Dream with me - l.s (a/b/o)

By Wulfrico

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Sabe aquele discurso bonito sobre livre arbítrio e você traçar seu próprio caminho? Em nosso mundo ele deixou... More

Primeiro desafio
O mundo será bom para todos nós
O começo
Payne, meu nome agora é Payne
Eu o admiro por isso, Louis
Um novo projeto
Eu não serei responsável por sua infelicidade
Um voto de confiança
Sentimentos estranhos
Perdendo o chão sob meus pés
As notícias não são boas
O encontro perfeito
Apenas pessoas que habitam a mesma casa
Beijos estão liberados
Um anjo caído
Cada dia mais próximo
Devo ser o que querem que eu seja
Nós devemos caminhar sozinhos
O tempo cura todas as feridas
Styles's e Tomlinson's
Redescobrir
Pronto para ser seu ômega
Grandes garotas não devem chorar
As diferenças nos tornam perfeitos
Promessa
Ninguém irá tirá-lo de mim
Apenas você
Heroína
O melhor de mim
Azul
Um apelo a sua humanidade
Algo maravilhoso
Fantasmas do passado
A prova de nosso amor
Novos planos para o futuro
Amar sem se perder e amar e se encontrar
O temporário se torna permanente
Apenas para os seus olhos
Epílogo
Agradecimentos e divulgação

Talvez mais do que um amigo

13.5K 1.5K 1.4K
By Wulfrico


Acordei bem tarde na manhã seguinte. Minha boca estava seca e meu estômago me lembrava da quantidade de champanhe ingerida na noite anterior. Tateei minha mesa de cabeceira a procura de meu celular, mas ele não estava ali.

Levantei-me e comecei a procurar o aparelho pelos bolsos do terno usado na noite anterior e depois de muito procurar, vasculhei minha mente para me lembrar qual tinha sido a última vez que o vi.

Lembro-me de utilizar o aparelho para ver as horas quando estava dentro do carro de Harry e conclui que deveria tê-lo esquecido lá. Suspirei pesadamente e fui para o banheiro na intenção de que um bom banho tirasse os resquícios de ressaca do meu corpo.

O almoço já estava na mesa quando cheguei à cozinha. O barulho típico de uma casa cheia de filhos me trouxe o ar acolhedor que só os almoços de finais de semana me traziam, eram os únicos dias em que todos estavam em casa.

Estava tirando a mesa junto de minha mãe quando ela chamou minha atenção.

– Achei que tivesse um encontro hoje. – suas palavras me atingiram com um baque e eu olhei desesperado para o relógio, 13:47 e eu havia esquecido totalmente de Harry. – Você esqueceu não foi? – seu tom de voz era divertido e eu assenti. – Ande, vai correndo se arrumar, eu ajudo a distraí-lo caso ele chegue antes do tempo. – ela me lançou uma piscadela e eu subi as escadas correndo.

Procurei uma roupa decente e me troquei em tempo recorde, mesmo que demorasse um tempo para vestir minhas calças apertadas. Passei um pouco de perfume e comecei a arrumar meus cabelos, quando ouvi uma risada diferente e em um tom rouco vir do andar debaixo. Droga, Harry já estava aqui.

Respirei fundo e me olhei no espelho outra vez. Foi quando eu percebi que estava agindo feito um grandessíssimo ômega idiota. Eu estava agindo como se aquilo fosse mesmo um encontro, estava nervoso como se eu me importasse com o que o Harry pensaria de mim.

Ele era um amigo, eu iria sair com ele como quando saia com Zayn e não havia motivo algum para agir como um ômega apaixonado e cheio de vontade de agradar o alfa. Se ele não gostasse de mim, o azar era todo dele.

Desci as escadas já bem mais calmo após esclarecer esses assuntos em minha mente, mas não pude deixar de sorrir ao encontrar Harry sentado ao sofá, com Ernest ao colo e brincando com Daisy e Phoebe aos seus pés.

Ele me lançou um sorriso de covinhas quando me notou parado à escada e eu sorri de volta, fazendo o caminho até ele.

– Vamos? – eu quebrei o silêncio.

Minha mãe veio até ele e pegou o bebê de seu colo, liberando-o para vir comigo. Harry se despediu de todos educadamente, mas deteve-se um pouco mais nas garotas que vieram lhe entregar o desenho que estavam fazendo há minutos atrás.

– Venha nos ver mais vezes, Hazz. – Daisy disse.

– Sim, nós podemos trançar seus cabelos e te deixar lindo. – a gêmea completou feliz.

– Tenho certeza que podem. – eu disse sentindo minhas bochechas enrubesceram, peguei no braço do garoto, querendo tirá-lo dali o mais rápido possível.

