De Repente, era Sua. (Degusta...

By autoraluhcarvalho

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De Repente, era Sua. Sinopse Olívia Campbell perdeu seus pais quando tinha dez anos de idade e foi criada pel... More

Sinopse.
Prólogo - Olívia.
Capítulo Um - Olívia
Capítulo Três - Olívia.
Capítulo Quatro - Declan
Capítulo Cinco - Olívia.
Novidades

Capítulo Dois - Olívia.

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By autoraluhcarvalho


Boa tarde amores!!!

Capítulo dois revisado.

Espero que gostem... Beijos.

****** 

Capítulo Dois —Olívia—

Just Breathe – Apenas Respire

Hoje está sendo o pior dia da minha vida!

Passei à noite inteira tendo que ouvir barulhos que preferiria nunca ouvir, ainda mais vindos do quarto de Declan, aquele desgraçado. Tomara que o seu 'troço' caia, murche ou nunca mais levante.

Idiota!

Não quer ter nada com o sexo oposto uma ova!

À noite de ontem me mostrou o contrário, isso sim. Não sei por que Jake disse aquilo, mas claramente está errado, e eu aqui achando que o seu irmão estava ainda de coração partido.

Para tentar não cometer um assassinato hoje decidi buscar Josh na escola e fazer alguma coisa com ele na cidade, para esquecer à noite e o dia de hoje. Faz cinco meses que estou aqui e estava gostando até ouvir o "Oh assim você me mata Declan", seguido de gritos e gemidos. Mas também não sei por que isso me incomodava.

Balançando a cabeça para clarear as ideias, retirei meus fones de ouvido e saí do quarto, mas preferi não tê-lo feito, pois uma loira peituda estava saindo do quarto de Declan com uma pasta em uma mão e uma bolsa na outra. Ela parou e me encarou como se eu fosse um ser de outro mundo.

— Quem é você? — ela perguntou e eu já sabia que não seriamos grandes amigas. Ótimo! Acabou de azedar ainda mais o meu dia.

— Eu sou ninguém da sua conta e você? — Botei na minha cara o meu mais doce e enjoativo sorriso, estilo Blair Waldorf e fiz cara de inocente.

Ela não respondeu, só ficou me olhando com o rosto vermelho.

Também não disse mais nada e só acenei enquanto me dirigia à escada.

Estava chegando ao portão quando decidi dar uma passadinha no bar, já tenho a senha da porta e posso ficar por lá até a hora de abrir, mas depois disso Declan começava a encher meu saco, dizendo que tenho que sair, pois sou menor de idade e blá, blá, blá.

Encontro uns rapazes no palco ensaiando e me perco na letra da música de Blake Shelton, que por sinal é linda. O bar é enorme, e as pessoas que trabalham aqui são gente boa e me tratam super bem.

— E aí Houston? — Jake chegou perto e me deu uma piscadela.

— Quando vai começar a usar meu nome?

Jake me chama de Houston desde que cheguei.

— Eu gosto deste que te dei. — Sorriu o safado.

— Quem era aquela loira que encontrei saindo do quarto do seu irmão? — Que diabos? Por que perguntei tal coisa?

— Ah, você conheceu a assistente dele, Hannah?

— Assistente? Uau e você dizendo que ele não queria nada com o sexo feminino. Pega até a assistente — bufei e balancei a cabeça.

Ele deu uma gargalhada que me deixou ainda com mais raiva.

O que havia de errado comigo?

— Olívia querida, — usou meu nome inteiro e fez uma pausa — homens têm uma necessidade que precisa ser atendida de vez em quando, se é que me entende. Não quer dizer que Declan vá colocar uma aliança no dedo da pessoa escolhida "dessa vez", para atender as suas necessidades — deu ênfase no dessa vez.

— Você me dá nojo, seu machista. — Ele tentou me abraçar, mas corri. — Estou fora daqui e já.

— Divirtam-se! — gritou sorrindo as minhas custas.

Necessidades sim, se marrar não. Então esse é o lema de Declan Parker?

Que decepção, mesma palavra que ele usou aquele dia com o seu irmão no meu quarto. Desde então peguei alguns olhares aqui e ali e só falava comigo quando eu tomava a iniciativa.

