Dream with me - l.s (a/b/o)

Galing kay Wulfrico

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Sabe aquele discurso bonito sobre livre arbítrio e você traçar seu próprio caminho? Em nosso mundo ele deixou... Higit pa

Primeiro desafio
O mundo será bom para todos nós
O começo
Payne, meu nome agora é Payne
Eu o admiro por isso, Louis
Um novo projeto
Eu não serei responsável por sua infelicidade
Um voto de confiança
Talvez mais do que um amigo
Sentimentos estranhos
Perdendo o chão sob meus pés
As notícias não são boas
O encontro perfeito
Apenas pessoas que habitam a mesma casa
Beijos estão liberados
Um anjo caído
Cada dia mais próximo
Nós devemos caminhar sozinhos
O tempo cura todas as feridas
Styles's e Tomlinson's
Redescobrir
Pronto para ser seu ômega
Grandes garotas não devem chorar
As diferenças nos tornam perfeitos
Promessa
Ninguém irá tirá-lo de mim
Apenas você
Heroína
O melhor de mim
Azul
Um apelo a sua humanidade
Algo maravilhoso
Fantasmas do passado
A prova de nosso amor
Novos planos para o futuro
Amar sem se perder e amar e se encontrar
O temporário se torna permanente
Apenas para os seus olhos
Epílogo
Agradecimentos e divulgação

Devo ser o que querem que eu seja

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Galing kay Wulfrico


Eu nunca pensei muito no futuro. Nunca tive o desejo de planejar uma vida, principalmente se essa vida fosse como a de meu pai. Eu odiava rotina, odiava ter hora para acordar, dormir, comer, conversar e trabalhar.

Para mim, a vida deveria ser vivida conforme a necessidade, conforme o seu amor pela profissão. Vivida da melhor forma possível, da forma mais prazerosa, e não para seguir um molde social ou ser reconhecido por pessoas que só se interessam pelo carro que você anda ou a roupa que você usa.

Esse foi o principal motivo pelo qual eu sempre reneguei os privilégios que meu sobrenome me trouxe. O grande problema é que a maioria das pessoas julgava isso como renegar a própria família. Aí é que está, ninguém nunca te conhece o suficiente, mas sempre tem alguém para apontar o dedo.

Como eu poderia renegar a mulher maravilhosa que minha mãe sempre foi, provavelmente a única pessoa no mundo que me acolhia independente do que acontecesse? Como poderia renegar minhas irmãs e seus abraços que me faziam sentir a pessoa mais importante do mundo?

Como eu poderia renegar o homem que me deu todas as lições sobre como ser uma pessoa íntegra e decente? Bom, talvez esse eu tivesse a obrigação de renegar, já que depois do que eu fiz, todas as lições que aprendi com meu pai se tornaram uma piada.

Talvez essa tenha sido a lição disso tudo. O meu estilo de vida era errado. Todos os outros estavam certos. Todos os que apontaram o dedo para mim estavam certos. Remar contra a sociedade é difícil demais. Louis teria muito trabalho pela frente.

Louis.

Eu o vi ontem. Estava com Harry, como sempre tem sido nos últimos tempos. Até ele, por mais que tente, acaba cedendo ao instinto e a ordem pré-estabelecida. Louis, que eu julguei ser o mais valente de todos, sucumbiu aos encantos do alfa perfeito, o orgulho de todos que o cercam.

É isso, eu sou o problema. Eu devo ser julgado. Eu errei. Eu devo mudar. Eu devo consertar as coisas. Eu e apenas eu.

– Pai, eu gostaria de pedir um favor. – eu me dirijo ao alfa que ocupa a ponta da mesa e atraio o olhar de todos.

– Estou ouvindo. – ele diz calmo, embora sua expressão demonstre curiosidade, mas de repente sua expressão muda para desespero. – Não me diga que tem a ver com aquele ômega. – ele se referia a Louis e eu franzi a testa em confusão. – Zayn, me diz que ele não está grávido!

– O que? Você está louco? Nós somos amigos! Por favor. – eu estava indignado com essa suspeita. – Eu só gostaria de fazer um estágio no escritório. – eu digo por fim, ganhando o olhar espantado de todos.

