Antagonismo {l.s}

By stickpush

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Harry era preto no branco, era um pilar inabalável no meio do caos; era tintas, tatuagens e uma marca à ferro... More

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By stickpush

[N/A: Se interessar pra alguém, eu comecei a postar outra mpreg larry hoje, com ziam de sidecouple. A proposta daquela fanfic é bem diferente. O nome é Improvável.

Obrigada pelo carinho, pelos comentários... Eu surto junto com vocês, sério. Boa leitura :*]


- Então você decidiu contar para ele? - Niall me perguntou, sentado ao meu lado numa praça que havia perto do colégio. As aulas haviam terminado há pouco tempo, mas nós dois desviamos do caminho de casa para pegarmos um sorvete. Meus enjoos finalmente estavam desaparecendo e isso era um alívio... Exceto pelo fato de que isso queria dizer que eventualmente eu iria começar a engordar.

Desde o início da gestação eu já havia perdido quase dez quilos. Oito e meio, para ser mais exato. Eu estava mais magro do que me lembrava de já ter estado, sem nenhuma gordurinha acumulada na barriga, ou em lugar nenhum; fazendo algumas calças minhas ficarem largas e minha aparência meio adoentada, principalmente se eu não corrigia um pouco da magreza do meu rosto com as maquiagens da minha irmã. Seria bom ganhar alguns quilos, o problema era que eventualmente eu não conseguiria esconder o que estava acontecendo.

Isso me apavorava.

Porque eu nem sabia o que iria realmente fazer ainda.

- Vou. Eu prometi na semana passada e acho que... Sei lá, Niall, ele é o pai, entende? Ele é o pai e está disposto a me deixar conhecer a mãe dele. Sei que Harry é provavelmente a última pessoa da face da Terra com a qual a maior parte das pessoas iria querer ter um filho, mas se tem alguma chance de ele realmente aceitar essa criança... Não é justo que eu tome a decisão de abortar. - Isso sem contar que se eu tivesse a chance preferia não ter que carregar aquela decisão comigo. Não queria matar meu filho. Não queria que ele deixasse de existir.

Desde o dia em que eu havia confirmado o que estava acontecendo comigo eu já havia passado por milhares de fases de negação, desespero e medo, mas também estava passando pelo processo de apego. Eu pensava naquela vida com muito carinho, quer dizer, ele era meu, certo? Era uma vida que dependia completamente de mim e que não deixava de ser uma parte da única pessoa que eu já havia amado na vida. Claro, dezesseis anos era bem pouco tempo para que eu acreditasse que tinha muita experiência de vida, mas eu amava Harry e aqueles dezesseis anos eram tudo que eu possuía como referência.

Para mim era importante.

- Acho que é a primeira vez que te vejo ser sensato desde que nós descobrimos da gravidez. - O Horan soltou o celular que estava verificando com uma das mãos, enquanto segurava a casquinha do sorvete com a outra. - Independentemente de eu gostar ou não desse cara, ele é o pai. O mínimo que vocês deveriam fazer é decidir o futuro desse bebê juntos. Ele é o adulto, não é?

- Eu não acho que ele tenha mais ou menos culpa do que eu. - Trouxe uma das pernas para perto do peito, passando a língua pelo sorvete de creme, meio encolhido. - Eu sei que ele tinha mais experiência sexual do que eu e que deveria ter medido os riscos, mas eu também não sou retardado; tive aulas de prevenção e contracepção e não usava nenhuma. Eu fui burro pra caralho... E ando sendo inconsequente há bastante tempo, você mesmo disse isso.

- Fazer uma tatuagem sem seus pais saberem, beijar o tatuador e depois perder a virgindade com ele? Imagina! Nada de inconsequente nisso. Mas admito que a gravidez talvez tenha sido um pouquinho de inconsequência. - Niall pontuou, com o cinismo estampado na voz e um sorriso nos lábios. Ele não havia me julgado em momento nenhum, mas definitivamente tentou me avisar o tempo todo que eu estava tomando uma série de decisões erradas. Niall era um excelente amigo, mas eu tive muita dificuldade em lhe dar ouvidos.

