A cunhada

By cabwrllo

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O desejo é algo primitivo, desde os primórdios da humanidade ele existe e é capaz de mexer com sua mais profu... More

Chapter 1
Chapter 2
Chapter 3
Chapter 4
Chapter 5
Chapter 6
Chapter 7
Chapter 8
Chapter 9
Chapter 10
Chapter 11
Chapter 12
Chapter 13
Chapter 14
Chapter 15
Chapter 16
Chapter 17
Chapter 18
CHAPTER 19
Chapter 20
Chapter 21
Chapter 22
Chapter 23
CHAPTER 24
Chapter 25
Chapter 26
Chapter 27
Chapter 28
Chapter 29
Chapter 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Epilogo

Chapter 30

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By cabwrllo


LAUREN POV

Quando o telefone tocou essa manhã e ouvi o choro de minha mãe sair cortado do outro lado da linha e era obvio que algo me corroeu por dentro, os soluços e agonia dela se espalharam pelos meus tímpanos me deixando nervosa quase que instantaneamente. Após ouvir o que a mulher falara, tratei de me vestir o mais rápido e elegante possível, se é que isso é possivel para ir até o que eu chamaria de "O evento triunfal".

O meu triunfo.

De longe, através do portão cor de marfim da mansão da minha família eu já avistara vários carros de policia, dirigi o mais devagar possível para poder captar tudo o que estava acontecendo. Pequenos raios de sol pairavam sobre meus olhos através do vidro dianteiro do carro me fazendo fecha-los por causa da sensibilidade das minhas pupilas. Parei meu veiculo de frente á um chafariz e desci, com meus saltos de 15 cm pretos e um vestido longo de cor vinho, que modéstia á parte me modelava tão bem quanto vasos de barro, claro que bem esculpidos. Liguei o celular e já havia duas mensagens de Camila, preferi lhe dar atenção depois, no momento eu só queria apreciar o que viria a seguir.

Alguns policiais estavam de guarda, andei devagar a passos curtos e bem calma para dizer a verdade, porém, ansiosa juro que meu nariz não se empinou de propósito e minha postura arrogante foi quase como um alter ego lutando para se mostrar e então eu deixei ele se fazer aparecer porque eu sabia que havia ganhado, tudo isso era apenas para uma pessoa. Preferi não entrar em casa, preferi ver meu irmão ir me cumprimentar do lado de fora. Ouvi um grito.

"SOLTEM MEU FILHO!".

Engoli em seco e senti pena, queria abraçar minha mãe, mas estávamos de mal ainda por incrível que pareça, sim, duas adultas de birra uma com a outra. Parecia o século XVIII, mas não era. Era século XXI mesmo e as pessoas colhiam o que plantavam, mais cedo ou mais tarde, é a Lei do Retorno. Christopher estava colhendo o que plantou e ele nunca plantou coisa boa. De dentro da escuridão para encarar os raios quentes de sol, Chris saiu algemado acompanhado pela xerife e por dois policiais negros e muito fortes, de postura rude e séria. Meus olhos pairaram sobre os do meu irmão mais velho que ainda estava vestido com roupas de dormir e a única coisa que eu pude sentir era alívio, nada mais do que isso, por dentro eu sei que ele estava possesso de ódio, raiva, por nada dos seus planos darem certo, eu sabia, tanto que ao parar na minha frente a ameaça veio igual vento, devagar para logo para se transformar em um furacão.

"Irmãzinha, você sabe que eu volto não sabe? Não vai cantando vitória, eu vou atrás de você e daquela safada até no inferno se possível".

Tentei manter minha postura e ser a mulher educada que eu sou, mas a vontade de retrucar foi mais forte.

"Boa estadia na cadeia." Disse sorrindo. Meu Deus, eu nunca me senti tão poderosa em toda a minha vida, parece que havia uma nuvem me carregando para o paraíso, tão leve e tão suave, mas era assim que eu me imaginava quando tudo acabasse.

Sonhar acordada. Quem nunca?

Meus olhos doiam por conta do cansaço, retirei os óculos de descanso e os esfreguei sentindo um alívio imediato, o telefone tocou, ao atender fiquei feliz em saber quem era.

"Lizzie, meu amor. Como andam as coisas por aí? Em breve quero lhe fazer uma visita."

"Está tudo em mais perfeita ordem, Madgge já me ligou tanto querendo saber quando você voltará e temos campanhas aqui para você tomar á frente."

"Fique tranquila, já me estabilizei bem na América, quando você menos esperar estou pisando em Londres novamente, sinto sua falta."

"Também sinto patroa, e as coisas com Camila, como estão?"

"Difíceis, enquanto meu irmão viver."

"Não fala assim Lauren, ele é seu irmão acima de tudo."