Ou quando Jake estava muito perto.

Não sei por que, mas ele ficava muito zangado sempre que o seu irmão brincava comigo. Talvez deva ser porque eu sou irmã do seu amigo.

Pausando a minha crise de raiva, segui para a escola de Josh.

Dez minutos depois estava em frente à escola e cheguei bem na hora que as crianças estavam saindo. Josh me viu e saiu correndo ao meu encontro.

— Oi. — Sorriu e era a mesma coisa que estar vendo o seu pai na minha frente.

— Oi amigo, como foi na escola hoje?

Entramos no carro e ele sentou, colocou o cinto de segurança e virou o rosto para a janela.

— Foi legal — disse timidamente.

— Legal? Só isso?

Deu de ombros, me olhou depois virou novamente para a janela, mas não sem antes que eu percebesse a tristeza em seu olhar.

— Ei, me conta. Lembra que combinamos de sermos amigos? — Josh assentiu. — Então, amigos conversam e guardam segredos se tiver que guardar.

— Tem uma festa a fantasia na próxima sexta na escola...

— Que maravilha Josh! — Fiquei super animada, lembro que quando tinha a sua idade, adorava festas e a fantasia, adorava mais ainda, mas pela carinha dele a animação passava bem longe. — O quê, você não gosta de festas?

— Eu gosto, só que...

— O quê?

—Temos que levar uma pessoa e meu pai não vai estar aqui.

— É verdade, mas e se falássemos com ele? Poderia adi... — parei, porque sabia que essa viagem de Jake não poderia ser adiada, e... Claro! — Problema resolvido amiguinho, você está olhando para a sua acompanhante. — Sorri apontando para mim e ele me olhou de olhos arregalados.

— Mas...

— Mas, nada. Eu vou, eu amo festa à fantasia. O que pensou em usar? Eu já estou tendo umas ideias aqui na minha cachola.

Josh ficou um tempão sem falar nada, depois sorriu e disse que eu era "estranha". Talvez um pouco, mas ter vindo busca-lo na escola está fazendo maravilhas para o esquecimento do dia de hoje.

Eu amava tanto essa data.

Agora... Não sei se algum dia conseguirei comemorá-la novamente.

Passamos o restante do dia comendo besteiras, brincando, fomos também a uma loja de fantasias, mas não gostamos de nenhuma de lá, tinham outras lojas, mas já estava ficando tarde e decidimos não entrar. Primeiro tínhamos que saber do que iríamos nos fantasiar, ai então eu providenciarei tudo, afinal costurar é comigo mesmo e então teremos nossa fantasia para sempre. Como uma das coisas que não poderia deixar para trás, trouxe a máquina que era da minha mãe.

Finalizamos nossa tarde com um sorvete, e quando estávamos voltando para casa Josh estava mais falador do que nunca. Que bom que eu pude deixa-lo feliz, ele sem dúvida me deixou mais animada também.

Quando chegamos em casa, Declan se levantou, veio correndo e começou a agitar os braços rapidamente. Vestindo uma calça escura, botas e uma camiseta cinza apertada. Cabelo solto atrás da orelha. Nossa! Cada dia mais lindo.

— O que foi? — perguntei. Ele olhou para mim e para Josh e suspirou.

— Por que não atendeu seu telefone? — perguntou sinalizando.

— Eu não vi nenhuma chamada, devo ter colocado no silencioso e... — Espere! — Você tem o número do meu telefone?

— Eu... Eu... Claro que não, meu irmão que ligou — gesticulou de forma nervosa.

Percebi o seu rosto um pouco vermelho e vi que estava envergonhado. Mas por quê?

— Como viu, estamos bem — respondi sorrindo. — Estávamos procurando fantasias, depois brincamos, tomamos sorvete e agora estamos aqui, sãos e salvos.

— Fantasias? — perguntou com uma sobrancelha levantada.

— Sim, Josh tem uma festa na escola na sexta que vem e eu vou com ele, não é legal?

Sorrindo respondeu.

Sim, muito legal.

Ele deveria sorrir mais, para mim quer dizer, porque para todas as outras pessoas eu já tinha percebido que ria.

