Lágrimas de Rhanor: Herança d...

By DanielSLima

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Um antigo mal renasceu... No mundo de Enora, um exército maligno ressurgiu, formado por tudo que é mau e c... More

Prólogo: A Demanda do Rei (revisado)
Capítulo 1 Um Lugar de Sonhos - parte I (revisado)
Capítulo 1 Um Lugar de Sonhos - parte II ( revisado)
Capítulo Um Lugar de Sonho - parte III (revisado)
Capítulo 2 A Viagem - parte I (revisado)
Procurados!
Procurados! parte II
Capa Oficial de Lágrimas de Rhanor
Lágrimas de Rhanor
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Capítulo 2 A Viagem - parte II ( revisado)

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By DanielSLima


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O príncipe acha que sua mente estava pregando alguma peça, então abaixa os olhos e se prepara para saltar do cavalo quando mais uma vez escuta algo; levantando os olhos, vê saindo das árvores, à margem do lago, um velho correndo de uma matilha. Teron não hesita em correr para ajudar o ancião, que tentava se proteger dos animais, contudo, o jovem defensor não quis machucar os animais, uma vez que os lobos são o símbolo de suas terras. Os animais eram respeitados em seu reino, pois eram justos e só atacavam quando ameaçados. Além disso, o príncipe tinha uma estranha ligação com os lobos de Etinas, pois sempre vieram em seu auxílio, já que seu avô, o grande Angelus, tinha, quando jovem, ajudado um antigo Rei dos Lobos. Em retribuição, os lobos de sua linhagem teriam uma dívida de sangue com sua família, e por todas as gerações estariam a serviço dos descendentes de Angelus.

No entanto, o momento se mostrava urgente e o príncipe não tinha outra solução em mente, então desembainha sua espada e esporeia o cavalo com força, pois o velho tinha tropeçado e caído e seria facilmente morto pelos animais. Então o príncipe corre em direção ao líder da matilha e o acerta com a face sem fio da espada, o que faz com que o lobo rodopie e caia desacordado. No entanto, não foi o suficiente para parar os outros lobos, que continuaram o ataque. Desse modo, Teron dá meia-volta e atinge outro animal, que cai assim como o outro. Desta vez, o príncipe para sua montaria em frente à matilha e seu cavalo empina sem demonstrar medo. Parnaso era um animal valente e já havia participado de muitas aventuras com seu dono. O jovem ergue a espada e fala:

– Voltem para o bosque, meus amigos lobos, não me forcem a atacá-los novamente.

Os lobos param e uivam, mostrando os dentes para Teron, rosnando.

– Voltem agora! Voltem, eu ordeno! – gritou o príncipe.

Os animais, por um momento, refugam, mas depois voltam um a um para o refúgio das árvores, porém ficam na borda observando preocupados seus dois membros da matilha caídos. Ao desmontar, o jovem embainha a espada e vai ajudar o velho.

– Você está bem? – pergunta o príncipe. – O que aconteceu para os lobos te atacarem? – Estende a mão para ajudar o velho a se levantar.

– Eu estou bem! Só estou um pouco assustado – responde o velho tirando a poeira e as folhas da roupa. – Eu me chamo Siano, e como chama meu salvador?

– Eu sou Teron, o príncipe de Etinas – diz o jovem fazendo uma reverência. – Mas você ainda não respondeu minha pergunta, Siano!

– Eu sou de Tierama, uma ilha ao sul, aportei em Floral há alguns dias com um amigo, entretanto, nós nos perdemos ao tentar pegar um atalho, estávamos indo para a capital, Riona. Quando tentei voltar para a estrada, os lobos acharam que eu iria atacá-los e então me perseguiram, por fim acabei perdendo todas as minhas provisões e meu ouro.

– Então descanse um pouco enquanto eu vejo como estão os lobos feridos.

– Você tem um belo animal – fala o velho acariciando a crina do cavalo. – Ele é muito corajoso, em minha terra eu crio estes belos animais – continua Siano. – Agora, príncipe de Etinas, tenho uma dívida com você.

– Parnaso é um ótimo companheiro, o melhor que se pode ter, já me ajudou em muitas aventuras e em grandes viagens – responde o príncipe também acariciando a crina do cavalo. – Meu velho, você não deve nada a mim. É meu dever zelar pela segurança de todos em meu reino.

– Então pelo menos deixe que eu dê água para esta criatura que parece estar cansada – diz Siano.

Teron aceita o gesto de bondade do velho. O cavalo o segue como se o conhecesse, à vontade ao seu lado. Siano faz questão de tocar na água antes do animal beber, e a cada gole o cansaço parecia desaparecer. Enquanto isso, o jovem cuida dos lobos, verificando se não tinham se machucado muito, e os leva para junto da matilha, que aguardava na beira da floresta. Naquele momento, pareciam calmos e doces como se fossem domesticados, uns inclusive lamberam a mão do príncipe.