- Cínico. - Empurrei seu ombro, mas estava me sentindo relativamente bem. No caos que minha vida havia se tornado, eu achava que havia encontrado um abrigo temporário. Se Harry realmente fosse lhe aceitar, como estava torcendo para que acontecesse, sentia que conseguiria segurar a barra. Eu daria um jeito.

- Lou... E seus pais? Eu vi você ficando super preocupado com o que Harry ia falar, mas acho que o seu maior problema são eles. Ou você pretende sair de casa completamente e viver com ele? - Passei as mãos pelo meu rosto assim que meu amigo tocou naquele assunto.

- Eu estava tão desesperado com a possível reação do Harry, porque tenho quase certeza de que meus pais..." Nem completei a frase, sabendo que Niall entenderia o que eu estava querendo dizer. Eu sabia bem da minha situação: o filho mais velho, que sempre foi relativamente comportado, que era homossexual, mas nunca havia nem falado de algum suposto namorado, aparecendo grávido de um tatuador, todo errado e cheio de vícios e que ainda por cima aceitou tatuar um menino de dezesseis anos sem nem mesmo pedir permissão aos pais.

Assim como não tinha pedido permissão à ninguém para transar com um menor de idade logo em seguida. Sua situação estava muito feia. Harry poderia ser mandado para um tribunal, se eu fizesse um movimento realmente errado. Tinha muito mais medo deles do que de Harry.

- Eles são seus pais, Lou. Tenho certeza que eles pelo menos vão tentar entender, depois que o choque passar. - Eu conseguia ver que Niall estava tentando ser meu pilar no meio daqueles tsunamis, entretanto havia um mal estar na boca de meu estômago que me fazia querer que ele se afastasse, sentindo um medo palpável de estar sugando ele para dentro daqueles problemas que nem mesmo lhe pertenciam. O Horan era a melhor pessoa que eu conhecia, não queria complica-lo.

- Bem, eu tenho que ir. Não lavei a louça do café da manhã. - Falei, me levantando do banco e colocando a mochila nas costas, com o outro sorvete nas mãos, lambendo-o ao perceber que ele estava derretendo. - Nos falamos mais tarde, Ni. - Toquei em seu ombro e vi um sorriso se formar nos lábios do irlandês, enquanto ele deixava que eu me afastasse pelas ruas que me levariam até o local que chamava de lar.

Era bem perto, sendo que eu ia e voltava a pé todos os dias com minha irmã, que naquele dia em especial não estaria ali. Aparentemente tinha saído com um cara.

Só que deu para perceber claramente que havia alguma coisa errada quando, bem no meio da tarde, horas e mais horas antes de meus pais estarem liberados dos devidos empregos... Ambos os carros estavam parados em frente à rua de casa. Veja bem: não apenas um, mas os dois.

Peguei o celular com pressa de dentro do bolso, mandando rapidamente uma mensagem para Niall.

"Meus pais estão em casa antes da hora, os dois. Alguma coisa aconteceu, com certeza, então mande uma mensagem pra minha irmã pedindo para ela ficar fora de casa e, por favor... Deixa o celular ligado, Ni"

A parte do celular ligado era porque eu tinha medo de o problema ter a ver comigo. Fosse o que fosse, iria precisar de algum suporte. Qualquer um.

Minhas pernas tremiam e meu coração estava honestamente disparado dentro do peito enquanto eu caminhava para a porta de entrada. Quando toquei na maçaneta, tive uma vertigem leve, quase como se eu fosse desmaiar de tanto nervoso. Eu nem sabia qual era o bendito assunto que os havia feito saírem mais cedo do trabalho, mas por causa do monte de coisas que estava escondendo das pessoas, já sentia como se estivesse sendo julgado.

Eu já estava esperando ser o culpado.

E fui.