– Eu volto e tenho certeza que ficarei lindo. – ele sorriu novamente. – Obrigada pelo desenho, vocês serão grandes artistas. – ele se abaixou para beijar as bochechas das duas garotas e eu senti meu coração aquecer, minha mãe me lançou um olhar sugestivo e o sorriso em seu rosto demonstrava o quanto ela estava feliz em ver aquela cena.

Nós dois saímos de casa em silêncio, ele ameaçou abrir a porta do carro para mim, mas eu lancei-lhe um olhar de reprovação e ele ficou levemente envergonhado, o que me fez rir.

– Você está muito bonito. – foi a primeira coisa que ele disse quando ainda estávamos no carro.

– Hum, obrigado. – eu senti minhas bochechas coradas novamente e amaldiçoei novamente meus instintos de ômega, que sempre se agitariam perto de um alfa. – Você também está bonito. – decidi ser educado para disfarçar meu nervosismo e ele sorriu em resposta.

– Você esqueceu seu celular aqui ontem a noite. – ele levou as mãos a minha frente e eu me encolhi, receoso de seu toque, o que não passou despercebido por ele. – Calma, eu vou apenas abrir o porta-luvas, ok?

– De-desculpa. – disse muito envergonhado por julgá-lo mal novamente.

– Força do hábito? – ele me perguntou, erguendo a sobrancelha.

– Acho que sim.

Ele me entregou o aparelho e tentei inutilmente ligá-lo, já que ele estava sem bateria. Guardei-o no bolso e murmurei um "obrigado".

– Talvez um dia você me conte o que te deixou assim.

– Assim como? Lutando por uma sociedade mais justa? – a incredulidade voltando a minha voz.

– Não, eu gosto dessa parte, achei que isso já estivesse claro para você. Eu me refiro a parte de temer tanto os alfas.

– É, eu não tive boas experiências... – meu tom estava um pouco mais baixo, mas ao olhar para a janela e me certificar de que estávamos entrando no shopping, percebi que ele estava mudando de planos e não me levando à biblioteca, como o combinado. ­– O que nós viemos fazer aqui? – eu inquiri, voltando a minha pose altiva de sempre.

– Bom, viemos ver seus livros. – ele disse já estacionando o carro.

– Nós iríamos para a biblioteca, o que aconteceu? – eu estava começando a ficar irritado.

– A livraria daqui é ótima e eu tenho certeza de que encontrará tudo o que precisa. Fora o fato de que não podemos conversar em uma biblioteca, silêncio lembra? E você terá os livros por tempo indeterminado, facilitará muito a pesquisa.

– Você talvez deveria ter me perguntado se eu poderia comprar todos os livros, não acha?

– Ah, não se preocupe com isso, será um presente meu. – ele disse e saiu do carro, me deixando lá dentro prestes a explodir em palavrões. – Você não vem? – ele abriu a minha porta, após um tempo esperando para ver se eu faria isso sozinho.

– Por que você acha que pode me tirar da minha casa para me trazer aqui e comprar todos os meus livros? Você acha que pode me comprar com isso? – minha respiração era descompassada, demonstrando a minha irritação. – Eu achei que tivesse entendido que não é assim que as coisas devem funcionar, oh grande alfa. – eu disse irônico.

– Eu não sabia que um presente te deixasse tão irritado. – a calma em sua voz me deixava mais furioso. – Não é como se eu tivesse tentando te comprar e você sabe disso. Mas seus ideais me interessam e bastante se você quer saber. Eu estou apenas fazendo um investimento em seu futuro e você poderá me agradecer um dia, colocando meu nome nos agradecimentos especiais de seus livros que ficarão tão famosos quanto seu nome. – ele disse tudo isso olhando em meus olhos, me transmitindo confiança e me desarmando totalmente. – Além disso, eu sou herdeiro de um grande escritório, posso querer você em meu quadro de funcionários.

– Claro, seu pai vai adorar a ideia. – eu debochei, mas sai do carro, caminhando até o shopping com ele a meu lado. – Você deveria conversar com ele sobre seus planos para o futuro cheio de ômegas no escritório dele. – ele riu alto, me fazendo rir junto.

Entramos na ostensiva livraria e ele me conduziu a parte de livros jurídicos. Eu andava concentrado nos títulos das prateleiras, admirando todos os grandes nomes que lia.

– Sua família é linda. – ele me tirou de meus devaneios. – Eu sempre gostei da ideia de ter uma casa cheia de filhos e vendo a sua hoje, isso só se reforçou dentro de mim.

– É um pouco chato as vezes, sem muita privacidade, com muito barulho, choro, gargalhada, mas eu não trocaria isso por nada.

– Eu imagino, as garotas parecem bem apegadas a você.

– Foi por isso que você demorou para ir embora ontem a noite? Para me ver junto de minhas irmãs?

