Paraísos Perdidos

By wantsilva

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Lara Miller é uma adolescente de dezesseis anos que vê sua vida virar de cabeça para baixo após ter que morar... More

Avisos da Wan <3
Capítulo 01.
Capítulo 03.
Capítulo 04.
Capítulo 05.
Capítulo 06.
Capítulo 07.
Capítulo 08.
Capítulo 09.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.
Capítulo 13.
Capítulo 14.
Capítulo 15.
Capítulo 16.
Capítulo 17.
Capítulo 18.
Capítulo 19.
Capítulo 20.
Capítulo 21.
Capítulo 22.
Capítulo 23.
Capítulo 24.
Capítulo 25.
Capítulo 26.
Capítulo 27.
Capítulo 28.
Capítulo 29.
Capítulo 30.
Capítulo 31.
Capítulo 32.
Capítulo 33.
Capítulo 34.
Capítulo 35.
Capítulo 36.
Capítulo 37.
Capítulo 38.
Capítulo 39.
Capítulo 40.
Capítulo 41.
Capítulo 42.
Como ajudar PP.
Capítulo 43.
Capítulo 44.
Capítulo 45.
Capítulo 46.
Capítulo 47.
Capítulo 48.
Capítulo 49.
Capítulo 50.
Capítulo 51.
Capítulo 52.
Capítulo 53.
Capítulo 54.
Capítulo 55.
Capítulo 56.
Capítulo 57.
Capítulo 58.
Capítulo 59.
Capítulo 60.
Capítulo 61.
Capítulo 62.
Capítulo 63.
Capítulo 64.
Capítulo 65.
Capítulo 66.
Capítulo 67.
Capítulo 68.
Capítulo 69.
Capítulo 70.
Capítulo 71.
Capítulo 72.
Capítulo 73.
Capítulo 74.
Capítulo 75.
Capítulo 76.
Capítulo 77.
Capítulo 78.
Capítulo 79.
Capítulo 80.
Capítulo 81.
Capítulo 82.
Capítulo 83.
Capítulo 84.
Capítulo 85.
Capítulo 86.
Capítulo 87.
Capítulo 88.
Capítulo 89.
Capítulo 90.
Epílogo.
Agradecimentos.
Bônus.

Capítulo 02.

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By wantsilva

Passei o resto da manhã organizando minhas bagagens que chegaram cinco minutos depois, não gostava que ninguém mexesse em minhas coisas e por isso não esperei que a doméstica arrumasse. Enquanto tirava minhas roupas e dobrava colocando-as em um lado do grande guarda-roupa fiquei imaginando a convivência de cinco meninos em um apartamento-casa e como devia ser, era até estranho ter uma presença feminina ali, que no caso, era eu. Imagina que sufoco essa doméstica deve passar com esses cinco homens? Ainda mais com o gostoso do Léo sempre na cozinha.

Quando termino de arrumar minhas roupas, sapatos e acessórios que deram no guarda-roupa é exatamente na hora em que Léo invade o quarto.

- Está com fome, acertei? – ele sorri, agora veste um avental tapando seu físico e aquela cueca cinza bastante volumosa. Meu estômago revira, não é possível não me encontrar com fome diante dessa delícia.

- Sim – respondo sorridente e me levanto da cama.

- A macarronada está pronta, sabe, agora vai ser bom ter alguém pra encher de comida aqui, se prepare pra ficar obesa.

Dou um sorrisinho de lado e ele retribui, o acompanho em silêncio até a cozinha onde sinto aquele cheiro delicioso de macarronada ao molho.

Vejo uma figura baixinha e de idade, os cabelos grisalhos estavam amarrados em um coque alto, ela estava agachada limpando algo no chão.

Léo propositalmente a encoxou devagar e isso fez com que ela levantasse com uma carranca.

- Menino! Um dia eu ainda infarto, moleque saliente! – ela bate nele com a pá de lixo e ele cai na gargalhada. – Procura colocar uma roupa!

- Dolores! – ele a chama de forma gentil. – Anda estressada, quer que eu te faça um strip-tease seguido de uma massagem?

- Me trata com respeito! – ela bate nele de novo e ele continua a rir.

Ela se retira dali e eu caio na gargalhada, então presumo que ela seja a doméstica.

- Ela é um amor! – ele diz mandando beijos no ar pra ela que revira os olhos. – Foi a única que não tentou me levar pra hidromassagem.

- Mas você deve ser uma tentação pra elas não é? – murmuro.

- O que disse, Lara? – ele chama meu nome de forma seduzente.

- Disse que essa macarronada parece estar maravilhosa, não é?

Ele assente com um sorriso travesso e me serve com sua macarronada que não só estava com um cheiro bom como também com uma aparência. Ele parecia ter mesmo jeito na cozinha.

Observo sua bunda em movimento enquanto ele coloca o suco, refrigerante, ketchup e maionese e guardanapo sobre a mesa.

Só tiro minha atenção quando meu primo entra na cozinha com algumas compras, ele vem com uma latinha de cerveja na mão e se senta do meu lado.