— Bem, vou subir e tomar um banho, depois voltarei para dar um jeito nessa bagunça de vocês.

Saí e quando estava colocando o pé no primeiro degrau da escada, me virei e o encontrei olhando para a minha bunda. Hum, interessante, escondi um sorriso.

— Será que você poderia me fazer um pequeno favor, se não for pedir muito? Quero falar agora antes que esqueça.

— Claro. Peça. — Sinalizou devagar.

— Eu gostaria muito de dormir hoje à noite, então pode pedir à seja lá quem for que trazer para a cama hoje, que grite mais baixo?

Declan tenta sorrir docemente, mas noto o seu maxilar apertando, se forçasse mais um pouco iria quebrar alguns dentes.

Não espero a sua resposta, sinalizo obrigada na linguagem de sinais.

Tentei não correr até meu quarto e quando entrei fechei a porta a chave e caí na cama pensando no que tinha dito.

O que foi que deu em mim? Caramba!

Horas mais tarde, estou fazendo um chá na cozinha quando Jake entra bem nervoso. Aí tem coisa.

— Preciso de você. — Ok, com certeza tem coisa.

— Estou ouvindo.

— Primeiro que temos muitas pessoas no bar hoje...

— Hum, bom pra vocês.

— Segundo que querem música ao vivo e, terceiro que o cantor não está em condições de fazer isso.

— E onde eu me encaixo... — Paralisei quando compreendi o que ele estava tentando me dizer. — Oh não, você não pode estar querendo dizer o que eu acho que vai dizer, não é?

— É exatamente isso que quero dizer, Olívia. Por favor. — Juntou as mãos no queixo e fez uma carinha de coitado.

— Não posso fazer isso, eu nem canto — tentei me livrar.

— Ah canta sim, eu já ouvi, muitas vezes. E posso dizer que muito bem.

— O que quero dizer, é que não canto para outras pessoas.

Já ia saindo, mas ele me para com suas palavras.

— Faça isso por mim, Liv, se fosse outro dia colocaríamos um DJ, mas hoje tem que ser ao vivo. Além de me salvar, vai salvar a banda dos meninos também.

Meu Deus, ele só pode ter perdido a cabeça. Eu só cantei para algumas pessoas quando o meu irmão me pediu para cantar no aniversário da filha do seu colega de trabalho, Hector. E logo hoje Jake me pede isso?

Ele não sabe que dia é hoje.

Talvez não seja má ideia.

— Mas e Declan? — Eu estou mesmo cogitando pagar esse mico?

— Não se preocupe com ele. — Ficou sério, mas logo sorriu de novo, se aproximou e me pegou no colo me jogando para cima, uma, duas...

— Pare! — gritei.

E ele parou.

– Ok. Vá, coloque uma roupa bonita e esteja no bar em cinco minutos.

— Cinco minutos! Você está completamente louco se pensa que consigo estar lá nesse tempo.

— E já está correndo Olívia.

Jake saiu me deixando ainda assimilar o que eu tinha concordado em fazer.

Subi correndo e abri o guarda roupa.

— O que se veste para cantar num bar enorme que de vez em quando tem alguém famoso? Além dos donos, claro.

Vestido, calça, saia?

Caramba não tenho ideia... Já sei!

A internet nos ajuda em quase tudo.

Corri para o meu laptop e digitei "o que vestir para subir ao palco pela primeira vez num bar".

Apareceram várias opções e eu continuei mais confusa ainda, pois não tinha nada parecido, muitas das minhas coisas ainda estavam em Houston, falando nisso tenho que ir lá pegar.

Ah que se dane, vou vestir a única roupa mais ou menos que trouxe. Um vestido preto frente única e sapatos pretos de salto, isso ia ter que servir. Só tenho que ter cuidado para não cair nessa armadilha alta, só não uso minhas botas, porque a única que trouxe estava muito velha. Resolvi deixar o cabelo solto, pois meu rosto não ficaria tão em evidência. Fiz quase nada de maquiagem, peguei meu violão para me dar mais coragem e saí com o coração na mão. Seja o que Deus quiser!

Digitei a senha da porta e entrei no bar e como Jake falou, tinha mesmo muita gente, e a tal assistente também estava aqui. Que droga!

