Eu compro (Disponível até 29...

נכתב על ידי AutorAmandaFernandes

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Ítalo é arrogante, autoritário e esnobe. Mimado desde sempre, aprendeu a não ter limites, não olha a meios pa... עוד

Sinopse
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Eu domino

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C

amila

— Você então conheceu meu neto!? — O senhor Dantas disse tão simpático que não tive coragem de dizer "desprazer."

— Já.

— Conheceu? Essa doida quase me mata. — O cara tinha os olhos azuis como o começo do anoitecer, cabelos castanhos, sedosos e levemente ondulados, rosto quadrado e másculo com um furinho no queixo. Parecia aqueles artistas de cinema de tão bonito. Mas bastou abrir a boca e já ficou feio. Além do olhar de superioridade. O cara era um jumento de tão grosso.

Desculpa jumentinhos.

— Ele tava a contra mão, ainda bem que consegui desviá à tempo. — Só estava respondendo com educação em consideração ao avô dele que era um homem muito respeitável. Ele provava que nem todos os ricos eram iguais. Existiam casos raros feito ele.

— Que irresponsabilidade, meu filho!

— Irresponsabilidade é andar por aí com esse lixo enferrujado.

— Ítalo! — seu avô o repreendeu.

— Já vô ino, hein, sinhô... Seu Jairo. Tenho muito serviço.

— Até a próxima, bom trabalho menina.

— Brigadinha.

Acenei e fui para o carro. Ouvi quando ele disse para o seu neto horrendo:

— Menina de ouro essa, decente, trabalhadora.

Entrei na mercearia e entreguei a mercadoria.

— Aí Camila, leve esses torresmos pra sua mãe — dona Edite me deu um saquinho. Eu já tinha me empanturrado deles. Eles deixavam lá no balcão como tira-gosto para os bêbados. E eu aproveitava, porque onde tinha comida de graça, eu não desperdiçava a chance.

— Valeu, ela vai ficá contente, são daqui — puxei minha orelha e dei um beijo bem demorado em sua bochecha, fazendo ela rir. — Faz tempo que nós num mata porco, só temo dois agora. E os seus torresmo são os melhor. Mas não diz pa minha mãe que eu disse isso não, viu!?

— Pode deixar, minha filha. Vá pro seu serviço, vá.

Quando saí vi meu noivo encostado na sua caminhonete. Ele sorriu pra mim e eu corri em sua direção. Pulei em cima dele e ele me segurou.



Como eu amava aquele homem. Não era só por que era meu noivo não, mas Jonatas era o melhor homem do mundo, depois do meu pai, claro. Além de lindo, era muito trabalhador. Um morenasso. Ele trabalhava na fazenda do senhor Dantas.

A gente se beijou sem se importar que ambos estávamos suados do trabalho pesado. Não gostava muito que ele me visse assim, mas ele fazia questão de cruzar os mesmos caminhos que eu pra que a gente se visse durante o dia.



— Saudades, amor — ele disse.

— Muitas saudade amô.

Fiz uma careta quando atrás dele vi o engomadinho em cima do cavalo me olhando de uma forma estranha. O ignorei e ele assentiu para algo que o avô disse.

Ficamos pouco tempo ali, ainda tinha algumas entregas para fazer. Chamei meu noivo para ir almoçar na minha casa.

Estava alimentando as galinhas, bem apressada, porque queria tomar banho antes do Jonatas vir almoçar. Mas fui surpreendida com ele nas minhas costas me abraçando. Fiquei um pouco dura, porque eu estava numa posição bem comprometedora.

Senti a "ferramenta" dele na minha bunda e fiquei tensa, excitada e muito envergonhada. Ele me puxou para um beijo e me prendeu contra a parede do chiqueiro.



Beijou meu pescoço, suas mãos agarraram minha bunda. Fiquei sem ar. Nos últimos dias ele tinha estado muito... Levado.

— Jonatas, eu disse pra você que a gente não tem que esperá. Mas assim e aqui não.

Ele se recompôs.

— Claro que assim não, nem aqui, desculpa, você me deixa louco, vamos esperar sim, só falta um mês pro nosso casamento, você merece todo o respeito. Ainda mais...

Já sabendo onde aquela conversa iria dar, o interrompi. — Vamo.

Eu sorri para tranquiliza-lo, segurei em sua mão e fomos para dentro.

Tomei um banho, no banheiro, mas costumava tomar de mangueira mesmo no quintal, só que, como Jonatas estava, não o queria provocar. Depois fui ajudar minha mãe a servir o almoço.

