Your Destiny (Série Secret Ga...

By KatheLaccomt

168K 12.4K 1.8K

*Não recomendado para menores de 18 anos. ** Série Erótica Sinopse: Christopher O'Donnell é um político consa... More

Prólogo
Capítulo Um - Ivy
Capítulo Dois - Christopher
Capítulo Três - Ivy
Capítulo Quatro - Christopher
Capítulo Seis - Ivy
Capítulo Sete - Christopher
Capítulo Oito - Ivy
Capítulo Nove - Christopher
Capítulo Dez - Christopher
Capítulo Onze - Ivy
Capítulo Doze - Christopher
Capítulo Treze - Ivy
Capítulo Quatorze - Ivy
Capítulo Quinze - Christopher
Capítulo Dezesseis - Ivy
Capítulo Dezessete - Christopher
Capítulo Dezoito - Ivy
Capítulo Dezenove - Christopher
Capítulo Vinte - Ivy
Capítulo Vinte e Um - Christopher
Capítulo Vinte e Dois - Ivy
Capítulo Vinte e Três - Christopher
Capítulo Vinte e Quatro - Ivy

Capítulo Cinco - Christopher

9.8K 811 109
By KatheLaccomt

— Estamos aqui para lutar por vocês, fazer dos Estados Unidos da América o lar...

Que discurso mais medíocre para um candidato, Deus do céu. Debaixo desse sol escaldante, vejo centenas de pessoas ouvindo esse falatório ridículo. Olho para o horizonte e nem sinal de chuva para amenizar esse sol do Texas. Essa semana perdi as contas de quantas cidades passamos e quantos discursos fiz.

Thomas dá chilique cada vez que percebe que não tenho discursos prontos. Não estou me candidatando com promessas, quero essa vaga para continuar a fazer meu trabalho, já tenho frutos dele e isso fala por si só. Volto-me para Audrey ao meu lado, que teve a bondade de vir acompanhar-me. Sorrio para ela e ela aperta meu braço em retribuição.

— Vamos ouvir agora, o candidato Christopher O'Donnell. Congressista, é um prazer tê-lo conosco.

Aceno e vou em direção ao microfone.

— Boa tarde, serei breve até porque depois desse discurso jocoso do nobre colega, acredito que muitos estejam com sono – olho para trás rio e pisco para o cara — Como é de conhecimento de vocês, sou candidato ao Senado pelo Estado de Nova York, estou nesse tour eleitoral, não para angariar votos e sim para conhecer as necessidades do nosso país. Pediram-me para dizer porque mereço ser eleito ao Senado. Eu poderia enchê-los de promessas e dizer-lhes que lutarei por um monte de coisas. Prefiro ser mais objetivo, eu quero ser senador, porque a minha luta contra a desigualdade social não acabou. Enquanto lidam com promessas, eu luto por aquilo que acredito e minha luta começou antes mesmo de ser eleito a qualquer coisa. O carro chefe da minha campanha é a segurança e oportunidade aos menos afortunados da nossa sociedade.

Falei por mais cinco minutos e voltei para o meu lugar na bancada. Não aguento mais isso. Gosto do que faço, estou nessa corrida porque acredito que poderei fazer coisas maiores. Mas minha paixão mesmo, é estar com a mão na massa, trabalhar propósitos de melhoria. Muitos me chamam de idealista sonhador, só que eu já fiz muita coisa e sei que é possível mudar.

Já no carro indo para o aeroporto, olho Dallas pela janela e mais uma vez aquela mulher volta para me atormentar. Essa semana cheguei a me masturbar no banho somente com a lembrança do show. Estou tentando entender o que ela tem para exercer tamanho fascínio e não descobri até agora.

— Chris, amanhã entrevistarei dois assistentes para você – Thom tira-me da divagação.

— Dispenso. E é a última vez que falarei, eu contrato quando achar alguém que me interesse... – nesse momento ocorre uma ideia. Sem pensar muito, tiro o celular do bolso e digito um breve e-mail para minha secretária em Nova York.

De: Christopher O'Donnell

Assunto: Informações Urgentes

Para: Vicky Meehan

Vic, preciso do telefone do diretor da escola que foi aplicada a prova para aquela menina e quero o nome completo dela também. Para ontem!

Christopher O'Donnell

Deputado Democrata à serviço do USA.

— Vocês dois tem que comparecer amanhã no almoço do prefeito de...