– Os lobos ficarão bem – diz Teron. – Agora vamos sair daqui para não causarmos mais problemas.

– Você tem um grande dom com estes animais – percebe o velho apontando para os lobos.

– Este dom é uma herança dos guerreiros mais valorosos e de maior honra – responde Teron.

– Se me permite perguntar, quem seriam estes guerreiros?

– Não é indelicadeza. São meu avô, o grande Angelus, e meu pai, o rei Arluz – retruca o príncipe.

– Sua descendência é nobre. Em Tierama, há contos das façanhas de seus antepassados. Angelus, a Lança da Luz, que derrotou o mal na primeira Guerra dos Deuses, e Arluz, o Rei Desaparecido, que se sacrificou para deter as forças de Vorlak, o Profano.

Teron escuta aquilo com um misto de orgulho e preocupação, pois sabe do peso que seu sangue carrega, e tem dúvidas se poderia suportar o mesmo fardo que seu pai e seu avô suportaram antes dele, dando sua própria vida para salvar aqueles que amam. O príncipe vai com Siano para baixo da sombra da figueira e ali começam a preparar uma pequena fogueira.

– Vamos preparar algo para comer – fala Teron, mudando de assunto. – Você está com cara de que não come faz algum tempo.

– Muito obrigado pela gentileza – replica o velho

Os dois homens sentam-se encostados na formosa árvore e começam a conversar enquanto preparam o que comer. Siano conta histórias de sua terra e do companheiro de jornada, imaginava que ele já deveria ter chegado a Riona. Teron, com a ajuda do velho, prepara uma refeição para eles e para seus companheiros que a qualquer momento estariam ali, mas, como a fome se mostra mais forte, eles comem e se fartam.

Quando acabam, Teron tira um velho saquinho com algumas moedas e entrega ao velho.

– Tome, você me disse que perdeu tudo, isto deve ajudá-lo até conseguir encontrar seu amigo.

– Eu não posso aceitar – responde o senhor. – O príncipe está sendo muito benevolente comigo; eu só lhe dei trabalho até agora.

– Não faça rodeios, homem! – fala o príncipe em um tom mais alto, mostrando o temperamento explosivo que havia herdado de sua mãe; o jovem coloca o saquinho na mão do velho e complementa: – Isso não irá me fazer falta, porém irá te ajudar.

– Obrigado – responde o velho Siano e continua: – Por ser tão generoso, quero que aceite um presente. – O velho retira de sua veste um pequeno pergaminho que estava enrolado e amarrado com uma tira de couro; pelo seu estado parecia ser muito velho e ter sido rasgado de um pedaço ainda maior. – Isto – falou novamente o homem – é um poema muito antigo e também muito bonito. Está escrito em uma língua esquecida, que poucos conhecem, mas que deve ser lido por você, ou lido para você, dizem que nele está contida uma profecia ancestral. Eu quero que tome isto e descubra o que nele está escrito, pois tenho a impressão de que irá ajudá-lo em sua jornada.

– Muito obrigado. Eu o guardarei e darei para meu velho mestre o decifrar para mim. – O príncipe pega o pergaminho e sente algo em seu coração, cumprimenta o homem e observa as escritas que nunca viu e o guarda em um lugar seguro junto ao peito.

– Bom, meu amigo príncipe, tenho agora de ir, não posso me demorar mais. Agradeço por tudo que fez por mim e sempre que precisar, eu o ajudarei.

– Mas não precisa ir agora, meus companheiros logo estarão aqui – fala o príncipe, que se levanta e cumprimenta mais uma vez o velho.

– Se pudesse ficaria mais, pois a companhia é muito agradável, contudo, tenho de ir. Adeus, meu jovem príncipe.

– Adeus, meu novo amigo – despede-se o príncipe observando o velho seguir pela estrada.

Depois de percorrer parte do caminho, o homem para, se vira e fala:

– Posso lhe dar um conselho, jovem?

– Claro! – gritou Teron.

– Lembre-se disto: quando a face do destino se mostrar diante de ti não se desvencilhe do caminho da luz.

O príncipe fica atônito com as palavras do velho e não consegue responder, nem mesmo perguntar sobre o que estava dizendo, pois eram as mesmas palavras de seu sonho, as mesmas palavras ditas por seu pai. Teron fica parado por um tempo procurando respostas e o que falar ao velho, no entanto, ao levantar a cabeça para olhar novamente na direção do ancião, ele já não está mais lá. Só conseguiu ver na distância as silhuetas disformes de seus companheiros.

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Olá leitores! Estou dividindo os capítulos em três partes para ajudar nas visualizações e com isto ajudar na divulgação do livro. Espero que vocês gostem do livros conto com a ajuda de todos.

Deixem seus comentários que ajudam muito. Por favor divulguem o livro, para ele crescer.

Grande abraço para todos.

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