"É porque você não sabe de 1/3 do que está acontecendo, mas enfim, me conte estamos vendendo bem aí?"

"Estamos sim, como sempre. A coleção 2016 simplesmente esgotou nas lojas. Você é lacradora mesmo hein."

"Andando com as drag's do Hottest Lounge de novo Elizabeth? Haha"

"Me deixe Lauren, não pode mais nem ser amigas de lgbt's? Vou me demitir então."

"Estou brincando idiota."

"Acho bom mesmo, preciso ir, alguém precisa trabalhar não é?"

"Sim isso é verdade" Respondi rindo. "Bom dia pra você, eu vou dormir, pois, cada um tem o fuso horário que merece".

Lizzie deu uma respirada profunda pela linha telefônica e na hora percebi sua aparente raiva e falta de paciência, desliguei o telefone aos risos por causa da minha assistente, de repente isso começou a martelar na minha cabeça "Assistente" eu precisava de uma aqui em Miami para me ajudar, talvez eu pudesse jogar essa vaga nos jornais ou na internet, seria de grande ajuda, era muito trabalho além de agenda e vendas. Respirei fundo e abri minha caixa de e-mail, dois em especial me chamaram a atenção, um deles eram convites de um evento importante da Candie's em LA e outro era desconhecido, com uma mensagem muito estranha por sinal. Por achar que era vírus, nem abri os anexos que havia dentro da mensagem, a madrugada chegou batendo e eu apanhei, mas agora eu só queria dormir e quem sabe continuar o meu sonho.

CAMILA POV

Desde criança meus pais que alertavam sobre guardar dinheiro para os futuros planos, futuros investimentos e futuros problemas, como a única filha nunca deixei se quer de tentar dar orgulho á eles e mesmo com meu pai morto eu ainda me esforço para deixa-lo orgulhoso. Mas, agora não me vejo tendo forças para isso, mesmo com algum dinheiro guardado cuido da minha mãe doente, mas ainda acho que mal cuido como ela merece e precisa, parece clichê, porém, convenhamos - é clichê -, mas a única pessoa que ainda me mostra um pedaço do caminho certo é Lauren. E era com ela que eu me encontraria agora, saí dez minutos antes do horário de almoço começar para poder chegar na hora certa no restaurante em que marcamos de nos encontrar. Passei um batom nude nos lábios só para não ressecar os mesmos, pois, essa cidade estava esquentando á cada dia que passava e passei um leve perfume que eu adoro. Vinte minutos depois nos encontramos, ela estava sozinha, mas havia três taças, duas com água e uma sem nada em cima da mesa. Um era dela, obviamente outro era meu e o terceiro era um mistério ainda, me aproximei até perceber que ela havia me visto no balcão conversando com a recepcionista e deu um sorriso de lado, a moça me levou até onde ela estava.

Oi meu amor, estava com saudades – Falei passando por ela e depositando um beijo singelo em sua testa.

Eu também estava, hm eu adorei o beijinho, mas eu queria mesmo era um na sua boca. – Lauren disse e senti meu rosto esquentar.

Estamos em um local publico Lauren, por favor – Retruquei sorrindo sem jeito para a mulher á minha frente, que estava divinamente linda.

Namoradas se beijam na boca em qualquer lugar só lembrando. – Ela fez a aquela cara de deboche que tanto me irritava.

Não em todo lugar, e não se preocupe você sabe que eu te recompenso depois e de forma muito melhor. – Lauren sorriu ao ouvir tais palavras saírem da minha boca.

"E eu sou a safada não é?"

Sorri em resposta.

:- Então quem estava aqui com você, posso saber?

Ela ainda está, disse que foi no banheiro para retocar a maldita maquiagem mas parece que morreu lá dentro. - A estilista falou calmamente.

Ela? – Senti na mesma hora minha expressão mudar um pouco.

Sim, ela. – Lauren continuou com o mistério e ela sabia que estava me deixando com a pulga atrás da orelha.

:- Não vai me dizer seu nome?

:- Você a conhece meu amor, olha ela vindo.

Olhei para trás e o susto que levei não equivale nem a mil filmes do exorcista passando e eu assistindo sozinha na escuridão. Quase caí da cadeira quando vi a mulher loira chegar e se sentar elegantemente á mesa ao lado de Lauren, ela engoliu um pouco da água que estava na taça e se virou para mim acenando e sorrindo.

:- Camila.

:- Dinah.

Falei como se fosse um sussurro, pois, tudo se revirou dentro de mim e minha voz se perdeu nesse reboliço todo.

:- Bom, eu não estou entendendo nada, mas o fato de estar com a ex do meu ex e da minha atual na hora do almoço é um pouco estranho.

Dinah deu uma risada contagiante.

