Your Eyes Only (Larry Stylins...

By larrypsyche

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Com o anúncio do noivado de seu irmão, Harry Styles, ainda chocado e preocupado com a notícia e com a decisão... More

Prólogo
I. Capuccino
II. Em disparada
III. Amoras e bebidas
IV. Meggie
V. Lenço de papel
VI. Tão próximo
VII. Ternos
VIII. Conexão
IX. Curativo
X. Somente Louis
XI. Pequenos detalhes
XII. Orgulho ferido
XIII. Decisões
XIV. Exatamente como é
XV. Confuso
XVI. Pessoa favorita
XVII. Despedida de solteiro
XVIII. Tê-lo em meus braços
XIX. Quarto de hotel
XX. Toques
XXI. O casamento
XXII. Não me deixe
Epílogo

XXIII. Aeroporto

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By larrypsyche

Penúltimo capítulo de Your Eyes Only :(

Mas... Postei o primeiro capítulo da nova fanfic Feito de Galáxias. Quem ainda não viu, dê uma olhadinha. Okay?!

Próximo e último capítulo de YEO sairá na quinta-feira e o da nova fic amanhã.

Boa leitura, amores!

-x-


[Harry's POV]

Já havia se passado mais de dez minutos desde o momento em que acordei ao lado de Louis na cama de sua casa e estava observando suas costas nuas bronzeadas enquanto ele dormia deitado de bruços no colchão. Sua pele parecia refletir a luz fraca que invadia o quarto e eu não pude resistir à tentação de deixar meu indicador deslizar por sua pele macia e quente.

O lençol cobria apenas a parte inferior de seu corpo e notei as curvas através do tecido de algodão. Tomlinson se remexeu um pouco na cama ao sentir o contato de meus dedos sobre sua pele e soltou um muxoxo suave de satisfação logo voltando a cair no sono novamente.

Aquele dia era o último em que estaríamos ali deixando de lá as preocupações, apenas desfrutando da companhia um do outro. Pois no dia seguinte eu viajaria para os Estados Unidos, tendo que viver no país americano por três anos, apenas arranjando oportunidades de visitá-los em feriados e fins de semana sem tantas preocupações.

Se ao menos houvesse uma solução para tal problema...

Por mais que tenha tentado falar com diversos sócios e até mesmo empregados extremamente empenhados e com anseio em se destacar, apenas esperando por uma oportunidade para subir na carreira, não consegui achar alguém qualificado para o serviço.

Eu não tinha coragem de deixar uma atividade tão importante que envolvia o nome de minha família e de meu pai nas mãos de qualquer um.

Louis disfarçava, tentava não mostrar sua ansiedade e esperança de que alguém fosse em meu lugar, porém era visível em seus olhos a frustração e o desespero que sentia quando eu chegava à porta de sua casa com a decepção no rosto por não ter encontrado ninguém a altura.

─ No que está pensando? ─ Questionou sonolento e sem sequer se mexer, tirando-me de meus devaneios e fazendo com que eu voltasse minha atenção para o seu rosto escondido por seus cabelos despenteados, mas que ficavam lindos mesmo assim.

─ No que faremos hoje. ─ Menti.

─ Dormir é uma boa ideia...

─ Acredito que seja... ─ Disse sorrindo e notei um sorriso aparecendo no rosto sonolento e de olhos fechados de Louis.

─ Você pensou em algo mais interessante? Precisa envolver comida, acredito que deva ser a única coisa que me tirará daqui.

─ Na verdade pensei em passarmos o dia todo em sua casa assistindo alguns filmes e pedir comida chinesa de um estabelecimento novo que me interessou.

─ Último dia em Londres e você não deseja fazer nada mais londrino?! ─ Tomlinson virou o corpo sobre a cama e me fitou com um sorriso travesso no rosto. Como sempre, havia disfarçado sua tristeza com sarcasmo, porém não disse nada, pois já havia me acostumado com isso e não queria vê-lo desabando em minha frente. Era terrível e acaba gradualmente comigo.

─ O que poderia ser mais londrino?

─ Não sei... ─ Fingiu pensar e abriu um sorriso maior ainda. ─ Talvez tomar um chá da tarde com o dedo mindinho levantado ou assistir uma partida de futebol e torcer para o Manchester United ou ir a um pub inglês e beber até conseguir ver Harry Potter em cima de uma vassoura jogando quadribol perto do palácio real. Algo assim...

