Your Eyes Only (Larry Stylins...

By larrypsyche

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Com o anúncio do noivado de seu irmão, Harry Styles, ainda chocado e preocupado com a notícia e com a decisão... More

Prólogo
I. Capuccino
II. Em disparada
III. Amoras e bebidas
IV. Meggie
V. Lenço de papel
VI. Tão próximo
VII. Ternos
VIII. Conexão
IX. Curativo
X. Somente Louis
XI. Pequenos detalhes
XII. Orgulho ferido
XIII. Decisões
XIV. Exatamente como é
XV. Confuso
XVI. Pessoa favorita
XVII. Despedida de solteiro
XVIII. Tê-lo em meus braços
XIX. Quarto de hotel
XX. Toques
XXI. O casamento
XXIII. Aeroporto
Epílogo

XXII. Não me deixe

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By larrypsyche



Eu demorei tanto e estava morrendo de saudades. Quinze torturantes dias sem poder postar uma única atualização para vocês foram terríveis. Eu me senti tão mal por isso. Só que infelizmente não consegui entrar antes aqui para escrever esse capítulo. Espero que entendam!

Para compensar, fiz um capítulo um pouco maior do que o habitual. Espero que gostem!

Ah, e um lembrete. Como estamos na reta final queria lembrá-los de que só falta uns dois ou três capítulos. O próximo não tardará a chegar tanto quanto esse.

Boa noite e aproveitem!

-x-

[Harry's POV]

─ Você viu o Louis? ─ Perguntei ao garoto loiro que dançava no ritmo da música com algum primo de Tomlinson. Seu rosto estava vermelho e havia um pouco de suor acumulado na parte inferior de sua franja jogada para o lado perto da têmpora esquerda. ─ Eu não o vejo já faz algum tempo.

─ Eu acho que o vi perto do bar. ─ Gritou. ─ Melhor ver como ele está. Da última vez que o vi já tinha bebido uns seis shots de vodka.

─ Ok, obrigado. ─ Sorri pequeno e saí rapidamente totalmente preocupado, caminhando a passos firmes em direção ao bar da festa. Era um local com uma bancada de vidro e madeira maciça e umas prateleiras cheias de bebidas servidas por um barman. O salão encontrava-se escuro e era somente iluminado pelas luzes da pista de dança. Avermelhadas e verdes. Muitos dançavam inclusive Meggie, Ernest e Doris que se mexiam de um lado para o outro desajeitadamente em uma pequena roda formada por eles.

Passei por outras pessoas que dançavam de dois a dois e finalmente avistei Tomlinson virando um copo com bebida em sua boca, tomando todo o conteúdo líquido. Sorriu grande e mexeu sua cabeça no ritmo da música. Enquanto eu me aproximava, notei um rapaz de cabelos claros, assim como os de Horan, próximo demais de Louis.

Por estar bêbado, o rapaz de olhos azuis não percebeu quando o loiro sussurrou em seu ouvido algo que eu não imaginava o que poderia ser, mas que fez meu sangue ferver somente em observar tal aproximação. O rapaz ainda lambeu o lóbulo de Tomlinson fazendo com que Louis virasse o rosto confuso com seu sorriso desaparecendo do rosto.

Aquilo foi o limite para mim.

Meus passos duros encontravam o chão enquanto eu me aproximava pensando qual mão eu usaria para dar uma certeira no rosto daquele homem. Meu semblante provavelmente se encontrava totalmente fechado e ameaçador, como George sempre afirmava nos momentos em que meu corpo era tomado pela raiva. Meu sangue borbulhava em completa ira. Meu coração pulsava descontrolado e meu estômago se revirava enquanto meus olhos capturavam a aproximação do rapaz aos lábios de Louis que tentava se afastar, porém sem sucesso já que se encontrava totalmente bêbado e cambaleante.

Era esse mais um motivo para acertar um soco no rosto daquele rapaz.

Tentava se aproveitar de alguém que nem sequer tinha condições de raciocinar direito.

O primeiro e principal motivo, obviamente, era esse alguém ser Louis Tomlinson.

Meu Tomlinson.

Por sorte e alívio meu, cheguei a tempo de evitar o beijo que o rapaz gostaria de ter. Enlacei a cintura de Tomlinson com um de meus braços e o puxei bruscamente, mas com cuidado para não machucá-lo, abraçando seu corpo e encostando suas costas em meu peito. Sentindo o calor de seu corpo. Cada célula pulsante que tocava minha pele. Com uma de minha mão, tirei a franja de seus olhos e acariciei suavemente a pele de seu rosto. Estava suada, quente e macia como sempre. Inconsciente e parecendo descobrir sem ver quem o puxara para si, Louis inclinou a cabeça e repousou-a em uma de minhas mãos com cuidado.

Encarei o homem diante de nós e ele pareceu entender que estava no local errado e tentando ter a pessoa errada. Eu ainda o encarava firme e tomado pela ira, com o sangue fervendo, com a paciência no limiar e desejando que aquele rapaz simplesmente desaparecesse de minha vista. Ou melhor, desejando que ele nunca tivesse aparecido.

