MORE THAN WRONG

Galing kay SSMissing

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"As drogas em seu corpo causaram isso. Era noite, e a noite não deveria ter chegado ao fim. Vamos, pegue um p... Higit pa

- Índice -
- More Than Wrong -
- Apreensiva -
- Claustrofóbica -
- Entorpecida -
- Ameaçada -
- Amedrontada -
- Dividida -
- Entregue -
- Invadida -
- Levada -
- Correspondida -
- Indecisa -
- Decidida -
- Inesperada -
- Desejada -
- Poupada -
- Maluca -
- Perseguida -
- Perdida -
- Embriagada -
- Capturada -
- Apresentada -
- Escondida -
- Revelada -
- Abusada -
- Insuficiente -
- Agressiva -
- Explosiva -
- Denegrida -
- Destruída -
- Apta -
- Salva -
- Solitária -
- Extra -
- Habituada -
- Agradecimentos -
- Aviso (SUPER-HIPER-MEGA-BLASTER) Importante!

- Errada -

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Galing kay SSMissing

Já haviam se passado oito meses desde a última série de perguntas sobre o caso “Crown” a qual Célia precisou responder. Mas antes disso vieram inúmeras interrogações e mais respostas. Respostas que avançavam o pessoal, fazendo Célia se sentir quase agredida por ter que dizer a verdade, que matou alguém – por alto defesa.

Mas uma verdade ela não disse. Essa os policiais descobriram sozinhos e anunciaram e publicaram em todos os jornais impressos e televisivos.

Zayn Malik, filho adotivo de James McKenney, fugiu do hospital Sant Paul, onde era interno e ainda investigado pela polícia sobre o caso Crown*, ao ser questionado sobre seu envolvimento com a boate Néon Dance.”

Célia ainda sente o coração pular toda a vez que ouve os nomes “Zayn” e “Fugir” em uma única frase. Sabendo que ele ainda está por aí, vagando, escondido, talvez ferido, faminto. Talvez.

Desde o fim das investigações e das afirmações de que todos os envolvidos estavam presos – menos Zayn –, Célia está sendo sujeita a seções com dois psicólogos diferentes, cinco vezes por semana. Além de estar sobre as indestrutivéis ameaças da Senhora Montês, sobre mandá-la para um convento no verão. Célia ainda sorri com essa louca possibilidade de estar trancada em um grande casarão com dezenas de garotas aprendendo como ser madres com freiras sérias e controladoras. Por mais longe de tudo que ela quisesse estar agora, um convento não seria uma de suas escolhas para desaparecer.

– Célia? Esta na hora de irmos, já está pronta? – Sienna chamou dando leves batidas na porta do quarto de Célia. Sra. Montês ficara diferente após tudo aquilo, mais atenciosa e preocupada do que nunca, mas já não abrigava Célia a vestir vestidos que cobrisse os joelhos, ou a ir a Igreja todos os domingos. Apenas não a deixava sair de casa, como se a qualquer hora um maluco fosse raptar Célia e levá-la para sempre.

Mesmo a polícia e a Senhorita Makena – psicóloga contratada pela polícia – assegurando que Célia estava liberada e que ela não era uma psicopata, Sienna ainda temia imensamente pela saúde mental de sua filha, achando que a qualquer momento Célia iria enlouquecer e erguer uma faca – ou uma garrafa – e matar qualquer pessoa que viesse a sua cabeça.

– Já vai mãe – Célia terminava de pentear os cabelos, agora não tão grandes (chegando a base dos ombros). Ela pensou em como mudar diversas vezes, Hillary deu essa a idéia de cortar os cabelos.

Hillary, agora com sua pequena Louise, parece estar mais bela do que nunca. Fora uma grande briga até Hilly aceitar que Zayn não era pai da pequena mas sim Lourenço – um rapaz bonito o suficiente para Hillary babar mais uma vez, além de gentil e responsável, ele assumiu a criança e vai visitá-la quase todas as tardes. Agora ela cuida da pequena com a ajuda da mãe e de Henrie, o único cara a quem Hillary ama de verdade.

Zayn acabou virando uma sombra na vida da amiga, alguém a quem ela não queria rever. Mas Célia queria.

A garota abriu a porta e puxou sua bolsa junto consigo antes dessa se fechar às suas costas.

– Estou pronta – ela revistou os cadarços de seus Converse brancos.

– Vou precisar rever as coisas na loja e seu pai com certeza vai ficar cuidando daquele bando de homens na fábrica; você pode voltar de táxi? Pode pedir pizza se não quiser cozinhar hoje – Sienna pegou as chaves e abriu a porta dando passagem para Célia.

