Clarke e eu havíamos finalmente nos entregado uma a outra. Relembrei cada momento e me mexi na cama tentando lembrar dos toques da loira. De repente senti um corpo quente embaixo de mim. Levantei meu olhar e avistei Clarke me envolvendo em seus braços. Não foi um sonho, realmente havia acontecido e eu tinha adormecido em seu abraço. Fiquei paralisada sem acreditar, mas ao mesmo tempo uma explosão de felicidade dominava meu peito.
Depois de alguns minutos Clarke acordou e me apertou, sussurrando um bom dia preguiçoso. Eu ainda estava abobada pelo o que havia acontecido e não respondi por estar perdida em meus pensamentos. Então Clarke, ainda sem me soltar, moveu a cabeça para o lado para me olhar.

Você está acordada?

Abri um imenso sorriso, me aconcheguei em seu peito e respondi.

Sim, estou. Só estava perdida em pensamentos.

E o que está te fazendo ficar tão distraída logo tão cedo?

Olhei para ela novamente.

Você.

Ela me olhou com espanto, não entendendo do que eu estava falando.

Eu achei que tudo tinha sido um sonho até ver que você estava aqui.

Ela riu sem graça e me aninhou mais em seu corpo. De repente, começou fazer carinho em minha cabeça. Fechei meus olhos.

Queria ficar aqui com você o dia todo, sem ter que pensar em nada. Mas assim que eu sair dessa tenda todas as minhas responsabilidades me alcançam e apesar de eu amar meu povo, de gostar de cuidar deles, essa é a primeira vez que estou vivendo minha vida para mim e não inteiramente para os Trikrus.

Clarke pegou meu queixo me obrigando a olhá-la.

Está tudo bem, vá fazer o que você faz de melhor e quando voltar estarei te esperando.

Dei um selinho nela e me levantei. Tomei um banho, vesti minhas roupas de Heda e enquanto arrumava meu cabelo, olhei ela dormindo todo esparramada na cama. De repente falou:

Para de me observar Lexa.

Soltei uma risada.

Só estou vendo você se apossando da minha cama.

Pela primeira vez desde que levantei, ela abriu os olhos e se virou para mim com um olhar divertido.

Espero que Titus não venha aqui me arrancar dela e me jogar lá fora.

Rimos da piada dela e me sentei na beirada da cama.

Pode ficar aqui o quanto quiser. Mas se também quiser ir comer, sair para andar, se precisar de mim ou de qualquer coisa é só pedir o guarda que está aqui fora, ou simplesmente ir.

Ela afirmou com a cabeça. Me despedi dando um beijo em sua testa e antes de sair vi ela se afundar em meu travesseiro. Sorri em resposta e fui em direção a tenda de guerra, onde Titus já estava, tomando conta de alguns assuntos.

Bom dia Titus.

Ele me olhou desconfiado.

Parece que temos alguém de bom humor hoje.

Desviei o olhar e respondi dando de ombros.

Apenas feliz com a vitória de nossos guerreiros.

Ele ficou sério.

Bom, quanto a isso, sua felicidade não vai durar muito. Atacaram nossos guerreiros de caça hoje mais cedo. Dos dez, apenas um sobreviveu e para poder mandar uma mensagem.

Arregalei os olhos incrédula. Não esperava uma retaliação tão cedo.

Qual mensagem?

Titus engoliu em seco e falou.

Que eles agora se uniram e são mais fortes.

Ele fez uma pausa e continuou.

E que a gente não perde por esperar e não faz ideia do que está por vir.

A raiva tomou conta de mim, precisava acabar com esse povo de uma forma que eles não se levantassem de novo.

Não matamos nenhum deles hoje?

Infelizmente nenhum Heda. Foi uma emboscada e haviam muitos deles para cada um dos nossos. O último guerreiro, eles apenas deram um tiro na perna e mandaram que enviasse o aviso.

Bati com a mão cerrada em punho na mesa.

Droga, eles eram os nossos melhores na caça. Onde está Indra? Quero ela aqui agora, vamos revidar hoje mesmo. Use o nosso trunfo.

Ela está com a famílias dos guerreiros. Vou chamá-la.

Titus se retirou e enquanto isso eu canalizava toda a minha raiva para que pudesse bolar um ataque. Nosso trunfo era que nós sabíamos todos os passos deles que eram burros o suficiente a ponto de sempre fazerem o mesmo caminho e terem a mesma rotina. Foi quando uma dúvida tomou conta de mim. Desviei minha atenção para Indra que agora estava dentro da tenda.

Como foi que eles conseguiram nos emboscar se temos arqueiros vigiando eles a todo momento Indra?

Ela abaixou a cabeça. Provavelmente o erro havia sido dela.

O grupo de arqueiros ainda não tinha voltado à vigia hoje cedo, não esperávamos que o inimigo fosse retaliar tão rápido, então dei-lhes mais um tempo de folga. Infelizmente não tínhamos ninguém acompanhando os passos dos invasores e coincidiu deles cruzarem com os nossos. Me perdoe Heda.

Levantei a cabeça e fitando o teto, passei as mãos pelo rosto.

Droga Indra, estamos em guerra, você não podia ter-lhes dado folga.

Respirei e continuei.

Tudo bem, sinto muito pelos que perdemos mas precisamos continuar. Indra prepare os arqueiros e mande que ataquem o grupo dos estrangeiros. De acordo com as informações que sempre me repassam, um grupo deles sempre sai um pouco depois que o sol alcança o topo do céu, na metade do dia. Mande que mate todos como resposta.

Indra me deu um sorrisinho que transbordava sentimento de vingança. Ela saiu mais do que depressa. Assim como ela, Titus falou vitorioso:

Finalmente você acordou.