Dei risada de seu bom humor logo pela manhã e ele riu também enquanto observava cada movimento meu.

─ Filmes e comida chinesa soam bons para mim.

─ Ok... Mas depois não diga que eu não avisei.

─ Eu não direi. ─ Louis riu um pouco de meu comentário.

Deitei ao seu lado na cama e abracei seu corpo, vendo-o diminuir seu sorriso e se concentrar em meus lábios como se fosse a coisa mais interessante que lhe era apresentada. No entanto, antes que nossas bocas pudessem se encontrar para um beijo, os olhos de Tomlinson foram gradualmente se fechando até que ele caísse no sono novamente.

Eu também dormi ao seu lado minutos depois com seu corpo entrelaçado no meu. Ficamos na cama mais umas duas horas até enfim termos vontade de levantar e fazer algo. Talvez assistir os filmes que eu tinha sugerido após nos alimentarmos e tomarmos um banho demorado.

Assim que terminei meu banho, desci as escadas e encontrei Louis com os cabelos levemente molhados e a expressão relaxada, carregando um sorriso no rosto enquanto preparava algo para nós dois comermos. Dusty o seguia de um lado para outro e por todos os cômodos e era divertido de se ver. No entanto, quando o gato percebia minha presença seu comportamento rapidamente mudava e ele ronronava irritado para mim.

Parecia até ter ciúmes de seu dono.

─ O que está cozinhando? ─ Perguntei interessado ao sentir o cheiro de algo que havia queimado, pelo menos era o que parecia, em uma das panelas. ─ Achei que fôssemos pedir comida chinesa.

─ Eu sei... É que pensei em fazer um almoço mesmo sendo quase duas da tarde e no começo da noite nós dois pedirmos a comida chinesa. Só que acabou não dando muito certo. Eu queimei as batatas e não sei direito o que fazer com esse arroz.

─ Deixe-me ver... ─ Aproximei-me de Louis, colocando a mão em sua cintura enquanto lia as instruções sobre o modo de preparo da receita e notei o que ele havia feito para ter estragado as batatas. ─ Você não colocou água para cozinhá-las.

─ Claro que eu coloquei. ─ Teimou e me olhou indignado por eu ter cogitado que ele fosse uma pessoa tão idiota assim por ter esquecido de colocar algo tão óbvio. ─ Coloquei antes mesmo de depositar as batatas na panela e deixei ali até que fervesse só que a água simplesmente evaporou e restou somente metade do que eu tinha colocado.

─ Qual foi a quantidade que colocou?

─ Foi a quantidade recomendada... Olhe... ─ Louis levou o dedo até a página do livro de receitas e parou no local exato. Ficou em silêncio por diversos segundos e fitei o seu rosto para ver o que acontecia. Suas bochechas haviam adquirido um tom forte de vermelho e seus olhos se apresentavam um pouco arregalados. ─ Talvez eu tenha errado...?

Louis fitou meus olhos, mordendo os lábios para reprimir um sorriso e dei risada de seu total constrangimento.

─ Estraguei tudo. Droga! Que desperdício de batata. ─ Falou decepcionado e bateu em sua própria testa, condenando-se por ter errado e se achando estúpido o suficiente por isso.

─ Podemos fazer uma macarronada simples. ─ Sugeri com um sorriso no rosto.

─ É, pode ser. ─ Deu de ombros. ─ Macarronada soa bom.

─ Você sabe fazer?

─ Não, não, dispenso. Prefiro apenas observar... Daqui. ─ Brincou, acenando para uma das cadeiras da mesa da cozinha e indo se sentar nela.

Comecei por colocar uma panela cheia de água para esquentar enquanto cortava os ingredientes para a preparação do molho. Louis resolveu me ajudar minutos depois lavando a louça que havia sujado na tentativa sem êxito de preparar seu almoço. Além disso, ligou o rádio e deixou que o som de uma música do The Beatles preenchesse o ambiente.

Dusty estava aos pés de Louis perto da pia da cozinha e descansava tranquilamente como se nada acontecesse ao seu redor.

Enquanto eu terminava de picar os tomates para preparar o molho, Tomlinson começou a cantarolar com o tom baixo a música Hey Jude. Uma canção que há muito tempo me encantara e que me cativara a cada estrofe.