Na nossa casa, éramos, eu, meu pai, minha mãe e meu irmão de 10 anos. Era tudo muito simples, pra não dizer pobre mesmo, e só havia dois quartos, que eu dividia com meu irmão. Mas, um terceiro estava sendo construído e quase pronto, para eu e Jonatas quando nos casássemos.

Minha família era tudo que eu tinha de mais precioso. Me emocionava só de pensar neles. Em tudo que eles tinham feito por mim e depois por Alê. Meus pais eram como o amanhecer de esperança depois de uma noite escura e sem brilho. Eram meus heróis.

— Eu não gosto de você — meu irmão soltou essa pérola para o meu noivo.

— Alessandro! — meu pai o repreendeu.

— Mas por que meu amor? — minha mãe perguntou, sempre mais paciente e carinhosa.

— Minha irmã fica muito menininha quando ele está — todos riram. Mas era verdade. Não sei o que acontecia quando Jonatas estava, mas eu ficava tímida, não costumava ser assim.

E meu irmão sentia falta de nossas molecagens; subir em árvores, tomar banho de mangueira na rua, fazer casa de árvores, nadar no riacho. Há quase um ano que eu namorava com Jonatas e meu irmão sentia ciúmes, porque o tempo que eu tinha livre dedicava a ele.

— Peça desculpa ao rapaz — meu pai ordenou e Alê saiu correndo. Meu pai era rigoroso, mas era o melhor pai do mundo. Às vezes ele queria se fazer passar por mais rigoroso do que aquilo que era. Mas eu sabia que aquilo era tudo uma capa. Ninguém melhor do que eu conhecia o coração de ouro que aquele homem possuía.

— Deixa ele, gente — falei —, ele só tá com ciúme. Vo atrás dele.

— Vai lá amor — meu namorado me apoiou. Eu sorri para ele, adorava seu caráter, ele tentava fazer sempre o correto. Fui atrás do meu irmão, sabia bem onde ele estava.

Alê estava em cima da nossa casa de árvore. Subi.

— Vai com seu noivo, vai.

— Ai Alê, desse jeito você me dexa triste — ele fez bico. — Você sempre vai sê meu preferido. Você é meu irmãozinho.

— Você nem brinca mais comigo, parece uma garota agora — ri.

— Mas eu sô uma garota, as veis pode não parecê, mas sô.

— Você sabe o que quero dizer. E eu já te ensinei, Camila, é as vezes — fiz uma continência para meu irmão general/professor.

Ao contrário de mim, Alê estudava. Mas com ele as coisas tinham sido diferentes...

— O que acha da gente i no riacho tomá um bain? — ele ficou pensativo. — Vou chegá primeiro que você. — Desci da árvore com um pulo e corri pra onde estavam nossas bicicletas. Um minuto depois ele já estava subindo na dele.

A gente nadava no riacho, ele já fazia parte das terras do senhor Dantas, mas ele não se importava. Eu estava só de calcinha e sutiã, era mais fácil para nadar. Meu irmão fez questão de mostrar que nada mais rápido, mas também, magricela do jeito que era.

Ele, de repente, desapareceu no meio da água, ele costumava fazer sempre isso, depois aparecia do outro lado.

Nadei mais um pouco e depois saí.

— Vamo Alê, tenho muito serviço — gritei.

Quando estava caminhando sobre as pedras para buscar minha roupa, bati de frente com um peito poderoso.

Olhei para cima e encontrei o azul de seu olhar. Ele estava me olhando de um jeito... não do mesmo jeito que me olhou quando me viu na cidade, ali, apesar de impassível, dava para sentir a hostilidade, agora, apesar da ainda impassividade, dava para sentir o desejo, eu conseguia ver isso até num homem que tentasse disfarçá-lo. Era uma defesa.

Ele segurou em minhas costas e me pressionou contra ele. Pude sentir sua rigidez contra minha barriga e tentei me afastar, mas ele me segurou forte.

— Me solta.

— Não é isso que quer, senão não teria vindo pra cá me provocar.

— Você é loco, não vim aqui te provocá e sim nadá.

— Essas terras são do meu avô.

— Ele dexa... — Me lembrei do meu irmão que não saiu da água e não parei de olhar para lá.

— Seu noivinho estava aí com você? — Hmm! Ele pensava que eu estava com meu noivo na água. E como ele sabia que eu tinha um noivo? Talvez seu avô. — Você venceu, não é o tipo de mulher com quem costumo... Mas vou abrir uma excessão pra você.

— Não tô intendeno.

— Vou te dar uma chance. Mas só uma noite. Como eu disse, você não faz meu tipo.

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