Your Eyes Only (Larry Stylins...

By larrypsyche

942K 96.4K 282K

Com o anúncio do noivado de seu irmão, Harry Styles, ainda chocado e preocupado com a notícia e com a decisão... More

Prólogo
I. Capuccino
II. Em disparada
III. Amoras e bebidas
IV. Meggie
V. Lenço de papel
VI. Tão próximo
VII. Ternos
VIII. Conexão
IX. Curativo
X. Somente Louis
XI. Pequenos detalhes
XII. Orgulho ferido
XIII. Decisões
XIV. Exatamente como é
XV. Confuso
XVI. Pessoa favorita
XVII. Despedida de solteiro
XVIII. Tê-lo em meus braços
XIX. Quarto de hotel
XX. Toques
XXI. O casamento
XXII. Não me deixe
XXIII. Aeroporto

Epílogo

38.2K 3.3K 9.6K
By larrypsyche

[Louis' POV]

Despejei um pouco de água quente em uma xícara para preparar um chá quente e delicioso naquele começo de tarde de fim de outono. Meus olhos vagaram para o que havia além da janela, um vento forte dominava a estação e derrubava diversas folhas das árvores que se encontravam atrás de meu sobrado.

Minha mente foi dominada pela memória que eu tinha dos olhos esverdeados, dos cachos desfeitos, dos lábios carnudos, da expressão séria e secretamente confiante e das mãos de Harry entrelaçadas as minhas.

Fazia três meses.

Três meses desde que Styles ultrapassou a porta de embarque e entrou naquele avião que rumava para os Estados Unidos.

Dentro desses três meses, Harry tinha conseguido voltar para Londres apenas seis vezes. Poderia parecer muito ou o suficiente para sanar a saudade e dar um fim temporário ao aperto angustiante no peito, porém não era isso que acontecia.

Nunca pensei que poderia sentir tanto a falta dele como estava sentindo.

Quando ficamos juntos nas primeiras vezes, eu me sentia bem ao lado dele, apenas isso. A tensão sexual era nítida, quase palpável, mas não era algo que me consumiria por dentro se nos afastássemos numa distância de 3462 milhas.

No entanto, após alguns meses juntos, nos adaptando a uma rotina onde ou eu passava à noite em sua casa ou ele passava na minha, conversando sobre assuntos no geral, dividindo tardes, pensamentos, sentimentos e tudo o que nos rodeava.

Eu me tornei dependente, de certa forma, de sua companhia. Era como se ele fosse uma peça que se encaixava em meu quebra-cabeça.

Mas agora a milhas e milhas de distância conversando pouco por mensagens e telefonemas e tendo encontros a cada duas ou três semanas em poucas horas e ainda cronometradas era como estar sendo afogado sem ninguém para acudi-lo. Como se tirassem todo o oxigênio impossibilitando sua respiração.

Um desespero me tomava só de pensar que ele talvez tivesse encontrado alguém ou pudesse encontrar futuramente e resolvesse seguir em frente, mas eu sentia uma onda de alívio outra vez temporariamente quando Harry aparecia em minha casa e dormíamos abraçados no sofá durante a tarde de um sábado chuvoso como normalmente se tornava.

O telefone tocou estridente uma vez, tirando-me de meus devaneios e fui até a sala de estar para atendê-lo ainda com a xícara de chá em minhas mãos que estavam praticamente escondidas pelo casaco grosso e maior que meu corpo pertencente a Styles.

Meu humor não estava muito bom nos últimos tempos. Sentia-me cansado, indisposto, sem humor para nada... Não ria mais das piadas de Niall, e não era por maldade, ele sabia disso. Via em meus olhos que a cor de minha vida havia sido levada para longe.

─ Alô?

─ Hey, Louis. É a Fizzy.

─ Hey, Fiz. ─ Tentei dizer tentando mostrar empolgação, mas falhando vergonhosamente. ─ Tudo bem?

─ Tudo sim. E você? ─ Perguntou animada. Aqueles meses em que estava casada sua vida parecia ter alcançado o ápice da felicidade. Sorria mais do que antes, assim como George, e os dois continuavam tão bondosos e com o coração tão grande quanto o possível.