Fui para trás do palco, sem nenhuma interrupção e encontrei os meninos andando de um lado para o outro.

— Oi, eu sou a Olívia e Jake me...

— Ai graças a Deus que você chegou, era para termos começado há uma hora.

— Sério?

— Sim, vem aqui que quero te mostrar às músicas que iremos cantar hoje. — O segui e ficamos olhando as músicas. Algumas eu gostei e outras nada a ver. — Ah e meu nome é Dylan, aquele ali de piercing na sobrancelha é Jamie e o outro sentado ali com cara de zangado é Damien.

— Prazer. — Balancei a cabeça e depois voltei para a folha em minha frente. — Olha, isso aqui era para o seu vocalista, eu prefiro cantar o que já estou acostumada.

— Ai droga! Aposto que lá vem música de mulherzinha — resmungou Damien atrás de nós.

— Bem, então se apresentem sem mim, estou apenas fazendo um favor para Jake. Tchau. — Dei as costas para eles, mas não fui muito longe sem me chamarem de volta.

— Tudo bem, mas não estrague tudo — disse Jamie.

— Então vamos começar e fazer o pessoal dançar um pouco.

— Você quem manda, linda! — disse Dylan e quando sorriu vi uma covinha em sua bochecha. Uau, lindo. Mas esse menino não se compara ao homem que é... Pare já Olívia!

Falei as duas primeiras músicas para os meninos e eles gostaram, então subimos. Deixei o meu violão encostado na parede, mas perto o suficiente para quando precisasse dele. Respirei fundo e comecei.

— Boa noite pessoal, meu nome é Olívia e estou aqui hoje porque o vocalista da banda teve um probleminha de saúde, mas já foi medicado e logo estará bem. — Que nervoso senhor! — Bem, essa vai ser a primeira vez que canto para mais de dez pessoas, então espero não desapontá-los.

Ninguém disse nada, mas eu vi a reação de quem mais interessava lá atrás perto do bar e sabia que iria ouvir depois.

Sorri para todo mundo e assenti para os meninos começarem.

No começo da música ninguém fez nada, mas no meio dela, algumas pessoas estavam dançando ao som de Echosmith–Cool Kids (Crianças Descoladas). Na segunda música Paramore–Last Hope (Ultima Esperança) tinha uma multidão já a nossa frente e eu fiquei empolgada, apesar de hoje ser o meu pior aniversário por Paul não estar aqui comigo, sair com Josh e cantar abriu uma brecha de felicidade dentro de mim. Quando falei a terceira música para Dylan ele me olhou embasbacado, mas deixei passar. Walk The Moon—Shut Up And Dance (Cale a Boca e Dance). E foi assim que continuei cantando e dançando como nunca havia feito antes. Cantávamos pedidos das pessoas, country, rock, pop... Ou decidíamos.

Estava bem tarde quando alguém pediu para eu cantar uma música, que fez meu coração bater descompassado, e eu tinha que fazer exatamente o que a música pedia, porque eu sempre cantava essa com meu irmão e é uma das minhas favoritas dessa banda que amo.

Just Breathe — Apenas Respire (Pearl Jam)

"(...)Yes, I understand that every life must end, uh—huh

As we sit alone, I know someday we must go, uh—huh

Yeah, I'm a lucky man, to count on both hands the ones I love

Some folks they've got one, yeah, others, they've got none

Stay with me

Let's just breathe

Practiced all my sins, never gonna let me win, uh—huh

Under everything, just another human being, uh—huh

I don't wanna hurt, there's so much in this world to make me bleed

Stay with me

You're all I see

Did I say that I need you?

Did I say that I want you?

Oh, if I didn't I'm a fool you see

No one knows this more than me

As I come clean

I wonder everyday, as I look upon your face, uh—huh

Everything you gave

And nothing you would save, oh, no

Nothing you would take

Everything you gave

Did I say that I need you?

Oh, did I say that I want you?

Oh, if I didn't I'm a fool you see

No one knows this more than me

And I come clean, ah

Nothing you would take

Everything you gave

Hold me til I die

Meet you on the other side(...)"

