Surpresas do Destino (COMPLET...

By BellCunha

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Izabella Albuquerque e Sophia Galvão são duas renomadas dançarinas de balé. Elas se conhecem desde que tinham... More

Prólogo
Capítulo um
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo Cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capitulo Oito
Capítulo nove
Capítulo Dez
Capítulo Onze
Capítulo doze
Capítulo treze - Parte I
Capítulo Treze - Parte II
Capítulo quatorze
Capítulo Quinze - Parte I
Capítulo quinze- Parte II
Capítulo dezesseis
Capítulo Dezessete
Capítulo Dezoito
Capítulo Dezenove
Capítulo vinte
Capítulo Vinte e um
Fim
Apenas uma noite
Vem aquiii
Repostando

Capítulo Dois

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By BellCunha


Izabella Albuquerque

Assim que acordei liguei pra Ju e pedi para que comprasse uma bermuda e camisa masculina preta, fiquei olhando para teto, lembrei do Rodrigo, peguei o celular da Sophi e procurei o número dele.
- Alô?
- Quem é? - Ele pergunta mal humorado.
- Izabella Albuquerque, sou amiga da Sophi. - Digo tentando controlar o choro.
- Aconteceu alguma coisa? - Ele pergunta e eu choro. - Izabella? - Ele me chamar, mas não consigo responder, só quero chorar. - Izabella? - Ele grita e Pandora lati.
- Ela morreu. - Eu choro.
- Como?
- Atropelaram ela.
- Quem foi?
- Quem foi o que? - Pergunto confusa.
- Quem atropelou ela.
- Não tenho certeza mas acho que foi o Jhonatan.
- Eu vou matar esse filha da puta. - Contínuo chorando.- Se acalma, você consegue cuidar do velório?
- Não mas a Julia já está organizando, eu só te liguei antes que a mídia anuncie, vou desligar.- E assim faço antes mesmo de uma resposta.