The minute you let her under your skin then you begin to make it better...

A voz doce, fina, suave e encantadora do rapaz de olhos azuis ao meu lado me envolvera de uma forma única que há muito tempo cantor algum conseguira fazer, deixando minha boca levemente entreaberta, meus olhos um pouco arregalados, alguns pelos de meu corpo arrepiados e a sensação de que eu ouvia o canto de um anjo.

Talvez eu estivesse ouvindo.

Seu timbre era lindo, simplesmente.

Como eu nunca havia percebido isso antes?

─ O que foi? ─ Perguntou distraído, segurando um sorriso após me ver com aquela expressão.

─ É linda. ─ Respondi completamente sem sentidos e ainda meio tonto por estar completamente enfeitiçado por sua voz.

─ O que? ─ Deu risada não se contendo mais.

─ Sua voz. ─ Disse rouco e o rosto de Louis adquiriu um tom avermelhado forte. Logo em seguida, ele riu mais uma vez tentando disfarçar seu constrangimento.

─ Minha voz é estranha... Nada atrativa, definitivamente.

─ Provavelmente diz isso por nunca ter escutado a si mesmo com atenção. ─ Constatei e Louis negou com um aceno ainda segurando um de seus sorrisos mais belos ao morder os lábios.

Assim que terminei o almoço, Louis arrumou a mesa, ainda desejando de certa forma ajudar apesar de ter brincado que iria ficar apenas observando eu preparar nossa macarronada. Coloquei o recipiente que continha nossa comida na mesa diante de nossos pratos que estavam colocados lado a lado.

─ Ficou ótimo. Na verdade, muito melhor do que minhas humildes batatas com frango ficariam. ─ Dei risada e provei de uma garfada. ─ Obrigado.

─ Não precisa agradecer. Fiz para nós dois.

Louis então sorriu e voltou a apreciar o que tinha em seu prato com tanta vontade e fome que era cômico de se observar. Assim que terminamos, após Tomlinson repetir uma única vez o prato, lavamos a louça juntos, arrumamos o resto da cozinha e fomos para a sala logo em seguida para assistir um filme de nosso interesse sendo seguidos por um Dusty completamente sonolento.

Para deixar o ambiente mais confortável, subi até o segundo andar e peguei alguns cobertores e travesseiros para que fossem colocados no sofá. Assim que desci com o amontoado em minhas mãos, Tomlinson tinha alguns filmes em suas mãos e me mostrou um deles do qual tinha interesse.

─ A viagem? ─ Indaguei, caminhando de encontro ao sofá e depositando ali os travesseiros e cobertores que tinha escolhido.

─ É um bom filme, mas você precisa prestar muita atenção para poder entender completamente.

─ Compreendo, mas... A viagem?! ─ Perguntei outra vez. Louis me fitou confuso, com as sobrancelhas franzidas e claramente tentando entender o porquê de minha indagação. ─ Sei que não tocamos muito nesse tópico, mas em relação a minha viagem par-

─ O que?! Não, não. ─ Interrompeu com um sorriso e riu logo em seguida. Franzi o cenho porque agora quem não entendia o que estava acontecendo era eu. ─ O nome do filme não significa uma viagem literalmente. É a história de almas gêmeas que se encontram de tempos em tempos após serem separadas tragicamente.

─ Oh... Entendo. ─ Divaguei em voz alta ainda com minhas dúvidas e Tomlinson deu risada, sentando-se ao meu lado no sofá.

─ Não se preocupe quanto a sua viagem. Não falarei sobre a sua viagem, mas caso você apareça amarrado no pé de minha cama amanhã a culpa não é minha.

─ Já ouvi semelhante ameaça antes. ─ Sorri olhando na imensidão azul que era seus olhos e Louis fez o mesmo com suas bochechas avermelhadas. Deixei meu braço repousando em seus ombros e fiz carinho na pele exposta de seu braço, sentindo seus pelos se arrepiarem na região enquanto Tomlinson se aconchegava mais a mim.

O filme então iniciou e ficamos em silêncio assistindo a cada cena com concentração. Como Louis havia avisado não se podia nem ao menos piscar, pois corria o risco de se perder a linha de raciocínio, além de não entender mais nada do que se passava.