– Posso – Célia disse cabisbaixa, a dias está esperando por um pouco de silêncio e solidão.

– Que bom. Não fique muito tempo nas ruas, se Charles não estiver no consultório volte diretamente para casa, me ouviu?

– Claro mãe. Nada de rua. Direto para casa – Célia imitou um robô, sentando-se no banco de trás do carro.

– Sabe que estou fazendo isso para te proteger...

– Eu sei, mãe, não precisa se preocupar. Farei isso, voltarei para casa na hora certa. Se houver alguma coisa ligo para a senhora ou vou para a casa de Hillary – sorriu. Célia sabe do ódio de sua mãe por Hillary, mas o que ela pode fazer se Célia estaria sempre segura ao lado da briguenta da Hillary?

Sienna assentiu, desconfortavelmente, e finalmente ligou o carro para que pudessem sair da frente daquela casa.

As ruas de Londres continuam as mesmas, seu jeito vintage sob as nuvens cinzentas de um dia nublado. Célia encostou a cabeça no vidro da janela. A Néon Dance agora é uma cafeteria chama Coffee D'Luet, a fachada luminosa deu lugar a vidraças, o balcão do bar agora é onde os cafés mais enfeitados são produzidos.

O apartamento de Zayn agora está desocupado e revirado, quase como o coração de Célia.

– Lembra do que eu te disse – Sra. Montês apertou um dos botões e a porta fez um click.

– Eu já sei, eu já sei!

Célia pulou fora do carro, acenando com uma mão até ver o carro sumir e soltar um incrivelmente grande e sonoro “uffa”.

Célia normalmente anda um pouco mais para chegar ao prédio onde é atendida. Ela desceu a rua, olhando para as vitrinas das lojas e as roupas exuberantes e incrivelmente caras nos manequins pálidos e imóveis.

O prédio estava próximo agora, Célia abriu o portão de entrada e sorriu para o rapaz sentado numa das poltronas do hall, lendo uma revista de automóveis, e se dirigiu para o elevador.

– Célia! – o homem de jeito divertido, com cabelos cacheados e a pele morena, cor chocolate, parecia espantado ao ver a menina.

– Ah, olá Stanley. Tudo bem?

– Claro, muito bem e você? O que está fazendo aqui? Dona Sienna ainda não acredita que você não é uma psicopata? – ele apertou um dos botões.

– Talvez eu seja – Célia sorriu pressionando o número do andar onde ela ficaria.

– Olha garota, você não me assuste! Estamos trancados em um elevador que vai continuar fechado por tempo suficiente para que possa me matar – ele ergueu as mãos.

– Só estou brincando – ela apertou os olhos ao sorrir.

– Graciosa – ele disse, passando as mãos para os bolsos de seu jeans negro super apertado.

– O que disse?

– Nada – as pesadas portas metálicas abriram –, você está linda hoje!

Ele saiu e andou em direção a uma das salas. Ela tentou não rir.

Célia desceu do elevador dois andares acima e entrou na primeira porta que viu.

– Boa tarde, Célia – Célia acenou sentando-se num grande sofá negro de três lugares, mas que cabe confortavelmente cinco Célias.

– Boa tarde, Charles.

Célia admirava os olhos verde-água daquele rapaz que parece simplesmente jovem de mais para cuidar de sua mente.

– Bom, já que você não tem nada de errado nessa cabecinha linda, mas Sra. Montês praticamente me obriga a fazer isso, vamos fazer um trato – Charles lançou uma piscadela e fez Célia se interessar. – Você está liberada. Eu não digo nada e você não diz nada.

– Sou oficialmente muda – Célia disse se erguendo em um pulo, um sorriso tão grande que dava para ver de costas.

– Já que eu te fiz perder seu tempo vindo até aqui...

– Praticamente, quem ganha esse crédito é a minha mãe.

– Oh sim, mas, eu vou mesmo precisar sair para comer alguma coisa. Posso te pagar... Um café? Faz de conta que é parte do tratamento. Como você reage a cafeína!?

Célia sorriu ajustando a bolsa a seu ombro.

– Sinto que vou gostar desse tratamento.

– Isso é um sim?

Célia acenou e os dois saíram a passos lerdos, tagarelando, até pararem no primeiro Café que viram.

– Então – Charles começou, bebendo um gole de seu café – gosta de lugares assim?

Célia não tinha reparado exatamente no lugar, algumas pessoas estavam sentadas nos bancos dispostos no balcão, outros conversavam em mesas de cinco lugares. A cafeteria é uma mistura de Bar e Café. Um banco no meio de um palco improvisado, com um violão ao lado e um microfone vermelho em seu tripé bem a frente.

