Your Eyes Only (Larry Stylins...

By larrypsyche

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Com o anúncio do noivado de seu irmão, Harry Styles, ainda chocado e preocupado com a notícia e com a decisão... More

Prólogo
I. Capuccino
II. Em disparada
III. Amoras e bebidas
IV. Meggie
V. Lenço de papel
VI. Tão próximo
VII. Ternos
VIII. Conexão
IX. Curativo
X. Somente Louis
XI. Pequenos detalhes
XII. Orgulho ferido
XIII. Decisões
XIV. Exatamente como é
XV. Confuso
XVI. Pessoa favorita
XVII. Despedida de solteiro
XVIII. Tê-lo em meus braços
XIX. Quarto de hotel
XX. Toques
XXII. Não me deixe
XXIII. Aeroporto
Epílogo

XXI. O casamento

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By larrypsyche


Capítulo um pouco maior para compensar a demora. Boa leitura, meus docinhos de morango!

-x-

[Louis' POV]

─ Pela oitava vez, Fizzy. Você está linda, o seu cabelo não está espetado na parte de cima, as flores já chegaram e George não desistirá do casamento. ─ Confirmei, observando-a através do espelho.

Minha irmã estava simplesmente linda, como uma princesa de conto de fadas. O vestido branco cobria seu corpo de maneira graciosa e deixava suas expressões ainda mais leves. Era simplesmente perfeito para uma data tão especial como aquela.

Fizzy deu uma risada ainda completamente preocupada e receosa com tudo de ruim que poderia vir a acontecer. Soltou o ar dos pulmões e balançou as mãos rapidamente numa tentativa falha para se acalmar enquanto andava a passos pesados de um lado para o outro da suíte onde estávamos. Eu tinha consciência de que isso apenas a deixava ainda mais nervosa.

─ Onde está George? ─ Perguntou, parando de caminhar pelo quarto, mexendo distraidamente na luva branca que vestia e observando a chuva agora fraca que caía do outro lado da janela.

─ Ele e Harry já estão indo para o salão de cerimônia.

─ Não contou nada sobre como estou, certo?!

─ Não, não contei. ─ Dei risada. ─ Você disse que iria comer meu fígado se o fizesse.

─ Que nojo, Louis. Eu não disse isso.

─ Mas deixou a entender. ─ Provoquei, fazendo com que ela balançasse a cabeça em negação com a expressão séria, mas logo rindo outra vez.

─ Só não quero que dê mais azar ao casamento.

─ Como mais azar? Não aconteceu nada de tão ruim assim.

─ Essa chuva é uma coisa ruim sim. ─ Bufou e passou as mãos pelo rosto, cuidando para não prejudicar a maquiagem. Lembrei que aquela chuva era culpa do mau agouro de Harry e neguei com um aceno para mim mesmo, sorrindo com o canto dos lábios. ─ Queria tanto fazer meu casamento ao ar livre e não em um salão.

─ Pelo menos aqui tem um salão. Lembra daquele estabelecimento que você pesquisou que teria de ser obrigatoriamente ao ar livre por não ter um local coberto?

─ Isso seria um problema hoje. ─ Riu pelo nariz.

─ Um enorme problema. Não sei se eu aguentaria o ataque de nervos que você teria se algo assim acontecesse lá.

─ Como?! ─ Ela riu outra vez. ─ Louis, eu posso ficar sob um estado de estresse crítico por algo ter dado errado em meu casamento, mas tenho certeza que se fosse na sua cerimônia com certeza não sobraria um ser vivo que ficasse perto e sobrevivesse para contar a história caso acontecesse algo razoavelmente ruim.

─ Você está exagerando... ─ Neguei com a cabeça, porém sabendo muito bem que se tivesse ocorrendo o meu casamento e qualquer detalhe mínimo desse errado era fato que eu simplesmente explodiria em completo desespero e fúria.

Levantei da cama onde estava sentado e fui até Fizzy para arrumar uma parte de seu vestido de casamento que estava dobrado de um jeito estranho, quase amassando uma parte que com certeza seria difícil desfazer. Meus pensamentos rapidamente vagaram até Styles enquanto distraidamente fazia a tarefa e cantarolava uma música antiga de um filme antigo que eu assistira em uma das tardes em que passara no apartamento de Harry comendo pizza, conversando sobre diversos assuntos aleatórios e trocando beijos impregnados de desejo.

─ Lembrei de uma coisa. ─ Fizzy começou com os olhos levemente arregalados revelando que ela havia se esquecido de fazer algo importante. ─ Preciso ver com Harry se ele escreveu o discurso de padrinho para George. Do jeito que só pensa em trabalho é capaz de ter esquecido.