"(...)Sim, eu entendo que toda vida deve acabar, uh—huh

Enquanto nos sentamos sozinhos, sei que algum dia nós também devemos ir, uh—huh

Sim, eu sou um homem de sorte, por contar em ambas as mãos aqueles que amo

Algumas pessoas só têm uma, sim, outras, não têm nenhuma

Fique comigo

Vamos apenas respirar

Praticados todos os meus pecados, nunca me deixarão ganhar, uh—huh

Debaixo disso tudo, apenas outro ser humano, uh—huh

Eu não quero magoar, há tanto nesse mundo para me fazer sangrar

Fique comigo

Você é tudo o que vejo

Eu já te disse que preciso de você?

Eu já te disse que quero você?

Oh, se eu não disse, eu sou um tolo

Ninguém sabe disso mais do que eu

Enquanto me purifico

Me pergunto todo dia, enquanto observo seu rosto, uh—huh

Tudo o que você deu

E nada que você guardaria, oh, não

Nada que você levaria

Tudo o que você deu

Eu já te disse que preciso de você?

Oh, eu já te disse o que quero de você?

Oh, se eu não disse, então eu sou um tolo

Ninguém sabe disso mais do que eu

E eu me purifico, ah

Nada que você levaria

Tudo o que você deu

Me abrace até eu morrer

Te vejo do outro lado(...)"

No meio da música, eu já estava chorando e quando disse a última frase foi o meu fim, agradeci de qualquer jeito e me despedi. Saí correndo em direção a porta, nem sei como consegui lembrar a senha, mas ela se abriu. Andei pelo corredor rapidamente, e logo estava no refúgio da casa dos Parker. Encostei-me a parede e deslizei até que estava no chão, abracei minhas pernas e coloquei minha cabeça nos joelhos.

Fiquei assim, por muito tempo, só chorando e lembrando tudo. Mãos suaves me fizeram voltar da minha nuvem e eu fiquei tensa, não era Jake, não sinto isso com ele.

Era Declan.

Ele levantou o meu rosto, mas mantive os meus olhos fechados. Dedos trêmulos enxugaram as minhas lágrimas e quando não consegui mais resistir, abri os olhos e encontrei aqueles lindos olhos me encarando, por mais tempo que eu já tinha visto desde que estou aqui.

— Desculpe — murmurei meio envergonhada.

— Por quê? — Ele parecia meio confuso quando perguntou isso.

— Por ter saído correndo igual uma louca e nem terminar de...

Declan colocou um dedo em meus lábios para me calar e eu não sei o que deu em mim, mas beijei seu dedo. Choque percorreu entre nós, uma eletricidade que me deixou sem ar. Dei outro beijo e passei a minha mão em seu braço, a sua boca abriu ligeiramente de surpresa e eu queria tanto sentir os seus lábios nos meus.

Minutos se passaram sem nenhum de nós dizermos uma palavra e então ele retirou o seu dedo, infelizmente.

— Hoje é meu aniversário — sussurrei. Por que eu disse isso?

— Por que não me disse antes?

Declan agora parecia chateado.

— Não queria que ninguém soubesse.

— Então por que disse agora?

Sorriu e meu cérebro parou de funcionar.

— Por que... Eu quero te pedir um presente.

— Quer?

— Uhum.

— Então peça.

— Eu quero um beijo.

— O quê?! — Declan me soltou e caiu para trás sentando no chão, me fazendo perder seu calor. — Isso eu não posso Liv... — Agitou as suas mãos muito rápidas e eu sabia que estava falando mais coisas, mas parei na parte que me chamou de Liv. Deus, eu sou louca, só tem essa explicação e o que eu fiz a seguir provava isso.

Me inclinei para frente e ele congelou. Aproveitei esse momento e selei nossos lábios e não se compara a nada que eu já tenha experimentado em minha vida. Durou uns dois segundos no máximo, porque Declan sumiu da minha frente e por pouco não caí de cara no chão. Agora não dá para ficar com raiva dele, porque estou no meu momento enfeitiçado.

Esse foi quase um beijo perfeito.

Um presente de dezenove anos, roubado, quase maravilhoso.

*****

Amo mais que chocolate!

Me deixem saber o que estão achando dessa nossa nova estória. 

Muito obrigada!

<3


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