O homem pegou sua bebida em cima da bancada e deu de ombros, parecia bêbado, mas não tanto quanto Louis. Depois de alguns segundos, ele simplesmente andou para longe e desapareceu em meio aos outros que ainda dançavam.

─ Eu senti sua falta. ─ Tomlinson falou ainda com o rosto em repouso em minha mão.

─ Por que desapareceu? Faz algum tempo que o perdi de vista. Somente fui levar Ernest ao banheiro.

─ Eu estava irritado com você. ─ Ele virou seu corpo em meus braços para encontrar meus olhos. Ainda com um sorriso tolo na expressão, sua sobrancelha estava franzida e demonstrava sua pouca irritação agora. ─ Quer me deixar aqui!

─ Eu não quero deixá-lo, Louis. Jamais quis. E é só por três anos. Você poderá me esperar... Se assim desejar, pois eu estarei te esperando. Além disso, sempre que eu puder, virei visitar minha família e você, caso queira.

─ Você não vai. Eu não vou deixar. Vou te amarrar no pé da cama. ─ Ele riu, quase gargalhando. Tombando sua cabeça para trás, fechando os olhos, segurando-se em meus braços e depois deixando sua cabeça encontrar meu ombro. ─ É isso mesmo. Vou fazer isso. ─ Sussurrou. ─ Você não vai. Não vai...

─ Acredito que devemos ir para nossos quartos. Você ingeriu muito álcool.

─ Não, não... Eu p-preciso beber mais um pouco. E-Eu quero mais um copo de vodka.─ Tentou se afastar, porém não deixei chance alguma para que ele pudesse sair de meu abraço.

─ Sem copos de vodka, Louis, por favor.

─ Só mais unzinho. Por favor... A festa mal começou...

─ A festa está perto de seu término. Vamos dormir.

─ Não, não, não... ─ Tomlinson agia como uma criança mimada enquanto bêbado e não consegui controlar o riso que escapou por sua teimosia. Ele me fitou sério não gostando nada de minha risada e parei sem jeito. ─ Eu só vou se você ficar aqui comigo.

─ Nós podemos ficar juntos lá em cima, Louis, não há a necessidade de estarmos na festa.

─ Não é i-isso que eu quero dizer. Estou falando de você ficar aqui. Aqui na Inglaterra para sempre. Prometa para mim que ficará e assim irei dormir. ─ Ele sorriu vitorioso acreditando que eu cederia a seu desejo um tanto quanto manipulador.

Silenciei-me e fitei a imensidão azul que era seus olhos agora cansados, sonolentos e tomados pela bebida. No entanto, o brilho que eu tanto amava ainda estava ali. Silencioso e contido, porém eu ainda conseguia vê-lo.

─ Podemos discutir isso lá em cima? ─ Pedi, mentindo, porém. Não queria conversar sobre tal assunto com Tomlinson ainda mais com ele bêbado. Apesar de que, por mais que estivesse desesperado para que eu permanecesse na Inglaterra, quando o dia amanhecesse e sobrasse somente a ressaca da noite anterior, o orgulho de Louis não deixaria que ele demonstrasse a fraqueza de seu coração e o quanto ele estava abatido pela notícia. Era só agora que eu tinha a chance de vê-lo sem suas amarras e a sombra do medo estampado em seus olhos.

─ Tudo bem. Se eu esquecer sobre o que falávamos, você irá me lembrar. ─ Mas eu não concordei em fazê-lo. Apenas segurei sua mão com delicadeza do mesmo modo que fazia com sua cintura e o direcionei para a saída do salão. Avistei de longe a família de Richard divertindo-se na festa e acenei rapidamente, sorrindo para o motorista que se encontrava feliz dançando com um de seus filhos. Assim que chegamos à escadaria, Louis resolvera fingir estar em uma escalada e me obrigou a fingir também. Seu rosto sustentava um sorriso travesso e seus olhos brilhavam enquanto me mandava ficar em silêncio por ouvir passos se aproximando e depois caindo na risada quando éramos "descobertos".

Por mais que tudo aquilo me parecesse inapropriado, a etiqueta e as normas sociais eram por mim deixadas de lado por Louis. Tudo que estivesse a meu alcance, eu faria para agradá-lo. Ele havia me conquistado. Cada pedaço meu era dele. E meu coração se partia ao meio quando a constatação de que ficaríamos três anos separados chegava como um soco no estômago.

Abri a porta do quarto de Tomlinson e, enquanto a fechava, ele simplesmente caminhou e sentou na cama e tentou tirar os sapatos preguiçosamente, rindo baixo sabe-se lá por que.

─ Harry, você pode me ajudar? ─ Disse ao desistir e largar o próprio pé, jogando-se na cama de braços abertos e rindo mais uma vez.

Deixei as chaves na mesinha de entrada e me ajoelhei diante de Tomlinson, desamarrando o cadarço de seu sapato e o tirando com cuidado. Ele apenas sorriu enquanto eu tirava sua meia e livrava seu pé pequeno, delicado e moreno do tecido.

Literalmente, Louis era lindo da cabeça aos pés.

Ele mexeu seus dedos e riu novamente me fazendo rir do mesmo modo. Meu coração batia tão acelerado quanto possível e minha mente gritava incessantemente o nome do rapaz de cabelos castanhos e olhos azuis.