:- Ah, não se preocupe Camila, não tenho interesse algum na sua mulher e muito menos no Christopher, Deus me livre, primeiro que figurinha repetida não completa álbum e eu poderia estar passando pela sua situação e isso não é muito legal.

Congelei, mirei Lauren que se assustou com o meu olhar para ela, mas também não era para menos, me senti tão quente que era capaz de me transformar em Huck.

:- Contou para ela Lauren? Como espalha minha intimidade assim, logo pra ela?!

Suas espoletas, se me deixarem falar eu agradeceria. – Lauren olhou feio para nós. – Camz, caso não saiba ou não lembra Dinah além de empresária é advogada também, só que não exercia muito essa função. Não abriremos espaço aqui para o passado, mas sei que ela é esforçada e nos esbarramos alguns dias atrás em uma cafeteria e conversamos sobre a vida e essas coisas e acabei contando o que estava acontecendo. Ela quer nos ajudar á baixar a guarda do meu querido irmãozinho e não vejo porque recusar ajuda.

:- Exatamente Camila, eu já namorei com ele você sabe e eu sei o quão insuportável ele é quando fica obcecado com algo, e querida, não admito ele vir pra cima de você achando que tem o direito de te acuar tanto fisicamente quanto psicologicamente.

:- E como pode nos ajudar?

:- Primeiro temos que abrir uma investigação para apurar como e porque ele bloqueou a passagem do beneficio da sua mãe, e para isso você precisa denuncia-lo. Depois, ele com certeza será chamado para depor mediante algum mandato e dar explicações e aí será sua palavra contra a dele. Aliás, porque nunca o denunciou? Meu Deus isso é muito abuso.

:- Tenho medo de ele fazer algo contra minha vida ou da minha mãe. Até Lauren também, ele quer que voltemos a ter algum relacionamento e eu não quero.

:- Ainda acho que tem mais coisas por trás de tudo isso.

Como assim coisas? – Lauren falou curiosa.

:- Não sei ao certo Lauren, eu teria que ir mais a fundo no assunto, mas primeiro vamos resolver esse, certo?

Dinah falava com maestria tudo o que eu precisava fazer para resgatar os benefícios da minha mãe, eu via firmeza nas palavras dela e aquilo me fortalecia tanto que até vigor para trabalhar eu consegui depois desse almoço. E foi isso que todas fizeram.

LAUREN POV

Essa noite eu precisava conversar com Christopher antes de Camila decidir o que fazer, o obvio e o mais certo seria denuncia-lo, mas eu tentaria me esforçar para buscar o máximo de humildade dentro de mim e pedir para ele lhe entregar esse dinheiro em clima de paz, pois, só assim resolveríamos as coisas tranquilamente e como pessoas civilizadas. Em um mundo muito paralelo e com 99% de chance de dar certo, ele entregaria o dinheiro e nos deixaria em paz. Santa ingenuidade a minha, Camila poderia não querer uma catástrofe maior, mas eu queria vê-lo pagar por toda essa perturbação que me causou, porém, minha namorada ainda vem em primeiro lugar e por ela ainda vou tentar levantar uma bandeira branca, no máximo marfim.

Saí de casa eram quase 10:00 PM, a Jauregui Company estaria quase fechando suas portas, se eu não soubesse que Christopher fica lá até 11:00 PM. Não avisei Camila, para não deixa-la preocupada, o impasse aconteceria de novo, viver de ironias e acusações por longe era coisa de criança. Cheguei no patrimônio do meu falecido pai, o ultimo funcionário ao me reconhecer me deixou entrar de antemão, peguei o elevador e subi exatos quinze andares, a porta de ferro se abriu e comecei uma caminhada reta que daria á uma porta de vidro escura por fora, não podia se ver nada do que acontecia lá dentro, mas podia se ver tudo de dentro para fora. Empurrei a mesma e entrei na sala fria e excêntrica do meu irmão, não havia ninguém lá, mas eu sei que ele estava. Me sentei em uma das poltronas que estava ali e esperei pacientemente.

Ele entrou. Continuei quieta. Ele bufou em descontentamento.

Se veio aqui para tentar alguma conversa esquece. – Seu tom saiu rude carregado de podridão. Bem típico.

:- Conversar com você é uma coisa quase que impossível á não ser que seja para gritar e brigar.

:- Acertou Lauren. Então acho que já pode ir embora.

Com todo o dinheiro que você tem, você não acha uma decadência roubar dinheiro de pessoas que não tem mais nada a ver com você só para tentar recuperar algo que nunca, veja bem, NUNCA vai voltar pra sua vida? – Me virei na cadeira e olhei diretamente em seus olhos. Chris nunca soube me intimidar, essa era uma das razões pela qual ele me odiava. Todos se curvavam, menos eu.