– Gosto – ela disse por fim, sugando a espuma de seu chocolate doce e fumegante.

– Teremos um novato – a voz afunilada, obviamente de uma mulher, soou por toda a cafeteria – ele disse que vai cantar uma música que ele mesmo fez. – Ela pareceu impressionada. – Vamos ouvi-lo?

Alguns gritinhos e palmas cruzaram o local.

– Bom, eu fiz essa música para uma garota. Ela conta um pouco do que vivemos... Talvez seja uma loucura mas... Bom – ele pareceu sorrir –, ouçam...

A voz estava abafada, tão distante que parecia em outra dimensão. Célia não olhou para trás.

– O álcool em seu corpo causou tudo isso. Era noite, e a noite não deveria ter chegado ao fim. – Célia fechou os olhos por alguns segundos, idealizando um corpo para aquela voz tão bonita. – Vamos, pegue um pouco da minha vida... Beba-a sem pressa e enlouqueça como fez da primeira vez. – As cordas de um violão foram atiçadas como às chamas de uma fogueira. – Um dia alguém me disse que você chorou baixinho, para ninguém te ouvir – Célia se virou, lentamente, olhos sobre o ombro, marejados, abriram espaço para um sorriso um tanto curvo, um tanto grande de mais. – Eu sei que meu nome estava ali, amor, cravado no sal das tuas lágrimas. E eu me culpo por deixá-las cair...

Ele agora tem cabelos altos num tom estranho de loiro, misturado com... Aquilo é rosa? Talvez seja um disfarce, tentou ignorar. Os olhos estão manchados de marrom, por olheiras que o deixam com uma aparência frágil. Ele não sorri enquanto canta, ele parece nunca sorri quando deveria estar feliz. Célia não conseguia parar de olhar... Tudo parece tão errado e ao mesmo tempo tão certo, como se a ordem das coisas estivessem todas mudadas, como se tudo o que ela viveu naquele pouco tempo fossem as páginas de um livro antigo, onde o fim não poderia ser de outro jeito.

Célia não procurou entender.

Não venha me dizer que estou errado agora. Querida, meu único erro foi fugir quando minha salvação estava em seus braços. Sei que sou o cara mais que errado para você, errado de tantas formas... Mas, o que importa? – Célia sussurrou em sua mente aquela última frase “O que importa?”. Seus ombros curvados parecem deixá-lo impotente. Célia resistiu ao desejo de correr e abraçá-lo, retirá-lo daquela bolha fria que parece prendê-lo.

Ele nunca estaria errado.

Ela sim.

A voz foi engolida.

Ele a viu ali, parada, lágrimas nos olhos, ela parece ainda mais bonita. Ele resistiu à cede de querer abraçá-la. Todos os olhares da sala pareciam acompanhar os olhos castanhos do rapaz, mas ele não se importou. Sorriram como se estivessem a sós, como se nenhum dos dois estivesse chorando por dentro, como se aquela melodia triste criasse inesperadas nuances eletrônicas e alegres, assim, de repente.

Célia não conseguiu não sussurrar seu nome... “Zayn”... É ele, ali, após tanto tempo.

Zayn se ergueu, ainda jogando, débil, suas palavras ao vento, as presas para matar sua cede de Célia.

Célia se ergueu, o grande sorriso sob as lágrimas, estava sendo sugada para uma felicidade imensa, ouvindo as palavras que parecem estar saltando de sua vida. E enfim, depois dos errados, depois dos desafios, depois de quase morrer... Tantas vezes... Nunca foi uma ilusão, então.

Sou eu a quem você chama a noite, e sou eu quem vai te tirar desse aquário – a voz estava embargada, e ele se ergueu de vagar, um passo para Célia, passos mais perto... – Pois eu preciso da sua agonia liberta... Querida eu te amo, yeah, você sabe que nunca diria isso... Yeah, Célia... Você sabe que eu nunca diria... Eu nunca diria isso a ninguém, mas direi mil vezes a você. Direi até que me peça para parar. Você quer que eu e pare?

Célia negou.

Mais dois passos...

Dê-me sua mão... ele não conseguiu continuar. Seu rosto frente ao dela, a respiração ofegante, o cheiro de Célia engolindo, roubando seu ar...

Ele avançou sem medo, ela o aceitaria? Sim, o aceitou em seus braços quentes e confortáveis.

E, entre aquele emaranhado de lágrimas e braços, Célia tentou não pensar no que os trouxe aquele lugar, apenas encostou sua cabeça na curva quente do ombro de Zayn e deixou que todos os erros fossem diluindo em suas felizes lágrimas, até que se tornassem ilegíveis, invisíveis, inexistentes.

F i m

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-SSMissing

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