─ Ele escreveu sim. ─ Falei simples, lembrando-me da tarde em que passamos juntos em seu apartamento. Styles sentou-se de frente para a enorme mesa da sala de jantar e se pôs a escrever o discurso para George de um modo totalmente concentrado na tarefa, não dando brechas sequer para conversarmos. Sua testa se franziu e seu olhar se prendeu no papel a sua frente. Seus lábios se espremeram um ao outro e ele tinha aquela expressão fechada e postura correta. O que me restou a fazer naquele dia foi apenas observá-lo por longos minutos, mas eu não poderia reclamar.

─ Louis?

─ Oh, o que foi? ─ Encarei-a confuso, com a boca levemente aberta e os pensamentos ainda um pouco presos no dono dos olhos cor de esmeralda. Fizzy não fez outra coisa se não rir de minha expressão. ─ Desculpa. Eu não estava prestando a atenção.

─ Tudo bem. ─ Disse sorrindo. ─ Eu só perguntei como você sabia que Harry escreveu o discurso.

─ Ah! É só que... Eu... Nós nos falamos durante essa semana e ele me contou.

─ Oh. Vocês estão se falando? ─ Ela me fitava confusa e eu, ao máximo que podia, evitei encarar seus olhos. ─ Achei que o odiasse.

─ É, bem, eu... ─ Bufei sem saber por onde começar. Afinal, precisava dizer a Fizzy aquilo que tanto me incomodava. O quanto eu havia me enganado em relação a Harry. Que aqueles adjetivos ruins não faziam parte da personalidade de Styles. Que eu havia errado... E como havia! ─ Eu errei, Fizzy. Você não imagina o quanto. Harry, ele é-

A porta foi aberta de abrupto interrompendo assim o que eu iria dizer a minha irmã.

Merda!

Algumas madrinhas, Lottie era uma delas, entraram no quarto praticamente juntas, rindo de algo qualquer, comentando sobre o vestido da noiva e o quanto Fizzy estava linda.

E ela realmente estava.

Não tinha como negar tal fato.

No entanto, eu ansiava desesperadamente ficar a sós com minha irmã para dizer a ela tudo o que eu adiava há mais de uma semana. Uma sensação ruim por ainda não ter comentado me atingiu dentro do peito. Como se algo pressionasse o local de modo incômodo e fizesse meu estômago revirar.

─ É melhor irmos. George está quase tendo um derrame achando que você irá desistir. ─ Lottie brincou e eu dei um sorriso forçado junto às outras por ainda estar preso em minhas divagações.

─ Nem me fale uma coisa dessas.

Porém Fizzy sorriu de orelha a orelha. Afinal era o dia de seu casamento e por mais que receasse um acontecimento inesperado e detestasse a chuva fria que caía lá fora, nada conseguiria abalar o seu momento de felicidade.

**

[Harry's POV]

Os primeiros a entrarem pelo tapete de tecido vermelho foram os padrinhos e madrinhas escolhidos um a um. Eu era um deles, como George fizera questão, e estava ao lado de uma de nossas primas próximas de personalidade reservada assim como todos os nossos familiares, porém mesmo sendo de minha família eu não a conhecia tão bem. Tomlinson entrara com Charlotte com um sorriso belo no rosto, o cabelo ajustado perfeitamente em um topete e os olhos reluzindo um brilho especial e único, verdadeiramente encantador e de me tirar o fôlego.

George entrou em seguida acompanhado de Anne. Seus olhos brilhavam em repleta felicidade assim como cada traço de sua feição que mesmo receosa mostrava a calma de um coração seguro de si. Ficou parado em frente a todos e a espera de Félicité, aguardando-a impacientemente, remexendo-se mil vezes em sua posição, lançando-me olhares de que algo poderia estar dando errado e ajeitando vez ou outra sua gravata que pela quantidade de vezes que fazia o mesmo movimento parecia apertada demais para o seu pescoço.

Sussurrei para que ele se acalmasse, mesmo sabendo que seria inútil qualquer tentativa de apaziguar sua ansiedade em chamas. Era como tentar evitar uma tempestade com as nuvens já formadas no céu. George não ficaria calmo enquanto Félicité não passasse por aquela porta com um sorriso no rosto, os olhos brilhando igualmente e segurando um buquê com flores brancas e detalhes cinza na mão.

Após mais de vinte minutos, enfim, houve-se a música típica e a entrada de Meggie e Doris como daminhas de honra e de Ernest como pajem. O rosto de minha irmã queimava avermelhado devido a sua timidez, principalmente quando percebeu os olhares dos outros convidados pregados em si. No entanto, sustentava um sorriso tímido em seu rosto e caminhava com certa confiança em direção ao altar, fitando meus olhos brevemente e sorrindo um pouco mais. Ernest e Doris arrancaram algumas risadas ao seguirem Meggie cambaleantes e um pouco confusos, expressando-se por monossílabas, rindo vez ou outra e mordendo os dedos da mão enquanto paravam para fitar o chão repleto de pétalas avermelhadas.