:- Está falando de Camila? Lauren por favor, vamos ser sinceros aqui. Desde quando eu vi Camila pela primeira vez eu me apaixonei, e meu plano nunca foi me apaixonar por ela.

O meu também não, olha que coisa. – Olhei através da grande janela de vidro o mormaço que estava se formando no céu, os tempos estavam sombrios em todos os sentidos da palavra.

Acho que essa situação não pode ficar assim, e quando digo isso é porque tem muitas coisas por trás da nossa relação e eu sei o que veio fazer aqui e antes de qualquer coisa vou te explicar por que eu já to entediado com esse joguinho. – Chris falou calmamente.

:- Do que está falando?

:- Sabia que Alejandro Cabello era viciado em jogos, mulheres e sexo?

Quem é Alejandro? Espera esse é o sobrenome da... – Um click estralou em minha cabeça e aí eu percebi que esse era o pai de Camila.

:- Exatamente. Alejandro Cabello já trabalhou nessa empresa quando papai ainda conseguia se manter de pé e advinha? Eles eram grandes amigos, mas a mulher dele não sabia, sabe por quê? Alejandro era um viciado, gastava muito dinheiro com jogos e mulheres e sabe quem fornecia isso pra ele? Nosso pai.

Está mentindo. - Retruquei.

Acha que vou mentir usando o nome do nosso pai? O homem mais importante da minha vida? Se poupe Lauren por favor. Isso só mostra o quanto você era insensível e nunca se preocupou em saber mais da nossa família – Chris queria rir, aquilo me ferveu todas as células existentes em meu corpo.

:- O beneficio que Sinu recebia vinha dessa empresa aqui, agora sabe porque Alejandro morreu e Sinu ainda continuou recebendo? Porque papai me fez prometer que eu manteria o dinheiro, que eles precisavam e isso era até Camila se formar, só que aí eu me apaixonei por ela e quando decidi namora-la eu não ligava mais pra dinheiro nenhum.

Camila nunca soube disso? – Perguntei.

:- Não, ela nunca soube. Sinu sabia que o dinheiro vinha da empresa, mas não sabia que esse dinheiro só caía nas mãos dela pela boa vontade do nosso pai, ou seja, Alejandro tinha seus direitos é claro, mas o saldo já havia se esgotado há muito tempo, eu cortei o beneficio e tenho todo o direito legal sobre ele já que ele é do meu patrimônio.

:- E agora usa disso pra ter Camila de volta, você é tão estupido que me dá nojo.

:- Cada um joga com o que tem.

Sabe, quem muito acha que está no topo um dia cai, e você vai cair e não vai demorar. - Falei engolindo seco, quase que não passava pela garganta.

:- Estou esperando Lauren, e sentado tomando nosso whisky predileto, porque pra isso você tem bom gosto.

Não só pra isso irmãozinho, para mulheres também, Camila é a prova viva disso. - Falei observando que por mais que meu irmão finja, o fato de ela querer ficar comigo dói em seu peito. – E ela não precisa desse seu dinheiro sujo, a mãe dela está sendo medicada, e eu como mulher dela estarei lá para o que ela precisar. Caso você não se lembra, eu tenho tanto dinheiro quanto você. Boa noite.

Lembro-me da última vez que chorei, eu estava em um bar londrino bebendo por causa dela e amanhã vou me lembrar que a última vez que chorei foi hoje, no momento em que saí daquela sala. Sabe o que é sentir tanta raiva por não conseguir contornar uma situação? Por não conseguir guardar tanto ódio dentro de si? Ele outra vez virou o jogo a favor dele, nem Dinah poderia fazer algo. Filho da mãe. Ele iria perseguir Camila até o inferno e meu psicólogico já estava deveras abalado, se eu pegasse uma arma agora o mataria e não sentiria remorso algum. Foda-se se temos o mesmo sangue, isso nunca significou nada para nenhum dos dois. Dirigi devagar para poder desfazer o inchaço do meu rosto e segui para a casa de Camila. Ao chegar toquei a campainha e vi a sombra dela vindo em direção à porta, iria começar a chover já ventava demais e estava ficando frio.

Hey, o que faz aqui essa hora? Entra está muito frio. - Camila me recebeu e assim que entrei me senti à vontade com o lugar. Ela estava vestida com um pijama rosa enorme parecia uma criança.

Eu só não queria dormir sozinha. Quer que eu vá embora? - Falei tocando seu rosto que estava quente e macio.

Não, claro que não meu amor eu estava vendo filme sobe comigo. - Segurei sua mão e coloquei minha bolsa em cima do sofá da sala, subimos as escadas, seguimos o corredor até a terceira porta e entramos. Era a primeira vez que entrei no seu quarto, tudo tinha o cheiro dela, exatamente tudo, estava escuro e só a luz da tv iluminava o local. Ela se sentou na cama e encostou na cabeceira, em seguida me livrei do casaco que usava e encostei em seu colo, deitando em cima do seu corpo, meus braços ficaram tocando suas coxas e meus dedos dançavam pela extensão dos seus joelhos.