– Posso saber qual o motivo para tal mudança? Até ontem você odiava ir a faculdade e tinha espasmos só de se imaginar trabalhando comigo. – seu tom de voz era surpreso e até rude, o que me fez arrepender do pedido.

– Tudo bem, se não quer ajudar, não ajude, eu posso conseguir emprego em outro lugar. – deixei o guardanapo sobre a mesa e me levantei, pronto para sair dali.

– Não foi isso que seu pai disse. – minha mãe interveio com o tom mais calmo.

– Não seja ridículo, Zayn. – o alfa me encarou e me convidou para sentar novamente. – Eu só estou surpreso com o pedido, mas não poderia estar mais feliz. – ele abriu um sorriso e eu tentei retribuir, embora tenha a sensação de que mais fiz uma careta do que esbocei um sorriso. – Você pode ir comigo amanhã mesmo. – eu assenti. – Mas não pense que terá privilégios. – eu ergui a sobrancelha para ele e ele continuou. – Você terá que trabalhar junto com todos os outros estagiários, receberá o mesmo salário e estará sobre a mesma supervisão. Lá, você não será Zayn Malik, o filho de um dos sócios, será apenas Zayn, um dos novatos. Estamos entendidos?

– Sim, senhor. – eu assenti e me preparei para sair da sala. – Com licença. – disse enquanto já levantava.

– Zayn? – meu pai me chamou, prendendo minha atenção novamente. – Obrigado por isso, filho. – encarei o rosto orgulhoso de meu pai e o sorriso de minha mãe, perguntando a mim mesmo qual foi a última vez que eu fui o motivo de sentimentos tão bons.

– Não por isso. – sentenciei ao sair da sala, fazendo o caminho até meu quarto.

Me sentei na sacada e assenti um cigarro, tentava me preparar psicologicamente para o que viria a seguir. O celular em meu bolso vibrou e eu o peguei, vendo uma mensagem de Louis brilhar na tela. "Saudades" e um emoji de coração, o suficiente para me fazer abrir um sorriso e me encorajar para o dia seguinte.

Estava na hora de crescer, de fazer o que fui programado para ser.

Eu fui para a faculdade na segunda, mas Louis não estava. Imaginei que talvez ele estivesse com Harry, mas o alfa chegou alguns minutos depois. Não posso dizer que não fiquei feliz em saber que não estavam juntos.

Após o almoço, eu segui o caminho até o escritório, respirando fundo antes de entrar nas enormes portas de vidro. Meu pai estava parado ao lado na mesa da recepção, tinha um sorriso no rosto, convidando-me a me aproximar.

– Como foi na faculdade?

– Bem... – eu me contive.

– Eu estava pensando mais cedo, você nem conhece o escritório direito, não é? – ele começou a caminhar em direção aos elevadores.

– Acho que não. – eu estava me sentindo deslocado, mas tentava parecer bem, pois a animação de meu pai era quase palpável.

– Bom, aqui funciona por andares. Cada andar corresponde a uma especialidade jurídica. O primeiro andar é trabalhista, o segundo e o terceiro são cíveis, o quarto é previdenciário, o quinto apenas para assuntos de direito administrativo e constitucional, o sexto se divide nas matérias de menor procura, como direito ambiental e coisas assim. O sétimo é de área penal, principalmente os crimes contra o sistema financeiro. E o último são os que dão consultoria e advogam para as empresas. – tentei memorizar tudo aquilo rápido, mas parecia meio impossível para mim no momento. – Eu sou o chefe da área cível, fico no terceiro andar. E é para lá que você vai.

Descemos do elevador e já pude visualizar um pouco da perfeita organização do local. A nossa frente uma recepcionista sorria para todos que chegassem, ela me cumprimentou com um sorriso e eu acenei com a cabeça. O local era dividido por pequenas salas de vidro, todas preenchidas por um advogado.

A sala de meu pai era a última e mais imponente, era bem maior e muito bem decorada, o que eu descobri mais tarde ter sido feito por minha mãe. Havia algumas mesas soltas, ocupadas por jovens, o que eu deduzi serem os estagiários.