Quando finalmente chegou a vez de Félicité entrar no salão todos ficaram em silêncio e pude ouvir um suspiro de George ao ver o quão bela sua noiva estava naquele momento. Com as bochechas coradas, um sorriso gentil e a felicidade estampada, ela caminhou até seu noivo acompanhada por seu pai biológico, Mark Tomlinson. A cerimônia em si finalmente começou com o pastor dizendo seu próprio discurso de casamento.

Durante a cerimônia, aproveitei as oportunidades que tive para observar Louis sentado em seu lugar acompanhando a cerimônia. Meus olhos vagavam até encontrar suas feições e ficaram vários e vários minutos apreciando cada traço de seu rosto, sorrindo estupidamente quando notava o quanto Louis ficava lindo coçando o nariz e fungando, tentando esconder sem êxito o fato de estar chorando emocionado devido ao casamento de sua irmã.

─ Eu, George Allan Styles, aceito você, Félicité Grace Tomlinson, como minha legítima esposa. E prometo amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossas vidas. ─ Meu irmão citou e beijou delicadamente a mão de sua noiva, abaixando-se um pouco e pegando a aliança que Meggie timidamente segurava. Sorriu secretamente, mas não tão secretamente assim, a ela e ajeitou sua postura novamente para colocar o anel no dedo de Félicité que já deixava uma lágrima escorrer pelo rosto.

Percebi que Tomlinson no mesmo instante deixou a boca entreaberta e cochichou um pouco alto que se ela estragasse a maquiagem ele não se estressaria por isso até porque ele não entendia nada sobre o assunto. Contudo, ele já estava estressado com o fato de que Félicité poderia começar a chorar e quando eu mordi o lábio inferior para não rir de seu estado paranoico ele me lançou um olhar reprovador e inquieto.

─ Eu, Félicité Grace Tomlinson, aceito você, George Allan Styles, como meu legítimo esposo. E prometo a amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossas vidas. ─ E foi a vez de Félicité abaixar-se um pouco e pegar a aliança com Meggie, dando um beijo em sua testa e por fim colocando o anel no dedo de George.

Com as bochechas queimando, Meggie virou o rosto na direção onde eu e Anne nos encontrávamos e sorriu sem jeito, com o rosto avermelhando ainda mais. Nossa mãe balançou a cabeça e riu baixo ao vê-la daquele modo tão deslocado e ao mesmo tempo tão gracioso.

Os noivos selaram a união com um beijo permitido pelo pastor e logo foram assinar o papel de casamento que seria registrado em cartório. George e Félicité caminharam pelo corredor com o tapete avermelhado, passando por nós e sorrindo de orelha a orelha como sempre costumavam fazer e parecendo mais aliviados pela primeira parte do casamento ter ocorrido bem.

**

─ Eu não estava chorando. ─ Louis simplesmente disse mais uma vez e cruzou os braços olhando para todas as outras direções com o intuito de evitar o contato visual com Charlotte.

─ Estava sim. ─ Teimou a irmã e Tomlinson negou com um aceno. ─ Você não parava de fungar, Louis.

─ Meu nariz estava coçando. Acho que estou com alergia. São as flores. Com certeza, são elas. ─ Charlotte revirou os olhos, não acreditando nem por um segundo na desculpa que Tomlinson havia escolhido para disfarçar o fato de estar chorando no casamento de Félicité. Eu sabia que ele era teimoso o suficiente para não admitir.

─ Você viu que Louis estava chorando, não viu?! ─ Fez essa pergunta diretamente para mim.

─ Eu ainda estou aqui, Lottie, como você pode perceber. ─ Tomlinson reclamou por ter sido referido em terceira pessoa.

─ Viu ou não viu? ─ Reforçou a pergunta. Os olhos de Louis pousaram em mim como se me desafiasse a dizer que ele estava sim chorando.

─ Eu vi o Louis chorando. ─ Meggie respondeu por mim distraidamente mexendo no guardanapo de cima da mesa. Estávamos acomodados em uma perto da mesa principal.

─ Até tu, Meggie? ─ Falou fingindo sentir a traição de minha irmã e Meggie riu envergonhada.

─ Mas eu vi. Uma lágrima escorreu por sua bochechinha. ─ Sorri ao vê-la falando daquele modo, fazendo um gesto e mostrando o percurso que a lágrima tomou.

─ É porque tinha um cisco no meu olho...

─ Não acredito que vai usar essa desculpa. ─ Charlotte reclamou outra vez rindo.

─ Não é desculpa. ─ Teimou.

Ernest ergueu seus braços do outro lado da mesa em minha direção e me chamou em gestos com as mãos, pedindo através de monossílabas que eu o pegasse no colo. Sem adiar seu pedido, levantei-me da cadeira e fui na direção do garoto, pegando-o no colo.

