Dream with me - l.s (a/b/o)

By Wulfrico

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Sabe aquele discurso bonito sobre livre arbítrio e você traçar seu próprio caminho? Em nosso mundo ele deixou... More

Primeiro desafio
O mundo será bom para todos nós
O começo
Payne, meu nome agora é Payne
Eu o admiro por isso, Louis
Um novo projeto
Eu não serei responsável por sua infelicidade
Um voto de confiança
Talvez mais do que um amigo
Sentimentos estranhos
As notícias não são boas
O encontro perfeito
Apenas pessoas que habitam a mesma casa
Beijos estão liberados
Um anjo caído
Cada dia mais próximo
Devo ser o que querem que eu seja
Nós devemos caminhar sozinhos
O tempo cura todas as feridas
Styles's e Tomlinson's
Redescobrir
Pronto para ser seu ômega
Grandes garotas não devem chorar
As diferenças nos tornam perfeitos
Promessa
Ninguém irá tirá-lo de mim
Apenas você
Heroína
O melhor de mim
Azul
Um apelo a sua humanidade
Algo maravilhoso
Fantasmas do passado
A prova de nosso amor
Novos planos para o futuro
Amar sem se perder e amar e se encontrar
O temporário se torna permanente
Apenas para os seus olhos
Epílogo
Agradecimentos e divulgação

Perdendo o chão sob meus pés

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By Wulfrico


Estava terminando de colocar o café na mesa quando senti o cheiro ainda forte do meu ômega se aproximar.

– Oi, amor. – eu disse pouco antes de sentir seus braços enlaçarem minha cintura e ele se prender a mim.

– Vocês alfas são muito chatos. Nós não podemos fazer nem uma surpresa porque vocês sentem o cheiro antes. Aff... – ele disse com a voz abafada pela posição em que estava.

– Você acabou de sair de um heat. – eu disse me virando para ele e encontrando um biquinho em seus lábios. – Seu cheiro ainda está delicioso. – passei o nariz por seu pescoço sentindo seu corpo se arrepiar, deixei um beijo em sua marca e selei seus lábios.

– Eu sou todo delicioso. – ele completou com um sorriso malicioso.

– Eu realmente não posso negar isso.

– O que temos para o café? Eu estou faminto!

– Eu imaginei. Por isso fiz sanduíches e panquecas. – ele se virou para a mesa e seus olhos brilharam em adoração.

– Você continua sendo o melhor, Leeyum. – eu sorri ao me recordar do velho apelido de infância. – Eu estava pensando... – ele disse com a boca cheia de comida. – Eu vou sair hoje para procurar um emprego.

– Você não acha que é muito cedo? Você acabou de sair de uma semana em heat, você pode se sentir mal na rua, não está totalmente recuperado ainda.

– Ah, não começa, Liam. Você prometeu.

– Eu sei que sim e não estou voltando atrás. Mas eu pensei que você quisesse estudar. – eu disse tentando soar complacente.

– Eu estava pensando em trabalhar direto. Eu pensei que poderia dar aulas de violão, deve ter alguma escola por aqui. Ou eu posso até espalhar folhetos e dar aulas aqui ou na casa das pessoas.

– Sem chances de você ficar visitando a casa de estranhos.

– Liam! – ele já estava ficando irritado e eu precisava lhe mostrar meu ponto de vista, antes que isso se transformasse em outra briga desnecessária.

– Olha, Ni, eu quero mesmo que procure algo que te faça feliz, se você quiser ir a uma loja de instrumentos ou a uma escola de música, eu estarei te apoiando. Mas te deixar sozinho dentro de uma casa com alguém que você nem conhece, eu não vou aceitar. – ele bufou. – Niall, pode ser um alfa idiota, ele pode te fazer mal, abusar de você.

– Eu sou marcado, Liam! Que tipo de alfa tentaria alguma coisa com um ômega marcado? Ele sabe que isso é muito sério e que você provavelmente o mataria.

– Já tiveram histórias assim, não é tão incomum quanto você pensa e eu não quero que você esteja exposto a nenhum risco.

– Eu acho que esse tal de Louis não foi o suficiente para te fazer mudar afinal... – ele respondeu em um muxoxo.

– Qual o problema de ir a uma escola de música? Me parece uma ideia bem melhor.

– Eu vou a todas que existem nessa cidade, com certeza, mas você sabe que é difícil darem emprego a um ômega, ainda mais um marcado, vão perguntar sobre você, se você autorizou, se você concorda...

