MORE THAN WRONG

Par SSMissing

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"As drogas em seu corpo causaram isso. Era noite, e a noite não deveria ter chegado ao fim. Vamos, pegue um p... Plus

- Índice -
- More Than Wrong -
- Apreensiva -
- Claustrofóbica -
- Entorpecida -
- Ameaçada -
- Amedrontada -
- Dividida -
- Entregue -
- Invadida -
- Levada -
- Correspondida -
- Indecisa -
- Decidida -
- Inesperada -
- Desejada -
- Poupada -
- Maluca -
- Perseguida -
- Perdida -
- Embriagada -
- Capturada -
- Apresentada -
- Escondida -
- Revelada -
- Abusada -
- Insuficiente -
- Agressiva -
- Explosiva -
- Denegrida -
- Destruída -
- Apta -
- Solitária -
- Extra -
- Habituada -
- Errada -
- Agradecimentos -
- Aviso (SUPER-HIPER-MEGA-BLASTER) Importante!

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Par SSMissing

Célia estava cansada da claustrofóbica sensação que a prendia naquela caixa escura que era a sala onde Crown a levou. A seu lado, um homem analisava uma estátua amarelada de um anjo com apenas uma asa. Notava-se que a asa havia sido quebrada quando o anjo fora transportado, descuidadamente.

Por algum motivo incerto, os olhos vazios da estatueta fizeram Célia se lembrar de Zayn. De como o rapaz olhava para o mundo com uma contemplação incrível, com olhos famintos por desbrava-lo e, claro, continuar seu caminho mesmo que esse seja o lado mais errado para se escolher, mas mesmo assim ele parecia cego. Cego por não notar todo o sentimentos de Célia, cego por pensar que seus “parentes” moveriam um dedo para salvá-lo – eles mesmos o colocaram em risco. Cego ver, mas não querer enxergar.

Uma avassaladora vontade de ter aquele garoto para si invadiu-a, anulando o sentimento de cansaço e desconforto que seu corpo insistia em tomar. Célia queria abraçá-lo tão forte, tão firme...

Olhando pelas janelas, Célia percebeu que o dia morria, outra vez. Um sol crepitante num canto do céu, nuvens sombrias ameaçando impedi-lo de continuar brilhando parecem perturbar a ordem natural das coisas. Ela suspirou.

Havia uma coisa adentrando em seu peito, fazendo seu coração parar, espremendo-o em mãos grosserias e medonhas. Célia soltou um grunhido, roubando a atenção de alguns dos homens para si. Simplesmente não podia evitar aqueles olhares lambendo sua pele.

– Não está quente em baixo de todo esse vestido? – um homem se aproximou, ele veste smocking em um tom escuro de cinza e seus cabelos embalados em gel estão perfeitamente alinhadas para trás.

Célia o deixou sozinho, negando com a cabeça. Caminhando em círculos no meio da sala.

– Vai furar um buraco desse jeito. Acho que Crown não precisa de outra piscina! – aquele mesmo homem se aproximou, um sorriso branco nos lábios e os olhos fincados em Célia, como se ela fosse a ovelha que se perdeu do bando, e ele era o lobo faminto.

Célia segurou aquele olhar por meio segundo antes de desviar sua atenção para a porta. Poderia ter um corpo depois daquelas escadas, o corpo de qualquer um deles... Rezava para não ser o de Zayn.

– Uma coisa não está certa – ela comprimiu os lábios, pondo as pontas dos dedos na maçaneta. – Onde está Harry? – ponderou sobre Crown ter dito que iria resolver o assunto entre os dois rapazes. – Zayn...

Não pode negar que seus sentimentos por Zayn crescem a medida que ele se mete em armações. As revelações parecem mover Célia a querer ajudá-lo – mesmo depois de descobrir sobre o tráfico de drogas e agora de garotas, ainda assim Célia estava pronta para ajudá-lo de qualquer forma que pudesse.

Ela abriu a porta com relutância e observou o corredor vazio e escuro por dois segundos antes de decidir sair. Todo aquele vestido a deixando atordoada. Célia se sente como a princesa presa na torre, vagando pelos comodos a procura do príncipe encantado, que, à propósito, está a lutar contra o mais temível dos dragões. Não há como esse ser o final feliz, não há como emoldurar a última página com um pomposo Para Sempre, não se Zayn não estiver lá, não se ele... Balançou a cabeça, atordoada. Lágrimas inundando seus olhos a cada passo nos silenciosos corredores.

Célia desceu uma pequena leva de escadas composta por quatro ou cinco degraus, e observou outro corredor. Esta vazio. Silêncio.

Correndo na ponta de seus pés descalços, tentando não tropeçar no vestido e cair, Célia logo chegou a temida sala. Tentou não olhar para aquele aquário maldito, passando pela porta entreaberta.

Os olhos de Célia se encheram de lágrimas ao ver os policiais desarmando e prendendo Crown. Harry algemado sendo revistado num canto obscuro da sala. Zayn? Seus olhos procuravam, agonizantes... Ele esta no chão, logo atrás de dois brutamontes. Ela não conseguiu segurar-se. Correu até o rapaz, abraçando-o ali mesmo, sentindo-se, pela primeira vez, livre, de verdade, aquele Para Sempre começou a respirar novamente em sua mente.

– Oh Zayn – ela deitou sua cabeça sobre o peito do rapaz, fungando, inalando o cheiro dele, sentindo seu coração bater fortemente, não se importa ndo com o sangue que mancha seu rosto.

Um fantasma de um sorriso cobriu os lábios de Zayn e ele rodeou Célia desconfortavelmente com seus braços doloridos, afagando os cabelos negros e revoltosos da garota.