─ Ele adora você. ─ Louis constatou com um sorriso pequeno enquanto observava eu me acomodar na cadeira outra vez e ajeitar Ernest no colo. Doris se encontrava no colo de uma das gêmeas, gesticulando e rindo com uma mão na boca. Tomlinson riu ao fitar os gêmeos deixando as ruguinhas abaixo dos olhos aparecerem de modo gracioso. Seus olhos se encontravam em apenas fendas e seus traços estavam ainda mais leves do que o normal.

Meu celular vibrou dentro do bolso e de um modo desajeitado tirei-o de lá e o peguei com uma de minhas mãos, indo até a caixa de mensagens e abrindo a que acabara de receber. Como era especificamente do trabalho, eu não poderia deixar de visualizar, mesmo que estivesse no casamento de meu irmão. Contudo, algo me dizia que não era uma boa notícia.

Renan – Sócio Preyon

Está tudo certo em relação à empresa dos Estados Unidos. Ainda acredito que os funcionários de lá precisam ser supervisionados durante três anos por alguém que esteja intimamente relacionado a todos os acontecimentos da marca. Aguardo uma resposta. Qualquer coisa, podemos marcar uma reunião para decidir quem irá em seu lugar caso não possa.

Uma sensação nauseante tomou conta de meu corpo, principalmente de meu estômago, fazendo-me com que eu me arrependesse de ter lido a mensagem já que ela acabara de estragar totalmente a minha noite.

Se fosse em qualquer outra situação, se eu não estivesse completamente envolvido por Tomlinson e se tudo fosse como antes, onde meu principal foco era os negócios da família, não existiria hesitação para ir direto para os Estados Unidos administrar a empresa de lá por três anos, vindo visitar a família nos finais de semana livres, e voltando definitivamente para Londres após a passagem desse período. Mas não era esse o contexto no qual eu estava inserido.

─ Harry? ─ Louis me fitava preocupado. Provavelmente, minhas feições denunciavam o estado caótico no qual eu me encontrava. ─ Está tudo bem?

Eu não imaginava como poderia contar isso a ele. Há algum tempo fiquei sabendo que provavelmente teria de ir para os Estados Unidos administrar a empresa, porém não quis aceitar tal realidade. Mentia a mim mesmo dizendo que algum dos sócios iria se voluntariar para ir em meu lugar, pois tinha intenção de conhecer o país ou algo do gênero, mas infelizmente isso não aconteceria. Nos últimos dias, deixaram clara a intenção de permanecer em Londres por diversas razões. Uma delas é que todos tinham famílias com filhos que estudavam e mulheres que tinham um trabalho fixo e que não poderiam deixar simplesmente tudo e se mudar para um país da América por três anos.

─ Não, é só que-

Não deu tempo de sequer começar a contar o que acontecia ou inventar uma história para adiar a notícia um tanto quanto desagradável. George e Félicité entraram no salão de festas sendo recepcionados calorosamente por todos. Estavam encantadoramente felizes, com um sorriso enorme no rosto após a sessão de fotos que provavelmente tiveram. Com dificuldade, pois os convidados os circundavam em parabenizações, eles se sentaram à mesa principal do casamento após vários minutos e aos poucos todos foram se silenciando.

Quando o silêncio se tornou completo, Charlotte levantou de seu assento, afinal ela era a principal madrinha de Félicité e fez um belo discurso à irmã, contando algumas histórias que arrancaram risadas e lágrimas dos convidados. Todos aplaudiram assim que ela finalizou e foi a minha vez de levantar para discursar a meu irmão.

Esperei que todos se silenciassem novamente e pigarreei para destrancar o nó preso em minha garganta por me sentir certamente coagido em meia a tantas pessoas.

─ Boa noite a todos. ─ Comecei. ─ Há uma semana confesso que esqueci completamente da minha obrigação como padrinho em escrever um discurso ao noivo. ─ Todos deram risada e vi Louis balançando a cabeça e prendendo o sorriso. ─ Porém meu nam-, quer dizer, acabaram me lembrando que eu devia escrevê-lo e então sentei de frente para o papel e fiquei encarando-o por diversos minutos, talvez horas, antes de começar sem saber o que dizer.

Mais uma vez todos deram risada e pude ouvir Louis sussurrar que esperou décadas para que eu começasse a escrever e, principalmente, terminasse de fazê-lo.

─ Não foi uma tarefa fácil, confesso. Não sou bom em demonstrar meus sentimentos ainda mais sabendo que estaria em meio a tantas pessoas, mas enfim algo saiu e é isso que direi a vocês... ─ Pausei, deixando mais algumas risadas acontecerem e soltei o ar completamente de meus pulmões. ─ A questão é: certas vezes sou arrogante, rude e absolutamente intragável. Meu temperamento é difícil e tenho consciência de que muitos sentem desprazer por me conhecer, sequer gostam de conviver ao meu lado e contam os minutos para se afastar. Porém, em meio a tantas pessoas existe meu irmão George Allan Styles.