– E se for preciso, eu posso ir lá e conversar com os donos. Se eu ver que o local é seguro, eu não vejo problemas. – eu disse por fim e ele revirou os olhos, voltando a se concentrar na comida. – Eu te amo, Ni. Você é tudo pra mim, eu não posso correr o risco de ver algo de ruim acontecer com você. – ele me lançou um sorriso terno e eu beijei sua mão, encerrando o assunto.

Voltar à faculdade depois de tanto tempo te dava uma sensação estranha, as coisas mudavam muito rápido por aqui, as amizades se modificavam e os professores parecem que deram todo o conteúdo do ano em apenas duas aulas.

Sai da aula frustrado e irritado, eu tinha muito o que revisar e aprender antes das provas na semana seguinte. Me encostei no carro e bufei, olhando para o caderno de Gemma e vendo as aulas que perdi em minha mão.

– Olha só quem voltou. Sr. Liam Payne ressurge das cinzas. – uma voz grave e conhecida se aproximou e eu encarei o beta parado a minha frente. – Senti sua falta.

– É, eu tive alguns probleminhas em casa... – eu dei de ombros.

– Problema de exatamente uma semana esse. – ele ergueu a sobrancelha para mim.

– Sim, esse tipo de problema que você está pensando.

– Então é verdade mesmo que você tem alguém.

– Por que eu mentiria para você, Zayn?

– Talvez para fugir de mim. – ele insinuou.

– Eu não tenho motivos para isso.

– Nem mesmo o desejo incontrolável que você sente por mim? – sua voz tinha um toque sedutor.

– Você é que chegou a essa conclusão sozinho. Eu nunca disse isso. – tentei soar indiferente.

– Suas atitudes dizem. – eu desviei o olhar. – Tipo isso que você acabou de fazer. – ele segurou o meu queixo, me fazendo encará-lo. – Se você não me quer, por que foge tanto? Por que não me encara por tempo suficiente? – nossos olhares faiscaram, se perdendo mais um no outro. – Por que tem medo que eu me aproxime? Por que não me dá logo um beijo e termina com isso de vez?

Suas palavras ecoaram em minha mente, apagando qualquer resquício de sanidade ou consciência. Eu desci minhas mãos para sua cintura e grudei seu corpo ao meu, sem quebrar a conexão de nosso olhar e sendo ainda mais desafiado pelo sorriso sacana que ele tinha nos lábios.

– Se é isso que você quer. – disse usando minha voz de alfa e vendo seu sorriso aumentar, diferente do que aconteceria se ele fosse um ômega.

Uni nossos lábios em um beijo urgente, liberando a tensão que existia entre nós dois, sentindo-o sorrir enquanto minhas mãos aumentavam o aperto em sua cintura. Mordi seu lábio inferior e aprofundei o beijo, explorando sua boca, sentindo seu gosto, o gosto do pecado.

– Li-liam? – fui tirado de meu paraíso particular por uma voz chorosa e cheia de receio.

Interrompi o beijo, me afastando de Zayn e olhando na direção na voz, pedindo aos deuses que aquilo fosse apenas uma miragem, um delírio de minha mente culpada. Mas apenas tive um vislumbre da figura loira tão amada por mim, pois um segundo depois seu corpo cedia e encontrava o chão, em um baque ruidoso demais.

– Niall! – corri até ele. – Niall, amor, fala comigo. – peguei seu corpo em meu colo já com a vista embaçada pelas grossas lágrimas que caiam em meu rosto. – Ni, por favor, fala comigo. – vi algumas gotas de sangue escorrerem de sua marca no pescoço e meu coração se afundou no peito.

– Você precisa levá-lo ao médico, Liam. – Gemma que veio a meu encontro me informou. – Venha, eu dirijo.

Levantei do chão com o ômega desacordado em meus braços. Entrei no banco de trás do carro, vendo Gemma dar partida e nos tirar dali, deixando para trás uma pequena multidão de curiosos e um beta parado no mesmo local, com os olhos paralisados, quase em um ataque de pânico.

Me permiti chorar sem nenhum pudor, alisando o rosto de Niall e sussurrando a palavra desculpa como um mantra, como se isso fosse diminuir a dor em meu peito ou fazê-lo acordar, como se tudo isso fosse apenas um pesadelo.

– Há quanto tempo vocês são marcados? – a alfa me perguntou, tirando-me de meus devaneios.

– Quase um ano. Diz pra mim que ele vai ficar bem, Gemma. – eu implorei em um momento de dor.

– Eu sinto muito, Li. Mas eu não posso te dizer isso.

Ela estacionou e eu sai do carro o mais rápido que pude, adentrando o hospital em puro desespero. Uma enfermeira veio em minha direção, após presenciar minha cena de descontrole ao gritar com uma das moças da recepção.

– O que houve? – ela disse enquanto já checava os olhos e o pulso de Niall.