─ Vou pegar seu pijama.

─ Ok... Só não fale mal da bagunça de minha bagagem.

─ Não penso em fazer isso.

─ Sei... ─ Duvidou, rolando na cama enquanto eu caminhava até sua bagagem, abria o zíper e remexia ali dentro. Realmente estava uma bagunça, porém eu não iria comentar como era do desejo de Tomlinson. ─ Eu estou vendo esse sorriso aí.

─ Eu não disse absolutamente nada.

─ Pode dizer, eu sei que é isso que quer.

─ Eu não irei dizer absolutamente nada. ─ Sorri a ele. Tomlinson retribuiu o sorriso, mas o mesmo foi desaparecendo até não ser mais visível e então como se tivesse recobrado a consciência seus olhos clarearam um pouco mais.

─ Não me deixe. ─ Praticamente implorou. Lágrimas se formaram em seus olhos tão límpidos e puros e aquilo foi como se meu coração fosse pressionado desconfortavelmente. ─ Por favor...

─ Eu não quero deixá-lo. ─ Disse sincero sentindo a pontada dolorida em meu coração mais uma vez.

─ Então não vá!

─ Não posso simplesmente fazer isso.

Louis apenas ficou em silêncio por vários segundos, abaixou a cabeça e concordou com um aceno quase imperceptível. Depois me fitou novamente e sorriu pequeno.

─ Eu vou escovar os dentes.

─ Tudo bem. ─ Respondi.

Ainda meio cambaleante, Tomlinson andou em direção ao banheiro e iniciou sua árdua batalha de colocar a pasta de dente na escova, rindo vez ou outra quando errava a mira. Demorou mais de quinze minutos para finalizar sua escovação enquanto eu o aguardava com seu pijama em mãos e sentado na beirada de sua cama macia.

Assim que terminou, caminhou até o meu alcance de forma cambaleante e simplesmente parou em minha frente. Seus olhos quase se fechavam devido à sonolência que o atingira e Louis parecia esperar para que eu o vestisse. Assim sendo, levantei-me e com cuidado comecei a tirar sua camisa social, evitando tocar em sua pele e me preocupando mais em cuidar do rapaz em minha frente do que sentir a textura do seu corpo. Eu jamais me aproveitaria de seu momento de fraqueza. Por isso, assim que tirei sua camisa, vestia a camiseta de pijama com delicadeza para não machucá-lo e me preocupando em deixá-lo aquecido. O mesmo fiz com a calça, trocando a social pela de pijama e o encaminhando para deitá-lo na cama logo em seguida, com uma mão repousando em sua cintura tranquilamente.

─ Dorme do meu lado. ─ Pediu enquanto se ajeitava na cama e apertava o cobertor ainda mais contra si. Um vento gelado batia contra a janela depois daquele torrencial. Mesmo após a bebida que deixava seu corpo quente, não era em vão que Louis estava completamente coberto.

─ Ficarei aqui até que pegue no sono e apenas sairei para vestir uma roupa mais confortável e escovar os dentes assim que o fizer.

─ Obrigado. ─ Tomlinson levantou o cobertor e, assim que tirei meus sapatos, deitei ao seu lado, abraçando sua cintura e o trazendo mais para mim. Ele acomodou a cabeça em meu ombro e também me abraçou, fazendo-me questionar como eu faria para sair de seus braços quando precisasse e depois que adormecesse. ─ Harry?

─ Sim?

─ Eu gosto tanto de chocolate.

Ri pelo nariz e beijei sua testa com um pouco de franja bagunçada a cobrindo.

─ Eu também.

Ficamos em silêncio. Eu estava entretido nas batidas calmas de seu coração e no modo como sua respiração se tornava mais calma na medida em que o tempo passava. Passou-se um bom tempo do momento em que trocamos nossas últimas palavras quando acreditei que ele estivesse caído no sono. No entanto, ele se movimentou junto a mim e entrelaçou suas pernas nas minhas.

─ H-Harry? ─ Falou entre um bocejo agora sim prestes a cair no sono.

─ Sim?

─ Eu gosto de você... Exatamente como é!

Minha primeira reação foi dar a ele, mesmo que o de olhos azuis não notasse, o meu maior e mais verdadeiro sorriso. Então deslizei o polegar por sua bochecha e tirei a franja de seus olhos, certa mania que peguei após ficar tanto com Louis em meus braços.

─ Eu também gosto de você, Louis.

**

Assim que acordei na manhã daquele dia, senti a cabeça de Louis repousada confortavelmente em meu peito e seus braços contornando minha cintura. Tomlinson não estava tão preso em meu corpo como da primeira vez, como se temesse minha fuga dali, pois naquela hora, minutos depois dele adormecer, fora difícil me desvencilhar de seu aperto. Foi só depois de inúmeras tentativas que tive algum êxito. Eu fiquei deitado ali com ele até o sol invadir completamente o quarto, ofuscando minha visão e despertando um Louis de ressaca e completamente mal humorado.

E seu temperamento era contagioso, como logo percebi.