─ E eu. ─ Meggie sussurrou baixo, mas mesmo assim muitos riram. Desviei minha atenção a ela e dei um sorriso carinhoso. Notei antes de voltar ao discurso que seu rosto queimava por tamanha timidez.

─ Acredito que eu deveria ter trazido comigo uma foto constrangedora ou algo que o incriminasse, porém não tenho algo assim. O que tenho é essa carta. ─ Mostrei a todos o papel em minhas mãos. ─ Nós dois tínhamos brigado por causa de um controle remoto e ficamos quase dois dias sem nos falarmos. Por mais velho que eu fosse sempre fui teimoso e jamais dei o braço a torcer e admiti que estava errado. De qualquer forma, quando cheguei em casa após a escola essa carta estava em cima de minha cama e na frente dela tinha o nome de meu irmão com apenas sete anos na época. Dizia assim: "Harry, como foi na escola? Eu não fui. Fiquei doente no começo do dia, como sabe. Você comeu o sanduíche que a mamãe preparou? Gostou? Se sim, saiba que ajudei a preparar e pedi que mamãe colocasse duas fatias a mais de queijo. Você me perdoa por aquele dia? Por favor! Eu não devia ter jogado o travesseiro na sua cara, não foi legal. Eu vou te amar para sempre, mais do que amo a Alex Winston, porque você é meu irmão, não é?! Com amor, George."

Alguns suspiros foram escutados e uma lágrima desceu pelo rosto de Anne quando levantei os olhos do papel.

─ É claro que eu não o perdoei por um tempo, por ser orgulhoso demais, e quando você disse que iria passar dois dias com nossos avós, eu pensei 'graças a Deus, não vou sentir sua falta'. ─ Mais uma vez pude ouvir as risadas pelo salão. ─ No entanto, eu estava completamente enganado. Foram os dois dias mais torturantes daquela época em que estávamos brigados. Até de seu ronco que ecoava pelo quarto eu senti falta... Bom, o que eu quero dizer com tudo isso é que eu posso não demonstrar na maior parte do tempo, mas eu amo você, George, e sempre sentirei a sua falta independente da distância que nos separar. Pode ser da sua casa a minha ou de um continente a outro. ─ Adicionei essa parte de última hora e Tomlinson me fitou confuso. ─ E também eu acredito que Félicité deveria saber que caso vocês briguem pelo controle remoto e George a ataque com um travesseiro tenha certeza que ele colocará duas fatias a mais de queijo em seu sanduíche apenas para que você o perdoe e é exatamente isso que deve fazer. Além disso, eu sei que George me ama mais do que ama a Alex Winston, mas se ele te amar mais do que ama a mim, não vejo problema algum nisso. Afinal não houve um dia sequer em que eu o encontrei depois que vocês se conheceram e ele não falou de você com o brilho mais verdadeiro que eu já vi nos olhos de alguém, simplesmente por essa pessoa o fazer feliz como você o faz, Félicité... Parabéns aos noivos!

Ergui a taça de champanhe e todos fizeram o mesmo gritando 'aos noivos'. Assim que terminei meu discurso, uma série de aplausos se iniciou e fitei George que tinha os olhos marejados, porém sem deixar uma lágrima sequer cair, e um sorriso emocionado no rosto. Fitava-me tentando de algum modo transparecer a intensidade que me amava de volta. Pousei os braços em cima da mesa e senti a mão de Louis deslizar sobre a minha, chegando até meus dedos e entrelaçando os seus nos meus carinhosamente. Sentindo seus dedos pequenos e grossos com suas mãos ásperas, no entanto com a palma macia, sorri involuntariamente.

Os discursos se iniciaram novamente dando oportunidade para que Anne contasse histórias constrangedoras de George e ao mesmo tempo emocionando a todos. O mesmo foi feito por Johannah e Mark que leram seus discursos e também deixaram que lágrimas de alguns caíssem e risadas ecoassem pelas paredes do salão.

Após isso e mais alguns comentários aleatórios, o jantar iniciou-se com um rodízio de pratos quentes escolhidos a dedo pelo novo casal. Coloquei Ernest em uma cadeirinha especial ao meu lado e Charlotte fez o mesmo com Doris.

─ Eu amo tanto comer! ─ Meggie exclamou enquanto mastigava alguns pedaços da massa que escolhera. Seus olhos se encontravam fechados, mas de repente se abriram assustados e ela levou as mãos à boca e engoliu a comida. ─ Oops! Mamãe disse para eu não falar de boca cheia.

─ Mas a comida está muito boa para deixar de elogiá-la de boca cheia. ─ Tomlinson brincou falando de boca cheia do mesmo modo e levando todos à mesa a rirem.

─ É verdade. ─ Meggie concordou timidamente.

─ Está tão bom quanto aquele seu sanduíche que eu roubei um pedaço.

─ Qual?

─ Aquele de atum e batata palha.