Em certo momento, peguei-me distraído observando alternadamente os lábios finos e rosados do rapaz ao meu lado, que se aconchegara tanto que quase estava deitado em meu colo enquanto torcia pelos personagens, e também fitava seus olhos azuis totalmente concentrados que encaravam a tela da TV como se sua vida dependesse de tal ato.

Contudo, quando voltei minha atenção para o filme, foi necessário tirar minhas dúvidas com Louis. Um sorriso brincou em seu rosto enquanto suas sobrancelhas franziram fingindo irritação, deixando-o adorável. Ele me explicou sobre as cenas que eu perdera no momento em que Tomlinson se tornara minha distração.

Na metade do filme, em uma parte que não o agradava, Tomlinson levantou do sofá, coçando os olhos preguiçosamente e bocejando e resolveu fazer uma pipoca para nós dois.

─ Prometo não queimá-las como fiz com as batatas. ─ Brincou sorrindo e deu meia volta, afastando logo em seguida.

Meu coração batia descompassado e um sentimento ruim tomava conta da boca de meu estômago toda vez que a recordação de que teria de deixar Londres na tarde seguinte vinha à toa como um tapa.

Deixar de ver Louis todos os dias, sem poder tocá-lo por semanas, sem poder olhar em seus olhos, mergulhar naquele mar de cores, deixar minha boca escorregar pela sua, sentir seu corpo no meu em dias mais frios e até mesmo em dias comuns quando os raios de sol invadiam o quarto pela manhã... Nada... Eu não teria chance alguma de fazer isso enquanto estivesse longe.

Além disso, a possibilidade de Louis querer seguir em frente durante esse tempo não poderia ser descartada.

Era claro a minha intenção de não deixar isso acontecer, já tinha programado diversos fins de semana nos quais eu viria para Londres e também em feriados que passaria na cidade, porém havia sempre a chance de que não saísse como o planejado, pois eu não poderia mandar no coração do dono dos olhos azuis.

Assim que Tomlinson voltou da cozinha, tirou-me de meus pensamentos e sentou ao meu lado novamente. Nossas pernas se entrelaçaram de um modo reconfortante e quase que por reflexo, sabendo exatamente onde encaixar e como se estivessem acostumadas a ficarem assim sempre, sentindo o toque de uma pele contra a outra. Aquela sensação que deixava a pele da região com os pelos completamente eriçados.

Beijei o topo da cabeça de Louis, alisando sua franja para o lado enquanto ele deitava em meu peitoral e se aconchegava mais uma vez ali e peguei um punhado de pipoca, concentrando-me novamente no filme, deixando de lado, por hora, minhas preocupações.

**

Reunião de professores.

Louis estava preso em uma maldita reunião de professores e o embarque para o meu voo terminaria dentro de poucos minutos.

Embora nós fôssemos nos encontrar daqui a uma semana, quando eu voltasse para Londres para passar o final de semana perto de familiares, meu último desejo era nem ao menos me despedir de Tomlinson antes dos três anos morando nos Estados Unidos começarem.

─ Relaxe Harry, logo ele chegará... ─ George tentou me acalmar, porém em vão. Eu não poderia relaxar diante de minha situação nem mesmo se assim desejasse. ─ Louis não disse que estava a caminho?

─ Ele está preso no trânsito. O táxi mal saiu do centro ainda. ─ Massageei minhas têmporas irritado tentando controlar o tom de minha voz para não descontar minha raiva por Tomlinson ainda não ter chegado em George. A culpa também não era de Louis, mas sim da diretora do colégio que tivera a brilhante ideia de marcar uma reunião no dia do meu voo e em um horário extremamente inapropriado para qualquer trabalhador comparecer.

─ Louis já chega, Harry. ─ Meggie sussurrou para mim. Estava sentada em meu colo e enrolava seus dedos pequenos e rechonchudos em meus cachos. Seus olhos estavam lacrimejados e suas bochechas coradas devido ao fato de que tinha chorado por minha partida alguns minutos antes enquanto me abraçava forte dizendo o quanto sentiria falta de minha companhia.

Última chamada para o embarque do voo 313. ─ Disse uma jovem qualquer e um desespero silencioso tomou conta de meu corpo. ─ Os portões fecharão em cinco minutos.