- E os namoradinhos? – indaga e reviro os olhos.

- Não tenho – digo dando uma garfada na macarronada.

- Duvido, você aí toda linda igual o primão aqui não tem um namoradinho?!

- Arthur, ninguém é vagabundo que nem você não... – Léo diz rindo.

- A macarronada está maravilhosa! – confesso após ver que Arthur retrucaria Léo.

-Ah, como é bom ouvir isso, geralmente eu cozinho todos os dias pra esses cuzões e não recebo nenhum "obrigada, Léo, seu lindo, você cozinha muito bem''- ele diz dando ênfase na frase e acabo rindo.

- Não faz mais que sua obrigação! – ouço uma nova voz ali e me viro analisando a figura que acabara de chegar.

Todo de branco segurando um jaleco eu analiso bem o homem um pouco mais baixo que Léo, ele era dono da voz firme e divertida e de uma beleza desumana, as madeixas loiras em um corte de laterais baixas e franja caída, os cabelos eram em um loiro claro e parecia que ele não era brasileiro até mesmo pelo sotaque em sua voz e do seu jeito, ele parecia ser alemão ou algo parecido, os olhos dele eram azuis, mas um azul escuro, diferente do de Léo. Seu corpo era normal e não dava pra ver exatamente se era definido ou não por conta das vestes.

- Cala a boca, Peter – Léo bufou jogando uma toalha de prato nele.

- Quando colocar uma roupa, nós iremos discutir, Leozinho – ele zomba e caminha até mim, finalmente me enxergando. Eu estava de queixo caído, óbvio. – Seja bem-vinda ao AP da loucura, sou Peter e você deve ser Lara, seu primo idiota e babaca me falou muito de você!

- Hã... é... Prazer, Peter e muito obrigada – digo sem jeito, de certa forma envergonhada.

- Posso afirmar que eu sou o que tem mais cérebro aqui – diz se achando e olhando pra Arthur e Léo.

- Acho que não, aprendiz de merda – Arthur joga a latinha de cerveja vazia nele. – Bruno é o que tem mais cabeça, você só é o veterinário.

- Arthur quem é você pra retrucar para mim? Procura ir pra faculdade realmente e não levar as meninas do curso de estética pro meu laboratório – ele diz tacando a latinha de volta e caminhando pro corredor onde estava os quartos.

- Só levo às vezes!

Ficamos conversando e então descobri que o mais velho era Diego com 28 anos, em seguida vinha Bruno com 25, Léo com 23, Peter com 22 e Arthur com 20. E que o único compromissado era Bruno, o resto era da noite e de todas. Também descobri que os únicos brasileiros eram Bruno, Arthur e Diego. Léo era Italiano e Peter era Alemão.

Nos finais de semana sempre havia festas, mas agora Arthur me prometeu criar juízo.

***

Passei a tarde sem nada pra fazer, na verdade, fui ao supermercado com meu primo comprar algumas coisas na qual queria comer e depois voltei e fiquei vendo Léo preparar sorvete caseiro, mas estava bastante entediada sem o ajudar.

Arthur havia saído e Peter estava dormindo. Nesse momento encarava Léo preparando o sorvete de baunilha.

- Está entediada? – ele pergunta colocando o sorvete sobre a forma e assinto. – Não tem nenhuma amiga pra sair? Vocês meninas adoram compras...

- Pior que não, nessa vida não sei mais quem é verdadeira e falsa – bufo com as mãos sustentando meu rosto.

- Te entendo, mas a vida é assim né, só o tempo pode mostrar quem é verdadeiro ou falso contigo.

- No meu caso ele já mostrou.

Ficamos em silêncio por alguns instantes até então eu quebrar o silêncio.

- O outro menino não vem pra casa por quê? – me refiro ao Bruno.

- Ele já trabalha na empresa dos pais de advocacia, quando não tá na casa da vadia da Vivian, ele está aqui, mas é raro, sabe?

- Por que vadia? – demonstro curiosidade.

- Porque o amor é cego, ela trai ele demais e ele não enxerga isso, ele é uma pessoa legal até demais, só é um pouco na dele mas isso é coisa dele.

- Ela é uma vadia – afirmo.

- Sim, uma vez ela traiu ela com o "melhor amigo" dele bem na cara do mesmo, ele deixou de falar com ele mas voltou pra vadia, todos nós já tentamos abrir os olhos dele pra isso, mas é foda quando a pessoa insiste em algo que não existe.

- A história dele me lembra um pouco a minha.

- É difícil – ele suspira. – Mas mudando de assunto... por que não vai lá em baixo conhecer? Aqui tem várias coisas.

- Só a piscina? Não tô afim de tomar banho de piscina – faço careta.

- Na verdade – ele limpa a garganta. – São quatro piscinas, tem o spa, o cinema, a quadra de vôlei, de tênis, de vôlei de areia, a quadra de basquete, o parque, a praça, a academia, a área de resenha, o salão de festas, a boate, e deve ter mais coisas que não tô lembrando... – ele diz colocando o dedo no queixo e pensando.