Levanto a mão para interrompê-lo.

— A banda não toca assim – volto para Audrey — Você poderá ir ao almoço amanhã?

— Sim. Mas amanhã à noite temos compromisso – ela responde lembrando da despedida de solteiro do Noah e da Mad.

Thomas franze a testa.

— Compromisso onde? Não tenho nada anotado. Vocês não podem sair por aí marcando coisas e não dizer nada. Tem que me consultar.

— Esse compromisso não tem nada haver com você. Por isso não dissemos nada – falo com irritação.

— Estou ansiosa – ela fala rindo — Fico imaginando o que a Mad planejou. Aquela mulher é fora do sério.

Nesse momento ouço o sinal que indica mensagem no celular. Abro o e-mail da Vic e já faço a ligação.

— Boa tarde. Eu gostaria de falar com o diretor Hocker?

— Quem gostaria? – uma voz feminina estridente fala.

— Christopher O'Donnell.

— Só um momento, senhor – a linha silencia por segundos e uma voz masculina assume.

— Boa tarde, congressista O'Donnell. Em que posso ajudá-lo?

— Boa tarde. Quem aplicou a prova da senhorita Reed?

— Eu mesmo.

— Como ela se saiu?

— Muito bem. Tirou nota máxima em todos os testes aplicados. Mas também não era de se admirar, sendo filha de quem é, só poderia ser excelente.

Minha curiosidade é atiçada.

— Você conhecia os pais dela?

— Oh sim. Seu pai era Harold Reed, mestre em Matemática. Um homem fechado, não tinha amigos próximos, mas era um gênio. Resolveu alguns daqueles problemas insolucionáveis, teve alguns artigos em revistas especializadas. Quando a esposa ficou doente, acredita-se que ele foi perdendo a vida também, porque aquela mulher foi a única que conseguiu chegar nele. Bom, não tinha como a menina não ser extremamente inteligente.

— Anote meu e-mail e envie as notas para mim, por favor.

— Será feito, senhor.

— Obrigado, Hocker. Adeus.

Agora que me dei conta que estamos parados na pista do aeroporto. Saio do carro, ajudo Audrey e vamos para o jato. Sento no meu assento de costume, recosto minha cabeça para trás e fecho os olhos. Tenho que repassar exatamente como a convidarei para ser minha assistente pessoal, pois Madison não facilitará as coisas para mim.

Eu sei que não deveria trazê-la para trabalhar comigo se tenho a intenção de tê-la na minha cama. Não devemos misturar negócios com prazer. Mas desde que coloquei meus olhos nela, nada mais faz sentido. A imagem de Destiny dançando e outra de roupão, faz meu corpo acordar. Solto um gemido de frustração. O que diabos está acontecendo comigo?

*******************

O dia não passou rápido o suficiente para mim. O almoço foi demorado, pedidos, troca de favores, solicitação de privilégios. Isso me cansa e enoja-me. Saí de lá e fui para academia malhar, gastar minha energia, para não correr o risco de pular em cima da menina antes da hora. Sorrio com a ideia. Não seria nada mal pular em cima dela, claro, se eu quiser ser castrado pela Madison. Um calafrio estremece-me.

Entro no Secret de Garden e vejo o ambiente decorado com balões em preto e vermelho, tiras de papéis brilhosos caindo do teto. Na entrada somos recebidos com tequila, só entra quem bebe a dose. Os celulares, câmeras e afins, são colocados dentro de embalagens especiais e guardados com segurança. Apesar de ser uma festa somente para amigos, todo cuidado é pouco. Se o que acontece aqui virar notícia, todos estamos ferrados.

Prepararam o palco do meio para alguma apresentação. Há poucas pessoas trabalhando, somente Ramon no bar, três meninas servindo e nenhuma delas é Destiny. Passeio pelo lugar para ver se a encontro, mas infelizmente sou interrompido por Noah e Benjamin.

— Audrey já chegou, está lá na sala privada conversando com as meninas – Benjamin fala.

Acho que esse é meu momento.

— Estão todas lá? – pergunto ansioso e isso não passa desapercebido por Noah, que me olha de canto — Vamos então. Precisamos tratar de um assunto juntos.

— Por que eu acho que terei Madison no meu ouvido? – Noah me acompanha balançando a cabeça.