Amo ficar assim com você - O sussurro quente da sua voz bateu em meu ouvido me deixando trêmula. - Estava com saudade, aquele almoço hoje foi chato. Mal conversamos direito.

Eu sei, mas agora estou aqui. - Me virei e beijei seus lábios, só aquilo me relaxou todos os músculos do corpo, era como se não estivesse formando um temporal lá fora. Camila intensificou o beijo, toda a raiva que me consumiu essa noite estava se esvaindo, ela tinha esse poder sobre mim e eu me sentia assustada e encantada ao mesmo tempo.

Ainda bem que está, to sentindo você tão tensa aconteceu alguma coisa? - Camila cessou o beijo e perguntou, e não sabia o que fazer. Ela tinha esperanças, seria má demais se cortasse suas asas.

:- Problemas sabe, mas não é nada demais meu amor. Mas, mudando de assunto, eu tenho um convite para te fazer.

:- Hm, me conta o que é.

:- A Candie's está fazendo um evento em Los Angeles e recebi dois convites, será esse final de semana, eu queria muito que fosse comigo.

:- Mas e a minha mãe? Não posso deixar ela sozinha.

:- Chame ela Camila, ela está se medicando eu sei, mas pelo amor de Deus viver trancafiada em casa não vai ajudar em muita coisa. Ela vai sair de uma doença e entrar em outra.

Camila abriu um sorriso e beijou a ponta do meu nariz:- Ok, meu bem.

Nos abraçamos e continuamos a ver o filme que passava até adormecermos.

x.x

O final de semana chegou, após resolver algumas pendencias, na tarde que se iniciava peguei Camila e Sinu para irmos para o aeroporto e embarcar para L.A, passar um tempo longe de Miami nos faria bem, nem que fossem por dois dias, só eles retiravam o peso de respirar o mesmo ar que Christopher. Senti Camila tensa, com certeza o medo de avião dela nunca passou e eu só sentia vontade de rir, na verdade não me privei desse imenso prazer.

Você não me entende. – A latina disse manhosa.

:- Claro que não, é só um transporte de aço que voa.

Quer coisa pior que isso? – Sinu apoiou a filha.

Mas... Agora estão as duas contra mim. Meu Deus vai ser uma viajem daquelas. – Disse rindo, encostei em Camila para poder entrelaçar nossas mãos e ela se afastou, não entendi muito bem, mas continuei a andar, fizemos o check – in e embarcamos nossas bagagens.

Ao chegarmos em L.A Edward veio nos receber, ele morava lá há alguns anos, a ultima vez que nos vimos Vero estava fazendo sua despedida e desde então conversamos apenas por ligações. Camila o tempo todo ajudava Sinu, comigo não seria diferente, eu faria a mesma coisa se fosse minha mãe, mas o fato é que ela estava muito esquisita, é como se estivesse distante de mim e aquilo me incomodava. Por fim, seguimos por cerca de meia hora, até chegarmos á um bairro um pouco afastado da cidade, Edward comentava que amava morar um pouco mais longe por conta da tranquilidade e privacidade e eu não tirava sua razão, também faço questão de ter paz onde moro. O rapaz dirigiu até um enorme portão de madeira, ao entrarmos eu não fazia ideia do quanto iria me surpreender, ele praticamente morava em um palácio e não coloco exagero nenhum em minhas palavras.

Nunca na vida imaginei que você morasse aqui, quer dizer, você é tão simples. Raramente pessoas ricas são simples. – Falei apreciando a vista do jardim.

Ah, mas eu tive que trabalhar muito pra ter o que eu tenho agora, tive que ouvir muito esporro e tive que me humilhar muito. É difícil, mas quando a bonança chega não tem como não apreciar, principalmente quando se está no começo de carreira profissional e passa fome ás vezes só pra pagar uma conta de luz. – Edward disse bem humorado. – Chegamos meninas, vamos.

Entrar na casa de Edward me lembrava muito minha casa, a casa onde morei durante a adolescência, como será que Taylor e mamãe estavam? Depois que brigamos nunca mais fui lá, eu odiava esses momentos nostálgicos, pois, parecia que elas haviam morrido e queria buscar dentro de mim uma forma de voltar em um tempo qualquer perdido para resgatar nossa relação, parei por um segundo e tentei focar no presente, tratei de ir em busca de um quarto, Camila foi instalar sua mãe e tomar banho. Enquanto arrumava minhas roupas em cima da cama, Edward bateu na porta e me convidou para um tour pela sua casa, aceitei e começamos a conversar.