– Estamos salvos – ela sussurrou. As palavras cruzaram sua garganta com esforço. O alívio tomando conta de seu corpo.

– Você... Você está salva, Cé – ela ergueu o rosto para ver os olhos de Zayn. Ele está... Chorando?

– Não, Zayn – sorriu passando a ponta de seus dedos no rosto do mesmo. Limpando aquelas lágrimas cheias de intrusão. Ele gemeu com o toque, semicerrando os olhos por meio minuto, sentindo os passos pesados dos policiais adentrando os outros comodos da casa. Sentindo seus ossos gritando de dor por qualquer pequeno movimento que podia fazer.

Zayn abriu os olhos e encarou o rosto de Célia em silêncio. Sabe da verdade, que não pode mais esconder o que sente, mas também sabe que não sairá de mais essa enrascada. Assim que descobrirem que Zayn tem envolvimento com Crown ele também será pego, e preso por tantos crimes...

– Foi você quem chamou a polícia? – ele perguntou finalmente, seu braço dolorosamente erguido, tirando fios revoltosos do rosto de Célia.

– Foi – ela suspirou de um modo triste, pensando um pouco sobre aquela pergunta.

Zayn respirou fundo. Não era culpa dela, sabe precisa pagar por tudo o que fez. Um dia isso teria que acontecer. Mas não precisava ser hoje, não precisa ser agora.

– Tudo bem – tocou a bochecha de Célia, expulsando a lágrima que a percorria. – Me ajude a levantar.

No mesmo instante, dois policiais pararam atrás de Célia. Observando-a pensativos. Um deles – cabelos loiros e olhos tão claros quanto água – moveu sua arma pende a coxa.

– Você deve ser Célia Montês – Célia passou um braço de Zayn sobre seu ombro antes de olhar diretamente para os homens.

– Sim – Zayn a ajudou a senta-lo na poltrona esverdeada de Crown.

– Precisamos de seu depoimento – disse o mesmo, atento aos sublimes movimentos que Célia fazia para voltar a ficar perfeitamente de pé.

– E seu amigo precisa ir ao hospital – disse o negro alto, a cicatriz eu sua sobrancelha o deixando com uma aparência extremamente letal e sexy.

– Eu vou com ele... – tentou argumentar, tudo o que Célia não queria era ficar longe de Zayn agora.

– Ele ficará bem – o homem sorriu confiante, se dirigindo a um canto da sala, obviamente contratando uma ambulância.

– Bom, Célia, o que houve aqui?

Ela olhou para Zayn, um nó se fazendo em sua garganta. Zayn assentiu com a cabeça.

– Os negócios de Crown não são exatamente o que a mídia e os empresários afirmam. Seu acordo envolve... – Célia respirou fundo. Seu nome também estaria nisso, mesmo que sendo a vítima, mas algo precisa ser feito.

O olhar do policial, estudando seu rosto, apenas piora as coisas.

– Envolve...

O rosto do policial foi de calmo e compreensivo, para louco e surpreso.

– Espere aqui – ele saiu, agarrando seu walkie-talkie e dando ordens para mais agentes adentrar o palacete.

Célia se sentou no chão ao lado da poltrona, abraçando os joelhos fortemente. Sua revelação estava jogando Zayn na toca dos lobos. Tudo aquilo envolve a Dance Néon, tudo aquilo envolve James e Adam e... Zayn.

– Me desculpe – ela sussurrou, tocando a perna dele.

– Tudo bem – Zayn disse, um fantasma de um sorriso cobrindo seus lábios.

Logo todos os empresários estavam algemados, sendo levados pelos policiais. Alguns olharam para Célia, os rostos sombrios.

– Acho que você vai precisar de seguranças – Zayn brincou.

Uma maca adentrou facilmente a sala, dois paramédicos sustentaram o rapaz e o deitaram sobre a mesma. Zayn não conseguiu segurar os gemidos, a dor é atordoante.

– Ele vai precisar de vistoria policial – disse o loiro, com um murmurar cético. Um dos policiais assentiu, ajudando a empurrar.

Célia se ergueu havida a acompanhá-los.

– E você vem comigo. Julian já contatou seus pais, na Inglaterra, e, eles estão preocupados.

– Eu acho que preocupados não é a palavra certa – Célia seguiu a maca com os olhos –, eu diria extremamente... Malucos!

O policial sorriu acompanhando Célia até uma das viaturas que tomam metade do gramado.

– Ele ficará bem? – perguntou antes de fechar a porta e permitir o carro arrancar.

– Não se preocupe. Depois de todas as investigações, aposto que ele estará livre para conversarem sobre o que quiser – o homem observava Célia pelo retrovisor por alguns instantes, a face triste da garota parecia chocá-lo apesar de ver essas mesmas expressões assustadas e aliviadas várias vezes por dia.

– Não estou certa quanto a isso.

– O que disse? – ele comprimiu os lábios, transformando-os em uma linha quase invisível.

– Nada... Eu só... Só estava pensando alto de mais.

Ela fechou a porta, observando Zayn ser “embarcado” na ambulância, ele a viu também, sorriu dolorosamente.

Célia tem a certeza de que aquela pode ser a última vez que seus olhos encontrarão os dele.



____________________________________

Oooooooh no comment!

Mas vocês podem comentar a vontade :)

O que acharam? Eu não gostei desse fim :/ sinceramente!

Maaas, ao menos parei de fazer capítulos frustrantes :)

Bom, galerinha...

Até o próximo capítulo, e votem, comentem bastante, reclamem, chorem, sintam-se em casa!

Amo-vos ❤

Beijocas de algodão doce (^o^)

Até o já ✈

- SSMissing ❤

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