***

Depois que saímos da tenda, Indra foi planejar com os arqueiros o ataque e ordenei que me chamassem assim que estivessem prontos para saírem. Titus ainda ficou na tenda cuidando de algum assuntos. Já eu, decidi dar uma volta e esfriar minha cabeça. Quando eu estava chegando na aldeia fui ver onde estava Clarke, que por sinal ainda estava na mesma tenda onde eu a havia visto pela manhã. Ela estava sentada na cadeira, com um livro nas mãos.

Então você gosta de ler.

Ela levantou o olhar, abriu um sorriso e me notou no lugar pela primeira vez.

Hey...Então, vi alguns livros naquela estante ali e resolvi dar uma olhada, espero que não se importe.

Ela fez uma carinha de culpada e eu ri.

tudo bem. Se você quiser eu posso te arranjar mais depois.

Eu iria adorar. As histórias de seu povo são fascinantes. Tem essa daqui, que é a minha favorita, do pai que levou o garoto de 10 anos pra floresta e o deixou por três noites, para testar as habilidades dele...

Ela continuava a falar e eu estava hipnotizada com a empolgação dela. Acho que até estava com uma cara de apaixonada. Assim que ela acabou de falar da história, de dar as opiniões e fazer observações, eu pude falar.

Você almoçou? Porque eu tenho a leve impressão que não.

Ri ao apontar os vários livros abertos na mesa e continuei.

Vamos almoçar e depois quero te levar a um lugar. Pode ser?

Ela se levantou da cadeira, ajeitou a roupa e os cabelos, se colocou a minha frente e selou nossos lábios.

Eu adoraria almoçar com você.

Sorrimos ainda de olhos fechados e com as testas unidas, antes de sairmos.

***

Chegamos na espaçosa tenda onde todos almoçavam. Tinham grandes mesas de madeira que percorriam toda a extensão do lugar onde todos se sentavam juntos, e uma outra mesa menor onde as comidas ficavam. Clarke me seguiu e nos servimos. Fui em direção a uma mesa onde alguns guerreiros comiam e vi atrás de mim ela exitar e olhar todos que estavam ali.

Clarke? Está tudo bem?

Ela pareceu voltar a si, limpou a garganta e me respondeu depois de uns segundos com os olhos tristes.

Está sim.

Puxei ela para um canto mais reservado, peguei sua mão livre e falei:

Pode me falar o que está acontecendo, não vou te julgar.

Ela desviou o olhar e disse:

Eu não me sinto confortável no meio de todos, não sinto que tenho o direito de estar com eles devido a tudo que meu povo fez a vocês.

Não se preocupe, eu vou dar um jeito nisso.

Assim que eu virei as costas ela segurou minha mão.

Não precisa se incomodar, eu posso voltar e comer na tenda. Você pode ficar e comer junto de seu povo.

Fiz uma cara de "até parece" pra ela e peguei sua mão. Direcionei ela para a floresta, ignorando as perguntas de para onde eu a estava levando. Chegamos em uma clareira, rodeada de flores e que ao longe era possível ver o rio.

Aqui podemos comer sem ninguém atrapalhar. Eu adoro vir aqui porque é incrivelmente quieto e onde eu encontro paz. 

Ela observou a vista por um tempo e depois sem olhar em meus olhos se sentou em um tronco de madeira que estava ali. Eu puxei um outro que estava por perto e também me sentei. Comemos por um minuto sem falar nada até que quebrei o silêncio.

Você não saiu da tenda hoje não é mesmo? Não está querendo encarar as pessoas da aldeia.

Ela desviou o olhar.

Não, eu me perdi nos livros. 

Clarke, você pode conversar comigo, pode adimitir isso, eu não vou me sentir ofendida. Eu entendo que você está vivendo em um lugar diferente de tudo que viu, que as pessoas são as que seu povo está em guerra, que você tem medo de sair e que eles te insultem.

Ela levantou a cabeça e pude ver seus olhos com lágrimas.

Sim, Lexa, você está certa. Eu estou com medo, perdida e está sendo difícil toda essa mudança repentina.

Foi como se eu tivesse levado um soco na barriga. Ela não estava feliz vivendo em minha aldeia, não estava feliz em viver comigo. Abaixei meu olhar porque falar isso em voz alta me doeu. 

Me desculpe Clarke se eu te tirei de seu povo e te trouxe para . Posso imaginar o quão difícil e novo tudo isso é para você. 

Ela se aproximou, pegou nossas vasilhas que antes estavam cheias de comida e colocou-as de lado. Com meu rosto em suas mãos e com um olhar espantado, ela me forçou a olhá-la. 

Lexa, você está maluca em me pedir desculpas. Você não me tirou de meu povo, você me salvou deles. Eu que te peço desculpas e um tempo para eu me acostumar com essa nova vida.

Sorri para ela.

Eu espero o tanto que for preciso.

Me levantei, fui até uma árvore próxima, me deitei com a cabeça encostada em seu tronco e a chamei. Clarke me olhando confusa, se aproximou.

Deite aqui, ainda temos um tempo para descansar.

Fiz o convite com um sorriso lerdo no rosto, ela se deitou em meu peito e então a envolvi em meus braços. Dei um beijo no alto de sua cabeça e sussurrei, antes dela afundar seu rosto em meu pescoço.

Vou estar aqui para você a todo momento, te apoiando e te ajudando no que precisar. A espera vai valer a pena se no final eu tiver você em meus braços.

Heeey pessoal, como vocês estão? Bom queria agradecer e pedir que comentem e me dêem estrelinhas pra me incentivar a continuar escrevendo.

Por fim queria dedicar esse capítulo a uma pessoa especial que está passando por uma fase difícil. Espero que melhore e fique bem Rafah, vc merece td a felicidade do mundo. ❤

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