Camila parece abatida. – Edward comentou.

Ela está cansada de muitas coisas, assim como eu. – Falei tocando em alguns quadros na parede que dava até a cozinha.

Vero me falou que seu irmão anda perseguindo ela, acredito que isso preocupa você. – Senti a mão do homem ao meu lado tocar meu ombro, fazendo eu me virar para ficar de frente para ele. – Christopher nunca plantou coisa boa, ele vai colher coisas ruins, tudo o que está acontecendo vai passar, você vai ver.

:- Você fala como se ele tivesse parcela de culpa em coisas além dessa, você tem algo pra me falar?

Acho incrível sua capacidade de pegar as situações no ar, pena que nunca pegou outros tipos. - Ed mudou de assunto e tocou me rosto, então me esquivei.

:- Do que está falando?

Sabia que eu sempre fui apaixonado por você no colegial? Depois que eu descobri que você gostava de mulheres, meu coração se partiu em trezentos milhões de pedaços, eu contei todos sabia? – Ed começou a rir e eu não estava entendendo nada, fiquei paralisada como se tivessem me dado um choque e meu cérebro estivesse com dificuldade de assimilar.

:- Porque está me contanto isso agora? Minha mulher está aqui Ed, olha me desculpe se deixei você criar alguma esperança naquela época, eu...

Ed me interrompeu.

:- Calma, eu sou um cara que aceito certas coisas, uma delas é que você nunca seria minha, então me conformo com a nossa amizade e que ela se fortaleça a cada dia, também quero isso com a Camila o que quero dizer é como seu amigo, vou estar aqui pra tudo que precisar. E por falar nisso, eu gostei da amiga da Camila, a baixinha, um dia a gente se vê por Miami.

Balancei a cabeça rindo:- Ainda estou sem entender muitas coisas.

:- Amanhã a gente conversa mais Laur, não está na hora de você ir para o evento?

:- MEU DEUS! – Tapei a boca percebendo que havia dado um grito, abracei Ed e corri para me arrumar, tirei meu celular do bolso que estava no silencioso e haviam mensagens da Camila perguntando onde eu estava e que já estava arrumada. Corri para meu quarto já arrancando as roupas, tomei um banho rápido e coloquei um vestido preto, simples, com um decote mais ou menos discreto nos seios e o cabelo amarrado em um rabo de cavalo firme e preciso. A porta se abriu, Camila colocou apenas um olho na brecha da porta, a latina deu de cara comigo.

:- Posso entrar?

Claro, onde está Sinu, pensei que sua mãe iria conosco. – Falei colocando o outro par de brincos e me perfumando.

Não, ela quer ficar e acredito que aqui é mais seguro do que em Miami, porque estou mais perto. Posso fechar? – Camila se ofereceu para fechar meu vestido, acenei com a cabeça e ela veio em minha direção, me virei de costas e senti seus dedos descendo a linha da minha coluna, suas mãos desceram abertas pela minha cintura até chegar no zíper para subi-lo. O silencio estava incomodando, então resolvi quebra-lo.

Posso saber por que foi fria comigo a viajem inteira? – Perguntei.

:- Minha mãe ainda não sabe de nós Lauren.

:- Porque não contou á ela?

Porque não tive oportunidade ainda de conversar, depois que você chegou de Londres o Chris começou a encher a paciência e ela ficou doente, não tinha como. – Ela fechou o zíper e me virou de frente para ela lentamente, ainda segurando minha cintura me puxou mais para junto do seu corpo, seu colo nu estava um pouco úmido e batia contra o meu.

Entendo. – Falei encostada a sua boca.

Que droga Laur, odeio ficar assim com você nesse clima – Nossas respirações se misturaram, a mão dela apertou mais meu corpo com o seu, nossas coxas se encaixaram uma na outra, a latina me encostou na cômoda de frente ao espelho.

:- Isso é só desculpa pra reconciliação depois.

Não tem como ser agora? – Ela falou ofegante.

:- Não, temos um evento pra ir, se segura.

:- E se eu não conseguir?

Você consegue. – Pisquei para ela e saí do quarto deixando-a louca em pensamentos. E eu também estava, estava subindo pelas paredes, mas não era hora.

Camila estava estonteante, usava um vestido branco, um pouco acima do joelho, de mangas compridas e costas nuas na horizontal, usava um rabo de cavalo frouxo e sua franja estava solta sobre a testa, que Deus me perdoasse pelos pensamentos impuros, mas eu não iria me segurar muito tempo nesse evento, que começou um pouco mais cedo do que pensei. Eu e Camila chegamos atrasadas, entregamos nossos convites á recepcionista, uma morena linda de cabelos cacheados e entramos de modo mais reservado, a garota propaganda da marca era a cantora Zendaya, que eu já tive a oportunidade de conhecer durante uma campanha da minha marca e tive um imenso prazer de ver seu show, hoje Maroon 5 faria as honras depois do desfile. Logo encontrei pessoas conhecidas do ramo da moda, também haviam alguns famosos no local, levei Camila comigo e que a cada detalhe parecia uma criança que se impressionava com tudo o que via.