Insisti para que tomasse um suco de laranja, pois acreditava que sua dor de cabeça diminuiria caso tomasse algo mais saudável e que ajudasse seu organismo a funcionar melhor. Ele teimosamente negou por mais de meia hora e deixou sua expressão cansada, sonolenta e dolorida de lado para assumir uma zangada, com as sobrancelhas franzidas e as bochechas vermelhas de raiva.

Quando fui perceber, eu também estava de mau humor.

Deixei o copo com suco de laranja ao lado da cama e fui ao banheiro para tomar um banho prolongado, tentando evitar uma discussão com Tomlinson por conta de seu nervosismo. Nós ficamos algum tempo evitando um ao outro, trocando uma ou outra palavra e procurando distrações nada envolventes enquanto passávamos nosso tempo no quarto aguardando o almoço. Porém, assim que o almoço chegou, nós finalmente voltamos a conversar como se nada tivesse acontecido, pois nós dois éramos assim.

Orgulhosos, sem intenção alguma de assumir a culpa e admitir um ao outro que estávamos errados. Simplesmente ignorávamos esses momentos até que o clima melhorasse.

─ É melhor levarmos um guarda-chuva. ─ Louis alertou, olhando mais uma vez para o céu, procurando por nuvens naquele céu claro e completamente limpo.

─ É só um passeio. Acredito que não choverá durante a próxima meia hora.

─ Como pode ter tanta certeza?!

─ Acertei uma vez. Não deveria duvidar de minha habilidade. ─ Falei com um sorriso em meus lábios e Tomlinson apenas revirou os olhos, porém sustentou um sorriso também.

─ Ok. Eu não voltarei para o quarto para pegar um guarda-chuva, mas se começar a cair um temporal...

─ Não cairá.

─ É bom mesmo. ─ Falou, mal dando tempo para que eu terminasse de dizer minha frase. Balancei a cabeça em um aceno e continuei sorrindo, desfrutando da companhia do rapaz de olhos azuis, espírito indomável e coração que me conquistava a cada minuto que se passava.

Iniciamos uma caminhada pelo campo aberto, com poucas árvores pelo caminho e que dava uma bela visão de toda a propriedade do hotel Western. Apesar do céu azul sem nuvem alguma, diferentemente do dia anterior, o gramado encontrava-se encharcado, úmido e sujo de lama. A dor de cabeça de Louis já havia praticamente passado por completo e ele não estava tão mal humorado quanto de manhã, sorrindo abertamente e fazendo piadas sobre qualquer coisa que achasse conveniente.

─ Você soube de George e Félicité? Não os vi ainda. ─ Para falar a verdade, naquela dia somente havia visto Johannah, Anne e as crianças no pequeno salão cheio de jogos e brincadeiras como piscina de bolinhas, cama-elástica, cercadinho e entre outros.

─ Provavelmente devem estar aproveitando a lua de mel. ─ Fez uma careta engraçada e sorriu logo em seguida. ─ Olhe ali, Harry! Há uma nuvem escura se aproximando. Como não vi essa? ─ Falou a última frase mais para si mesmo do que para mim.

─ As árvores a bloqueavam de sua visão. ─ Expliquei.

─ Melhor voltarmos.

─ Não irá chover, Louis.

─ Você não parece mais ter tanta certeza como antes. ─ Comentou desconfiado. Eu somente dei de ombros e continuei caminhando em direção ao nosso destino. ─ Por que quer tanto dar uma caminhada pela propriedade?

─ Pretendo te levar para um local.

─ Onde?

Decidi não revelar a surpresa e permaneci em silêncio. Coloquei as mãos no bolso da calça social e, com o canto dos olhos, notei que Louis me fitava minuto após minuto analisando minha expressão e tentando extrair algo dali.

─ Onde? ─ Repetiu.

─ Logo chegaremos.

─ Eu odeio surpresas, Harry. É melhor saber disso. Me diga o que é!

Bufei cansado, sem realmente estar irritado com Tomlinson, apenas desistindo da ideia de surpreendê-lo. Eu o conhecia o suficiente para entender que ele não cessaria suas súplicas até eu revelar para onde estávamos indo.

─ Iremos andar de cavalo.

─ O que?! ─ Gritou indignado como se sentisse traído. ─ Nem pensar! Isso é algum tipo de piada.

─ Estou sendo sincero com você. Iremos andar a cavalo. ─ Repeti.

─ Por um acaso você esqueceu o que quase aconteceu comigo da última vez?! Eu quase caí de cima daquele cavalo. Se não fosse por você ter chegado a tempo, sabe-se lá o que poderia ter acontecido. Eu poderia ter quebrado algum osso, até mesmo a coluna.

─ Você está falando como a sua mãe da última vez que se cortou.

─ Mas isso é dez vezes pior. ─ Defendeu-se. ─ Se eu cair do cavalo as consequências podem ser muito mais sérias do que cortar minha mão. Tenho razão em temer por minha segurança do jeito que for. Mesmo que eu tenha de agir feito minha mãe.

─ Pois então admita que quem tem medo de andar a cavalo é você.

Louis me fitou sem entender, com a expressão confusa e a boca levemente boquiaberta até finalmente compreender do que se tratava. Apontou o indicador em minha direção para me acusar de algo que, por enquanto, eu não fazia ideia do que fosse.