─ Ah! ─ Minha irmã riu e concordou com um aceno. ─ Esse é muito bom.

─ Vocês dois são dois gulosos, isso sim. ─ Phoebe brincou. ─ Falando de comida enquanto comem.

─ Doris, não brinque com a comida desse jeito. ─ Charlotte chamou a atenção da irmã que sorriu a ela sem se importar com o "puxão de orelha". A pequena irmã de Louis batia com a colher na sopa de seu prato e gritava monossílabas alegremente. Achando interessante o fato de Doris ter ganhado atenção, Ernest começou a fazer o mesmo quando eu me distraía com meu prato e deixava de alimentá-lo.

─ Ernest, por favor, não. ─ Avisei com meus modos sérios de sempre. Ernest pareceu não se importar, continuando a rir e bater com a colher, sujando sua pequena mesa. Tentei tirar o utensílio de sua mão, porém ele parecia ter adquirido uma força para impedir que eu alcançasse o que desejava. Lançou-me uma expressão brava e soltou um 'não' para mim.

─ Você deve estar achando minha família mais louca do que o habitual. ─ Louis sussurrou ao meu lado mostrando um sorriso travesso.

Fitei-o por um momento e finalmente notei o que acontecia no resto da mesa. Meggie cantarolava uma música enquanto comia e exclamava de vez em quando 'hum!', 'que delícia!' e 'mamãe devia fazer um desses algum dia.'. Phoebe e Daisy trataram logo de se entreter com assuntos sobre o casamento comentando sobre cada detalhe do casamento e rindo das histórias que haviam contado sobre George e Félicité. Doris chorava baixinho pela chamada de atenção que recebia de uma Charlotte brava que cansara da bagunça de sua irmã, porém agora parecia arrependida por ter brigado com a mesma. E Tomlinson estava ali. Observando-me curiosamente com seus belos olhos azuis e deixando um sorriso bobo preso nos lábios.

─ Eu realmente não me importo.

─ Hum, sei... ─ Duvidou e voltou à atenção para o seu prato.

─ Nada me faria mais feliz do que ter a companhia de sua família inteira todos os dias.

Louis gargalhou, tombando sua cabeça para trás e fechando os olhos brevemente.

─ Que mentiroso!

─ É a verdade.

─ Você está zombando de mim com sarcasmo.

─ Não estou. ─ Falei ofendido. ─ Confesso que antes não suportava ficar perto de sua família. ─ Louis arqueou as sobrancelhas, porém prossegui: ─ Por um puro pré-conceito. Mas analisando melhor muitas das características que a sua família tem pode-se ver até mesmo na minha.

─ Você está falando sério?!

─ Sim. ─ Respondi simples. ─ Por exemplo, o modo como Charlotte chama a atenção de Doris me lembra claramente de Anne, as gêmeas são tão bem humoradas quanto George e Doris e Ernest são puros e doces como Meggie.

Louis ficou em simples por vários segundos avaliando minha expressão.

─ E eu?

─ Como?!

─ Eu! Tem alguma característica minha em algum membro da sua família?

Fitei seus olhos seriamente encarando de modo intenso a imensidão azul que ali continha. Aquela imensidão azul que me engolia e dava ar para toda a minha existência.

─ Você tem o espírito alegre de George, a inocência de Meggie, a intensidade de Anne e o que mais me conquistou o coração puro, verdadeiro e leal de meu pai.

Tomlinson foi tomado pelo silêncio outra vez enquanto examinava minuciosamente meus olhos esverdeados por longos minutos. Não imaginava o que se passava em sua cabeça e muito menos qual era o ritmo de seu batimento cardíaco. Só tinha consciência do que se passava comigo, do que aquela intensidade de olhar provocava em cada poro de meu corpo, célula que o constituía e terminação nervosa. Depois desse tempo, contudo, ele sorriu sem mostrar os dentes e aproximou seu rosto do meu para selar nossos lábios em um beijo simples e terno, mas que demonstrava tudo o que não tinha sido dito em palavras.

Quando nos separamos, os olhares de nossa mesma estavam todos presos em nós sendo que apenas Phoebe e Daisy, já que Doris e Ernest não entendiam completamente nada do que observavam, pareciam perplexas com o que acontecera por não esperarem por tal evento. Sem saber o que fazer, demos um sorriso sem graça e voltamos nossa atenção para o jantar.

**

─ Vamos dançar, Harry, por favor. ─ Meggie implorava baixinho enquanto observava George e Félicité deslizarem com facilidade pelo centro do salão completamente perdidos no olhar um do outro. ─ Eu quero dançar igual o George e a Fizzy.

─ Infelizmente não sei dançar, como já disse. ─ Expliquei outra vez.

─ Eu te ensino. ─ Meggie falou animada, olhando-me com seus olhos brilhantes. ─ Por favor.

─ Acredito que não seja uma boa ideia.