─ Estou bem também... ─ Menti, porém Fizzy pareceu não perceber. Por algum motivo em especial estava feliz demais para notar qualquer coisa diferente ao redor.

─ Acabei de receber as fotos e os vídeos do casamento. Estão tão lindos. Não sei quais escolher. George disse que estava tudo tão lindo que ele ficaria com todos, mas sairá tudo muito caro. Você pode me ajudar, por favor? Se não tiver mais nada para fazer... Eu preciso muito de uma ajuda para escolher. E você conhece os meus gostos então...

─ Claro, Fizzy. Não será incômodo algum. Como você me mandará tais fotos e vídeos?

─ Já está no seu e-mail. Veja se chegou.

─ Ok, espere um pouco. ─ Subi as escadas correndo indo em direção ao meu quarto e assim que cheguei joguei-me na cama e alcancei meu notebook que repousava em cima da mesa de cabeceira de mogno. ─ Pronto. Chegou aqui.

─ Faz assim... As que você gostar marca um número em um pedaço de papel e depois me passa quais são. Ok?! Obrigada, Lou.

─ Não precisa agradecer. Sabe que pode contar comigo. ─ Ela riu e parecia sorrir do outro lado da linha. Por minhas irmãs, eu faria qualquer coisa e elas sabiam disso. Além de eu ter certeza de que elas fariam qualquer coisa por mim.

Depois de desligar o telefone, baixei a pasta de documentos que Fizzy me mandara, conectei meu notebook a televisão do quarto e a liguei, iniciando a apresentação das fotos e dos vídeos. Parecia uma tarefa cansativa, embora, por isso peguei alguns sacos de balas e salgadinhos, tudo extremamente nutritivo para me empanturrar enquanto chorasse feito uma criança ao assistir os vídeos, por exemplo, de minha irmã dançando com o seu noivo.

Era difícil de admitir, mas sempre fui uma manteiga derretida.

Resolvi deixar passar os vídeos primeiro, pois a quantidade de fotos era muito maior se comparadas a de vídeos.

Apertei a opção "Vídeo Um" e esperei alguns segundos até finalmente começar a rodar.

Fizzy e George estavam no centro do salão iniciando a valsa tão esperada. Olhavam um nos olhos do outro como se passassem através deles todo o amor, paixão e cumplicidade que sentiam. A mão de Fizzy encontrou a de George assim como a outra mão de George foi até a cintura de minha irmã.

E então a música se iniciou. Envolvente, doce e roubando um sorriso belo dos dois que trocaram um olhar apaixonado. Estavam tão envolvidos um no outro que mal pareciam lembrar-se de que havia um grupo de pessoas ao redor.

Pude ver o meu perfil de longe ao lado de Harry e notar o quanto ele me olhava fixamente e com um sorriso pequeno preso aos lábios enquanto eu fitava a cena a minha frente de George e Félicité dançando.

Meu coração deu uma batida fraca e descompassada. Minhas bochechas coraram sem razão aparente e parei a exibição do vídeo, deixando que uma lágrima escorregasse por meu rosto e atingisse o chão segundos depois.

O desejo de ter Harry ali ao meu lado com seus dedos entrelaçados aos meus se tornou tão forte, tão vivo, tão angustiante e tão desesperador que era possível de se ouvir o buraco que se abriu em meu peito naquele momento. Vê-lo me olhando com tanto amor e com aquele sorriso tão raro era de fazer a saudades trancafiada a sete palmos do chão ser arrancada de lá completamente e trazida para a superfície.

Passei a mão pelo rosto enquanto fungava e sorri inconsciente do gesto, lembrando-me de nossos bons momentos.

Harry me dissera que não viria essa semana me visitar e muito menos na próxima, pois estava cheio de serviço que se estenderia para o fim de semana. No entanto, foi vago quando quis saber sobre qual eram essas atividades.

Engoli em seco.

E se ele não me olhasse mais assim? Não me quisesse? Não estivesse disposto a esperar para que esses três anos passassem?