Entramos na sala rindo e meus olhos vão diretamente para o lugar mais importante, ao encontro dos olhos cinzas que andam me perseguindo. Fico impressionado com a beleza dela sem maquiagem, ela parece um anjo. Volto minha atenção aos outros, antes que estrague tudo antes mesmo de falar. Beijo Mad, Alyssa, Becka e Audrey, apenas aceno ao anjo do outro lado. Sento-me ao lado de Audrey, respiro fundo e antes que eu pudesse filtrar minhas palavras, Ben fala:

— Chris tem algo para nos falar – ele olha para mim com riso em seus lábios. Sacana do caralho.

— Obrigado, doutor Graham – falo ironicamente.

Ele sorri e levanta sua cerveja.

— Estamos aqui para ajudá-lo – ele ri.

Todos olham para mim esperando que meu discurso comece. Bom, eu sou um político, meu trabalho é convencer as pessoas. Impossível que eu não consiga fazer isso agora, mesmo a ruiva atire punhais em minha direção.

— Eu preciso de um assistente. Thomas queria contratar por ele mesmo, mas preciso de alguém que seja fiel a mim e não a ele – todos concordam e eu continuo — Como a senhorita Reed teve um desempenho impressionante nas provas, achei que poderia fazer uma proposta de trabalho a ela.

— Não! – Rebecka e Madison, falam ao mesmo tempo.

Minha irritação dá boas vindas antecipadamente.

— Nem me deram a chance de explicar, mas se querem tornar isso difícil, então vamos lá. Destiny não conhece nada e essa é a chance dela viajar pelo país e ver coisas que nunca viu antes. Conhecer pessoas, ter uma vida social como meninas da idade dela deve usufruir. Fora o pagamento que é muito bom e assim ela pode guardar algum dinheiro – volto-me minha atenção a ela e vejo o brilho em seus olhos, ela gostou — A duração do contrato é por poucos meses, somente até a eleição.

Becka fala e Mad concorda:

— Não acho uma boa ideia.

Benjamin interrompe:

— Vocês estão fazendo a mesma coisa que os pais dela fizeram – ele olha seriamente para as duas — Isso não é certo.

As duas olham para Destiny, eu sei que elas estão a protegendo de se machucar, estão a protegendo de mim. E Deus sabe o quanto quero essa mulher na minha cama. Para ser sincero, nem sei porque estou fazendo isso. Mas eu quero, eu realmente quero.

Dessa vez é Noah quem fala:

— Quem tem que decidir isso é a Ivy e não nós. Você Chris, deve fazer essa proposta a ela e ninguém aqui vai interferir em nada. Ela é adulta, independente, as escolhas e consequências pertencem a ela – ele fala olhando para a ruiva — Nós somos sua família, nosso papel é estar aqui quando ela precisar.

— Vocês falam como se eu fosse o lobo mau tentando comer a chapeuzinho vermelho – Alyssa ri e Madison bufa. Aproximo-me de Destiny — Não será fácil, passamos a maior parte do tempo se deslocando de uma cidade a outra. A equipe é grande e vivem ao nosso redor matraqueando por pelo menos vinte horas por dia. Descanso é coisa rara, mas às vezes temos tempo. Preciso que a assistente assuma a função de camareira para cuidar das minhas roupas, porque não tenho tempo nem de abrir a mala. Poderemos negociar folgas e garanto que será pago horas extras e adicionais.

Sim, eu estava implorando para que ela aceitasse e a menina podia ler isso nos meus olhos. Eu sou um homem velho atrás de uma ninfeta, isso é doentio, mas é mais forte do que eu! Ela olha na direção dos outros e fala:

— Eu gostaria de tentar – sua voz é tão suave, quase um sussurro — Só não quero chatear vocês duas.

Madison é a primeira a se render:

— Eu sei o quanto é ruim ser privada das coisas. Desculpa-me por agir como uma mãe ensandecida. Você sempre nos terá, Ivy – ela sorri para a menina e estou quase beijando a ruiva.

— Desejamos sucesso, Ivy. Espero que você encontre seu lugar – Becka vai até ela e a abraça.

Destiny olha para mim.

— Eu aceito, senhor O'Donnell. Quando começo? – ela pergunta com a animação de uma menina quando ganha sua boneca preferida.

Tento não sorrir como um pervertido.

— Segunda-feira – seu olhar cai e ela baixa a cabeça. Isso mexe com algo desconhecido em mim. Forço-me a não ajoelhar na sua frente e tentar salvá-la daquilo que a angustia — O que se passa, Destiny?