Oh meu Deus, eu estou morrendo de vergonha, eu sou só uma administradora de empresas. – Camila disse se impressionando com o tamanho da estrutura do evento.

Amor, calma tá? É só uma festa. – Falei dessa vez entrelaçando suas mãos ás minhas e ela correspondeu. – Mas não vou negar que nunca havia visto tantos famosos em um só lugar.

Andamos mais um pouco até entrar no salão onde aconteceria o desfile da coleção de 2016, ficamos na segunda fila uma ao lado da outra, a quantidade de fotógrafos era impressionante, quase assustadora. O desfile começaria dentro de alguns minutos e meu telefone não parava de vibrar.

Amor? Não vai ver o que é? Esse celular não para de vibrar um segundo. Eu vou ao banheiro, não some. – Camila disse me tirando a concentração.

A mulher saiu andando provocativamente, os homens das fileiras não tinham pudor algum ao olhar, as mulheres já disfarçavam um pouco, mas olhavam também. Ela virou o rosto para mim e sorriu timidamente, como se fosse um aviso, sorri ao tentar pensar o que ela estaria tramando. Voltei meus olhos para as modelos na passarela, enquanto me distraia com toda a beleza que elas exalavam um dos estilistas presente começou uma conversa agradável comigo, distraidamente peguei meu celular e abri as mensagens.

"Se você acha que aquele risinho que eu dei pra você foi apenas por sorrir você está muito enganada"

Droga, ela estava louca e eu estava no meio de uma conversa.

"Eu sei que você não sorriu por sorrir" - Respondi e o homem não parava de falar de vestidos, croppeds, tendencias e etc...

"Eu poderia te dizer o que ele significa pessoalmente, mas prefiro que você chegue aqui com os pensamentos desordenados. Sabe, eu não to usando calcinha"

Me contraí inteira na cadeira, minhas pernas se fecharam mais ainda por conta da sensação que correu meu corpo ao saber que ela estava sem calcinha. Imediatamente eu tive que dispensar o estilista com uma desculpa esfarrapada, não poderia continuar uma conversa com alguém pensando em outras coisas, não seria justo com ele e nem comigo. Saí do salão e andei até o banheiro com um pouco de pressa e já estava suando um pouco, entrei cautelosamente e passei a chave na porta, dei alguns passos até a entrada dos boxes, Camila estava encostada na pia de mármore escura, uma de suas mãos estava delineando linhas no colo e a outra nas coxas á mostra.

Você tem o dom de me deixar excitada em lugares totalmente inadequados, você deveria ser castigada por isso. – Falei me aproximando.

Não fiz nada demais, aliás estamos já em um lugar adequado não acha?. – Minhas mãos foram direto á cintura da morena, uma delas se desprendeu e agarrou no pescoço dela subindo para os cabelos, puxe-os de leve deixando o colo dela á mostra, toquei sua pele com a minha boca puxando ela com um pouquinho de força só deixando uma marquinha roxa no local, lambi aquela região até seu maxilar, ela virou o rosto e me beijou fervorosamente.

Ahhhh, Lauren me dê... Isso – Camila pegou minha mão, separou meus dedos e lambeu cada um deles como se fosse um picolé, me olhando como se estivesse sugando minha alma com aqueles olhos lindos e tão escuros, minha intimidade doeu, doeu de tanta ansiedade, não me aguentei e levantei seu vestido.

Começaram a bater na porta do banheiro. Droga.

:- Laur, eu sei que você quer, faz isso logo eu não aguento mais.

Não pensei duas vezes, afastei as pernas da latina á minha frente e comecei a toca-la, nem lento e nem rápido demais, bloqueei minha mente daquela porta pra fora, a única coisa que importava eram nós duas. Camila agarrou meu cabelos e os puxou, pendi minha cabeça para trás e ela me beijou, sua língua se arrastou lentamente pela minha me deixando tonta de tesão, o suor descia rente aos meus seios, ela estava encharcada e eu estava quase na mesma situação.

Abaixei minha cabeça e fiquei de frente á sua intimidade, tirei meus dedos e os lambi, Camila olhava tudo atenta, seus semblante era de agonia por Deus eu amava deixar ela assim nessa vontade louca.

:- Eu quero te ouvir choramingando Camila, não quero menos que isso.