─ Então é isso que quer? Que eu retire o que disse sobre você ter medo de cavalo e que eu admita que quem tem medo sou eu?

─ Talvez.

─ Então desista. ─ Louis deu risada e cruzou os braços por fim. ─ Vamos voltar.

─ Acabamos de chegar. E não precisa ter medo de cair. Você só não soube conduzir seu cavalo corretamente e muito menos escolhê-lo. Dessa vez irei te ajudar para que se sinta mais confortável enquanto cavalga.

─ Preferia voltar para o hotel, dormir mais um pouco e depois assistir algum filme.

Ignorei seu pedido antes que eu realmente cedesse e desistisse de ensiná-lo a andar corretamente de cavalo e continuei caminhando em direção ao celeiro que ficava a apenas alguns passos de distância de onde estávamos.

─ Boa tarde senhor em que posso ajudá-lo? ─ Um dos empregados que cuidava dos cavalos perguntou com um sorriso no rosto.

─ Gostaríamos de um passeio.

─ Acredito que não será possível no momento, me desculpem. Há uma tempestade se formando e é melhor não arriscar. É perigoso tanto para a segurança de vocês quanto para a dos cavalos.

Decepcionado, concordei com um aceno, entendendo a situação na qual ele se encontrava. Apesar de querer ensinar a Louis, eu não desejava colocar em risco a nossa segurança.

─ Não disse?! Começou a chover fraco. Melhor voltarem antes que a tempestade chegue e os deixem encharcados.

─ Ok, obrigado. ─ Agradeci e me afastei juntamente a Louis que tinha um sorriso convencido no rosto.

─ Falei para trazermos um guarda-chuva. ─ Eu sorri devido a suas provocações sabendo exatamente que era isso que ele estava fazendo. ─ Senhor eu-entendo-tudo-de-previsão-do-tempo.

─ Eu imaginava que você não deixaria passar esse erro.

─ Não mesmo. ─ Disse em meio ao riso, olhando-me de soslaio e logo em seguida abrindo um sorriso grande em minha direção. ─ É melhor nos apressarmos.

─ É somente um chuvisc- ─ E então a chuva aumentou e o torrencial tão aguardado finalmente caiu sobre nossas cabeças. Louis surpreso deixou sua boca entreaberta por segundos e caiu na gargalhada. Começamos a correr em direção ao hotel enquanto sujávamos nossa roupa completamente devido a lama que nos cercava.

─ Não fale mais nada, Harry. Só está nos trazendo azar.

─ Isso não va-

─ Nem pense nisso. ─ Ele disse autoritário em meio a risos.

Não pude deixar de rir também, principalmente após apreciar seu bom humor e ouvir um pouco de sua risada contagiante. Louis corria em direção à entrada do hotel tentando com toda sua energia e treino me deixar para trás e estava conseguindo o que queria apesar de eu não desistir em acompanhá-lo no mesmo ritmo. Assim que chegamos a um local coberto, parecíamos dois pré-adolescentes aos risos, divertindo-se com um acontecimento qualquer. Havia anos em que eu não me divertia assim. Era diferente, parecia novo e... Agradável. Como uma sensação revigorante para o corpo.

─ Melhor trocarmos de roupa antes que fiquemos adoecidos. ─ Cessei o riso, ainda com um sorriso preso nos lábios.

─ Sim, sim. ─ Louis concordou ainda rindo, mas tentando controlar a si mesmo e cessando aos poucos também com o sorriso desenhado na boca.

Resolvemos voltar para o quarto agora com a roupa incomodando cada centímetro de nosso corpo, grudando na pele de modo desconfortável, molhada e fria. Resolvemos ir de elevador, mesmo sendo apenas três andares, para chegar mais rápido, e enfim estávamos já no quarto de Louis que se apresentava quente e acolhedor para nós dois. Pela manhã, eu tinha levado minhas bagagens para o quarto do de olhos azuis já que fiquei com ele durante a noite e precisava tomar banho.

─ Aqui está tão quentinho. ─ Louis comentou distraído indo até a própria bagagem para procurar alguma roupa que o aquecesse e o fizesse se livrar daquelas que os deixava com frio.

Resolvi fazer o mesmo, caminhando até minha bagagem e no processo tirando a camisa branca social que eu usava, botão por botão, sentindo o tecido preso em minha pele desconfortavelmente. Larguei-a perto de meus pés e fiquei de joelhos para encontrar uma camisa branca, talvez, mas que fosse confortável o suficiente e quente também. Acabei encontrando uma azul-escura e a coloquei em cima da cama, procurando por uma calça de moletom e achando-a rapidamente.

Assim que levantei o olhar, notei que Tomlinson fitava meu peitoral concentradamente enquanto tinha em suas mãos algumas peças de roupa. Ao contrário de mim, ainda estava vestindo e fechou a boca entreaberta quando percebeu meu olhar preso em seu rosto. Com o rosto corado, desviou o olhar para o que tinha em mãos e pousou as peças de roupa em cima da cama assim como eu fizera.

