Harry convidou a todos para comemorar o dia com um jantar, o que incluía até Liam e Niall. E ainda fez questão de ir buscar Dan e o resto de meus irmãos em casa, para que tudo ficasse perfeito, como ele mesmo disse.
Era incrível ver a animação de todos na mesa, era realmente a sensação de família, de laços muito mais fortes dos que os sanguíneos. Estávamos todos unidos pela sensação de pertencimento.
Gemma fazia caretas e sons de animais para Ernest e Doris que estavam sentados próximos a ela e Lottie. As crianças riam abertamente para a alfa e minha irmã abria um sorriso cada vez maior, mas o que me chamava a atenção eram seus olhos. Lottie olhava a namorada com admiração e afeto, seus olhos brilhavam intensos e o sentimento dela pela alfa se fazia presente de forma avassaladora.
Liam e Niall contaram todas as novidades da gravidez para minha mãe, já que essa estava os ajudando a tomar todos os devidos cuidados. O episódio com Zayn parecia nunca ter ocorrido, nem mesmo pelo fato de Niall tê-lo visto essa tarde.
Ver Liam afagando a barriga de Niall com tanto carinho me dava uma boa sensação, um velho instinto maternal que existia em mim após ter segurado seis irmãos mais novos. Além do fato de que eu realmente gostava de imaginar meu futuro junto de Harry. E os filhos tinham começado a fazer parte disso.
Passamos os dois próximos dias acompanhando a apresentação dos trabalhos e a entrega das notas semestrais, além de estarmos muito próximos por conta dos primeiros sinais de meu heat.
Eu sempre tinha odiado o fato de ficar mais sensível, mais dependente e manhoso. Mas com Harry esses períodos se transformavam em coisas boas, nos unia mais, nos tornava mais íntimo e ele sempre dava um jeito de fazer todas as minhas vontades.
No primeiro dia de nossas férias, Harry finalmente cumpriu sua promessa de me levar para passear de lancha. Foi extremamente divertido, principalmente pelo fato de que ele era desajeitado para fazer qualquer coisa, o que incluía dirigir um barco. E ao final do dia tomamos chá com Anne.
– Hazz... – eu disse nervoso, quando já estávamos dentro do carro e ele me levava para a casa. – Eu não quero ir para a casa. – sentia minhas mãos tremerem, os primeiros sinais do heat que eu já sabia que chegaria hoje. – Vo-você pode ficar comigo?
– Nada me faria mais feliz, meu amor. – ele levou minha mão a seus lábios e deixou um beijo casto, seguido de um sorriso de covinhas, mudando o rumo em direção a seu apartamento. – Como você está se sentindo? – ele perguntou após um tempo de silêncio no carro.
– Nervoso. – disse rápido, temendo que minha voz falhasse e tentando controlar meus tremores.
– Não é como se fôssemos fazer algo diferente do que já fazemos. – ele disse divertido, me arrancando um sorriso.
– Levando em consideração que eu nunca fiquei com um alfa em um heat, acho que é sim uma coisa nova.
– Então não encare dessa forma. Pense que é só mais uma forma de nos amarmos, só que de uma forma mais intensa. – meu coração deu um salto involuntário e eu sorri.
– Todos os dias eu me arrependo de tê-lo deixado entrar em minha vida, sabia? – ele me olhou triste e eu me apressei em continuar o meu raciocínio. – Você é bom demais para mim, Harry, de uma forma que eu nunca saberei se posso retribuir. – dessa vez foi eu que deixei um beijo em sua mão. – Obrigado. – ele sorriu terno.
Nós estávamos no elevador quando eu senti uma fisgada em meu ventre, gemi involuntariamente e senti minha entrada contrair, liberando um pouco de lubrificação natural. Harry rosnou, abraçando meu corpo por trás, de modo que minha bunda encostasse em seu membro e ele tivesse total acesso a meu pescoço para beijá-lo.
Ele me manteve unido a ele, enquanto nos arrastava para dentro do apartamento, batendo a porta atrás de si. Me virei para ele, abrindo os botões de sua camisa desajeitadamente e descendo o zíper de sua calça, completamente desesperado para tê-lo dentro de mim.
– Espera. – eu afastei-me, deixando-o confuso. – Vá para o quarto.
– Você mudou de ideia?
– Não, claro que não. – respondi tão rápido que o fiz rir. – Deus, vá logo, se continuar aqui eu vou te atacar e esquecer o que tinha em mente. – ele riu baixo e se foi, me deixando sozinho e ofegante na sala.
Retirei minhas peças de roupa e encarei o espelho encontrando a imagem que era há tão pouco tempo abominável e que agora me dava uma boa sensação. Meu corpo todo estava coberto apenas por uma calcinha rendada preta e uma cinta liga fina e delicada na coxa esquerda.