— E-eu não tenho roupa para trabalhar e nem sei como devo me vestir.

Audrey se coloca ao meu lado, abaixa-se e a olha com carinho.

— Que tal sairmos no domingo? – ela olha para mim — Será que estaremos em casa no domingo, Chris? O casamento é amanhã e dormiremos nos Hamptons...

Para ter essa mulher comigo, eu cancelo a porra do casamento, contrato uma frota de helicóptero, só para ver essa menina sorrir!

— Nós podemos voltar de helicóptero com Noah e Madison no domingo pela manhã. O voo deles é na hora do almoço.

Audrey volta a atenção para Alyssa e Rebecka.

— Podemos nos encontrar a noite para jantarmos, o que acham?

As meninas sorriem e combinam seu passeio. Benjamin joga um papel em mim e tem minha atenção. Ele aproxima-se fala disfarçadamente para que somente eu ouça:

— Se continuar a olhar a menina assim, as coisas podem desandar. Para de encará-la como um urso faminto.

É que a fazer sorrir, me fez... feliz. Que porra é essa? Rezo para que minhas pernas obedeçam o comando do meu cérebro e volto ao meu lugar. Balanço a cabeça para sair desse torpor. Viro-me para Noah.

— Já decidiram qual rota farão na lua de mel?

— Itália e Grécia.

— Achei que iriam de Paris a Bugres de trem – Becka fala.

— Nas férias nós voltaremos e faremos todo o circuito. Tenho um julgamento muito importante daqui há dez dias e infelizmente não posso passar a pasta – Noah responde.

— Noah acha que não devo viajar por muito tempo antes dos três meses – Mad fala revirando os olhos — Anda me tratando como uma boneca de porcelana e isso tem me irritado.

— O médico foi claro, Madison, os três primeiros meses é delicado...

Ela levanta-se e fala:

— Você não pensou nisso quando tirei minha roupa e você me jogou na parede ontem à noite – ela pisca e sai, com Destiny atrás dela.

— Vamos para o salão, a festa vai começar – Becka anuncia.

Voltamos para o salão e sentamos nas mesas disponíveis. Tinham poucas pessoas, apenas amigos mais próximos. Infelizmente não podemos fazer essas festas abertamente, isso colocaria a nossa carreira em risco.

Não é fácil ser uma figura pública que trabalha em prol da população, somos constantemente julgados pelos nossos atos. Diferentemente das celebridades, que as pessoas já esperam que façam algo de errado, elas exigem nada menos que a perfeição de nós. Por isso o Secret Garden foi construído, para que tenhamos um lugar onde possamos desfrutar nossas loucuras em sigilo.

As luzes se apagam e no telão ao fundo aparece uma imagem de um salão antigo com as palavras "Moulin Rouge". Três mulheres entram vestidas como dançarinas de Cancan. Angelique a frente, Cindy à direita e Destiny à esquerda, absurdamente linda. Um espartilho preto que deixa seus seios ainda maiores, uma saia de babados curta na frente e longa atrás, em vermelho e preto.

Todos assobiamos e entramos no clima. A música Lady Marmalade soa pelos altos falantes:

"Where's all my sould sisters? Lemme heare ya flow sisters!

Hey sister, go sister, soul sister, flow sister.

Hey sister, go sister, soul sister, go sister".

Fomos a loucura com essas meninas rebolando umas nas outras. Benjamin e Rick quase subiram no palco. Foi muito sexy, inferno! Não conseguia tirar os meus olhos daquela mulher, que estava disposta a me enlouquecer com sua dança.

Em um momento da música elas se juntam ao fundo, como se cobrissem algo, então o ritmo acelera e Madison surge, mais sexy do que nunca. Noah é um filho da puta sortudo. Ela está com o mesmo espartilho das meninas, um short curtíssimo e sua saia se resumia somente a parte de trás que cobre sua bunda, cintas ligas e uma mini cartola. Ela vem desfilando, para e rebola até o chão. Continua seu caminho e com ajuda do Pierre, desce do palco e vai até Noah.

Enquanto as outras dançam no palco, a ruiva senta no colo do seu noivo e o leva a loucura. Eu dava todo o meu dinheiro para Destiny descer e dançar no meu colo. Percebo que Angelique vem em minha direção e dança na minha frente, ficou claro que era para mim. Por mais linda e gostosa que ela fosse, minha atenção era toda da Destiny. Sorrio e pisco para Angel, afinal, não sou tão escroto assim.