Se três meses já estavam sendo difíceis para mim, sendo tomado por tantos questionamentos, perguntas, dúvidas e temores, quem dirá por tanto tempo de afastamento como Harry havia proposto?

Neguei com a cabeça.

Eu devia afastar essas ideias de minha cabeça por um tempo. Devia confiar em Harry e no sentimento que ele tinha por mim e esquecer de vez esses pensamentos equívocos de minha mente.

E foi o que fiz.

Deixei de lado tais ideias e fui procurar por vídeos em que Harry e eu poderíamos estar. Iria fazer a tarefa que Fizzy havia me pedido mais tarde. Eu poderia adiar essa atividade um pouco apenas para procurar o que tanto desejava.

Após alguns minutos finalmente encontrei um vídeo que tinha como começo Doris e Ernie dançando animadamente uma música da década de 90.

─ Hawie, Hawie, Hawie... ─ Ernie falava ao seu próprio jeito chamando por Harry que sorria um pouco e negava com a cabeça ao ouvir tanta animação.

─ Vá dançar com ele. ─ Insisti e odiei como minha voz parecia estranha gravada e como o final do meu cabelo estava levantado de um jeito completamente esquisito e engraçado.

Como ninguém me avisara sobre aquilo?

─ Hawiiieee! ─ Ernie sorriu e gritou ao mesmo tempo. O de olhos esverdeados foi até ao alcance da criança e a pegou no colo iniciando uma dança esquisita com seu "par".

─ Eu também quero dançar depois. ─ Meggie pediu erguendo a cabeça o máximo que conseguia. ─ Doris também quer.

─ Ela quem te disse? ─ Harry perguntou com um sorriso.

─ Sim, ela me disse que é para dançar com nós duas ao mesmo tempo e que é para o Louis dançar um pouquinho com a gente agora.

─ Hum... ─ Falei. ─ E ela te disse mais alguma coisa?

─ Uhum...

─ O que seria exatamente?

─ Eu não posso falar muito alto, porque é um segredo.

─ Me diga qual é então. Prometo que não contarei a ninguém.

Meggie se aproximou receosa com as bochechas em chamas e riu um pouco antes de ter coragem para dizer o que era. Pude ver que Harry observava o desenrolar da cena de certo modo curioso enquanto se movimentava com Ernie em seu colo um tanto quanto travesso que tentava novamente morder a bochecha do encaracolado.

─ Ela disse que queria ver um beijo seu e de Harry. ─ Deu uma risadinha gostosa e seu rosto corou ainda mais.

─ É? Ela te disse isso?

─ Uhum...

─ Hum... Então acho que teremos que fazer isso. Não posso deixar Doris decepcionada. Vai que ela começa a chorar, não é mesmo?

Meggie concordou seriamente como se aprovasse meu ponto e eu então me aproximei de Harry que nos olhava confuso sem realmente entender sobre o que conversávamos, mas seus olhos refletiam que era algo relacionado a ele.

No minuto seguinte selei meus lábios prolongadamente nos de Styles que no primeiro momento foi pego de surpresa, mas depois fechou os olhos e retribuiu o beijo tão gostoso que eu ainda tinha lembranças vivas dentro de mim.

Pausei o vídeo e sorri outra vez enquanto observava o rosto de Harry pausado na tela sorrindo para o meu eu do vídeo. Meu coração se aqueceu e minhas dúvidas se cessaram instantaneamente. A maior certeza que tive era a de que eu o esperaria.

Um, dois, três anos. Eu esperaria por Styles o tempo que fosse.

**

─ Hey, Meggie. Você está se esquecendo de seu casaco. Está frio lá fora! ─ Avisei a ela que voltou com as bochechas coradas devido a seu esquecimento.

─ Obrigada. ─ Agradeceu timidamente e caminhou até meu alcance para dar um beijo em minha bochecha. Fiz o mesmo e senti seu rosto esquentar.

─ Por nada. ─ Falei e fiz uma pausa olhando demoradamente para ela, pensando como perguntar o que eu tanto desejava. ─ Você ou sua mãe conseguiram falar com Harry durante essa última semana?