Nesse momento já estou de queixo caído, é óbvio, não pensava que era grande ali.

- Nossa...

- E você já viu a vista pela sacada? – ele ri. – É linda.

Me levanto no mesmo momento e corro pra sacada bem espaçosa onde havia a churrasqueira, mesas e poltronas confortáveis de frente pros enormes vidrais da sacada, também tinha uma adega de vinhos, freezers de bebidas, vários copos, facas, garrafas lacradas, espetos e etc... E abri a cortina dando visão à vista do mar que admirava através do vidro.

A vista era perfeita, era possível ver o mar azulzinho de Copacabana, a orla e o calçadão e quando desci minha visão pude apreciar a imensa piscina azul que se encontrava lá embaixo, aquilo era um sonho, um imenso sonho.

Tudo ali era lindo, aquela vista pro mar, aquele condomínio, morar ali era algo que sempre quis.

Antes a visão pro Leblon não era tão linda como essa.

Era diferente de certo jeito.

Fico admirando o céu se juntando com o mar agitado que quebrava várias ondas aproveitadas pelos sufistas e quando menos espero vejo Léo rindo ao meu lado.

- Sabia que ia adorar! – diz mostrando seu belo sorriso.

- É, adorei mesmo – volto minha vista pro mar e respiro fundo sentindo aquela brisa.

***

De noite assistimos um filme de terror na televisão enorme da sala, era um tipo de cinema, eu, Arthur e Peter comíamos a pipoca como condenados.

Léo havia ido trabalhar, ele ficava tão engraçado usando aquela calça social que marcava seu membro bastante e a camisa social branca, era engraçado de se ver, ele contou-me que quando chegava lá tirava a calça e ficava só de cueca, pois gostava de cozinhar deste jeito.

O filme era pânico na floresta, e exatamente quando a mulher foi morta que a porta foi aberta, e nesse momento eu e Arthur soltamos um gritinho juntos e Peter revirou os olhos.

Nós dois gargalhamos e logo em seguida prestamos atenção na figura enorme que adentrava ali caindo por cima de algumas coisas. Somente a luz da lavanderia estava acesa. Assim que vi aquele moreno alto e forte vestido no uniforme do Burguer King, constatei que se tratava de Diego.

Ele, como todos, era lindo. Tinha um cavanhaque, sua pele era bronzeada quase morena, seu corpo era atlético e ele era grande, os olhos eram claros, acho que mel ou castanho claro, e assim que nos viu fez uma pose engraçada e rimos.

- Nem me esperaram, seus cuzões de merda! – disse indignado.

- Não fode, viadinho! – Arthur resmungou.

- Opa, quem é essa princesa? – ele deu uma corridinha até mim e estendeu sua mão. – Princesa, hoje é seu dia de sorte, pois o seu príncipe acaba de aparecer!

Eu começo a rir e aperto sua mão o vendo beijar a costa da mesma.

Arthur empurra ele de perto de mim.

- É minha prima, idiota! – faz bico. – Quero respeito por ela!

- Quero ver quando não tiver aqui, eu vou sapecar ela legal, né gatinha? – ele ri e corre, em seguida Arthur corre atrás do mesmo.

- Com o tempo você se acostuma com a maturidade enorme deles – diz com ironia e come da minha pipoca.

Acabo rindo junto com Peter.

***

Vou pra cama umas nove horas porque estava morrendo de sono, conversei bastante com os meninos e principalmente Diego que era super legal, ele havia me dado um beijo no canto da boca só pra provocar Arthur que morria de ciúmes de mim.

Eles eram todos divertidos e gostosos, o único que faltava era Bruno, mas ele também devia ser legal como todos.

Me deitei bastante cansada, hoje o dia havia sido longo até demais, e naquele instante senti falta dos meus pais, um aperto no peito tão grande e uma saudade enorme.

Acabei chorando de saudades, já estava acostumada em jantar junto, abraçar eles, fazer brincadeiras e agora não tinha isso, não tinha meus pais pra me desejar boa noite.

Pego meu celular e vejo três mensagens, desbloqueio e abro as mesmas:

Mamãe – Oi bebê, como está? Ainda estamos no avião, ficamos bobando no aeroporto e acabamos nos atrasando, seu pai tentou te ligar mas estava sem área. Assim que chegarmos em Florença te ligamos, beijos da mamãe! Saudades!

Ruan – Eu te amo ainda meu amor, nós devemos voltar, você vai pra escola não é? Quando for, nós teremos uma conversa séria sobre nosso relacionamento, beijos, te amo.

Ele era doente, não entendia que já havia acabado, tinha medo dele.

Júlia – Oi Lara, saudades, quando vai pra escola? Foi pra Florença com seus pais? Vá logo pra escola, nós sentimos sua falta. Beijos. Ah, vai ter festa sexta na casa da Maysa e você foi convidada, é uma festa de inicio de aulas que sempre tem no terceiro ano, espero que vá!

Desligo o celular após ver essas mensagens e respiro fundo com meu peito apertado.

Como queria poder voltar atrás de várias escolhas em minha vida...

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