A música acaba e todos nos levantamos para aplaudir. Nesse momento é servido um "shot" para todos e Madison grita:

— TEQUILA!

Todos bebem de uma vez e batem os copos na mesa gritando:

— Hey!

Essa brincadeira é um jogo que costumamos fazer nas irmandades enquanto estamos na universidade. Voltamos a conversar e a rir. Esses meus amigos são demais! As luzes se apagam novamente e dois dançarinos tomam conta do palco, no ritmo da música You Can Leave Your Hat On do Joe Cocker. As mulheres começam a gritar desesperadamente.

Eles dançam, arrancam as roupas até ficarem de cueca boxer. Certa altura, Pierre pega sua calça e passa entre suas pernas em um vem e vai que deixa as mulheres ensandecidas. Viro-me para Ben e faço cara de nojo.

— Fiquei cego.

Ben coloca seu dedo na boca, um gesto que aparenta que ele quer vomitar. E começamos a gritar "Uh". Eles descem para dançar com as meninas, Pierre vai para cima de Alyssa e o outro dançarino que não conheço vai até uma amiga da Madison.

Nesse momento, a música Feeling Good interpretada pela banda Muse preenche o lugar e Noah entra no palco afrouxando a gravata. É tanto grito dessas loucas, que fico surdo. Ele começa a tentar rebolar no compasso da batida do rock, Ben e eu caímos na risada. Ele vai até Madison, aponta para ela e a leva para o palco. Nisso, colocam uma cadeira para ela sentar-se bem no foco da luz. Enquanto a música rola, ele tira cada peça e se esfrega nela. Olho para Benjamin e falo:

— Pelo amor de Deus, joga água sanitária nos meus olhos.

Ele ri e fala:

— Cara, nós podíamos ganhar dinheiro com isso.

Olho ao redor procurando Destiny, mas não a encontro. Levanto-me e vou ao banheiro, na volta passo em todos os lugares possíveis e não a vejo em lugar algum. Onde ela está? Encontro Pierre no corredor e pergunto por ela, ele disse que ela saiu com Cindy e Angel, elas tinham uma festa.

— Que tipo de festa, Pierre? – pergunto rispidamente.

— Uma despedida...

Saio frustrado daquele corredor. Eu sabia que a menina não poderia ser tão inocente assim. Ninguém rebola daquela maneira e corre para dançar de despedida em despedida, se é uma santa como as meninas querem que pareça.

Antes de entrar no salão principal, encontro Madison:

— Procurando algo, Christopher? – ótimo! Tudo o que eu precisava agora é ter Madison me repreendendo. Pela sobrancelha arqueada, deduzo que ela saiba exatamente o que procuro — Ela foi na despedida da Cristy, que está voltando para o Canadá.

Suspirei aliviado. Cara, eu nem sabia que estava nervoso. Mas saber que ela foi apenas em uma festa da amiga, me deixa tranquilo. Tenho que me controlar, pareço um louco obsessivo.

— Madison...

Ela engancha seu braço no meu e caminhamos juntos em direção ao salão.

— Chris, não precisa falar nada, ok? Só lembre-se de uma coisa, para mim, ela é a chapeuzinho vermelho e você o lobo mau, sim! Só não esqueça que tinha um caçador na história e ele era ruivo – ela sorri e pisca para mim.

Sorrio.

— Está me ameaçando ruiva?

Mad sorri de canto.

— Jamais faria isso, Chris.

Noah chega por trás e a abraça.

— Está ameaçando o Chris?

Começamos a rir dela, que coloca as mãos na cintura.

— Eu não sou mulher de ameaças, já deveriam saber disso. Foi só um aviso – seu olhar suaviza — Cuida dela para mim, por favor.

— Eu cuidarei – sorrio e beijo sua testa

Falar essas palavras me deu uma sensação de que foi o certo dizer, que é certo que eu cuide dela. Nos últimos dias venho repetindo constantemente que não entendo o que acontece comigo quando o assunto é Destiny. Mas, no momento não quero nem saber, eu só quero ela.

A manhã de sábado foi uma correria desgraçada. Decidimos ir de helicóptero para os Hamptons. Fiquei impressionado com a simplicidade da Madison para o casamento. Se fosse qualquer outra, queria um casamento extravagante, ela não. Optou por uma cerimônia a beira mar, apenas com os amigos próximos e o juiz de paz amigo do Noah.