Ligo pro Pedro, ele é meu par de dança.
- Bella.
- Pedro.
- Aconteceu alguma? - Ele pergunta preocupado.
- Poderíamos fazer uma apresentação para Sophi.
- Mas as nossas apresentações eram em quatro.
- Eu sei mas talvez..
Ele me interrompe. - Tudo bem, podemos fazer, vou avisar pro Thiago. - Ele desliga e eu me deito, Pandora late e me levanto,ando pelo meu apartamento tão colorido e cheio de vida e percebo que já não é tão cheio de vida assim, passo pela porta do quarto do Gege e abro a porta, olho tudo colorido cheio de fotos nossas, saio e vou ate a cozinha, troco a água dela e coloco comida, tomo um remédio e volto a dormir. Acordo com o celular tocando, pego ele e atendo sem olhar quem era.
- Alô?
- Abre essa porta agora Izabella.
- Ta. - Desligo e me levanto, abro a porta e vejo uma Julia muito irritada, dou espaço pra ela entrar e fecho a porta, deito no sofá.
- Sabe que horas são? - Ela me pergunta com raiva.
- Eu não quero saber.
- Então vai perder o velório da Sophi?- Me levanto em um pulo.
- Que horas são já?
- Oito, vai tomar seu banho correndo, ajeita esse cabelo e passa 50 quilos de maquiagem porque você está horrível. - Ela diz e foi exatamente o que eu fiz, coloquei minha roupa preta, fiz um coque bem preso e passei 50 quilos de maquiagem, peguei meu óculos Preto, é um roupão Preto também. Chego na sala e ela está com um porta retrato que está eu e Sophi em Paris. - Eu lembro dessa viajem, vocês foram expulsas de um hotel. - Ela ri e eu também. - Está pronta? - Assinto, na verdade não estava mas ela não precisa saber disso.
Pandora já estava de coleira, descemos pelo elevador e fomos no carro da Ju, quando chegamos ainda estava vazio, fui direto ao caixão da Sophi, ela está tão linda, choro e abraço a minha amiga.
- Eu te amo tanto, sentirei tanta a sua falta meu amor, porque você insiste em me deixar sozinha? Eu te amo. - Sussurro. - Acorda por favor. - Peço, mas nada como respostas, sinto umas mãos grandes porém delicadas nos meus ombros e vejo Pedro com o semblante triste.
- Ela não gostaria de te ver nesse estado.
- Mas estou com saudades dela.
- Eu sei, mas você tem que ser forte, ela não gostaria que você ficasse mal.
- Eu não consigo ficar bem.
- Vai ter que conseguir, vamos te ajeitar. - Ele puxa delicadamente a minha mão e eu o sigo, chego na minha sala e Pandora está deitada no colo da Júlia, sorrio. - Trouxe para deixa-la linda.- Ele brinca e sorrimos, me sento na cadeira e Júlia se levanta, solta o coque que eu fiz e começa a refazer só que bem mais bonito quando termina ajeita a minha maquiagem para parecer o mais natural possível e no fim deu um belo resultado.
- Vou ver se o irmão dela já chegou. - Ela diz e sai, Pandora dorme calmamente no meu sofá, me levanto e fico de frente para o grande quadro que se encontra eu, Sophi, Pandora e Gege, parecemos uma família de verdade como se cada uma completasse o outro - O que não deixa de ser verdade. - Mas agora falta uma parte, a porta se abre e Thiago entra, ele está abatido e passou maquiagem.
- Vamos começar. - Assinto e me levanto, ele segura na minha mão e saímos direto para o palco a música começa a soar por todo o clube, a música começa lenta, leve como uma brisa, Pedro começa a dançar, perfeito como sempre, não demora muito e Thiago entra no palco e começa a completar a perfeição, os dois começam a dançar juntos e a música começa a acelerar já me posiciono, as luzes se apagam e eu entro  rápido no centro do palco entre os dois, as luzes acendem e eu olho para frente para todas as pessoas que estão aqui, o caixão da Sophi bem no centro ainda aberto, uma pessoa me chamou atenção, na verdade um homem, tenho certeza que é o irmão da Sophi, os olhos são idênticos, encaro ele em especial e ele não fraqueja diante do meu olhar e me encara a música começa a tocar e eu a rodar, a cada giro vou ficando de pé e quando estou girando completamente reta começo a inclinar meu corpo para baixo e mais rápido do que nunca já estou girando com uma perna no ar e outra no chão, a música vai perdendo o ritmo e eu volto a ficar em pé, corro e Thiago me pega e roda, me põe no chão dou mais um rodopio e me jogo para o chão e choro de soluçar.
- Desculpas. - Eu peço e choro mais, Thiago e Pedro me abraçam, me acalmam um pouco e Pedro me pega no colo me levando novamente pra minha sala e me põe deitada no sofá, choro querendo a Pandora, mas os meninos preferem que eu não deixe a cachorra pior do que está. Me levanto e começo a rasgar a minha roupa, me arranho, grito, esperneio e o choro, só paro quando vejo Júlia entrar com Pandora. Ela vem até a mim e eu a abraço, minha cadela me lambe, choro agarrada com ela.
- Você precisa trocar de roupa. - Ela avisa e pego o saco com roupas masculinas e me visto. - Você não precisa ir.
- Preciso sim.
- Não Bella, você já está mal, você não vai conseguir forças o suficiente. - Olho pra ela.
- Deixa eu ir, só um pouco. - Ela assenti.
- Vou mandar levar a Pandora na sua casa, cadê as chaves? - Ela pede e eu pego na minha bolsa e jogo para ela.
Saio com a Pandora da sala e entrego ela para o Pedro.
- Cuida da minha bebê.
- Eu vou. - Ele sorri, pega as minhas chaves com a Ju e sai, as poucas pessoas que estão aqui me olham estranho.
- Vamos. - Ela me puxa e quando fomos sair do clube tinha muitos fotógrafos, coloquei meu óculos e seguimos até o carro dela, chegamos no cemitério e o caixão já estava sendo levado para a sepultura, todos me olham e sei que estava com a maquiagem borrada e com roupas de homem, comecei a choras vendo o carro indo até o ponto mais alto do cemitério, chorei muito, vi o irmão da Sophi mas não fui até ele, não acho que eu seja uma boa companhia para alguém daqui em diante.

Ju segurou a minha mão o tempo todo, fiquei desesperada vendo colocar o caixão dentro da sepultura, chorei e gritei, estou me sentindo mais culpada do que nunca. Sai do cemitério sendo segurada pelo Thiago e Ju, fomos para o carro dela e quase uma hora depois eles me deixam em frete ao meu prédio, Pedro está me esperando no portão, está cheio de fotógrafos, saímos do carro e Thiago e Pedro me seguram.