Sorri um pouco, observando-o totalmente constrangido após ser pego com os olhos presos em meus ombros, peito, abdômen e em meus braços. Sem pensar duas vezes, aproximei-me de Louis, pegando minhas roupas e caminhando a passos lentos em direção a ele, sem chamar sua atenção, sem a intenção de ganhá-la. Assim que me aproximei o suficiente para não existir possibilidade dele não me notar, seus olhos azuis que continham a imensidão de um oceano me tragaram suavemente como se tocassem minha pele de forma doce, me envolvessem carinhosamente e me beijassem como se fosse o último desejo que ansiasse.

Não perdi tempo e me aproximei o suficiente para sentir o peito de Louis coberto pela camiseta molhada encostado contra o meu agora nu. Sua respiração, antes sôfrega e lenta, estava naquele momento acelerada e Tomlinson precisou entreabrir a boca um pouco para que ela saísse com mais facilidade. Minha mão foi de encontro à bochecha corada e fria de Louis, sentindo algumas gotas de chuva escorrendo por sua pele. Deslizei suavemente alguns dedos por sua pele, acariciando e sentindo a maciez dela, tendo cada vez mais certeza que as pernas de Tomlinson fraquejavam sob meu toque por vê-lo tentar se manter firme.

Enquanto nossos olhos permaneciam presos um ao outro e nossas bocas ansiavam pelo encontro desesperadamente, deixei minhas mãos caírem ao lado de Louis e segurei de modo delicado sua cintura, trazendo-o mais para perto enquanto subia sua camiseta, deixando meus dedos encontrarem a pele quente, mesmo molhada, e morena e macia. Saboreando o quanto sua pele arrepiava ao simples toque de meus dedos. Vendo Tomlinson piscar repetidas vezes para manter o foco.

Segurei a barra de sua camiseta e a puxei completamente para cima, fazendo com que ele tivesse que sair de seu estado de transe e me ajudar a tirá-la. Como se acordasse, Louis fez o resto do trabalho, jogando a peça de tecido em seus pés descalços e puxou meu rosto para que selássemos nossos lábios em um beijo cheio de desejo, frustração, vontade de acabar com aquela distância mínima que nos separava.

Nossas línguas se encontravam em uma batalha onde não havia vencedores enquanto envolvíamos um ao outro em nossos braços, tentando manter a proximidade. Ainda entregue ao beijo, minhas mãos foram de encontro ao zíper da calça de Louis e ele fez o mesmo tentando abrir o da minha que era muito mais fácil por ser calça social ao contrário da jeans skinny que usava.

No entanto, para tirar a calça apertada a tarefa foi mais difícil. Não queríamos nos separar nem por um segundo sequer. Por isso, acabamos perdendo o equilíbrio e fomos em direção ao chão, salvos por uma queda brusca apenas pelo fato de segurávamos um ao outro e tentávamos controlar nosso andar.

Tomlinson riu suavemente e meus olhos imediatamente correram para fitar sua boca como se eu necessitasse apenas vislumbrar daquela bela visão que se tinha. Como se fosse a única coisa que me manteria vivo. A sua risada ecoava como música para os meus ouvidos e não era como aquela frase clichê que se dizia ou imaginava, tirada da poesia. A risada de Louis realmente tinha esse efeito. Ela era simplesmente bela, suave, acolhedora...

Meus braços envolveram o corpo de Tomlinson em um pedido silencioso para que aquele momento que se desenrolaria entre nós durasse para sempre ou jamais fosse esquecido por ele. Porque, quanto a mim, eu tinha certeza que minha memória seria preenchido por ela. Pois por mais que eu não tivesse certeza do que aconteceria no chão daquele quarto, eu tinha consciência de que seria inesquecível. Eu tinha consciência de que as mãos de Louis que mapeavam meu tronco, minhas costas, meu abdômen, que deslizavam por meus braços, apertavam meus músculos e deixavam a marca de suas digitais sobre minha pele perdurariam por tempo indefinido em cada poro do meu ser.

Meus lábios se conectaram novamente aos dele estalando contra sua boca macia, deixando um fio fino de saliva as conectando quando nos afastávamos apenas para respirar descompassado. Por mais que eu estivesse inseguro quanto ao que aconteceria, desejava me entregar a ele e ter Tomlinson entregue a mim. Eu confiava nele. Sabia que ele teria paciência para compreender minha inexperiência perante um homem. Ainda mais um homem como Louis.

Louis que mais parecia um deus com seus belos olhos azuis, sua boca fina, avermelhada, seu corpo torneado, moreno e curvilíneo, seu nariz arrebitado, suas maçãs do rosto arredondadas e seu rosto bem desenhado.

─ Eu preciso de você. ─ Olhei em seus olhos azulados como o mar para dizer a ele o que minha mente gritava e meu coração martelava no peito sem poder expressar. ─ Não sei se conseguirei agradá-lo, eu não tenho experiência com homens, com bem sabe, mas-

Tomlinson colocou o dedo sobre meus lábios e sorriu, negando com a cabeça como se não acreditasse no que estava ouvindo.

─ Eu estou excitado somente com a sua voz. ─ Ele puxou meus cabelos, tentando aproximar meu rosto do dele com êxito, e selou nossos lábios em um beijo calmo. Assim que nos afastamos, enterrei minha cabeça na curva do pescoço dele. ─ Acho que você saberá exatamente o que fazer.