– Esse será o seu lugar, Zayn. – meu pai me indicou uma mesa junto aos outros. – Cada andar tem uma supervisora para os estagiários, você terá que entregar relatórios semanais para ela, acerca do seu aprendizado que será encaminhado à sua instituição. Além disso, ela vai te ensinar tudo o que você precisa saber e é a ela que você deve recorrer.

– Tá e quem é ela? – já estava imaginando uma senhora de uns 50 anos, me observando por cima dos óculos e fazendo anotações em uma enorme prancheta, escrevendo e julgando todas as minhas ações para passar a meu pai depois.

Mas eu estava profundamente enganado.

– Essa é a sua supervisora. Srta. Perrie Edwards.

A beta loira, que eu havia conhecido na festa apareceu a minha frente. Ela me lançava um sorriso divertido, o que me fez imaginar que provavelmente estava com uma cara de idiota a encarando.

Bom, eu estava mesmo me sentindo um idiota. Na festa, quando a convidei para dançar e joguei meu charme para ela, imaginei que estava falando com uma das filhas dos amigos de meus pais. Uma dessas garotinhas mimadas que não sabem nada além de cuidados com a aparência. E agora ela seria a minha chefe.

– Nós já nos conhecemos, doutor. – ela se prontificou, erguendo a mão para me cumprimentar.

– Oh, que bom, assim fica mais fácil, não é? – o alfa disse como uma pergunta retórica. – Zayn, eu tenho um atendimento para fazer agora, você ficará sob a responsabilidade da Perrie, tudo bem? – eu assenti e meu pai se foi, deixando-nos sozinhos.

– Será um enorme prazer ficar sob os cuidados da Srta. Edwards. – eu respondi depois que meu pai já havia partido, fazendo-a revirar os olhos.

– Não pense que eu seria complacente com você porque é o filho do chefe, Zayn. – ela assumiu uma pose altiva. – Terá que trabalhar como todos os outros.

– Eu não espero que seja complacente comigo porque eu sou filho do chefe. Espero que seja complacente comigo porque eu beijo infinitamente bem.

– Você é muito convencido. Acha mesmo que eu lembro de um mísero beijo que troquei em uma festa há um tempão atrás enquanto estava bêbada? – isso doeu, meu sorriso se desmanchou por alguns segundos.

– Eu aposto que se recorda do meu beijo todos os dias. – tentei novamente.

– Além de convencido, é iludido. Pobre, Zayn... – ela debochou. – Sente-se, eu vou te ensinar tudo o que tem que fazer.

– Mandona. – eu acusei, fazendo-a revirar os olhos.

Eu passei boa parte da tarde analisando processos, segundo Perrie, eu precisava conhecer todas as fases processuais antes de poder fazer parte deles efetivamente. Perdi as contas de quantas pessoas vieram me cumprimentar, todos muito felizes por minha decisão de trabalhar aqui, mas eu sentia que eles estavam mais felizes por meu pai do que por mim.

Eu já estava de saco cheio de ficar no mesmo lugar, sentado, fazendo a mesma coisa insuportavelmente chata quando Harry chegou, sentando a meu lado. Nunca achei que o agradeceria por algo, mas eu estava feliz por ele estar ali, me tirando do tédio de minha mais nova atividade.

– Tive que vim ver com meus próprios olhos. – ele disse tentando iniciar um assunto.

– Estou aqui há umas três horas e a única coisa que aprendi é que as notícias correm muito rápido.

– Não os culpe, está todo mundo feliz por você.

– Não, eles estão felizes por meu pai.

– Se ainda não gosta de nada por aqui, o que está fazendo?

– Bom, devido aos últimos acontecimentos, acho que está na hora de parar de lutar contra o que querem que eu seja. – ele bufou.

– Ninguém quer que você seja nada, Zayn. Seu pai só quer que você cresça. – eu revirei os olhos. – Louis iria odiar te ver fazer algo por obrigação.

– Olha só, passa uns minutos a mais com Louis e acha que já sabe o que ele acha ou deixa de achar.