- Me soltem, eu não estou doente. - Eu digo com raiva, todos me olham.- Eu não fiz nada para salvar ela, eu podia ter impedido, era para eu ter ignorado o Jhonatan, foi ele que matou ela. - Gritei para todos ouvirem, Jhonatan aparece, tira os óculos escuro e me encara friamente.

- Pare de me acusar Izabella, eu não fiz nada, só não te denuncio por que sei que está abalada pelo que aconteceu com a Sophi.- Ele diz calmamente, quem o vê falando assim nunca imaginaria o que ele fez.

- Cala a boca Jhonatan! - Eu grito e posso ter quase certeza que estão filmando tudo.- Você não tem o direito de chamar ela de Sophi, você a matou. - Gritei.

- Porque eu a mataria? Não tenho nada contra ela. - Ri sem humor.

- Claro que tem, ela te impediu de me bater. - Todo mundo começou a falar. - Você nunca gostou dela. - Sinto as mãos da Ju alisando meu braço direito.- Ela te bateu com um pedaço de ferro quando descobriu que você me batia  - Grito para todos saberem o monstro que ele é.

- Se acalma Bella.- Olho pra ela indignada.

- Me acalmar? Você acha mesmo que vou ficar calma enquanto o assassino da minha ruivinha está solto? Ele é um filho da puta, ele sabe que estou dizendo a verdade. - Fecho os punhos. - Vou te matar seu desgraçado. - Avanço para cima dele, mas alguém me segura.

- Se acalma Bella, é isso que ele quer que você faça. - Escuto a voz do Pedro no meu ouvido direito, choro compulsivamente e minha visão embaça, sinto meu corpo amolecer e peço para Deus que me leve logo.

(...)

Acordo e só vejo branco. - Será que morri? - Olho para o lado e vejo um homem loiro deitado na poltrona lendo um livro, escuto barulho de máquina de hospital.

- Quem.. Quem é você?- Pergunto e o homem loiro me olha e da um sorriso mais amável do mundo.

- Oi querida. - Ele se levanta e se aproxima. - Sou o Benjamim Thompson, o melhor amigo do Rodrigo irmão da Sophi.

- E porque está aqui?

- Rodrigo foi em casa tomar banho e comer alguma coisa, saiu quase agora daqui e seus amigos estão resolvendo as coisas.