─ Não... ─ Seu rosto entristeceu rapidamente. Ela fitou o chão e balançou o corpo de um lado para o outro. ─ Mamãe disse que ele estava ocupadinho com o trabalho dele.

─ Sim, eu sei... Você acha que ele virá para Londres daqui a três dias para passar o fim de semana conosco?

─ Espero que sim! ─ Um sorriso esperançoso tomou conta de seus lábios. ─ Eu estou com tanta saudades do meu irmãozinho.

─ Eu também, Meggie, eu também.

─ Esses dias eu sonhei que ele voltava pra gente e ficava aqui para sempre. Você acha que isso é possível, Louis?

─ Acho que tudo é possível. Basta você acreditar. Eu rezarei bastante para isso.

─ Eu rezo todos os dias por isso. Falo: papai do céu traz meu irmãozinho de volta pra mim, por favor, eu estou morrendo de saudades... Sei que ele me ouvirá.

─ Ele ouvirá sim, Meggie. Nunca deixe de acreditar. ─ Ela sorriu timidamente e balançou seu corpo ainda mais de um lado para o outro.

─ Minha mamãe já está me esperando.

─ Oh sim. Não a deixe esperando.

─ Ela veio me buscar com o carro bonito do Harry. Richard também veio.

─ Faz tempo que eu não o vejo. Ele está bem?

─ Uhum. Eu brinquei com a filhinha dele. Ela é minha amiga, sabia?!

Avistei Richard de longe e ele me lançou um sorriso gentil enquanto eu acenei rapidamente para ele. Meggie andava apressada, apesar do cansaço, devido ao fato de que além de andar no carro de luxo, voltaria para casa de onde provavelmente não queria ter saído nessa manhã fria.

─ Tchau, Louis. Até amanhã!

─ Tchau, Meggie. Cuide-se!

Ela então se foi, pulando contente e satisfeita até a porta traseira do carro estacionado e eu dei meia volta encontrando Niall logo em seguida.

─ Vamos sair hoje? ─ Perguntou enquanto esfregava uma mão na outra tentando de algum modo aquecer seu próprio corpo.

─ Não sei, não estou com muita vontade. Prefiro ficar em casa... Você não está meio desagasalhado?

─ Não, mãe. ─ Revirou os olhos e deu risada em seguida. ─ Vamos, Louis! Será bom para você. Está trancafiado naquela casa há mais de três meses.

─ Não estou trancafiado. Sempre saio para vir trabalhar, fazer compras, correr na sexta à noite. Não é como se minha vida tivesse parado por causa do-... Bem, minha vida não parou. Eu só não estou com vontade de sair hoje. Só isso.

─ Tantas desculpas...

─ Não são desculpas!

─ Então saia comigo. Cuide de seu amigo bêbado, sim?

Revirei os olhos e soltei cansado o ar de meus pulmões. Niall não desistiria até me convencer a sair em plena quarta-feira. Eu o conhecia o suficiente para saber disso.

─ Você não vomitará no meu pé, vomitará?

─ Não, prometo. Daquela vez eu tinha misturado vodka, uísque, chá de limão e coca cola. Não farei dessa vez. Confie em mim!

─ Bem que eu queria...

─ É sério, Louis. Eu não farei isso... Vamos? Por favor!

─ Ok, mas vamos tentar não voltar para casa muito tarde. Temos aula amanhã.

─ Eu sei, eu sei... Você parece que nunca me deixa esquecer isso. ─ Fez drama e revirei os olhos novamente.

Após nossa conversa, dirigi-me até minha sala para pegar meu casaco e meus materiais que havia trazido para ajudar em uma das atividades que fiz com minha turma. Estava cansado e com sono, porém meus pensamentos trabalhavam a todo o vapor volta e meia vagando em direção aos lábios inchados e cabelos levemente cacheados.

Esperava que dessa vez eu conseguisse falar com Harry pelo telefone ou por mensagem já que há mais de uma semana, precisamente uma semana e dois dias, eu não conseguia conversar com ele.