Percebi que era mesmo o motivo para que meus genitores estivessem ali no exato momento em que vi ambos sentados lado a lado no sofá, encarando-me fixamente com expressões muito sérias conforme eu entrava pela porta principal.

- Aconteceu alg -

- Sente-se. - Meu pai, aquele homem que estava sempre com uma expressão serena e uma voz tranquila, acabou me dando a ordem como se eu fosse um funcionário que havia acabado de ser o causador da falência de uma empresa. Eu sentia que poderia chorar a qualquer momento.

Minhas pernas pareciam manteiga conforme eu me sentava na poltrona que havia logo à frente deles, querendo honestamente me fundir contra o estofado.

- Eu fiz alguma coisa? - Estava me fazendo de desentendido, mas eles honestamente sabiam de alguma coisa que eu desconhecia. Era fato irrevogável, então aquele meu joguinho de me fazer de desentendido provavelmente só me deixaria mais encrencado no final.

Se bem que estar mais encrencado do que aquilo... Bem, talvez se eu estivesse sendo acusado de estupro.

- Eu não sei, mas quero que você me diga. - Quem respondeu foi minha mãe, que permanecia sentada de maneira ereta ao lado do meu pai. Não havia percebido que ela aparentemente estava escondendo alguma coisa em uma das mãos, até que ela me mostrou...

O teste de gravidez que eu havia guardado com as duas faixas róseas pesando no resultado.

Tentei engolir, mas minha garganta estava completamente seca, chegava a arder.

- O que eu quero saber, Louis, é se isso é seu ou da sua irmã. - Falou, com uma carga absurda de culpa no tom de voz. - Eu encontrei no lixo do banheiro hoje de manhã; aquele banheiro que fica entre o quarto de vocês dois, então minha maior exigência é que você corte a possível desculpa que está formulando nesse exato momento e seja direto, porque dá pra ver na sua cara que você sabe do que se trata. - O banheiro que eu e Charlotte dividíamos ficava bem entre os dois quartos, já que não possuíamos suítes. Os quartos ficavam de um lado do corredor do andar de cima e o banheiro do outro lado. Só nós dois usávamos, porque ele não era o banheiro social (que ficava no andar de baixo), e nem dos meus pais, que tinham a própria suíte. Eu havia jogado o teste no lixo porque pretendia fazer o exame de sangue naquela semana antes que fosse conversar com Harry.

Nem imaginei que minha mãe fosse encontrá-lo.

E agora eu estava perdido.

- N-Não é da Charlotte. - Foi a única coisa que eu consegui falar, depois de abrir a boca um milhão de vezes, incapaz de falar o que quer que fosse por causa da secura que sentia na garganta.

Consegui observar, com um frio me subindo pela coluna, que ambos fecharam os olhos e suspiraram quase como se tivessem ensaiado o movimento.

Eu me vi esperando pelos gritos; pelo momento em que eles surtariam completamente e começariam a falar todas as milhares de coisas que - eu sabia - tinha feito errado, aos sete ventos, contudo o que realmente aconteceu foi que...

Eles levantaram, juntos, viraram as costas e foram embora, no mais completo silêncio.

O que foi absurdamente pior do que eles terem gritado todas as coisas de alguma forma estavam fervilhando dentro deles.

Meu pai pegou as chaves do carro e a carteira e foi direto para a porta e minha mãe fez o mesmo logo após ter pegado o teste de gravidez, colocado junto com o restante das sacolinhas de lixo que ela iria levar para fora, colocar a bolsa em um dos ombros e sair, fechando calmamente a porta às costas, sem trancá-la.

Consegui ouvir claramente os dois carros sendo ligados quase em uníssono, seguidos pelo som das rodas roçando no asfalto, levando-os para longe da casa, de volta para os devidos empregos, que haviam abandonado apenas para que conseguissem aquela resposta.