Caminhei lentamente pelo corredor, espiando o cômodo antes de entrar e encontrando Harry sentado na beirada da cama, ainda com a calça e a camisa aberta, olhando para mim ansiosamente.
– Seu cheiro está divino, Louis. – ele disse com a voz rouca, me fazendo corar ainda mais do que eu já estava antes de finalmente adentrar o cômodo.
Eu nunca serei capaz de descrever a expressão no rosto de Harry. Ele parecia prestes a me atacar e talvez estivesse mesmo. Seus olhos estavam fixos em meu corpo, ele mordia o lábio inferior com força, como em uma tentativa de se controlar.
Caminhei até ele e o segurei pelos cabelos, fazendo-o me encarar antes que eu atacasse seus lábios. Suas mãos automaticamente foram a meu corpo, apertando-o com força em todas as parte que alcançava.
– Deus, Louis... – ele ofegou. – Você é tão gostoso.
Abri um sorriso malicioso, tirando finalmente a camisa de seu corpo e me abaixando para livrar-me de sua calça, empinando minha bunda propositalmente. Ele gemeu rouco com a visão e eu passei a língua por seu membro ereto marcado pelo tecido antes de subir.
Virei de costas e sentei em seu colo, rebolando algumas vezes em seu membro, fazendo-nos gemer juntos pela boa sensação. Minha entrada contraiu outras vezes, liberando mais de minha lubrificação natural, fazendo Harry agarrar minha cintura e aumentar o ritmo de meus movimentos em seu colo.
Seus dedos longos contornaram a liga em minha coxa, causando-me um arrepio delicado. Uma de suas mãos invadiu o tecido fino da calcinha que eu vestia e masturbou meu membro algumas vezes. Ele parou os movimentos e colou minhas costas em seu tronco.
– A causa de minha loucura será você, Louis. Quero que tenha isso em mente. – ele sussurrou próximo a meu ouvido.
– Você pode enlouquecer o quanto quiser nesses cinco dias, não precisa se preocupar em ser delicado comigo, porque tudo o que eu desejo agora é ter o seu pau dentro de mim. – eu respondi no mesmo tom, fazendo-o rosnar.
Ele me levantou com firmeza e me colocou deitado de bruços sobre a cama. A ponta de sua língua contornou o tecido em minha coxa antes dele deixar uma mordida em minha bunda e começar a tirar minha calcinha, deixando beijos molhados por todo o caminho.
– Apoie-se nas mãos e nos joelhos, baby. – eu obedeci prontamente, já necessitado demais para provocá-lo. – Empine a sua bunda para mim. – ele continuou e eu obedeci, abaixando meu tórax. – Você me dá as melhores visões, Lou. – senti um tapa firme em minha bunda e gemi alto pela nova sensação que se apoderou de meu corpo.
– Por favor, Hazz. – minha voz era manhosa.
– Por favor o quê? – ele passou sua glande em minha entrada e eu gemi suplicante, sentindo minha lubrificação escorrer por minhas coxas e ele passar a língua por todo o caminho, sentindo meu gosto em sua boca. – Por favor o quê, Louis? – ele repetiu a pergunta.
– Me foda, Harry. Por favor, me foda.
Ele me invadiu rápido e firme, me arrancando um gemido muito alto e satisfeito. Eu gozei só pela sensação de tê-lo em meu interior, me completando de uma forma que eu nunca havia sentido antes.
Seus movimentos eram firmes, já atingindo aquele ponto em meu interior que aumentava a sensação de prazer compartilhado por nós dois. A única coisa ouvida eram meus gemidos insaciáveis e os rosnados enlouquecidos do alfa.
Harry debruçou-se sobre meu corpo e começou a distribuir beijos e chupões em minhas costas, seus movimentos ficaram mais rápidos e ritmados. Meus braços cederam e meu rosto foi de encontro ao colchão.
Ele distribuiu mais um tapa em minha bunda e levou uma de suas mãos a meu membro, masturbando-o rápido e me levanto a um orgasmo intenso. Eu o apertei em meu interior e ele soltou um gemido gutural, se desfazendo em mim.
Minhas pernas trêmulas cederam e eu me deitei. Harry permaneceu sobre mim, esperando que seu nó se desfizesse. Ambos estávamos ofegantes, com tremores em todo o corpo. Minha mente era uma bagunça dominada pelos instintos, mas ainda havia uma grande parte dela que tinha controle sobre si e que gritava para cada célula do meu corpo o quanto eu amava o alfa que havia acabado de me satisfazer.
[...]