Desci a rua da escola e fui até a estação de metrô pegando aquele que me levaria de volta para casa. Cheguei após meia hora mais ou menos e subi preguiçosamente a rua em direção a meu sobrado. Aquela subida era de matar literalmente. Algum dia daqueles, eu provavelmente cairia morto ali mesmo.

A luz fraca do sol se pondo bateu em meus olhos e os cobri, protegendo-os. Abracei meu corpo ainda mais e coloquei o casaco que carregava a fim de me abrigar daquele frio incessante. Caminhei pela calçada estreita e finalmente cheguei em frente a meu sobrado.

Uma sensação estranha tomou meu corpo, como se eu estivesse sendo observado e imediatamente me virei meio em pânico, meio com o coração a dois passos de estourar em batidas frenéticas.

O que eu vi deixou minhas pernas bambas e minha visão turva. Meu coração em chamas e a vontade de correr em direção ao que antes gritava "perigo" em minhas veias.

─ H-Harr-y. ─ Minha voz falhou. A falta que ele me fazia me congelando, engasgando, arrancando a respiração em um suspiro.

Ele caminhava em minha direção como em câmera lenta.

Estava tão lindo...

Como sempre lindo!

Sua camisa estava com alguns botões abertos e o casaco se encontrava pendurado no braço como se tivesse se empenhado em uma longa caminhada. Seu cabelo estava ligeiramente maior e sua expressão se tornara séria enquanto seus olhos fixaram somente em mim. Como se para ele, o seu mundo estivesse postado diante de seus olhos.

Naqueles minutos que se passaram eu simplesmente não consegui sequer me mover. Queria correr até o seu encontro e abraçá-lo, dizer que a cada minuto que se passava a saudade me consumia. Depois, obviamente, nós dois discutiríamos sobre o fato dele ter sumido por três semanas.

Mas primeiro eu manteria a bandeira da paz e dormiria ao seu lado no sofá mais uma vez.

Harry parou em minha frente e mordeu o lábio inferior ainda com os olhos fixos nos meus. Repleto de lágrimas, mas segurando-as firmemente orgulhoso como era.

Com o polegar, acariciou meu rosto, desde a têmpora até meu queixo, e fechei os olhos inconscientemente tentado ao toque de sua pele contra a minha.

Eu o amava tanto.

Ardentemente.

Podia ouvir meu coração gritando por ele desesperadamente.

Era real? Ele estava realmente ali mesmo? Junto a mim?

Porém quanto tempo seria sua estadia em Londres desta vez? Um dia, dois. No máximo três provavelmente.

─ Por quanto tempo dessa vez? ─ Perguntei baixo e decepcionado assim que abri os olhos e fitei os seus esverdeados.

─ Pelo tempo que quisermos. ─ Falou e fechei os olhos tristemente até enfim a resposta de Harry fazer sentido.

Rapidamente abri os olhos e o observei atento.

─ O t-tempo que quisermos?

─ Sim.

─ Não voltará para os Estados Unidos?

Ele negou com a cabeça de modo tranquilo e seu polegar voltou a deslizar sobre meu rosto carinhosamente.

─ Não mais. Eu disse que encontraria um substituto e assim o fiz. Precisei treiná-lo arduamente para me substituir no cargo. Por esse motivo não consegui manter contato durante essa semana e não voltei durante as últimas três.

─ E por que não me contou o que planejava?

─ Eu queria fazer uma surpresa a você. ─ Sorri um pouco.

─ Meggie sentiu sua falta.

─ Eu sei. Fui buscá-la hoje na escola.

Dei um passo para trás indignado.

─ O que?! Mas... Como? Eu não te vi! E ela disse que era a sua mãe que fora buscá-la.

─ Eu estava a esperando no carro. Ela deveria ter achado que quem iria buscá-la era Anne.

─ Você se escondeu de mim? ─ O sorriso rasgou em seus lábios e ele não conseguiu segurou uma leve risada.

─ Eu realmente desejava te fazer uma surpresa.

─ E fez... ─ Sorri grande e segurei suas mãos nas minhas, deixando-as na altura de meu queixo, beijando os nós de seus dedos e fechando os olhos para aproveitar cada segundo que eu tinha com Harry ao meu lado outra vez e por ainda haver alguns raios de sol que ofuscavam minha visão. ─ Quer entrar?

