5 anos atrás, ela foi para o hospital.
5 anos atrás, ela tomou conta dela.
Bow
A latina levantou da cama assustada por causa de um grito surpreendente.
"Alejandro", ela ouviu sua mãe chamar. "Alejandro vem aqui!" Ela ouviu sua mãe gritar ainda mais alto.
Algo dentro da jovem sabia que sua vida estava prestes a mudar nesse momento.
Antes que ela pudesse processar mais, a porta do quarto foi aberta bruscamente e seu pai a pegou, e começou a descer as escadas antes correndo e a colocou no banco de trás do seu carro. Ela podia ver as gotas de suor formando na testa de sua mãe enquanto ela ofegava em um ritmo instável.
Seus olhos castanhos sonolentos observam como seu pai anda pra frente para trás na sala de espera, 1, 2, 3, 4, 5, 6, volta. 1, 2, 3, 4, 5, 6, volta.
"Sr. Cabello?" Uma mulher de azul o chama. O homem olhou para cima, sua expressão congelada. Ele se assustou um pouco. "Gostaria de conhecer a sua nova filha?"
Seu rosto se iluminou e seu pai rapidamente agarrou sua mão, seguindo a enfermeira que os conduziu para a sala. A mãe dela, exausta, estava deitada com um vestido rosa claro, um pequeno pacote em seus braços. Ela ficou hesitante perto da porta assim que seu pai fez seu caminho para a cabeceira da cama de sua esposa.
"Mija, venha conhecer a sua irmãzinha, Sofia." Sinuhe sorriu, acenando com a mão livre, sinalização para a princesinha vir.
"Vai ser uma boa irmã mais velha?" Sua mãe perguntou seu tom muito mais suave do que tinha sido mais cedo naquela noite, quando ela gritou de dor.
Sua filha só conseguiu acenar.
"Sua irmã é muito especial." Sua mãe continuou. "Nós temos que cuidar das pessoas que são especiais para nós." Ela lecionou, não tinha realmente certeza se sua filha iria entender a grande responsabilidade esta nova criança acrescentaria à sua vida.
"Você vai nos ajudar a cuidar dela", perguntou o pai.
Ela assentiu com a cabeça novamente, dando ambos os pais um sorriso tranquilizador.
"Eu prometo." Ela assegurou, colocando os dedinhos no coração dela, fazendo um "X" no peito.
————
5 anos atrás, ela foi para o hospital.
5 anos atrás, ela tomou conta dela.
Beanie
Normalmente era a menina mais velha que cuidava de seu amigo mais jovem. Mas quando ela voltou depois de ficar longe por 2 dias, com uma tala verde em seu braço, as coisas mudaram.
"Lolo" Olhos castanhos se arregalaram, quando ela finalmente conseguiu descer da escada, aproximando-se de sua amiga que estava sentada no balanço de pneu, segurando com a mão não-enfaixada. "O que aconteceu com você?", Ela perguntou, apontando o material áspero que agora englobava braço esquerdo de sua amiga.
"Keaton me desafiou a fazer um Kick Flip 360." Sua amiga encolheu os ombros antes de acrescentar: "Eu não consegui."
Sobrancelha da garota mais jovem levantou, seu lacinho seguindo o exemplo de sua cabeça que agora estava inclinado em confusão.
A morena abafou uma risada. "Eu quebrei o skate." Ela explicou em termos mais simples.
"Ah." A garota de cabelos escuros franziu o cenho. "Está doendo?"
Ela balançou a cabeça. "Não mais. Mas doeu! Você deveria ter visto isso! Eu podia ver meu osso! "O mais velha divagava entusiasticamente como os olhos da amiga arregalaram de horror.
"Você é tão corajosa, Lolo." Ela admirava. "Você chorou?" Perguntou.
O rosto entusiasmado da amiga permaneceu imperturbável.
"Não! Mas você deveria ter visto o rosto de Wes! "Ela bateu seu joelho. "Oh! e sua irmã mais nova, Bea! O rosto dela! Parecia que ela ia vomitar!" Ela riu.
"Wowwww." A menina mais nova disse com espanto.
"Lauren", veio uma voz do quintal. As duas olharam para cima, ligeiramente assustadas. "O que você está fazendo?" Clara repreendeu. "Desça daí!" Sua mãe briga. "Você pode se machucar. O médico disse que..."
"Eu sei." A garota mais velha revirou os olhos antes cuidadosamente descer do balanço de pneu, piscando para a amiga, antes de fingir tropeçar, fazendo sua mãe pular para frente em uma tentativa desesperada para pegar a filha, a menina com o gorro rapidamente se recompôs antes de soltar uma gargalhada ruidosa.
"Te peguei". Ela sorriu.
"Não é engraçado, Lauren." Sua mãe repreendeu, colocando as mãos nos quadris.
"Você precisa ser mais cuidadosa."
"Mãaaaaaaaaae!" Ela gemeu, esfregando a mão livre sobre o rosto em frustração. "Eu não sou um bebê, sabia?!"