Foi montado uma plataforma com uma tenda entre a grama e a areia. Cadeiras e mesas brancas. A decoração com orquídeas, rosas e gérberas deixou o ambiente delicado. As roupas eram despojadas também. Madison nos disse que queria eternizar o momento com simplicidade, porque não há nada mais belo que o simples. E agora, sou obrigado a concordar com ela. Está fantástico.

Encontro Noah sentado no jardim lateral, pego duas cervejas e sento com ele. Ficamos um bom tempo em silêncio enquanto ele olhava o mar e isso me deixou preocupado.

— Algum problema, Noah?

— Não – ele olha para mim — Gostaria que meus pais estivessem aqui – Noah sorri — Minha mãe teria adorado Madison. Queria que a família dela não fosse uns doidos e pudessem compartilhar desse momento com ela.

— Ela tem o Harry e isso já basta. Ela repetiu isso várias vezes – falo.

— Eu sei. Só que o meu amor por aquela ruiva dos infernos, faz com que eu deseje lhe dar tudo. Se ela quisesse a porra do casamento em um castelo, eu teria construído um só para isso.

Agora é minha vez de olhar para o mar. A relação dos dois é o que a maioria das pessoas desejam, amor incondicional. Eles dependem um do outro para sobreviver e isso assusta pessoas como eu. E sinceramente? Acho que o amor é para poucos. A paixão é para todos, mas o amor não! Esse é somente para os fortes e eu sou um covarde nesse quesito.

— E você?

Ele olha para mim atentamente.

— Eu, o que? – pergunto.

— Ontem, por um momento achei que você passaria por cima de todos para chegar na menina. O seu interesse está explícito.

Desvio meu olhar.

— Nem eu me reconheço – olho-o — Sabe quando você deseja tanto uma coisa, que todo resto perde o sentido?

Ele assente.

— Eu sei. E com o tempo, essa coisa se torna seu mundo – Noah fala.

Benjamin aparece com uma cerveja na mão.

— Estão fugindo de quem?

— De ninguém. E você? – pergunto.

— Pierre e aquela mão boba. O cara me apalpou ontem e hoje a hora que cheguei.

Noah e eu caímos na risada, Benjamin e suas proezas. Conversamos sobre a eleição e os últimos acontecimentos, comentamos o que realmente valia a pena e nossos planos para o futuro. A hora passou e chegou o momento de nos arrumarmos para a cerimônia.

Cedi a suíte principal para Madison se arrumar e para o casal passarem a noite. Fiquei com o quarto mais distante, porque se eu conheço esses dois, a festa vai longe. Audrey preferiu ficar na casa dos seus pais que fica há duas casas daqui. Como o casamento é na praia e será no final da tarde, optei por um terno e calças cinza claro, uma camisa branca e sapatos azul.

Saio do quarto e encontro Destiny prestes a descer as escadas. Apresso o passo e seguro seu braço para que nada aconteça nessas escadas. Ela está linda! Seu cabelo foi preso em um coque e sua maquiagem é leve. O vestido de tecido fino rosa escuro vai até o joelho, com alça de um lado só. Há uma abertura na lateral direita que deixa parte da sua pele à mostra. Não resisti e a toquei, Destiny suspira ao meu toque.

Logo que chegamos ao final da escada, estava prestes a levá-la para longe dali, quando Rebecka passa por nós e a leva de mim. Já na porta ela vira-se para mim e sorri, retribuo seu sorriso. E ganhei a porra do dia!



Continue Reading

You'll Also Like

1M 54.6K 53
Giulie Cameron e uma jovem mulher cheia de traumas. Ela sempre lidou com seus problemas sozinha,sem a ajuda de ninguém. Até que um dia ela não aguent...
665K 4.8K 9
"A Vingança pode ser mais doce do que você pensa..." De todas as coisas que podiam acontecer com Rebecca, ser dispensada pelo número do seu manequim...
1.3M 138K 172
Paola. Personalidade forte, instinto feroz e um olhar devastador. Dona de um belo sorriso e uma boa lábia. Forte, intocável e verdadeiramente sensata...
419K 21.9K 34
meu nome é, Aicyla Fernandes tenho 17 anos,moro com sozinha a desde os 12 anos quando descobrir que eu tinha algo especial que mas ninguém tem... eu...