Comecei a chupa-la, suguei inúmeras vezes seu clitóris e eu poderia fazer isso a noite inteira se pudesse, a latina forçava mais minha cabeça para baixo, enquanto minha língua se movia violentamente dentro dela. Minhas unhas apertavam suas coxas, os gemidos dela saiam abafados porque ainda estavam batendo na porta, a adrenalina de quase ser pega fazendo sexo em um banheiro de um evento quase me fez gozar.

:- Oh Jesus! Sim, sim Lauren... me come... do jeito que você sabe fazer.

:- Você é tão gostosa.

Continuei chupando –a, deslizando minha língua naquela fenda molhada, sugando tudo o que podia dela, Camila gemia ininterruptamente, senti que ela chegara no seu clímax mas, não deixei ir além, repentinamente tirei minha boca e levantei.

Quero que goze, olhando nos meus olhos. – Falei. Levei meus dedos para dentro dela, enfiei dois de uma vez, seus olhos se exprimiram e um gemido rouco saiu da sua boca, eles entravam e saiam da sua boceta, quentes, deslizantes, encharcados. Eu estava quase gozando vendo sua boca aberta, suas mãos tocando e apertando meu pulso que se movimentavam conforme meu ritmo, não sabiam se forçavam mais para dentro ou paravam. – Vamos amor, goze para mim, me faça gozar também... Amo quando somos vagabundas desse jeito. Olhe pra mim!

Ordenei, puxando seu pescoço, então Camila abriu seus olhos, ela suava, sua respiração já estava cansada e a minha também, mas estava tão perto, tão perto, ela sugava meu lábio inferior enquanto eu enfiava nela sem parar por um segundo, minha mão vaga tapou a sua boca, em decorrência dos gemidos dela. A latina num ultimo suspiro gozou e como consequência dos espasmos suas pernas apertaram meus dedos, ela tremia, suava, beijei sua boca mais uma vez antes de me lembrar que estávamos em um banheiro no evento da Candie's.

Camila abaixou o vestido e entrou dentro de um dos boxes enquanto eu corria para abrir a porta.

OH, meu Deus porque você trancou a porta? – Uma mulher alta e loira perguntou gritando com raiva.

Desculpe-me, eu também estava presa aqui dentro. Tentei abrir, bati e empurrei e ela não abria. – Respondi, passando pelas mulheres que estavam na porta. Tirei meu celular de dentro da bolsa e mandei mensagem para Camila me encontrar no mesmo lugar onde estávamos, ao chegar me sentei e pedi uma taça de champanhe só para aliviar o calor, alguns minutos se passaram e nada de Camila aparecer. "Talvez tenha ido pegar alguma bebida" pensei comigo.

Meia hora se passou, e já era demais, minha namorada havia sumido, nem a mensagem ela visualizou. Comecei a ficar preocupada de verdade, saí do desfile e andei pelos quatro cantos daquele lugar desesperadamente, perguntando para as pessoas quem havia visto ela, fazendo uma ligação atrás da outra na esperança de ela aparecer. Encostei-me em um balcão, já querendo lacrimejar. "Não era possível, eu saí do banheiro e só foi questão de três, quatro minutos até o salão de desfile." Meu telefone tocou, meu coração havia errado uma batida quando vi o numero de Dinah no visor, atendi na mesma hora.

"Lauren, descobri coisas interessantes sobre Chris, você está em casa?"

"Não Dinah, estou em LA, vim para um evento com a Camila. Só que agora ela desapareceu e não consigo encontra-la em lugar algum."

"Oh meu Deus, pergunte para a recepcionista, talvez ela tenha visto."

"Sim, como não me lembrei disso? Obrigado Dinah, podemos conversar quando eu chegar ok? Vou à caça agora. Boa noite."

Desliguei o telefone e corri até a entrada do evento, a mesma mulher morena de cabelos cacheados que nos recebeu ainda estava lá.

:- Licença moça, você se lembra de mim?

:-Sim, você é a Lauren Jauregui não é?

Sim, sou eu mesma. Você viu por aqui uma moça com quem eu cheguei? Ela é branca dos cabelos pretos e estava com um vestido branco curto. O seu nome é Camila. – Falei um pouco rápido, mas acho que a garota entendeu.

:- Acho que vi sim senhorita, mas ela já foi embora.

Como assim já foi embora? – Olhei para os lados. – Tem certeza? Vou te mostrar uma foto dela. – Retirei o celular novamente da bolsa e coloquei na tela uma foto de Camila.

:-Sim, tenho certeza agora. Ela saiu com um rapaz, bem elegante e alto. Ele parecia estar embriagado, mas não sei ao certo.

Tudo ficou zonzo á minha frente, como uma simples noite deixa de ser tão divertida e passa a ser uma noite de terror? Camila havia desaparecido e eu já sabia com quem.

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