Confirmou com um aceno e fiz o que eu tanto desejava entrelaçando meus dedos nos dele, sentindo-me de certo modo protegido e abraçado. Andamos até meu sobrado e abri a porta, querendo levá-lo lá para dentro e deitar no sofá para dormirmos abraçados.

Enquanto eu fechava a porta, Harry se sentou no sofá e ficou me observando até que eu me juntasse a ele o que fiz apenas segundos depois que mais pareceram uma eternidade.

Styles beijou a ponta de meu nariz e sorri outra vez beijando seu queixo e passando meus braços ao redor do seu pescoço.

─ Harry, eu lembro quando disse que você havia vendido o seu apartamento para não deixá-lo abandonado por três anos e... Pensei, hm, pensei que talvez você queira vir morar comigo.

─ Eu adoraria.

─ É?

─ Sim. Só preciso saber se você suportará meu orgulho e meu modo prepotente de ser?

─ É... Eu acho que consigo relevar certas coisas se você conseguir aturar meu orgulho também e minha teimosia.

─ Farei um esforço. ─ Prometeu sério e sorriu um pouco logo em seguida.

A mão grossa e grande de Harry foi de encontro ao meu rosto e nossos rostos se aproximaram lentamente para que enfim Styles capturasse meus lábios para um beijo terno, preguiçoso, gentil e apaixonado.

Um beijo que cessaria a angústia e mataria a falta que ele tinha me feito nos últimos tempos.

Um beijo que era mais uma promessa silenciosa de que tudo daria certo entre nós mesmo quando tudo desse errado.

- Fim -

Agradecimentos

Acabou :(

Não sei se consegui agradar a todos com esse final, mas desde o princípio sempre imaginei algo parecido com o que acontece no filme de Orgulho e Preconceito e como sempre tentei seguir o que a história tentava passar, acho que esse é o mais próximo que eu poderia fazer...

Mas enfim chegamos a mais um final de uma fanfic minha e mesmo assim ainda não aprendi a dizer adeus.

Queria agradecer imensamente a todos, TODOS, os leitores que estão comigo desde Shy Soul, que vieram ler YEO, agradecer a aqueles que leram somente essa e aos que agora me acompanharão em minha nova fanfic Feito de Galáxias. Vocês não imaginam o quanto me deixam feliz somente por mensagens no mural, por inbox, por comentários nos capítulos, votos e visualizações. Toda vez que eu começo uma nova estória eu nunca imagino que possa mexer e envolver tantas pessoas, mas vocês me surpreendem a cada dia que passa.

Muito obrigada mesmo! YEO não seria absolutamente nada sem vocês e eu agradeço de coração por todo o amor e carinho desde sempre!

Eu queria agradecer também a Jane Austen por ter criado uma obra tão maravilhosa quanto Orgulho e Preconceito – não só essa, mas também Persuasão que vale muito a pena ler –, uma obra que fez com que eu me prendesse do início do livro até o fim e saísse da história querendo um Mr. Darcy (eu só tinha quatorze anos, então não me julguem! Hahaha!). Foi graças a ela que tive a ideia de fazer algo como YEO.

E é isso. Aos leitores que forem comigo para Feito de Galáxias isso é um até logo e para aqueles que ficarem por aqui obrigada por estarem comigo até aqui e foi um prazer enorme tê-los como leitores.

Nath! ^^

Continue Reading

You'll Also Like

137K 18.1K 22
Aquela em que palavras novas são descobertas por Park Jimin e Jeon Jungkook. • Jikook;Kookmin • Não aceito mais adaptações da obra • Capa por: @deusa...
1.5M 149K 62
Louis nunca soube o porquê de Harry ser um garoto tão quieto e estranho, ele sempre se sentava na última cadeira da turma e não falava uma palavra a...
2M 192K 30
Louis Tomlinson, um garoto tímido e reservado de Doncaster, sempre foi apaixonado por música e desde muito cedo aprendeu a tocar violoncelo, consider...