─ Tente ligar para ele novamente. ─ Anne sugeriu um pouco mais aflita por mim do que anteriormente.

Disquei o número do celular de Tomlinson e depois de dois toques caiu na caixa postal. A aflição me dominara por completo naquele momento. Uma parte de mim sabia que não poderia perder aquele voo, porém existia outra que era capaz de desistir de ir apenas para poder se despedir corretamente de Louis.

─ Caiu na caixa postal... ─ Informei desanimado a eles que me olhavam em expectativa como se esperassem que por um milagre eu dissesse que Louis estivesse em frente a entrada do aeroporto.

─ É melhor embarcar, filho... Antes que acabe perdendo o voo.

Concordei com um aceno enquanto fitava o chão recordando os olhos azuis tão amados por mim e desejando ardentemente que eu os encontrasse mais uma vez antes do próximo fim de semana.

Dei um beijo na testa de Meggie como despedida e deixei que me abraçasse mais uma vez antes de colocá-la no chão. Abracei George que como sempre já chorava um pouco, deixando algumas de suas lágrimas escorregarem por sua bochecha. Ele tinha consciência de que não seria tão fácil ir e vir de um país para o outro como eu frequentemente dizia para me confortar e confortar os que estavam a minha volta.

─ Daqui a uma semana você o verá, de qualquer forma. ─ Disse Félicité, dando-me um abraço apertado assim como minha mãe. Concordei com um aceno e peguei minhas bagagens em seguida observando Meggie começar a chorar silenciosamente com a cabeça escondida na curva do pescoço de George.

Eu não queria deixá-la também.

Era torturante ver minha pequena irmã chorar daquele modo.

Andei lentamente em direção ao embarque, querendo adiar o quanto fosse possível aquele momento, e olhei para trás diversas vezes com o intuito de encontrar Tomlinson ali chegando a passos rápidos, desejando sem demora me abraçar com tanta intensidade quanto o possível.

Porém, não foi isso que aconteceu.

Cada vez que eu procurava pelo rapaz de olhos azuis e cabelos castanhos, mais angustiado eu ficava ao não vê-lo em parte alguma.

Era isso.

Ele não conseguiria chegar a tempo.

A jovem da porta de embarque já fechava a entrada e fiz um sinal para ela apressando meu passo para que infelizmente eu não perdesse aquele voo. Ela sorriu gentilmente e abriu um pouco mais para que eu entrasse e foi o que fiz. Assim que adentrei aquele corredor com o piso cinza, a mesma jovem imediatamente tratou de fechar a porta de embarque.

─ Harry! ─ Um grito de uma voz familiar chegou até mim e imediatamente virei meu corpo para encontrá-la.

Louis corria até mim, como se não existisse barreiras impedindo nossa aproximação, com seus olhos focando em apenas um objetivo, sorrindo de seu modo de sempre e que mesmo com a distância eu poderia ver as lágrimas que se formavam em seus olhos tão doces...

─ Eu poderia somente me despedir dele? ─ Pedi a jovem que me fitou um pouco receosa, talvez por ter riscos de que eu perdesse meu voo se o fizesse, porém concordou com um aceno e abriu espaço para que eu passasse.

Imediatamente encontrei o corpo de Louis e o abracei forte contra mim como se fosse tão ou mais necessário que o oxigênio que chegava em minha corrente sanguínea. Afundei meu rosto em seu pescoço e aspirei seu cheiro, desejando registrar em minha memória o seu perfume.

Eu podia ouvir os seus soluços, porém Tomlinson não dizia absolutamente nada. Abraçava-me cada vez mais forte como se não quisesse permitir que eu fosse embora.

─ Senhor? ─ A jovem me alertou.

Quis bufar irritado. Desistir de ir e abrir mão da maldita empresa. Quis enrolar minha entrada no embarque até o que o avião decolasse.

Mas eu não poderia.

Assim, afastei-me do corpo que eu tanto amava e beijei a teste do homem que era dono do meu coração. Beijei como se Tomlinson precisasse de proteção e o meu beijo fosse a única coisa que pudesse salvá-lo. Beijei sua testa com toda a minha angústia, aflição, mas também amor, carinho, cuidado e desespero.

Depois disso, passei pela porta de embarque e ela se fechou atrás de mim, restando-me apenas a opção de me dirigir para o avião que traçara o meu destino.

-x-

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