– Louis e eu estamos juntos, Zayn. Achei que soubesse.

– Isso não te transforma em dono dele ou de seus pensamentos.

– Não foi isso que eu disse...

– Olha, Harry, nos faça um favor, não tente parecer meu amiguinho agora só para agradar o Louis. Nós já passamos dessa fase. E eu acho bom você cuidar muito bem do Louis, porque você sabe que não o merece. Ninguém nesse mundo inteiro merece o Louis.

– Nisso vamos ter que concordar.

– Ótimo, então não seja um babaca. Como ele está?

– Eu não sei exatamente, está em um heat nesse exato momento, então eu espero que bem, na medida do possível.

– Ele não te deixou ficar com ele. – eu ri por imaginar Louis negando isso.

– Ele nem ofereceu para que eu o ajudasse, mas eu não aceitaria, de qualquer forma.

– Não? Fala sério, essa não era a sua diversão no colégio? Ficar com o maior número possível de ômegas em heat?

– Eu era um alfa jovem, eles gostavam de mim e eu só retribuía.

– Ah claro, era exatamente isso. – revirei os olhos.

– Mas como você mesmo disse, Louis é diferente. Eu realmente gosto dele, acho até que o amo. – eu o encarei, procurando qualquer resquício de mentira em seus olhos, mas eu não encontrei. – Eu realmente não quero estragar as coisas com ele, Zayn. Tudo com ele tem que ser perfeito e eu vou cuidar para que seja.

– Eu estou contando com isso, não quero ter que socar a sua cara. – nós dois rimos juntos e por um momento eu vi em Harry o meu amigo de infância.

– Eu vou voltar ao trabalho, fico no último andar, caso queira me visitar.

– Na parte chata sobre direito empresarial?

– Exatamente, na parte completamente insuportável. – nós trocamos um último sorriso e ele se foi.

Logo depois, me levantei e fui até a sacada, apreciei a vista para a cidade movimentada abaixo e acendi um cigarro.

– Quem disse que poderia fazer uma pausa? – a voz da beta se fez presente, me assustando e a fazendo rir.

– Vou acabar te denunciando por trabalho análogo à escravidão. – ela riu.

– Sabia que esse escritório nunca foi condenado por uma ação trabalhista? Boa sorte quanto a isso. – ela puxou o cigarro de meus dedos e tragou, fechando os olhos durante o processo.

– Como alguém como você foi parar aqui?

– Alguém como eu? – ela levantou a sobrancelha enquanto me entregava o cigarro.

– Você não parece o tipo de pessoa estudiosa e dedicada que quer passar a vida como uma mulher firme de negócios.

– Bom, pois é exatamente isso que eu quero.

– Você é bonita demais para passar a vida atrás de uma mesa. O mundo merece ver sua beleza.

– Não flerte com a sua superior, Sr. Malik.

– Não estou flertando, estou dando a minha opinião.

– Eu gostaria de uma aventura, do tipo conhecer o mundo, esse era meu sonho quando criança. Mas agora as coisas mudaram e eu preciso desse emprego e da segurança que a advocacia me trará.

– E por quê? Tem medo do fracasso?

– Tenho pessoas que dependem de mim. – seu olhar vacilou por um momento e eu deduzi que fosse um assunto delicado.

– Tenho certeza que não os decepcionará. – entreguei o cigarro a ela e me virei para sair.

– É eu espero. – eu ouvi seu sussurro e sorri.

Perrie parecia o tipo de pessoa que valia a pena conhecer, do tipo que te surpreende a cada olhar. De repente, trabalhar para meu pai se transformou em algo interessante.


Temos dois pontos importantes no capítulo, um que vocês provavelmente gostaram e um que talvez não agrade muito.
O primeiro é uma aproximação Zarry, aos poucos eles vão virar amigos de novo, mas ainda implicarão um com o outro.
O outro é Zerrie. Eu já tinha programado isso desde o início e sinto muito se vocês não gostarem, mas eu realmente gosto dos dois juntos. A Perrie será bem importante para o Zayn, vocês irão ver.
Espero que tenham gostado.
XO  

Ipagpatuloy ang Pagbabasa

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