- Entendi, eu fiz besteira né? - Ele ri.
- Mais ou menos, digamos que seu show está em todos os jornais e revistas, mas não pense nisso.
- Jhonatan vai me processar?
- Creio eu que sim, depois que você disse que ele batia e só não te bateu mais porque a Sophi não deixou, ele quase foi espancado pelo Thiago e Pedro.
- E quem ligou para vocês?
- Ninguém, eu vi na televisão e resolvi acordar o Rodrigo.
- Não precisavam ter se incomodado. - Ele faz carinho no meu rosto.
- Não foi incômodo nenhum, se eu não tivesse acordado o Rodrigo quando eu vi com certeza ele iria me matar quando acordasse e visse. - Rimos, ficamos conversando sobre coisas banais, o Ben conseguiu realmente me distrair, ele é muito engraçado. Ben me lembrou do meu purpurina Gege, alguém bate na porta e Rodrigo entra, ele sorri sem graça.
- Vou deixar vocês á sós beijos princesa. - Ele beija minha testa e quando passa pelo Rodrigo beija a testa dele também. - Beijos Chuchu.
- Aonde você vai Ben? - Rodrigo pergunta.
- Um amigo meu chegou de viagem hoje, não está conseguindo falar com a amiga dele, vou buscar-ló agora. - Ele diz e Rodrigo ri, ele se senta na poltrona.
- Está se sentindo melhor? - Ele pergunta.
- Estou. - Olho para mão direto dele e vejo os dedos machucados. - Se machucou onde? - Pergunto depois de um tempo.
- O dente do Jhonatan resolveu ter um encontro com o meu punho. - Ele diz e olho surpresa.
- Você bateu nele? - Pergunto um pouco alto demais.
- Foi só três socos, os seguranças não deixaram mais e não me olha assim não porque você queria matar ele. - Ele dá de ombros e eu rio.
- Ainda quero. - Digo. - Me empresta seu celular? Preciso ligar para um amigo. - Ele tira o celular do bolso.
- Claro. - E me entrega, disco o número, no terceiro toque ele atende.
- Gege falando. - Ele diz e sinto vontade de rir.
- Oi Gege, sou eu a Bella. - Ele grita.
- Menina aonde você tá? Eu vi o barraco pelo celular, me desculpa por não conseguir chegar a tempo, o avião atrasou. - Ele começa a falar.
- Calma Gege, vai para minha casa, na planta do lado da porta tem uma chave reserva, coloca comida e água para Pandora e se for possível leva ela pra passear um pouco.
- Ok florzinha, mas aonde você ta?
- Estou no hospital.
- Ai meu Deus dos deuses gostosos, vou ir ai quando terminar de passear com a Pandora, beijos florzinha, eu te amo, você é a mulher da minha vida.
- Também te amo Gege, você é o homem da minha vida. - Desligo e estendo a mão que ta o celular para Rodrigo.
- Obrigado. - Agradeço e ele pega o celular da minha mão.
- De nada, ele é seu namorado?
- Não, ele é o homem da minha vida. - Eu digo e ele sorri.
- Vocês vão casar? - Ele pergunta curioso e eu gargalho.
- Não. - Ri. - Ele é meu melhor amigo.
- Já fiquei com duas melhores amigas. - Ele diz e arqueio as sobrancelhas para ele.
- Você é pegador né.
- Não sou pegador, mas consigo as que eu quero. - Reviro os olhos.
- Você se acha demais e o Gege é gay. - Ele ri.
- Era para ter imaginado pelo nome. - Ficamos um tempo conversando e alguém entra desgovernado pela porta e se joga em cima de mim, sinto o cheiro de lavanda e posso ter certeza que é o Gege.
- Gege você vai me matar. - Eu digo com falta de ar e o moreno me solta olha no meu rosto e começa a chorar. - Não chora meu amor. - Seco as lágrimas dele.
- Não me manda parar de chorar. sei que você ta chorando direto.
- Tudo vai melhorar. - Digo e Rodrigo pigarreia e Gege olha para ele.
- Meu Deus dos deuses gostosos, você é mais bonito pessoalmente. - Ele vai para até Rodrigo e estende a mão para ele. - Gege Souza. - Rodrigo sorri divertido e aperta a mão dele.
- Rodrigo Galvão.
- Querido eu sei seu nome, tenho várias fotos suas no meu celular. - Ele diz e nos três gargalhamos, o doutor entra e diz que já vai me dar alta e que logo uma enfermeira virá retirar as agulhas do meu braço. A enfermeira entra e começa a babar pelo Rodrigo, Gege e Ben, Eu comecei a rir e antes dela sair piscou para Gege, gargalhamos quando a porta se fechou.
- Avisa para bruaca que dá fruta que ela gosta eu chupo até o caroço por favor? E a única mulher na minha vida é a Bella? - começamos a rir.
- Vamos? - Ben pergunta e assinto.
- Gente cadê minhas roupas? - Gege pega uma bolsa roxa que estava no chão.
- Eu imaginei que ninguém trouxe roupas e tomei a liberdade de mexer nas suas coisas. - Me entrega a sacola e vou para o banheiro que tem no quarto, coloquei a lingerie, a blusa de manga cumprida vermelha, uma calça jeans e um salto fino, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e sai do banheiro, os meninos estavam conversando e se calaram quando me viram.
- Está linda. - Rodrigo diz.
- Eu sou linda. - Pisco para ele e todo mundo ri. - Vamos logo por favor. - Puxo Gege pela mão e saio do quarto, paramos na recepção para tirar a pulseira de identificação, saímos do hospital.
Paramos em frente a dois carros, um branco e outro preto que tenho certeza que é o meu.
- Como meu carro veio parar aqui? - Pergunto.
- E como o meu veio parar aqui também? - Rodrigo pergunta.
- Ben pegou o do Rodrigo e eu o seu. - Gege explica.
- Entendi. - Eu digo e Rodrigo dá de ombros.
- Tchau princesa. - Ben me abraça e me enche de beijos no rosto e eu rio.
- Tchau Ben. - Digo rindo, ele se despede do Gege e cada um vai para o carro.
- Tchau Rodrigo e obrigado por ter se preocupado comigo. - Aperto a mão dele, mas ele me puxa para um abraço.
- Você ainda vai me ver muito, vou ficar no Brasil e vou cuidar de você e Pandora. - Ele beija a minha testa e entra sorrindo no carro branco, Gege buzina e entro no banco do carona.
- O que foi? - Ele pergunta saindo do estacionamento.
- Ele vai ficar no Brasil. - Eu digo e Gege ri.

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