– No início foi mais para garantir que você chegaria em casa em segurança, mas depois de vê-las, eu admito que fiquei lá para admirar a cena. Foi profundamente amável. – eu sorri, sentindo minhas bochechas corarem de novo. – Então, quantos irmãos você tem no total?

– Sete.

– Uau. – ele estava realmente muito impressionado e eu ri.

– Mas uma delas não mora comigo e eu não tenho muito contado, o nome dela é Georgia e ela é filha do meu pai biológico, o primeiro alfa de minha mãe. Depois tem Charlotte, Félicité, Daisy e Phoebe, filhas do segundo casamento de minha mãe com um alfa e com meu pai, propriamente dito, Mark. E agora tem Ernest e Doris, os caçulas, filhos do casamento atual me minha mãe com o Dan. Minha mãe nunca se deixou marcar por ninguém, eu admiro isso nela. – sua expressão nesse momento se transformou, mas eu não soube discernir a emoção.

– Não vou negar, ainda estou um pouco impressionado. Em casa, somos só nós quatro, sempre foi. Meu pai não quis ter muitos filhos, pelo que sei, mas ninguém fala muito sobre isso por lá.

– É um pouco assustador, olhando por essa perspectiva, mesmo. Mas acostuma com o tempo. – eu dei de ombros.

– Isso significa que eu teria mais tempo para conhecer sua família?

– Bom, se você quiser ter tranças em seus cabelos e uma gritaria enorme em seus ouvidos, acho que sim.

– Tenho certeza de que ficarei lindo cheio de tranças. – nós dois rimos.

Tivemos uma breve discussão sobre a quantidade de livros que eu deveria levar, já que eu peguei bem menos livros do que Harry achava necessário, mas após chegarmos a um meio termo, nos encaminhamos ao caixa.

Ainda estava envergonhado por vê-lo dispor de tanto dinheiro por minha causa, mas ele não parecia se importar nenhum pouco. Ele fez uma careta quando tirei algumas nas sacolas pesadas de livros de sua mão, mas não reclamou, o que me fez sorrir satisfeito por dividir a tarefa com ele.

Nos sentamos em um café próximo e após fazermos os pedidos, ele retomou a conversa, mas dessa vez com um assunto um pouco diferente e muito mais constrangedor.

– Eu adoro suas roupas, Louis. Mas devo dizer que essa calça atrai muitos olhares. Tive que me segurar para não rosnar para dois alfas que estavam te olhando na livraria. – eu corei violentamente.

– E-eu não acho que atraia olhares. – eu não achava mesmo.

– Acho que você é muito concentrado no que faz, mas ômegas não marcados saindo por aí sozinhos é perigoso. – eu assenti, concordando. – É por isso que eu partilho de suas ideias. Eu abomino qualquer violência, principalmente uma de cunho sexual. Eu imagino que esse seja o medo maior de qualquer ômega.

– Sim, você tem razão. Mas não deixa de ser curioso um alfa pensar assim.

– Eu acho que é apenas uma questão de tempo. Mas pense comigo, se um alfa não pensar como você, como é que a sociedade irá mudar? Para que tudo aconteça, precisa de uma conscientização tanto de ômegas, betas e alfas.

– Sim, você tem razão. É só que...

– Você tem dificuldade em confiar nas pessoas, provavelmente por alguma coisa que você sofreu no passado, então tudo bem, eu só espero que você possa realmente confiar em mim um dia, como amigo e talvez até como algo mais.

Meu estômago deu um loop e eu desviei seu olhar, sendo atingido pelo peso de suas palavras. Para minha felicidade, o garçom trouxe nossos pedidos e nós terminamos o café com um assunto mais leve.

– Você vai me deixar pagar pelo café ou seu lado de alfa dominador irá se fazer presente e assumir tudo? – eu disse debochado, de uma forma que eu sabia que ele não recusaria a minha ofertar de pagar por tudo.

– Hum. – ele pareceu ponderar, como se aceitar minha oferta fosse difícil para ele, o que eu não duvidava, na verdade. – Vá em frente. Mas eu carrego todas as sacolas agora, daqui até o carro. – ele sorriu satisfeito e eu revirei os olhos, caminhando até o caixa.

O caminho de volta à minha casa foi calmo e relaxante, de acordo com a música que saia do rádio. Mas tudo pareceu mudar de repente, assim que Harry estacionou em frente a minha casa.

Zayn Malik estava parado lá, encostado em seu carro, com sua jaqueta de couro e óculos escuros em seu rosto. Mas o que mais me intrigada era a expressão nada amigável que ele ostentava.

Senti o alfa a meu lado retesar seu corpo, visivelmente irritado, seu rosto também se fechou em uma expressão séria.

Droga.

X

The treta has been planted ;)

XO

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