A Arte da Guerra

Autorstwa drigokmz

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ÍNDICE
A ARTE DA GUERRA
CAPÍTULO I DA AVALIAÇÃO
CAPÍTULO II DO COMANDO DA GUERRA
CAPÍTULO lII DA ARTE DE VENCER SEM DESEMBAINHAR A ESPADA
CAPÍTULO IV DA ARTE DE MANOBRAR AS TROPAS
CAPÍTULO VI DO CHEIO E DO VAZIO
CAPÍTULO VII DA ARTE DO CONFRONTO
CAPÍTULO VIII DA ARTE DAS MUDANÇAS
CAPÍTULO IX DA IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA
CAPÍTULO X DA TOPOGRAFIA
CAPÍTULO XI DOS NOVE TIPOS DE TERRENOS
CAPÍTULO XII DA PIROTECNIA
CAPÍTULO XIII DA ARTE DE SEMEAR A DISCÓRDIA

CAPÍTULO V DO CONFRONTO DIRETO E INDIRETO

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Autorstwa drigokmz


Sun Tzu diz: Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo

é uma questão de organização. Controlar muitos ou poucos é uma mesma e

única coisa. É apenas uma questão de formação e sinalizações.

Lembra os nomes de todos os oficiais e subalternos. Inscreve-os num

catálogo, anotando-lhes o talento e a capacidade individuais, a fim de

aproveitar o potencial de cada um, quando tiveres oportunidade. Age de tal

forma que todos os que deves comandar estejam persuadidos que teu principal

cuidado é preservá-los de toda desgraça.

As tropas que farás avançar contra o inimigo devem ser como pedras

que arremetes contra ovos. De ti até o inimigo, não deve haver outra diferença

senão a do forte ao fraco, do cheio ao vazio.

A certeza de sustentar o ataque do inimigo sem sofrer uma derrota

baseia-se na combinação de forças diretas e indiretas2

.

Utiliza forças diretas para desfechar a batalha, e forças indiretas para

consolidá-Ia. Os recursos dos que são hábeis na utilização de forças indiretas

são tão infinitos quanto os do céu e da terra, e tão inesgotáveis quanto os

mananciais.

Ataca a descoberto, mas vence em sigilo. Eis, em poucas palavras, em

que consiste a habilidade e a perfeição do comando das tropas. As luzes e as

trevas, o aparente e o secreto: eis toda a arte. Aqueles que a possuem

assemelham-se ao céu e à terra, cujos movimentos nunca são aleatórios.

Assemelham-se aos caudais e aos mares inexauríveis. Mesmo mergulhados

nas trevas da morte, podem revi ver. Como o sol e a lua, eles têm um tempo

para aparecer, e um tempo para desaparecer. Como as quatro estações,

revestem-se de mil nuanças. Só há cinco notas musicais, mas quem jamais

ouviu todas as melodias que podem resultar de sua combinação? Só há cinco

cores primárias, mas quem jamais viu o espetáculo de todas as cores

2 Direta: fixar e distrair. Indireta: irromper onde o golpe não é previsto.

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matizadas? Só há cinco paladares, mas deles podem resultar infinitos sabores.

Quem jamais experimentou todos?

Na arte militar, e na do bom comando das tropas, há apenas duas

espécies de forças. Suas combinações, entretanto, são ilimitadas. Ninguém

pode abarcá-Ias. Essas forças interagem. Assemelham-se, na prática, a uma

cadeia de operações interligadas, como anéis múltiplos, ou como a roda em

movimento, que não se sabe onde principia nem também onde termina.

Na arte militar, cada operação particular tem partes que exigem a luz do

dia, e outras que pedem as trevas do segredo. Não posso determiná-Ias de

antemão. Só as circunstâncias podem ditá-Ias. Opomos grandes blocos de

pedra às corredeiras que queremos represar. Empregamos redes frágeis e

miúdas para capturar pequenos pássaros. Entretanto, o caudal rompe algumas

vezes seus diques, após tê-Ios minado aos poucos, e os pássaros, as peias

que os aprisionam, à força de se debaterem.

É por seu ímpeto que a água das torrentes corrói os rochedos. É

regulando a distância que o falcão se orienta para estraçalhar a presa.

Possuem verdadeiramente a arte de bem comandar aqueles que

souberam e sabem potencializar sua força, que adquiriram uma autoridade

ilimitada, que não se deixam abater por nenhum acontecimento, por mais

desagradável que seja; que nunca agem com precipitação; que se conduzem,

mesmo quando surpreendidos, com o sangue-frio que têm habitualmente nas

ações meditadas e nos casos previstos antecipadamente, e agem sempre com

a rapidez, fruto da habilidade, aliada a uma longa experiência. Assim, o ímpeto

de quem é hábil na arte da guerra é irrefreável, e seu ataque é regulado com

precisão.

O potencial desse tipo de guerreiro é como o dos arcos retesados. Tudo

verga sob seus golpes, tudo é derribado. Como um globo que apresenta

perfeita esfericidade em todos os pontos de sua superfície, eles são igualmente

resistentes em toda a parte; em todos os pontos, sua energia é a mesma. No

auge de uma confusão e de uma desordem aparente, sabem conservar uma

disciplina de ferro. Fazem brotar a força no seio da fraqueza. Despertam a

coragem e a determinação no meio da covardia e da pusilanimidade.

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Mas saber manter uma ordem impecável, inclusive no meio da

desordem, exige profunda reflexão sobre todos os acontecimentos que podem

suceder.

Transformar a fraqueza em força só é dado àqueles que têm uma

energia absoluta e uma autoridade ilimitada. Pela palavra "força" não se deve

entender "dominação", mas sim a faculdade que permite que se transforme em

ato tudo aquilo que se propõe. Saber engendrar a coragem e o valor no meio

da covardia e da pusilanimidade significa tornar-se herói e, mais do que isso,

colocar-se acima dos mais intrépidos.

Um comandante hábil busca a vitória baseando-se nas circunstâncias e

não a exige de seus subordinados.

Por mais maravilhoso que tudo isso pareça, exijo algo mais dos que

comandam as tropas: é a arte de manipular o deslocamento dos inimigos.

Aqueles que dominam essa arte admirável dispõem de ascendência sobre o

próprio exército, de tal forma que manipulam o inimigo sempre que julgarem

apropriado. Sabem ser liberais quando convém. Agem da mesma forma em

relação aos que querem vencer: dão e o inimigo recebe; abandonam e o

inimigo recolhe. Estão prestes a tudo. Aproveitam-se de todas as

circunstâncias. Sempre desconfiados, vigiam os subordinados e, desconfiando

destes também, não descuram de nenhum meio que lhes possa ser útil.

Consideram os homens que devem combater como pedras ou troncos

que tivessem que despencar de um penhasco.

A pedra e a madeira não têm movimento próprio. Uma vez em repouso,

não se mexem por si mesmos, mas seguem o movimento recebido. Se são

quadrados, mantêm-se parados. Se redondos, rolam até encontrar uma

resistência mais forte do que a força recebida.

Age de forma que o inimigo seja, entre tuas mãos, como uma pedra

redonda que terias que precipitar de um penhasco: a força necessária é

insignificante; os resultados, espetaculares. É nesse ponto que se reconhecerá

tua força e autoridade. 

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