Meggie me lançou a sua melhor tentativa de expressão zangada e cruzou os braços.

─ Depois que eu for dançar com o meu príncipe não adianta ficar bravo comigo.

─ Mas o que?! ─ Louis exclamou e logo em seguida soltou uma gargalhada levando todos à mesa a rirem também.

─ Meggie, já conversamos sobre essa história.

─ Mas meu príncipe dançaria comigo.

Bufei irritado, não gostando absolutamente nenhum um pouco do rumo de nossa conversa.

─ Tudo bem. Assim que os casais começarem a ir para o centro do salão dançar eu a levo para fazer o mesmo.

Minha irmã sorriu vitoriosa e tive de segurar um revirar de olhos e um sorriso tolo que poderia aparecer por vê-la feliz daquele modo.

─ Isso tudo é ciúme de sua irmã que tem apenas seis anos de idade? ─ Tomlinson perguntou provocativamente com suas sobrancelhas arqueadas.

─ Eu não teria tanto motivo de preocupação se na escola não deixassem qualquer garoto se aproximar de Meggie.

─ Você está me culpando por ela ter se interessado por um coleguinha de classe! ─ Acusou, apontando o dedo em minha direção e logo em seguida rindo. ─ Ainda bem que não veio com todo esse ciúme para o meu lado.

Encarei-o sério por segundos enquanto ele me fitava confuso.

─ Existe algum motivo para eu ter ciúme?

Louis entreabriu a boca e revirou os olhos.

─ Paranoico.

Tomlinson cruzou os braços, fingindo estar zangado comigo, porém um sorriso escondido em seus lábios denunciava o contrário. Perdi meu olhar em seu rosto por incontáveis segundos querendo marcar em minha memória cada traço de sua feição que ainda desconhecia e cada expressão encantadora que eu tinha o privilégio de conhecer. Todavia, Meggie fez sinal com um de suas pequenas mãos me avisando que já poderíamos ir dançar e fui até ela, pegando-a no colo e levando-a para o meio do salão.

Mesmo com a distância, pude ouvir as exclamações confusas e desconexas de Ernest ao ver que eu me afastava. Meggie sorria enquanto abraçava o meu pescoço e observava alguns padrinhos dançando uma música não tão lenta, porém nada rápida.

─ Deixa eu arrumar seu cabelinho que tá entrando no meu olho. ─ Ela disse, rapidamente colocando suas mãos rechonchudas sobre meus cachos e jogando-os para trás com certo esforço.

─ Meggie?

─ O que? ─ Perguntou distraidamente ainda entretida com meu cabelo enquanto eu dançava suavemente com ela em meu colo.

─ Prometa que ficará longe de qualquer príncipe antes de completar 25 anos.

─ Mas eu só tenho seis anos ainda... ─ Seu lábio inferior formou um pequeno bico em tristeza.

─ Eu sei.

─ Por quê?

─ Porque você é muito nova para pensar em príncipe.

─ Não sou não.

─ É sim.

─ Não sou. ─ Teimou. ─ Mamãe disse que eu sou uma mocinha. E quando eu tiver 25 anos eu vou ser mais mocinha ainda.

─ E quando for mais mocinha ainda poderá pensar em príncipes.

─ Mas, mas... Quando eu tiver dez anos eu vou ser mais mocinha ainda. Não é justo. ─ Sua expressão se tornou zangada outra vez. ─ Você e George são dois chatões.

─ Meggie! ─ Repreendi.

─ Mas é verdade. Você fala que eu não posso pensar no meu príncipe, o George não gostou de saber que eu encontrei meu príncipe e me proibiu de falar com ele. Assim não dá. Não dá! Minha vida é muito difícil.

Tive que conter uma risada por sua dramatização e por achar sua teimosia tão parecida com a de Louis. Lembrando-me do rapaz de olhos azuis, virei o rosto para fitá-lo e percebi que mesmo a distância ele estava lindo rindo de algo qualquer e fazendo caretas engraçadas para distrair Ernest que havia ameaçado chorar por eu ter me afastado. Meu coração disparou dentro do peito apenas por vê-lo daquele jeito tão carinhoso com o irmão.

Tomlinson era encantador em todos os sentidos. Tanto por dentro quanto por fora. E a cada dia que se passava meu coração batia mais acelerado em sua presença.

─ Por que acha que ele é seu príncipe? ─ Perguntei curioso, porém sem muita vontade em saber detalhes sobre esse interesse.

─ Porque ele me deu uma flor igual um cavalheiro de verdade.

─ Flor?! ─ Perguntei confuso e sentindo meu sangue ferver. Neguei com a cabeça e arrumei melhor minha postura. ─ Melhor encerrarmos esse assunto.