"Está tudo bem, mamãe Jauregui." A menina mais nova que até agora tinham permanecido silenciosa, se colocou na frente da mais velha. "Eu vou cuidar dela."
"Ah, é?" As sobrancelhas de Clara levantaram em diversão.
"Sim! Mami disse para cuidar das pessoas que são especiais para você. "Ela afirmou com naturalidade. "E Papi diz que eu estou fazendo um bom trabalho cuidando de Sofi. Tenho certeza de que posso cuidar de Lolo também. "Ela sorriu, inocentemente.
"Bem, então Camila..." a mãe da skatista sorriu. "Eu tenho uma tarefa para você."
Ela sorriu para a filha. Oh não, lá vem. "Eu preciso que Lauren recupere o atraso em sua lição de casa, que ela perdeu quando ela estava no hospital. Pode me ajudar a convencê-la a fazer isso?" Claro sorriu enquanto via o queixo de sua filha cair. Ela fez isso.
"Umm..." Sua amiga hesitou. Lauren balançou a cabeça violentamente 'não', implorando para sua amiga não ficar do lado de sua mãe.
"Camila, você disse que ia me ajudar." Clara disse, claramente divertindo-se com a cara de conflito da menina mais nova.
"Umm," seus olhos castanhos iam de sua melhor amiga a Claro com seu rosto cheio de autoridade. "Lolo, você quer fazer a lição de casa?" Ela perguntou baixinho, nervosamente. "Sua mami meio diz que é preciso."
Antes que ela pudesse responder, sua mãe soltou uma risada. "Eu vou pegar o seu livro e sua mochila. Você pode fazê-lo na varanda." Ela continuou. As duas caminharam até a varanda toda pintada de branco dos Jauregui, a menina mais nova encostou-se no corrimão enquanto a mais velha menina sentou ao seu lado, apoiando o cotovelo no joelho e a mão no queixo.
Poucos segundos depois, sua mãe reapareceu segurando a mochila preta e verde quadriculada. Ao longo dos anos a mochila continuou a mesma, assim como o gorro. As cores que já começam a desbotar, já têm imperfeições na costura e as manchas no tecido foram se tornando mais e mais evidente.
A garota mais velha estendeu a mão pra pegá-la e murmurar um ingrato "Obrigada" antes de suspirar e começar a lutar para abrir a mochila e pegar seus livros.
"Aqui, Lolo. Deixe-me ajudá-la. "A menina sorriu, segurando as bordas da mochila com as mãos, permitindo que a sua amiga puxasse o zíper mais fácil. Ela poderia apenas abrir a mochila para Lauren, mas ela sabia que isso era mais uma questão de orgulho do que qualquer coisa. A garota mais velha nunca foi de depender dos outros.
"Obrigado, Camz." Ela sussurrou antes de começar a mexer nas coisas dela, pegando seu livro dos "Três Porquinhos"
"Ler comigo?" A mais velha pediu enquanto suas bochechas ficavam vermelhas de vergonha. Esforçou-se para abrir o livro para a página correta, mas era incapaz de manter as páginas abertas com ela uma mão. A menina mais nova simplesmente sorriu e acenou com a cabeça antes de segurar a borda do livro com a mão esquerda, sua amiga tomando conta do o livro com sua mão direita.
Após uma hora de leitura em voz alta, a mais velha lia uma página e a menor lia outra, elas fecharam o livro, Lauren tinha finalmente terminado sua leitura.
"Hey Camz?" A skatista perguntou quando eles terminaram.
"Hmm?", Disse a menina mais nova, com a mente em um estado de paz, simplesmente apreciando o silêncio.
"Você quer a primeira pessoa a assinar o gesso do meu braço?" ela perguntou.
"Eu adoraria!" A menina mais jovem sorriu. A outra menina enfiou a mão na frente bolso de sua bolsa para pegar seu pincel.
"Aqui, pode escrever!" Ela sorriu, entregando o marcador preto para sua amiga que tinha seus olhinhos brilhando, levantando suavemente o braço ferido de sua amiga, apoiando-o sobre os joelhos e tirou a tampa do marcador.
"Você não pode olhar!" Ela riu, empurrando levemente o rosto de sua amiga para ela olhar para o outro lado.
"Tudo bem." A outra garota bufou. Depois de alguns minutos, ela ouviu o som do marcador sendo fechado com um rápido 'pop'.
"Eu tenho que ir para casa para o jantar agora." A menina mais nova, disse, antes de retirar braço da skatista de seu colo e de beijar-lhe o rosto rapidamente, apressando de volta para o seu próprio quintal.
A tomboy suspirou quando ela olhou para o gesso verde em seu braço, sim, o gesso era branco, antes de ela obrigar sua mãe a comprar uma tinta verde para pintá-lo completamente, e viu que mais de 1/3 estava escrito com uma grande e infantil letra.
Lolo, você é tão valente, mas você deve ter mais cuidado quando você for andar de skate. Você é especial para mim, então eu prometo cuidar de você até você ficar melhor. Fica bem logo para que você possa usar os dois braços e nós possamos ir até a casa da árvore.