Foi definitivamente a semana mais exaustiva de toda a minha vida. E definitivamente o período em que eu pude verdadeiramente me sentir amado.
Harry se preocupava comigo mesmo quando não deveria e sempre pedia desculpas por eventuais machucados que ele me fizesse em nossos períodos de inconsciência e domínio de instintos.
Ele me carregava em seu colo da cama para a banheira, mesmo enquanto eu estava adormecido, banhando meu corpo. Fazia questão que eu me alimentasse de forma leve e saudável e me lançava sorrisos apaixonados sempre que eu acordava após mais um período de inconsciência.
Quando acordei, finalmente com total controle sobre meu corpo, ao final do sexto dia, encontrei Harry sentado próximo à janela, observando o movimento das ruas abaixo de nós e escrevendo em um caderno, vestindo apenas sua boxer. Ao meu lado havia uma bandeja com algumas frutas, suco e torrada.
Ele estava concentrado demais no que fazia, tanto que nem percebeu que eu havia acordado. Seus cabelos estavam amarrados em um coque e havia rugas de concentração em sua testa. Uma das muitas visões de Harry que me faziam perder o fôlego.
Cobri meu corpo com o lençol da cama e caminhei na ponta dos pés até ele, parando atrás da cadeira e abraçando seu pescoço.
– O que será que deixa meu namorado tão concentrado que ele nem ao menos presta atenção em mim? – eu sussurrei em seu ouvido, despertando-o, já que ele deixou um beijo em meu braço que estava apoiado em seu ombro.
– Na verdade, estava pensando em você. – trocamos um beijo calmo.
– Então significa que eu posso ler? – ele assentiu inseguro, mas me entregou o caderno.
Algo Maravilhoso
Um dia você vai entrar no meu mundo e dizer tudo
Você diz que vamos ficar juntos
Mesmo quando você estiver perdida
Um dia você vai dizer essas palavras
Que eu pensei, mas nunca disse
Você diz que somos melhores juntos na nossa cama
Quero você aqui comigo
Como eu imaginei
Para que eu não precise ficar imaginando
Vamos, venha até mim
Vamos, traga tudo
Para que eu não precise ficar imaginando
O roteiro foi escrito e eu não podia mudar nada
Quero rasgar tudo em pedaços e começar de novo
Um dia, vou entrar no seu mundo e fazer tudo corretamente
Vou dizer que somos melhores juntos aqui nessa noite
Quero você aqui comigo
Como eu imaginei
Para que eu não precise ficar imaginando
Vamos, venha até mim
Vamos, traga tudo
Para que eu não precise ficar imaginando
Quero você aqui comigo
Como eu imaginei
Para que eu não precise ficar imaginando
Vamos, venha até mim
Vamos, traga tudo
Para que eu não precise ficar imaginando
Quero você aqui comigo
Como eu imaginei
Para que eu não precise ficar imaginando
Você é tudo o que eu quero
Tanto que está doendo
Você é tudo o que eu quero
Tanto que está doendo
– Isso é um caderno de poemas? – eu disse folheando-o e encontrando mais textos como aquele, ele assentiu. – Harry, isso é maravilhoso! – disse completamente maravilhado. – Esse é para mim?
– Vários deles são para você.
Me sentei em seu colo e reli o poema que ele acabara de escrever, ainda admirado e lisonjeado demais por ver palavras tão bonitas para descrever a mim e aos sentimentos dele por mim.
– Entende o que eu quero dizer com você ser perfeito demais para mim? – voltei a me concentrar nele. – Você escreve para mim, escreve coisas lindas e eu nem ao menos sabia disso.
– Na verdade, você é a única pessoa que sabe que eu escrevo poemas.
– E por quê? O mundo inteiro merece ler isso!
– Falar sobre amor, sentimentos e essas coisas não é coisa de alfa, Louis.
– E você se importa? Harry, isso é tão lindo. Você deveria publicar livros e gritar para o mundo todo todos esses poemas.
– Eu não sei, acho que estava com medo de que você se importasse.
– Eu ficaria com ciúme, possivelmente. Eu não sei se você percebeu, mas eu sou extremamente ciumento. – nós dois rimos pela resposta óbvia. – Então ver todo mundo ler palavras tão bonitas vindas de você, talvez me deixe um pouco enciumado. Mas eu posso conviver com isso sempre que lembrar que eles foram escritos para mim. – disse tudo muito rápido, mas sorrindo para ele ao final, admirando-o. – Eu te amo tanto! Tanto que está doendo.
X
Como eu disse, o capítulo não ficou exatamente como eu queria. Eu acabo deixando tudo fofo demais, me desculpa.
Enfim, espero que tenham gostado.
XO