– Ele desmaiou. – ela se deteve em sua marca, vendo-a sangrar levemente.

– Você é o alfa dele? – eu assenti. – Ele presenciou algo ruim? – ela me encarou.

– Si-sim. – minha voz falhou.

– Nós temos que interná-lo.

Após um aceno da mulher, uma equipe se posicionou, tirando-o de meus braços e o levando corredor adentro. Tentei acompanhar a maca que o levou, mas fui impedido por dois enfermeiros. Rosnei para eles em um ato de fúria e fui contido por um segurança, que me levou até a sala de espera.

Gemma que estava falando com alguém no telefone, desligou o aparelho e veio a meu encontro. Ela me deu um abraço forte, tentando me passar um pouco de confiança. Me permiti chorar novamente em seu ombro. A culpa me corroia.

– É minha culpa, Gemma. – eu disse em meio aos soluços. – Eu disse que iria cuidar dele, que nunca deixaria que nada o machucasse ou fizesse mal, mas eu fiz isso a ele. Eu posso tê-lo matado!

– Calma, Li. – ela afagou meus cabelos. – Ele só estava desacordado. Vai dar tudo certo.

– Ele nunca mais vai querer olhar para mim. E ele estará certo. Como eu posso querer que ele volte a me amar?

– Todos nós erramos. Ele vai entender.

– O meu erro está o matando.

– Vai dar tudo certo. Apenas se acalme.

As lágrimas continuavam a rolar por meu rosto, agora nós estávamos sentados em um dos sofás da sala, eu não fazia ideia de quanto tempo havia passado, mas para mim parecia que cada segundo demorava uma eternidade.

Harry chegou algum tempo depois, afagou meu ombro e me lançou um olhar compreensivo. O tipo de carinho que eu não merecia. Aliás, a essa altura eu não merecia nada além de desprezo e dor.

– Senhor Payne? – eu me levantei rápido, caminhando ao encontro do médico.

– Sim. – eu disse com um aceno de cabeça, sentindo os dois Styles a meu lado.

– Olá, eu sou o Dr. Sheeran. – eu cumprimentei o beta ruivo a minha frente. – Bom, o quadro no Sr. Horan está instável nesse momento. – meu coração acelerou. – Ele ainda não acordou e pela minha experiência, nós não podemos estipular um prazo para que isso ocorra. Os acidente que envolvem a ligação entre alfas e ômegas são muito subjetivos, alguns não afetam tanto o ômega, outros podem levá-los a morte. – soltei um rosnado apenas com a possibilidade de que algo como isso acontecesse com o meu Niall. – Mas não se preocupe, ele inspira alguns cuidados especiais, mas está relativamente bem. Está no quarto, recebendo medição leve para uma pequena concussão que teve devido à queda, também está recebendo soro e se não acordar até o anoitecer, teremos que colocá-lo em uma sonda para receber a alimentação. Eu estou tendo o cuidado de não receitar nada muito forte, mas o filhote é a parte mais delicada dessa história. – perdi o chão sob meus pés ao escutar suas palavras.

– Filhote? – perguntei totalmente incrédulo.

– Oh, você não havia sentido ainda? Bom, é uma gravidez extremamente recente, pode ser que você não tenha mesmo sentido o cheiro de outro ser dentro de Niall. – o médico explicou calmamente.

– Niall está grávido?

– Sim, uma gravidez tão recente que não pode ser detectada por exames ainda. Mas eu posso sentir o cheiro do pequeno ser em seu ventre. E bem, faz parte de minha profissão e eu nunca falhei.

– Oh meu Deus. – eu cambaleei até o sofá e me sentei com minhas mãos na cabeça, completamente perdido.

– Não se preocupe. Eu vou fazer de tudo para que seu filhotinho venha ao mundo, Liam. Confie em mim. – o médico sentenciou. 

X

Bom, como sabem é a minha primeira ABO e eu estou criando um universo novo dentro desse gênero, eu não sei se já existe outra fic em que o ômega marcado sofra tanto se tiver sido traído pelo alfa ou qualquer coisa nesse sentido, mas eu resolvi fazer isso u.u
Achei que seria uma boa forma de mostrar o porquê de pessoas como a Jay ou o Lou preferirem não ser marcadas e sofrerem preconceito por isso, por exemplo. Como uma mulher divorciada nos anos 60 ou uma mulher que hoje escolhe não casar ou ter filhos. A marca trás consequências muito maior aos ômegas, como um filho ou um casamento trazem a uma mulher, essa é a analogia.
Se tiverem dúvidas, acharem exagerado ou quiserem falar sobre isso, eu responderei nos comentários. No mais, espero que tenham gostado.
XO  

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