Para mim, aquela foi simplesmente a pior reação que eles poderiam ter tido, porque no meu mar de desespero, tudo que veio para cima de mim... Foi uma onda de pânico e incertezas. Seres humanos eram incapazes de ler pensamentos alheios e a capacidade de um adolescente de fazer situações complicadas se tornarem monstros letais era tão grande, que tudo que eu consegui fazer após ouvir o clique da porta de entrada sendo fechada às costas de minha mãe foi ter uma crise de tremores.

Eu tremia da cabeça aos pés, com minha respiração alterando-se tão rapidamente que achei que fosse desmaiar, mas o desmaio ficou para mais tarde conforme as lágrimas começaram a cortar meu rosto como navalhas. Minha crise só ia crescendo, transformando minhas fungadas em gemidos, até que eu estivesse gritando no meio do meu choro, arranhando meus próprios braços pela incapacidade de perceber que minhas unhas estavam fincadas na epiderme de meus membros.

Meu celular começou a tocar, mas eu apenas o joguei rapidamente contra o sofá, afastando-o de mim como se ele fosse uma bomba, enquanto me encolhia contra a parede e escorregava por ela, até estar abraçando minhas próprias pernas, em posição quase fetal.

Porque para mim, aquilo havia sido um sinal de abandono. Eu era um adolescente, grávido, completamente apavorado com tudo, cujos pais haviam descoberto sobre minha situação e ao invés de ao menos se manterem perto de mim, nem que fosse para pontuar o quanto aquilo havia sido estúpido, eles preferiram ignorar eu, meus medos, meu filho e foram embora cuidar de seus próprios empregos.

Se eles não estavam me perguntando nada e realmente acabassem querendo saber, por exemplo, quem diabos era o pai do meu filho, iriam descobrir por seus próprios meios, o que poderia causar um furacão na vida de Harry... Ainda assim, tudo isso parecia bom perto da possibilidade de que aquele silêncio havia sido a única resposta que eu teria, como se fosse um jogo, que eu tinha de entender as regras sem que ninguém me explicasse.

Se eles estavam virando as costas e feito de conta que nada aconteceu, talvez fosse um sinal de que eu também teria que fazer desaparecer? Aquilo havia um sinal de que eu deveria abortar logo?

Provavelmente sim.

Ouvi batidas na porta, pensando que provavelmente eram de Niall. Ele deveria ter aparecido ali depois de receber minha mensagem e esperado meus pais saírem para poder se aproximar, mas eu não queria atender. Estava tão cansado de ele ser obrigado a me ver daquelas formas ridículas, nas quais ele só me via sorrindo nos intervalos entre minhas crises de choro. Deveria ser tão cansativo para ele.

Me encolhi mais contra mim mesmo, sem saber como parar aquelas malditas lágrimas, me sentindo ridiculamente perdido dentro da minha própria cabeça. Ela explodia de dor, latejando de forma insistente.

As batidas continuaram por vários segundos, antes que Niall desistisse, fazendo um pequeno suspiro escapar de meus lábios, em alívio, apenas para que logo em seguida a porta se abrisse. Minha mãe não havia trancado, mas eu não imaginei que meu amigo fosse tentar entrar, mesmo sem que eu lhe atendesse.

O problema foi que quem entrou não foi Niall e sim Harry, com seus olhos de caos, seus cabelos compridos e ondulados e as tatuagens aparecendo na pele de neve derretida.

- Aprende a atender a porta, moleque. - Reclamou, ajoelhando-se ao meu lado, com uma expressão meio transtornada.

Eu não conseguia controlar meus soluços para formular uma frase decente, mas queria muito lhe perguntar o que diabos ele estava fazendo ali, mesmo que aquilo tivesse durado apenas um segundo, porque em seguida eu estava tentando esconder meu rosto entre as mãos, apenas para que ele não conseguisse me ver daquela forma.

Harry segurou meus braços e em seguida meu corpo, impedindo que eu continuasse a puxar meus cabelos ou me ferir de alguma forma. Eu nunca me senti tão absolutamente fodido. Sabia que estava tendo uma crise horrível e histérica, mas eu não estava bem, eu nem sabia o que estava fazendo comigo mesmo.