Meggie soltou um riso suave e concordou com um aceno sussurrando um 'esses meus irmãos ciumentos' de um modo que a fazia parecer mais velha do que era. Talvez por influência de nossa mãe que também sofria com nosso ciúme exagerado. Continuamos a dançar, eu levando ela de um lado para o outro em passos suaves até a música acabar. Quando a canção foi finalizada, George veio em nossa direção por desejar dançar com Meggie também.

─ Ela está de novo falando sobre essa história de príncipe. ─ Avisei.

─ Harry! ─ Ela me olhou indignada, com a boca entreaberta e as sobrancelhas franzidas.

─ Não gosto nada dessa história. ─ George disse irritado.

─ Você pode casar. Por que eu não posso?

─ Casar?! ─ George exclamou irritado e eu revirei os olhos, porque aquilo iria longe.

Ri pelo nariz e me afastei, caminhando em direção a Tomlinson que agora não mais distraía Ernest já que ele parecia calmo. Nunca havia visto olhos que brilhassem tanto quanto os de Louis com a luz que refletia em suas órbitas esverdeadas. Era de hipnotizar qualquer simples distraído que caminhasse pelo salão. Suas bochechas avermelhadas davam um belo contraste e seus lábios avermelhados por muitas vezes serem mordidos contribuíam ainda mais para a linda imagem que eu tinha.

─ Quer dançar? ─ Convidei, assim que me aproximei.

No primeiro momento, Tomlinson me encarou confuso, porém depois parecia surpreendido com a minha oferta. Sem pensar duas vezes, concordou com um aceno e sorriu grande, deixando seus olhos brilharem ainda mais.

─ Achei que não soubesse dançar. ─ Entrelaçou nossos dedos enquanto caminhávamos até o centro do salão.

─ Meggie me ensinou. ─ Tomlinson riu e sorri a ele.

Assim que chegamos em um vazio do salão, aproximei meu corpo do de Louis, virando para ele, e notei o momento em que Tomlinson prendeu a respiração ao sentir meus braços o circundarem pela cintura. Seus olhos vagaram rapidamente de encontro a Félicité que nos olhava confusa, porém, minutos depois, sorriu carinhosamente.

─ Senti falta em te ter em meus braços. ─ Falei apenas a Louis enquanto movíamos nossos corpos lentamente conforme a música.

─ Do modo como fala parece que ficamos um mês sem nos vermos. ─ Disse ironicamente, mas com um sorriso gentil no rosto.

─ Você me evitou praticamente a tarde toda.

─ Isso é porque eu não queria descontar meu nervosismo em você.

─ Compreendo.

Compreendo. ─ Imitou meu jeito formal e não pude deixar de rir.

─ Esse seu modo de me provocar é apenas uma forma de me ter em suas mãos?

─ Por que diz isso? ─ Sua expressão se tornou confusa de repente.

─ Porque é isso que tem acontecido. ─ Louis sorriu grande.

─ Pois então é. Desde o começo uso essa tática e você só percebeu agora. ─ Mentiu vangloriando-se, rindo logo em seguida, tombando sua cabeça para trás, fechando os olhos e logo a trazendo para frente e a apoiando em meu ombro, impossibilitando assim que eu visse as expressões as quais eu tanto amava.

Minhas mãos subiram por suas costas, sentindo-o relaxar sob o toque e repousaram em seus cabelos castanhos e macios, massageando-o seu couro cabeludo. Respirei fundo e deixei todo o ar de meus pulmões sair de uma só vez.

─ Preciso te dizer uma coisa.

─ O que? ─ Perguntou relaxado sem notar o tom urgente e preocupado em minha voz. Acariciei ainda mais seus cabelos.

─ Há algum tempo minha empresa vem negociando e investindo para abrir uma filial nos Estados Unidos. Meus sócios desejavam expandir a Preyon assim como eu. Acabamos desenvolvendo um projeto e iniciamos a construção de um prédio para a sede da empresa dois anos atrás. Ele ficou pronto no último mês e precisávamos decidir quem iria auxiliar o andamento dela por três anos. A maioria dos sócios tem família construída aqui, alguns apresentam familiares em estado crítico sem condição de deixar o país durante esse período...

Tomlinson levantou a cabeça de meu peito e fitou meus olhos de modo inexpressivo.

─ E você terá de ir. ─ Não era uma pergunta direcionada a mim. Louis apenas constatara por si, dizendo aquilo para si mesmo. Seu corpo se afastou do meu somente para que ele pudesse observar minhas expressões de uma forma melhor.

─ Sim.

─ Por três anos.

─ Sim... ─ Bufei irritado com toda a situação na qual eu me encontrava. ─ Eu realmente desejava não ir, mas não tenho outra opção.

Louis concordou com um aceno de cabeça leve, mostrando que compreendia minha situação, e fitou os próprios pés. Ficou claro o quanto ele queria disfarçar seu sofrimento, porém era impossível até mesmo usando toda a sua força de vontade disfarçar as lágrimas que se formavam em seus olhos.

-x-

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