Concordei com um aceno e iniciei uma trilha de beijos por seu pescoço moreno e quente. Podia sentir com meus lábios sua pele arrepiar ao toque enquanto ele se deixava levar por meus beijos e mordidas leves. Tomlinson até mesmo revirava os olhos em completo êxtase.

Eu podia sentir seu membro mesmo por debaixo da boxer roçando na parte interna de minha coxa, deixando-me ainda mais excitado, ainda com mais vontade de arrancar aquela peça íntima de nós dois, jogá-la para o lado e começar a dar prazer para o rapaz que se contorcia debaixo de mim. Eu nunca tinha sentido isso antes. Com nenhum outro alguém. Com nenhuma mulher e muito menos com algum homem.

Mas Louis conseguia provocar as mais inesperadas sensações em meu corpo.

À procura de alívio para minha própria ereção que se encontrava enorme dentro da boxer, rocei meu quadril contra o dele, sentindo-o soltar um gemido surpreso, engasgado, quase preso se não fosse por sua boca estar entreaberta anteriormente. Selei nossos lábios novamente, beijando-o em desespero, querendo que nossas peles estivessem ainda mais coladas uma contra a outra, desejando penetrá-lo para o alívio completamente. O roçar de nossos corpos não era mais suficiente.

Eu precisava de Louis como nunca antes.

Ansiava pelo rapaz de olhos azuis e pele morena como nunca antes.

Como se a qualquer momento a distância se fizesse presente e somente a saudade restasse entre nós.

Como se lesse meus pensamentos, Tomlinson deixou sua mão descer até o cós de minha boxer e lenta e torturantemente abaixou o tecido enquanto acariciava a região e deixava seus dedos chegarem até meu pênis duro e avermelhado, envolverem-no e seu polegar acariciasse a glande. Naquele momento, meu corpo por inteiro pareceu incendiar. A combustão que cada poro de meu ser sofria era devido ao contato de Louis com meu membro, do modo como ele movimentava sua mão pequena ao redor da extensão, da forma como gemia quando eu mordia sua pele exposta do pescoço.

Fiz um movimento rápido e me livrei de minha boxer, tirando a de Louis também e o deixando completamente exposto a mim assim como eu estava exposto a ele.

Soltei um gemido sôfrego seguido por um resmungo assim que Tomlinson abandonou meu pênis para agarrar minhas costas outra vez e deslizar suas unhas curtas por toda a pele sem realmente machucar. Beijei seus lábios novamente e o ouvi gemer assim que esbarrei em sua extensão com meu quadril.

─ Camisinha? ─ Perguntei um pouco nervoso. Minhas mãos tremiam e uma sensação desconfortável na boca do estômago se fez presente.

─ Dentro da minha bagagem. No bolso externo. ─ Passou a mão pela franja para tirá-la dos olhos. Estava sem fôlego e uma leve camada de suor cobria sua testa. No entanto, Louis permanecia lindo como sempre. ─ Pegue o lubrificante também. Provavelmente é um tubinho que está no mesmo local.

Concordei rapidamente com um aceno e minhas mãos tatearam pelo bolso, encontrando-o e agilmente procurando pela camisinha e pelo lubrificante. Assim que os achei, tirei-os de lá e os posicionei ao lado de minhas pernas. Trouxe Louis mais para mim, sentindo seu corpo quente colado ao meu e fiz suas pernas meio se entrelaçarem em minha cintura.

Eu nunca havia estado tão nervoso em minha vida. Parecia um garoto de colegial com medo de decepcionar sua conquista e em parte me sentia patético ao constatar isso. Contudo, eu não conseguia controlar o tremor de meus dedos quando apanhei novamente a camisinha, rasguei o plástico e comecei a desenrolá-la por meu membro sob o olhar atento de Louis.

Tomlinson pegou o lubrificante e despejou um pouco em sua mão. Assim que terminei com a camisinha, ele então envolveu meu membro com sua mão molhada e começou a lubrificá-lo por toda a extensão. Uma fisgada em minha barriga fez com que eu arqueasse o corpo para frente, roubando rapidamente um beijo de Louis, e gemesse grosso e rouco enquanto ele fazia os movimentos de vai e vem em meu membro.

Apertei sua cintura com fervor e enterrei minha cabeça em seu pescoço, sugando a pele do começo de sua clavícula e provocando um tremor no corpo de Louis que gemeu fino. Resmunguei outra vez quando ele largou meu pênis, mas me dei por satisfeito quando suas mãos encontraram o caminho para o meu quadril e agarraram a pele de minha bunda.

─ Você precisa me preparar.

Tirei o rosto de seu pescoço e o fitei a espera de mais instruções. Ele pegou minha mão e trouxe três de meus dedos consigo, despejando o líquido neles e os esfregando um pouco ali para deixá-los completamente molhados e pegajosos.

Assim que terminou, encaminhou meus dedos para a sua entrada e deixou que eu a circulasse lenta e carinhosamente. Seus gemidos baixos e gostosos deixavam o momento ainda mais delicioso e me excitavam ao saber que era eu que deixava Louis naquele estado.