O tatuador acabou conseguindo me puxar o suficiente para que eu estivesse encaixado entre suas pernas. Seus braços me apertaram firmemente contra o peito e suas pernas prenderam as minhas, encolhidas contra meu abdome. Tentei me debater e me afastar, mas durou pouco.

O aperto foi me deixando menos agoniado, menos histérico, clareando minha mente aos poucos, controlando minhas lágrimas e minhas atitudes. Quando desisti completamente de escapar, acabei apoiando minha cabeça em seu ombro, respirando fundo como se tivesse acabado de correr uma maldita maratona, com todos os meus músculos doloridos e tensos por causa daqueles tremores horríveis.

- O que você está fazendo aqui? - A pergunta arranhou minha garganta, entre uma lufada de ar e outra.

- Você pediu para que eu viesse te buscar no almoço, hoje de manhã, garoto. Quando cheguei aqui seus pais estavam saindo da sua casa e eu percebi que tinha dado merda. Daí comecei a socar sua porta e você não me atendeu. Se aquela porra daquela maçaneta estivesse trancada eu ia quebrar uma janela pra entrar, porque tinha certeza de que você estava tentando se matar. - A voz dele estava meio puta e eu fiquei me perguntando se ele sabia ou não o que realmente havia acontecido ali. O motivo de eu estar chorando. - Eu pago de motorista e você não lembra nem que pediu, Sr. Consideração.

Era verdade... Eu tinha pedido. Iria só lavar a louça e arrumar as coisas e ia para a casa dele. Tinha decido preparar o terreno para contar para Harry, mas agora...

- O que aconteceu? Seus pais descobriram sobre a tatuagem? - Um alívio quase gélido passou por meu corpo quando o Styles sugeriu aquilo. Graças aos céus ele não sabia. Ele não sabia e nem iria saber. Ele não poderia saber, não enquanto meus pais estivessem esperando que eu abortasse essa criança. Eu não podia simplesmente ignorar as vontades deles; eu não podia do dia para a noite me tornar um total peso na vida deles, uma vergonha.

Eu não podia deixar.

- Descobriram. Foi horrível. - Mentira. Exceto a parte de que havia sido horrível. - Ficaram me perguntando quem tinha deixado uma criança fazer uma tatuagem, gritaram comigo, disseram que eu fui uma vergonha e... Acho que eu estou de castigo pro resto da minha vida.

- Eu te falei um milhão de vezes pra contar antes de eles descobrirem. Não vou te defender, você foi burro e está errado. - Isso, não me defenda... Deus, eu precisava tanto que alguém apontasse o dedo pra mim e dissesse que eu estava errado que se Harry tivesse me defendido eu provavelmente iria explodir. Se ninguém me culpasse eu receberia mais silêncio... E de silêncio eu estava farto.

- Eu sei...

- É, você sabe. - Repetiu, afrouxando o aperto aos poucos. - Vai lavar o rosto. Seus pais não trancaram a porta, então você pode ir comigo até o Starbucks. Eu fumo um cigarro, você come alguma coisa e depois te trago de volta. Pra minha casa não vai rolar depois dessa sua burrada.

Concordei com o rosto, me sentindo meio apático e fraco, conforme me esforçava para conseguir levantar do chão, sendo apoiado por Harry, que me empurrou para cima pela base da coluna. Andei a passos parkinsonianos até o sofá, recuperando o celular que havia jogado ali, antes de me dirigir ao banheiro, fechando a porta. Nem me dei ao trabalho de me olhar no espelho, antes de abrir a caixa de mensagens, vendo que Niall a havia lotado de questionamentos preocupados. Ignorei.

Meus dedos deslizaram pelo teclado rapidamente, apertando o enviar antes de começar a lavar meu rosto, que estava quente de tantas lágrimas.

Com o canto dos olhos conseguia enxergar o que Niall Horan estava recebendo naquele momento.

"Vou abortar."

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