Deixei que um de meus dedos o penetrasse com cuidado. Sua abertura era quente e pequena e Tomlinson gemia arqueando as costas. Parecia sentir um pouco de dor e eu parava o processo para que ele não sentisse tanto. Contudo, assim que ele me incentivava a prosseguir com um aceno de cabeça, eu o penetrava ainda mais com o primeiro dedo enquanto ele gemia e soltava uma série de palavrões e de vez em quando um sorriso carinhoso.

─ Oh Harry... ─ Gemeu assim que comecei a penetrá-lo com meu segundo dedo. Sua entrada se apertava ainda mais a eles e era tão quente, tão gostoso... Eu poderia ficar o resto de minha vida apreciando os sons que saíam da boca de Louis naquele momento e como seu rosto se tornava lindo em prazer. ─ Mais... Mais, mais...

Eu não sabia exatamente o que ele me pedia, se era para movimentar mais meus dedos dentro de si ou se tocar em sua região sensível que o fazia gemer alto ou se para colocar outro dedo em sua entrada e o fodê-lo com minha mão. A única coisa que consegui raciocinar fora a de que eu precisava tirar meus dedos e colocar meu membro no lugar, enterrando-me dentro dele, ouvindo-o gemer abertamente e se entregar por completo a mim.

Por isso, tirei meus dedos de dentro de Louis e mal dando tempo para que ele resmungasse me enterrei em sua entrada, gemendo alto, fazendo-o arquear as costas e roubando um suspiro interrompido por um gemido sôfrego do rapaz de olhos azuis.

Esperei até que sua careta de dor desaparecesse para enfim começar a me movimentar dentro dele em movimentos precisos. Agarrei com desejo sua cintura, deixando provavelmente as marcas de meus dedos ali, e acelerei os movimentos, estocando sua entrada, minha glande batendo contra sua próstata, fazendo Louis gemer sucessivamente e soltar uma série de resmungos e palavrões.

─ Isso é tão... Assim, isso, oh Harry. ─ Suas mãos deslizaram por seu abdômen enquanto meus olhos acompanhavam com atenção os seus movimentos e meu corpo incendiava por ver algo tão inconscientemente atrativo quanto Louis alisando a própria pele.

Meu pênis pareceu pulsar ainda mais dentro de Tomlinson e o beijei com paixão mais uma vez, cessando por segundos suas lamúrias. Sua boca era tão macia, sua pele tão quente e meu desejo por ele tão insaciável que eu não queria parar com aquilo.

Nossos gemidos ecoavam pelo quarto enquanto eu o pressionava no chão frio e o fodia ali mesmo, nossos corpos encontraram o piso gelado, nossas bocas se encontraram uma na outra e meus pensamentos tomados por um único nome.

Louis.

Eu poderia amá-lo todas as manhãs, tardes e noites daquela forma naquele mesmo lugar em diferentes posições. Deixá-lo em completo êxtase, fazendo-o ficar com a boca entreaberta, a pupila dilatada e poderia ouvir o som de sua voz arrastada chamando por mim. Implorando para que eu o fodesse com mais força. Gritando o meu nome repetidas vezes.

Harry, Harry, Harry...

E mesmo que fosse por uma hora, eu deixaria de lado a constatação de que a distância nos consumiria por três anos e simplesmente estaria ali com os pensamentos somente em Louis. Entregando-me completamente ao homem que eu amava.

─ Minha vida s-sem você será miserável... ─ Constatei em meio aos gemidos com uma voz rouca e mais grossa do que o normal, beijando seu pescoço, subindo até seu maxilar e o enchendo de beijos e mordidas ali.

─ N-Não vá, Harry. Fique comigo. ─ Disse agarrando o resto de lucidez que ainda restava. Seus braços envolveram meu pescoço e ele entreabriu a boca enquanto levantava o quadril para igualar meus movimentos, ajudando a acelerá-los, fazendo com que nossos corpos se encaixassem perfeitamente e diminuindo a distância entre eles que quase não existia mais.

Apertei seu quadril, arranhando um pouco sua pele, e estoquei em sua entrada, sentindo se contorcer e levar a mão até o próprio membro para masturbá-lo.

─ Eu estou tão perto agora. ─ Sussurrou e encarou meus olhos. Eu não desviei nem por um segundo e mergulhava naquela imensidão azul em minha frente.

Eu o amava ardentemente.

─ Louis, e-eu... ─ Estoquei mais uma vez, indo fundo dessa vez, alcançando sua próstata e o fazendo gemer alto e deslizar suas coxas em minhas costas, sua pele queimando feito brasa contra a minha. ─ Eu vou gozar, amor.

─ E-Eu também, oh, eu também, amor.

E assim que escutei aquela pequena palavra de quatro letras sair da boca de Louis, penetrando uma última vez com força dentro dele, gozei em jatos fortes dentro da camisinha, soltando o fôlego, gemendo o nome dele e beijando sua boca macia e avermelhada, mordendo seu lábio inferior.

Louis não tardou para vir assim que minha glande encontrou sua região sensível mais uma vez. Os jatos de seu gozo atingiram tanto seu abdômen quanto o meu e os melecaram completamente.

E mesmo com o suor e o cansaço, eu o beijei mais uma vez tendo certeza de que eu precisava encontrar alguém para me substituir nessa viagem e estadia nos Estados Unidos.

-x-

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